[Relato] Minha História (Roschach)

[Guardião]

[Relato] Minha história 

(Por Rorschach, OLODM)

Bom pessoal, vou resumir minha vida de matrixiano.

Namorei por 5,5 anos. Fui fiel, ''bonzinho'', justo, trabalhador, enfim aquele cara pra casar. Ela era evangélica, virgem (Afinal eu tinha escolhido e queria uma virgem, pois sempre fui honrado, odeio pegar restos)... respeitei a virgindade dela por certo tempo... até rolar sexo um tempo depois de maneira normal.

Sem pressões. acabou acontecendo o sexo.

O relacionamento era bom... ótimo e tudo mais. Mas acabou terminando.... eu tive culpa também. Acabei me tornando inseguro e aí já viu, deriva pra outras vertentes!. O lado obscuro dela começou a aumentar de maneira insana, a ponto da mesma fazer dança do ventre (dança de puta pra mim).

Aquilo me deixou perplexo! Começou a querer virar baladeira, a se achar a ''gostosona do bairro'', dar ideia pra machos. Além disso brigava comigo quando tirava satisfações ou repelia esse comportamento dela. Dizia que era besteira minha ou seja, ela instrumentalizava a minha insegurança em prol da vadiagem dela.

Com isso...

Terminamos. Reatamos. Terminamos. Reatamos.

Até que em meados de 2005....Estávamos terminando a pós graduação (ela inclusive era da minha sala), estávamos juntos, eu tentando ''mudar'' querendo manter o relacionamento, pois achava que só existia ela de fêmea no mundo e que eu era o ''culpado''. E sempre deveria fazer algo a mais, não poderia errar! Ficava com esse remorso.

Até que o pior aconteceu. Voltava da pós graduação, fui deixar um amigo de curso em sua casa. Chegando no local, observo o carro dela todo ''abafado''. Olho novamente e não acredito! Chequei a placa e era o carro dela! Saquei o celular do bolso e liguei, dava caixa postal. Parei o carro e fui com o colega da pós-graduação ver o que estava acontecendo. Putz.

Vejo o inferno. Meu melhor amigo de infância (24 anos de amizade) recebendo um boquete da minha namorada que eu amava tanto.

Aquilo foi um choque tremendo. Fiquei sem reação, não conseguia sentir ódio, nem pensar. Comecei a passar mal, bati no vidro, eles viram e, foi só isso que me lembro. Minha pressão baixou e desmaiei ali mesmo. O amigo da Pós me levou ao hospital naquela mesma noite.

No dia seguinte eu não sabia pra onde ir. Fui traído duplamente. Perdi 12 quilos em um mês. E pra piorar meu pai faleceu em um acidente de carro 2 semanas depois disso. Devido a tudo isso minha vida virou um inferno. Meu projeto de pós graduação era excelente. Contudo queria abandonar pois não tinha condições. Mas os professores me estimularam o tempo todo a continuar. E eu não sei da onde tirei forças pra tentar voltar a pós. Acabei realmente voltando de maneira temporária, tranquei o curso 2 semanas depois. 

Depois do episódio da traição a mesma estava alegre e saltitante, com a cara deslavada como se nada tivesse acontecido. Tirando as melhores notas, sorrindo e dando moral pra outros machos. Tudo que ela tocava virava ouro e o que eu fazia nessa época fedia a merda.

Não conseguia entender como ela pode jogar quase 6 anos de relacionamento no lixo como uma calcinha velha. Isso era perturbador na minha mente. Eu via isso diariamente e não aguentei, tranquei a pós graduação.

Eu mal me alimentava. Fiquei com depressão profunda e escrota. mal conseguia sair da cama me relembrando aquela cena, demorei uns 8 meses pra me recuperar, confesso que busquei o suicídio comprando remédio pra matar rato. Não tinha mais graça a vida pra mim. Perdi todas as referências, fiquei sem foco. Com meu pai morto não tinha um ''ombro amigo'', não sabia e quem confiar. Acabei perdendo o emprego também.

Fiquei em pânico. Não queria sair de casa com medo de vê-la na rua. Olhar pra ela significava a morte pra mim. Era uma sensação aterrorizante na qual não sei descrever.

Eu só pensava em vingança!

Acabei tendo a sorte de saber que a mesma foi morar 1 ano na Austrália, no ano de 2007. Com isso passei a pesquisar sobre o lado obscuro. Conheci a comunidade OLODM, os livros, até que consegui entender e superar a dor.

Passei a me envolver com outras mulheres e ''sarei''. A maldita que fez isso tudo comigo voltou da Austrália em fevereiro de 2008 13 quilos mais gorda, parece até uma bola. Acabei vendo sem querer uma foto dela no na rede social de um amigo em comum. Inclusive andou bisbilhotando meu profile. A troco de quê? Queria saber!

Não topei mais com ela. Descartei a vingança. Afinal não terei meu tempo perdido de volta. Deixe que a vida acerte ela.

Esse tópico faz parte do projeto Segunda das Relíquias perdidas.

[MacGyver]

Bonzinho, jogos emocionais, pseudo exceção, vadia nível hard, traição de amigo, e a real ajudando na vida de uma pessoa. O texto concentra boa parte das temáticas tratadas aqui. Faltou msol e desenvolvimento pessoal e aí tava tudo completo! Precisamos acessar o fórum diariamente e nos alimentarmos com histórias como essa e com a realidade todo santo dia pra não cairmos em  roubada. Cuidado total com as pseudo exceções. O mundo cão está aí. Não fiquemos de bobeira. E que sigam os alertas

[Villefort]

Gostei do relato, o rapaz acabou cometendo o erro de ficar inseguro no relacionamento (acredito que para alguns nos primeiros relacionamentos isso é trivial), com isso a mulher acaba tomando as rédeas do relacionamento, a partir do momento em que ela tem consciência desse fato.
A situação começa a piorar quando ela consegue por debaixo dos panos um outro pretendente (que no caso do relato foi o amigo dele) e começa a se relacionar com ele e ela acaba se sentindo ainda muito mais poderosa com isso.
O rapaz por ser um dos primeiros relacionamento dele, não tem uma bagagem e com isso inteligência emocional para lidar com os fatos.
Dai então vem a depressão e a angústia devido a situação.
O legal e ao mesmo tempo prazeroso do relato (e de outros relatos) é a parte final em que ele descobre a Real e todo seu aparato (Comunidade, Nessahan, Doutrinador e cia...) e então ele toma aquele remédio de gosto amargo (a maioria das vezes é amargo) abrindo margem para um processo de cura e reflexões.

[SteveMcQueen]

Rorschach tem mais histórias para contar, é uma pena que tenha sumido.

Ele poderia facilmente escrever uma continuação do Livro do Nessahan Alita.