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[REFLEXÃO] O Clube da Luta não é sobre homens, mas sobre meninos
#1
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ATENÇÃO: Artigo publicado no site Clã dos Lobos 26 de novembro de 2016 escrito por Victor Lisboa – Via papodehomem (Todos os creditos estarão no fim do texto) Boa leitura!


O Clube da Luta não é sobre homens, mas sobre meninos

1. A confraria dos homens castrados

Não importa o nome do sujeito. Por isso, vamos chamá-lo de “pobre coitado”, certo?

Pois bem, imagine que o pobre coitado tem insônia e só consegue dormir caso se abrace, semanalmente, a um homem castrado e com seios. Embora heterossexual, esse outro sujeito perdeu suas bolas na tentativa de atender o ideal de potência masculina da sociedade moderna – você sabe, bíceps explodindo e coisas do tipo.

E aí temos nosso amigo pobre coitado, abraçado junto aos seios do outro cara, confraternizando com um grupo de homens castrados e chorando religiosamente todas as semanas. Isso deixa nosso herói satisfeito, por mais estranho que pareça. Mas, para ser aceito na comunidade dos homens castrados, ele precisa fingir também ser um eunuco.

Confessa-nos o pobre coitado.

[Image: clube_da_luta_01.gif?w=640&ssl=1]

(“Ele gosta de mim porque pensa que meus testículos também foram removidos”)

É assim que começa Clube da Luta, livro de Chuck Palahniuk publicado em 1996. Apenas três anos depois, o livro resultou no celebrado e controverso filme de David Fincher. Ambos, filme e livro, foram sucessos de público e de crítica. Mais que isso, tornaram-se obras icônicas sobre a identidade masculina e a subversão possível nos dias de hoje.

Este artigo, por outro lado, não é uma crítica da obra de Chuck ou do trabalho de Fincher, não é uma sinopse e nem pretende entregar as surpresas da trama. Aqui, vamos tentar descobrir a exata natureza da mensagem de Palahniuk e os motivos pelos quais essa mensagem, mesmo quando não é totalmente compreendida, exerce uma curiosa atração no público masculino.

E a chave para sua compreensão é olhar para além das aparências. Por exemplo, na história original, há motivos perfeitamente lógicos e razoáveis para o pobre coitado (o nome do protagonista não é dito) estar, no início da narrativa, abraçado a um homem castrado. Mas os motivos e as explicações não nos importam. O que importa, aqui, é a imagem. E o que ela diz respeito a muitos homens de hoje em dia.

Pois acredite: o pobre coitado não é um personagem esquisito oriundo da mente de um escritor extravagante. É, na verdade, o retrato da realidade contemporânea. A imagem do pobre coitado buscando aceitação em um grupo de castrados é, talvez, a metáfora mais irônica até hoje criada sobre o homem moderno, e sobre as razões pelas quais ele é, em muitos aspectos, ainda um menino.

Você, leitor, cruza pelo pobre coitado diversas vezes por dia nas calçadas. Fica ao seu lado no ônibus, nas filas e nos elevadores. Talvez ele seja seu vizinho. Ou seu colega de trabalho. E, se não tomarmos cuidado, podemos descobrir um dia, no espelho, que o pobre coitado somos nós próprios e que estamos, em nosso dia-a-dia, no trabalho, na família, na faculdade, fingindo sermos eunucos para sermos aceitos no grupo dos homens que perderam contato com sua identidade masculina.

Mas não se engane. Ser ou não castrado não tem nada a ver com ser o “fodão”, o “pegador” e muito menos ser um sujeito que não leva desaforo para casa. Clube da Luta, ao contrário do que o título sugere, não é a história de algum tipo de UFC, não descreve lutadores que buscam a vitória em um campeonato clandestino. Clube da Luta não é sobre saber vencer, não é sobre sequer bater, mas sobre saber apanhar do modo correto: apanhar da vida sem se curvar, tornar-se orgulhoso de suas cicatrizes e das histórias que elas testemunham.

É, na verdade, um filme sobre a enfermidade que impede muitos homens de crescerem.

[Image: clube_da_luta_02.jpg?w=640&ssl=1]

(Edward Norton, David Fincher e Brad Pitt)

Mas para entendermos o diagnóstico da doença e, também, qual seria a cura possível, precisamos falar sobre as ideias que três sujeitos chamados “Robert” apresentaram poucos anos antes de Chuck Palahniuk escrever seu livro.

2. O cavaleiro medieval de Robert Johnson

Sete anos antes de Clube da Luta ser publicado, surgiu nas livrarias americanas um pequeno e obscuro livro intitulado He (“ele”). Tratava-se de um ensaio, no qual seu autor, Robert Johnson, propunha que a lenda da busca do Santo Graal pelo cavaleiro Sir Percival era, na verdade, uma fábula medieval sobre a transformação dos meninos em homens, em cuja trama encontraríamos, ocultas, as chaves para a solução de muitas questões que desafiam os homens de hoje em dia.

Sir Percival, segundo a lenda, era um cavaleiro da Távola Redonda que havia sido criado por sua mãe, sem a participação do pai e afastado do mundo masculino, mundo esse caracterizado por batalhas e duelos (qualquer semelhança com Clube da Luta não é mera coincidência). Protegido da realidade graças ao zelo materno, Sir Percival foi obrigado a, repentinamente, confrontar-se com o mundo dos homens, representado pelos cavaleiros do Rei Arthur e pela Corte do Rei Amfortas, sem qualquer orientação de como agir senão seguindo os ingênuos conselhos de sua mãe, conselhos esses que o fazem agir impropriamente.

Para o autor de He, os homens de hoje em dia, assim como o Sir Percival da lenda, estariam confusos a respeito de sua identidade masculina, pois os pais foram, em sua maioria, incapazes de ajudá-los a fazer corretamente a travessia do mundo materno para o mundo dos homens.

[Image: clube_da_luta_03.jpg?w=640&ssl=1]
(“The Temptation of Sir Percival”, de Arthur Hacker)

Os pais modernos, segundo Robert Johnson, ficam muito tempo afastados dos lares, submetidos que estão a jornadas de trabalho que consomem suas energias. Em suas poucas horas de folga, estão exaustos. Essa é uma situação já analisada, há pouco tempo, aqui mesmo no PdH. A criação dos filhos, portanto, ficaria ao cargo das mães (se não trabalharem), das avós e das professoras na escola.

Isso sem falar de casais divorciados, cuja guarda dos filhos seria das mães, e de outras famílias em que os pais, embora fisicamente presentes, estão emocionalmente dissociados da criação de seus filhos.

“Somos uma geração de homens criados por mulheres.”
Clube da Luta

A história do nosso amigo, o pobre coitado, pode ser considerada a lenda de um cavaleiro moderno, de um Sir Percival sem armadura e submetido, pela sociedade moderna, a um amesquinhamento de sua masculinidade jamais cogitado mesmo nas mais mirabolantes fábulas da Idade Média.

3. A sociedade frustrada de Robert Moore

O personagem Tyler Durden que, em Clube da Luta, salva o pobre coitado de sua triste situação, tem por hobbie inserir imagens pornográficas (algo próprio do mundo adulto) em filmes para crianças. Isso parece doentio se tratarmos Clube da Luta como uma história que se passa no mundo real. Mas se atentarmos ao fato de que estamos, na verdade, diante de uma fábula sobre os homens atuais, percebemos que esse personagem tem por hábito inserir, no imaginário infantil, sinais de que há um mundo adulto a ser enfrentado.

Cinco anos antes de Clube da Luta ser publicado, Robert Moore escreveu o livro Rei, Guerreiro, Mago e Amante, no qual propôs a ideia de que nossa sociedade não é exatamente patriarcal, mas, na verdade, alfa-patriarcal: não reprime apenas as mulheres (o que já seria ruim o bastante), mas, como um líder enciumado, oprime também os homens.

A lógica interna desse sistema seria a mesma que faz o líder de um grupo de macacos tomar sexualmente todas as fêmeas e, ao mesmo tempo, subjugar os demais machos, que só ficam observando, frustrados, a farra de seu líder. Como um enorme animal-alfa, os centros de poder dessa sociedade (os centros financeiros e políticos) atuariam tal qual um chimpanzé que, para manter-se no topo da hierarquia, precisa reprimir os impulsos de todos os demais machos, a fim de evitar a competição por sua posição dominante.

[Image: clube_da_luta_04.jpg?w=640&ssl=1]
O animal-alfa é uma espécie de deus entre os homens (Imagem: “A estátua de Zeus em Olímpia”)

Não se trata, claro, de uma conspiração organizada de executivos que, sentados em uma grande mesa em Wall Street decidem “ei, vamos castrar os outros caras para ficarmos por cima”. Nada mais errado, nesse assunto, do que apostar em teorias conspiratórias ou em ideologias paranoicas e anticapitalistas.

Não há nada de intencional e tampouco de econômico na origem desse fenômeno. A “castração” social dos homens é, apenas, a consequência natural das escolhas que, gradualmente, nossos antepassados fizeram ao longo de séculos.

E a melhor forma de “castrar” os homens é mantê-los como meninos pelo resto de suas vidas.

Essa manutenção dos homens no estado infantil ocorre de duas formas. A primeira é eliminando os rituais sociais que deveriam marcar e registrar o momento em que deixamos de ser meninos para nos tornarmos homens. A segunda é estimulando os meninos a manter-se nessa condição através do culto aos brinquedos: produtos de consumo e símbolos de status que, ironicamente, representam justo o que o imaginário do menino supõe ser “coisa de homem”: ideias de potência, de virilidade e de coragem.

Na busca por possuir esses “brinquedos”, os homens tornam-se possuídos por eles.

Mas isso nunca funciona perfeitamente, pois os mecanismos sociais são imperfeitos. Mesmo quando adquirem todos os brinquedos que seu dinheiro pode comprar, os homens, ainda meninos, sentem-se descontentes, pressentem que algo vai mal em suas vidas.

No cotidiano dos pobres coitados, seu desconforto com o fato de ainda serem meninos produz diversas espécies de disfunções: insônia, estresse, impotência, comportamento “workaholic”, alcoolismo, endividamento excessivo, ansiedade, depressão – a lista é imensa. Há sempre um ruído de fundo, uma peça do quebra-cabeça que não se encaixa na imagem geral, lembrando aos meninos que já deveriam ter se tornado homens.

4. Os rituais de passagem de Robert Bly

Em Clube da Luta, o pobre coitado é resgatado de sua triste situação graças a um conjunto de eventos que, embora pareçam casuais, formam, em seu conjunto, um processo. E esse processo, quando olhado com distanciamento, revela ser nada mais do que a reprodução de um ritual de passagem do estado de menino para o estado de homem. Algo muito parecido, em sua essência, com os rituais tribais que, primitivamente, marcavam o momento em que o menino saía do mundo da mãe e ingressava no mundo do pai e dos outros guerreiros da aldeia.

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Ritual de passagem de uma tribo da Papua Nova Guiné (Foto: Timothy Allen)

Em 1990, o poeta americano Robert Bly escreveu o ensaio João de Ferro: um livro sobre homens. Utilizando como parábola o conto “João de Ferro” dos Irmãos Grimm, Bly demonstrava que, diferente das antigas comunidades tribais, a sociedade moderna sofre de uma grave deficiência: a falta de rituais significativos.

Rituais são importantes por registrarem e celebrarem a passagem de uma etapa da vida para outra, conferindo significado a esses momentos. Mais que isso, os rituais, sendo testemunhados pela comunidade, trazem aos participantes a percepção contínua de que não são indivíduos isolados, mas pertencem a um grupo. Uma sociedade sem rituais, ou em que os rituais se tornaram meras formalidades, cerimônias vazias, é uma sociedade onde há confusões entre os papéis: há homens agindo como meninos, pais agindo como filhos e pouca sensação de pertencimento à comunidade.

Em muitas culturas antigas, inclusive em tradições tribais, havia rituais destinados a marcar claramente a passagem do menino para o mundo dos homens. Em algumas tribos ameríndias, os homens fingiam, cerimonialmente, “raptar” os meninos dos braços de suas mães, que simulavam resistir e permaneciam chorando cenicamente enquanto ele se afastava.

Em geral, a criança acreditava na encenação, e era o suficiente para dar-lhe o recado: o cordão umbilical emocional foi cortado de vez.

Em outras tradições indígenas, os meninos submetiam-se a algum desafio em que deveriam demonstrar bravura: precisavam enfiar suas mãos em uma colmeia cheia de abelhas ou, então, ficar uma noite inteira sozinhos em uma floresta inóspita. Ao final da provação, eram acolhidos entre os homens como sendo um deles.

A partir daquele momento, haviam deixado de ser meninos.

Uma das características de nossa sociedade seria a falta de um ritual de passagem, destinado a marcar o momento em que um homem deixa de ser menino. Nesse aspecto, as mulheres teriam uma ligeira vantagem em relação a nós. Não só o primeiro ciclo menstrual marcaria claramente a passagem biológica para o mundo das mulheres, mas, também, a transição emocional seria celebrada no ritual do “baile de debutantes” ou na famosa “festa de quinze anos” (em que a menina dança com todos os homens da família, situação essa que, a uma mente criativa e maliciosa, daria o que pensar a respeito de seu significado simbólico).

Quanto aos meninos, eles precisam se virar sozinhos. Com pais ausentes, seja emocionalmente (alcoolismo, divórcio) ou fisicamente (jornada de trabalho excessiva), e sem qualquer ritual no qual possam perceber sua passagem para o mundo dos homens, tendem a unirem-se para criar os seus próprios rituais. É um movimento instintivo, inconsciente.

[Image: clube_da_luta_06.jpg?w=640&ssl=1]
Todo homem já foi assim

Por isso, segundo Robert Bly, temos tantos adolescentes reunindo-se para praticarem atos transgressores, destinados a colocar sua coragem a prova: jovens que fazem rachas, jovens que se tornam skinheads, jovens que utilizam torcidas organizadas como desculpa para agredir membros de times rivais.

Sem uma aprovação de homens adultos cuja autoridade respeitem, sem uma sociedade que lhe ofereça rituais de passagem significativos, a solução óbvia é criarem seus próprios rituais.

Em Clube da Luta, a cura para a enfermidade de nosso amigo, o pobre coitado, consiste em participar de um grupo de homens que lutam entre si. Homens que eram, eles próprios, pobres coitados. E o que os une, inicialmente, é algo primitivo, algo que compartilhamos com nossos antepassados mais remotos: a propensão à violência física. Mas eles não utilizam essa propensão animal para machucar seus inimigos, suas mulheres ou seus filhos. Não, eles são espertos e têm bom coração. Portanto, utilizam sua agressividade instintiva para lutar entre si.

E não lutam para participar de um campeonato. Sequer lutam para saírem vitoriosos da briga. Quem vence, quem ganha: isso não importa. Ao contrário, perder uma luta, levar muita porrada, parece, para aqueles homens, ser até mais importante do que bater e vencer. Pois qualquer um se comporta da mesma forma quando sai vitorioso. Qualquer um, quando vence, mostra-se triunfante, seja homem ou menino.


Mas só um homem é capaz de enfrentar uma derrota da qual não pode escapar, só um homem mantém a cabeça erguida quando apanha a ponto de ter que abandonar a disputa, aceitando que perdeu sem fazer disso o fim do mundo.

É por esse motivo que, aos “meninos” participantes do ritual, é necessário lembrar, a todo momento, que irão um dia morrer e que não são o centro do universo. É preciso quebrar o feitiço que mantinha os pobres coitados presos ao mundo materno. Como a mãe trata seu filho como sendo a coisa mais importante do mundo, é natural que a criança acredite que é, de fato, alguém especial, invencível.


Uma das funções do ritual de passagem é romper com essa ilusão egocentrista, e confrontar o menino com sua falibilidade e mortalidade.

O segundo passo da cura do pobre coitado (já não tão coitado assim) e de toda aquela legião que o acompanha, é participar de provações que testam sua resistência física e emocional. Seja ficando de pé durante dias na frente de uma casa e ali se sujeitando a todo tipo de ofensas pessoais sem desistir, seja suportando a dor de uma ferida química em sua mão sem escapar do sofrimento, eles participam das etapas de um ritual que, ao final, concederá o que mais desejam: serem aceitos no grupo dos homens e serem tratados como tais.

Esse sentimento de “pertencer à comunidade” é a conclusão do ritual de passagem que leva meninos ao mundo dos homens. A sensação de fazer parte de um grupo e de ser útil a esse grupo é indissociável da experiência de ser um homem entre homens.

Mas uma comunidade não é uma organização estagnada, que gira em torno de si mesma. Não é um mecanismo como um relógio, mas uma estrutura em movimento como um veículo. Uma comunidade não pode, apenas, garantir o conforto e a segurança de seus membros. Deve, também, caminhar na direção de objetivos reconhecidos por todos como significativos, e atribuir a cada membro uma tarefa na realização dessas metas.

E o objetivo da nova comunidade criada em Clube da Luta é mudar a sociedade que os fazia tão infelizes. Não se trata de destruir os homens castrados com os quais antes confraternizavam, mas de resgatá-los e convertê-los, também, de meninos em homens.

5. O que Clube da Luta não mostra

[Image: clube_da_luta_07.jpg?w=640&ssl=1]
“Só meninos aqui”

Não vou, claro, revelar exatamente como Clube da Luta termina. Mas posso concluir chamando a atenção para a cena final do filme (antes dos créditos, que fique claro) e o fato de que aquilo que aparece em primeiro plano não é visto em nenhum outro momento ao longo da história.

No início da história, o evento que abala a enganosa paz que o protagonista encontra entre os homens castrados é o ingresso, no grupo, de um elemento dissonante: uma mulher. A presença de uma mulher, ali, entre homens, é tão contraditória que o pobre coitado fica perturbado. Para piorar, essa mulher sabe que ele está fingindo, sabe que ele tem bolas.

E aí está um fato óbvio, sinalizado na fábula moderna que é Clube da Luta: um menino precisa tornar-se homem porque é isso que lhe permitirá relacionar-se com as mulheres de sua vida de uma forma inteira e autêntica. Nenhuma mulher quer um menino de seu lado, nenhuma mulher quer ser mãe de seu homem.

Ao longo de Clube da Luta, não vemos homens, mas meninos tentando tornar-se homens. Isso porque os personagens não têm qualquer tipo de envolvimento emocional entre si: eles lutam, trepam, fazem planos e colaboram em uma silenciosa conspiração contra a sociedade, mas não se comprometem emocionalmente um com os outros. Todo seu labor, durante a história, parece ser destrutivo. Pior ainda: parece ser autodestrutivo. E pura destruição, pura revolta, é ainda coisa de criança.


Dentre as diferenças entre meninos e homens, uma das mais importantes é que meninos não assumem o compromisso de cuidar daqueles que amam, pela simples razão de que ninguém espera que o façam. Meninos, por definição, são cuidados por adultos. Um homem, ao contrário, apenas se torna homem quando passa a cuidar dos outros, quando não foge do envolvimento emocional com as pessoas, e assume a responsabilidade de velar, de proteger e de estar ao lado daqueles que amam: sua companheira, seus pais, seus filhos, seus amigos.

Homens constroem, homens preservam o que é bom. Eles não destroem indiscriminadamente. Preferem aprimorar o que já existe, eliminando o que há de defeituoso com critério e respeito à vida humana.


Isso a história de Clube da Luta não mostra. E não o faz porque é a narrativa de um ritual de passagem de meninos que precisam tornar-se homens. Quando isso ocorre, quando o ritual cumpre sua função e é bem sucedido, temos homens feitos, e a história acaba: a força subversiva e destrutiva que os impulsionava a crescer deve ser descartada, para que os homens vejam o reflexo de sua maturidade nos olhos de suas companheiras, e com elas passem a construir.

http://www.cladoslobos.blog.br/
Autor: Victor Lisboa - Via papodehomem
Clã dos lobos, O clube da luta não é sobre homens, mas sobre meninos. Disponivel em <http://www.cladoslobos.blog.br/o-clube-da-luta-nao-e-sobre-homens-mas-sobre-meninos/>
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#2
Ótimo texto.
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#3
Apesar de ser do papo de mangina é uma boa interpretação do filme.

Clube da Luta possui várias interpretações e essa é uma muito interessante.
"Há um amplo fosso de aleatoriedade e incerteza entre a criação de um grande romance – ou joia, ou cookies com pedaços de chocolate – e a presença de grandes pilhas desse romance – ou joia, ou sacos de biscoitos – nas vitrines de milhares de lojas. É por isso que as pessoas bem-sucedidas em todas as áreas quase sempre fazem parte de um certo conjunto – o conjunto das pessoas que não desistem." O andar do bêbado.
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#4
Ótimo texto. Obrigado por trazer a este espaço @Palosck. Eu postei um texto no meu blog sobre um assunto relacionado a este e eu gostaria de postar algumas algumas citações que correspondem com a ideia do tópico.


Citação:O homem civilizado não experimentou a dureza do mundo real em sua carne e nunca se adaptou a Natureza ― pelo contrário, seus atos são encaminhados a adaptar a Natureza a ele, embora seja a força. Portanto, tende a ter um ego grande e um espírito pequeno, e considera que está acima da evolução. Essa nova criatura artificial, esse novo animal doméstico que é o ser humano moderno, por seu isolamento na bolha do “bem-estar digno de lástima”, desconhece a humildade perante a Criação, e é portanto a única forma de vida do planeta capaz de desviar-se das leis naturais, inverter a ordem correta e incorrer no pecado de levantar-se contra a obra de Deus. Essa soberba sacrílega e autodestrutiva, os gregos chamaram de hubris ou hybris. É a causa pelo qual, apesar da civilização ter sido total, absoluta e indiscutivelmente catastrófica sob um ponto de vista estritamente evolutivo, biológico, espiritual e meio ambiental, o homem se converteu num “senhorio satisfeito” de seu trabalho, tal como disse Ortega y Gasset.

A civilização levou ao avanço descomunal da matéria inerte (tecnologia, comércio, consumismo, conforto), e o retrocesso absoluto da matéria viva (saúde, corpo, código genético, mente, sacrifício), para não mencionar a caída da espiritualidade. Até que os sistemas de poder não adotem uma perspectiva biocêntrica em geral e antropocêntrica em particular, e enquanto o alto da pirâmide do poder mundial siga ocupado pela elite financeira internacional (os pastores que estão domesticando, castrando, atontando e envenenando os seres humanos), a espécie seguirá degenerando-se a si mesmo e o ao planeta. 

Desmatar florestas inteiras para imprimir milhões de exemplares de revistas de moda sensacionalista, adoecer as pessoas para que precisem comprar medicamentos da indústria farmacológica, descartar a maternidade e a natalidade para que as mulheres trabalhem a fim de ganhar dinheiro para comprar coisas totalmente inúteis, ou arrancar milhões de pessoas do Terceiro Mundo para alimentar a maquinaria das multinacionais, são coisas que só num sistema econômico equivocado e podre poderiam ser beneficiosas ― para alguns, e só a curto prazo.

Fonte: http://complexoherculeo.blogspot.com.br/...umana.html

Por isso o homem não vê mais significado na nossa própria existência. Instintivamente sabemos que somos apenas uma peça (facilmente substituível) de uma máquina gigante. Não temos identidade espiritual com nada, ou seja, não temos pelo que lutar. Nossa família, nosso sangue não significa nada, não temos uma tribo ou uma seita e a única coisa que importa é o dinheiro. Vc não precisa ter coragem, honra, ser forte e viril, a única coisa que precisa é de dinheiro, não importa qual meio usou para consegui-lo. É um sistema operado por covardes, por isso os piores tipos se multiplicam tão rápido, pois este sistema artificial é favorável a estes. Somos cidadãos do mundo, mundo esse que engloba tudo e todos, mas não representa ninguém. É uma espécie de massa sem forma, sem identidade e sem significado.
"Compreendi o tormento cruciante do sobrevivente da guerra, a sensação de traição e covardia experimentada por aqueles que ainda se agarram à vida quando seus camaradas já dela se soltaram."  (Xeones para o rei Xerxes)

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#5
Citação:2. O cavaleiro medieval de Robert Johnson


Esse livro tem em pdf na internet. Baixei a um tempo atras. Só não lembro onde. O titulo e He (“ele”)
http://ask.fm/RajadaRealista

Quem são eles, para se entrometer quando cuidamos de NOSSOS interesses? (Vito Corleone).

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#6
(10-04-2017, 02:06 PM)Jhon Palosck Escreveu:
Uma das funções do ritual de passagem é romper com essa ilusão egocentrista, e confrontar o menino com sua falibilidade e mortalidade.

O segundo passo da cura do pobre coitado (já não tão coitado assim) e de toda aquela legião que o acompanha, é participar de provações que testam sua resistência física e emocional. Seja ficando de pé durante dias na frente de uma casa e ali se sujeitando a todo tipo de ofensas pessoais sem desistir, seja suportando a dor de uma ferida química em sua mão sem escapar do sofrimento, eles participam das etapas de um ritual que, ao final, concederá o que mais desejam: serem aceitos no grupo dos homens e serem tratados como tais.

Esse sentimento de “pertencer à comunidade” é a conclusão do ritual de passagem que leva meninos ao mundo dos homens. A sensação de fazer parte de um grupo e de ser útil a esse grupo é indissociável da experiência de ser um homem entre homens.

Muito bom. Até me lembrei de um caso no interior que presenciei, um conhecido meu ensinando um guri meio nutella (efeminado e adorava fazer drama) a matar animais e também a domar animais de grande porte. Só que isso foi feito vários meses/anos, até que ele foi deixando o jeito efeminado dele e passou a agir como homem. 

Problema foi a adolescência do cara, que o pai quase sumiu como referência paterna, tornando a referência desse guri na adolescência os caras da rua, cafajestes e esquerdista também. Aí não teve jeito, conheceu a malícia e se tornou esperto demais, a ponto de desonrar até o pai dele.

Não é garantia de nada que um ritual desse transforme meninos em homens. Ainda assim, é o melhor modelo já criado.

Até disse no FdB que olhando os rituais de passagem antigo me fez crer que nessa tribos antigas eram mais evoluídas e civilizadas do que as sociedades modernas, em que vários meninos atualmente ficam presos eternamente na meninice e seu estado natural mais egoísta.


Mais pior nem é isso, esse figurão aqui não entendeu nada e acha que ritual moderno é o cara enfrentar desafios pra pegar mulher. Puta merda...



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#7
quando assisti o filme pela primeira vez eu nao entendi, nao sabia quem era tyler e quem era quem
depois na segunda vez eu percebi que tyler era um só
na terceira vez eu percebi que tyler era um cara tentando nao alimentar o sistema porque percebeu que o sistema era uma merda
na quarta vez eu pensei que tyler estava tentando acabar com o mundo acabando com o sistema, meio anarquista
na sexta vez eu vi que todos os caras estao na mesma merda e que todos desejam algo em comum
na setima vez eu entendi porque eles brigavam uns com os outros, era uma forma de voltar ao estado natural em meio a monotonia

agora pretendo assistir pela oitava vez e perceber algo novo
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#8
(11-04-2017, 09:12 AM)Héracles Escreveu:
Citação:O homem civilizado não experimentou a dureza do mundo real em sua carne e nunca se adaptou a Natureza ― pelo contrário, seus atos são encaminhados a adaptar a Natureza a ele, embora seja a força. Portanto, tende a ter um ego grande e um espírito pequeno, e considera que está acima da evolução. Essa nova criatura artificial, esse novo animal doméstico que é o ser humano moderno, por seu isolamento na bolha do “bem-estar digno de lástima”, desconhece a humildade perante a Criação, e é portanto a única forma de vida do planeta capaz de desviar-se das leis naturais, inverter a ordem correta e incorrer no pecado de levantar-se contra a obra de Deus. Essa soberba sacrílega e autodestrutiva, os gregos chamaram de hubris ou hybris. É a causa pelo qual, apesar da civilização ter sido total, absoluta e indiscutivelmente catastrófica sob um ponto de vista estritamente evolutivo, biológico, espiritual e meio ambiental, o homem se converteu num “senhorio satisfeito” de seu trabalho, tal como disse Ortega y Gasset.

A civilização levou ao avanço descomunal da matéria inerte (tecnologia, comércio, consumismo, conforto), e o retrocesso absoluto da matéria viva (saúde, corpo, código genético, mente, sacrifício), para não mencionar a caída da espiritualidade. Até que os sistemas de poder não adotem uma perspectiva biocêntrica em geral e antropocêntrica em particular, e enquanto o alto da pirâmide do poder mundial siga ocupado pela elite financeira internacional (os pastores que estão domesticando, castrando, atontando e envenenando os seres humanos), a espécie seguirá degenerando-se a si mesmo e o ao planeta. 

Desmatar florestas inteiras para imprimir milhões de exemplares de revistas de moda sensacionalista, adoecer as pessoas para que precisem comprar medicamentos da indústria farmacológica, descartar a maternidade e a natalidade para que as mulheres trabalhem a fim de ganhar dinheiro para comprar coisas totalmente inúteis, ou arrancar milhões de pessoas do Terceiro Mundo para alimentar a maquinaria das multinacionais, são coisas que só num sistema econômico equivocado e podre poderiam ser beneficiosas ― para alguns, e só a curto prazo.

Fonte: http://complexoherculeo.blogspot.com.br/...umana.html

Por isso o homem não vê mais significado na nossa própria existência. Instintivamente sabemos que somos apenas uma peça (facilmente substituível) de uma máquina gigante. Não temos identidade espiritual com nada, ou seja, não temos pelo que lutar. Nossa família, nosso sangue não significa nada, não temos uma tribo ou uma seita e a única coisa que importa é o dinheiro. Vc não precisa ter coragem, honra, ser forte e viril, a única coisa que precisa é de dinheiro, não importa qual meio usou para consegui-lo. É um sistema operado por covardes, por isso os piores tipos se multiplicam tão rápido, pois este sistema artificial é favorável a estes. Somos cidadãos do mundo, mundo esse que engloba tudo e todos, mas não representa ninguém. É uma espécie de massa sem forma, sem identidade e sem significado.

Olá Heracles. Excelente observação a sua. Um homem só se torna homem, a partir do momento que ele se vê como homem. As mulheres realmente tem uma larga vantagem nesse aspecto. Na nossa infância e adolescência nunca vemos as MÃES dizerem para as FILHAS "VIRA MULHER". Ao contrario, é comum ver pais, tios, primos, amigos etc etc dizerem para as moleques "VIRA HOMEM RAPÁ". 

Infelizmente o homem ocidental esta perdido a respeito de sua masculinidade. Acredito que a real, essa pequena luz que conhecemos tem um papel importante, de fazer o homem a se encontrar com o seu estado natural de homem.
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#9
(12-04-2017, 02:21 AM)Gattuso Escreveu: quando assisti o filme pela primeira vez eu nao entendi, nao sabia quem era tyler e quem era quem
depois na segunda vez eu percebi que tyler era um só
na terceira vez eu percebi que tyler era um cara tentando nao alimentar o sistema porque percebeu que o sistema era uma merda
na quarta vez eu pensei que tyler estava tentando acabar com o mundo acabando com o sistema, meio anarquista
na sexta vez eu vi que todos os caras estao na mesma merda e que todos desejam algo em comum
na setima vez eu entendi porque eles brigavam uns com os outros, era uma forma de voltar ao estado natural em meio a monotonia

agora pretendo assistir pela oitava vez e perceber algo novo

A nona vez é conferir quem é o autor da obra, um belo viadão.

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"Em setembro de 2003, Palahniuk foi entrevistado por Karen Valby, repórter do Entertainment Weekly. Durante a entrevista, de boa fé, Palahniuk deu informações referentes ao seu parceiro. Até então era considerado por muitos que ele era casado com uma mulher (alguns membros da imprensa alegaram que ele tinha uma esposa), mas, na verdade, Palahniuk estava vivendo com seu namorado. Algum tempo depois, Palahniuk chegou a acreditar que Valby ia publicar esta informação em seu artigo, sem o seu consentimento. Em resposta, ele fez uma gravação de áudio com raiva e o colocou em seu web site, não só revelando que ele era gay, mas também fazendo comentários negativos sobre Valby e um membro de sua família. Os temores de Palahniuk acabaram se revelando incorretos, o artigo de Valby não revelou nada sobre sua vida pessoal fora o fato de que ele era solteiro. A gravação foi mais tarde removida do site, fazendo com que alguns fãs acreditassem que Palahniuk estava envergonhado por sua homossexualidade. De acordo com Dennis Widmyer, o webmaster do site, a gravação não foi removida por causa das declarações a respeito de sua sexualidade, mas por causa das declarações negativas sobre Valby. Palahniuk depois postou uma nova gravação, pedindo a seus fãs para não reagirem de forma exagerada a esses eventos. Ele também pediu desculpas por seu comportamento, alegando que ele desejava que não tivesse gravado a mensagem. Palahniuk é hoje em dia abertamente gay e de acordo com um perfil e entrevista ao The Advocate em maio de 2008 ele e seu parceiro não identificado vivem em "um antigo complexo externo da igreja de Vancouver, Washington ". Ele e seu parceiro estão juntos há mais de vinte anos, depois de terem se conhecido enquanto Palahniuk estava trabalhando em Freightliner.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Chuck_Palahniuk"

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Uma primeira impressão que eu tive do filme era uma admiração mútua dos caras entre si no grupo que eles formava, mas uma admiração diferente. Pirou bastante minha impressão com a postura daquele gordo tetinha que queria a todo custo entrar no grupo, a princípio demonstrando um estilo efeminado, posteriormente uma polarização medonha que o único machismo acessível era o destrutivo e anárquico.
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#10
(13-06-2017, 12:59 AM)Mondragon Escreveu:
(12-04-2017, 02:21 AM)Gattuso Escreveu: quando assisti o filme pela primeira vez eu nao entendi, nao sabia quem era tyler e quem era quem
depois na segunda vez eu percebi que tyler era um só
na terceira vez eu percebi que tyler era um cara tentando nao alimentar o sistema porque percebeu que o sistema era uma merda
na quarta vez eu pensei que tyler estava tentando acabar com o mundo acabando com o sistema, meio anarquista
na sexta vez eu vi que todos os caras estao na mesma merda e que todos desejam algo em comum
na setima vez eu entendi porque eles brigavam uns com os outros, era uma forma de voltar ao estado natural em meio a monotonia

agora pretendo assistir pela oitava vez e perceber algo novo

A nona vez é conferir quem é o autor da obra, um belo viadão.

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"Em setembro de 2003, Palahniuk foi entrevistado por Karen Valby, repórter do Entertainment Weekly. Durante a entrevista, de boa fé, Palahniuk deu informações referentes ao seu parceiro. Até então era considerado por muitos que ele era casado com uma mulher (alguns membros da imprensa alegaram que ele tinha uma esposa), mas, na verdade, Palahniuk estava vivendo com seu namorado. Algum tempo depois, Palahniuk chegou a acreditar que Valby ia publicar esta informação em seu artigo, sem o seu consentimento. Em resposta, ele fez uma gravação de áudio com raiva e o colocou em seu web site, não só revelando que ele era gay, mas também fazendo comentários negativos sobre Valby e um membro de sua família. Os temores de Palahniuk acabaram se revelando incorretos, o artigo de Valby não revelou nada sobre sua vida pessoal fora o fato de que ele era solteiro. A gravação foi mais tarde removida do site, fazendo com que alguns fãs acreditassem que Palahniuk estava envergonhado por sua homossexualidade. De acordo com Dennis Widmyer, o webmaster do site, a gravação não foi removida por causa das declarações a respeito de sua sexualidade, mas por causa das declarações negativas sobre Valby. Palahniuk depois postou uma nova gravação, pedindo a seus fãs para não reagirem de forma exagerada a esses eventos. Ele também pediu desculpas por seu comportamento, alegando que ele desejava que não tivesse gravado a mensagem. Palahniuk é hoje em dia abertamente gay e de acordo com um perfil e entrevista ao The Advocate em maio de 2008 ele e seu parceiro não identificado vivem em "um antigo complexo externo da igreja de Vancouver, Washington ". Ele e seu parceiro estão juntos há mais de vinte anos, depois de terem se conhecido enquanto Palahniuk estava trabalhando em Freightliner.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Chuck_Palahniuk"

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Uma primeira impressão que eu tive do filme era uma admiração mútua dos caras entre si no grupo que eles formava, mas uma admiração diferente. Pirou bastante minha impressão com a postura daquele gordo tetinha que queria a todo custo entrar no grupo, a princípio demonstrando um estilo efeminado, posteriormente uma polarização medonha que o único machismo acessível era o destrutivo e anárquico.

Pesquisei a respeito do que citou, parece que realmente procede, mas não deixa de ser um filme relevante!
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#11
Parece que caras gays sabem mais de masculinidade que os homens héteros. Yaoming Jack Donovan que tem textos excelentes sobre masculinidade também é gay se não me engano...
"Compreendi o tormento cruciante do sobrevivente da guerra, a sensação de traição e covardia experimentada por aqueles que ainda se agarram à vida quando seus camaradas já dela se soltaram."  (Xeones para o rei Xerxes)

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#12
(21-07-2017, 07:48 AM)Héracles Escreveu: Parece que caras gays sabem mais de masculinidade que os homens héteros. Yaoming Jack Donovan que tem textos excelentes sobre masculinidade também é gay se não me engano...

Não se engana não.
  • Sem a visão de um objetivo um homem não pode gerir a sua própria vida, e muito menos a vida dos outros.
Leia: Nuvem de Giz
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#13
"A lógica interna desse sistema seria a mesma que faz o líder de um grupo de macacos tomar sexualmente todas as fêmeas e, ao mesmo tempo, subjugar os demais machos, que só ficam observando, frustrados, a farra de seu líder. Como um enorme animal-alfa, os centros de poder dessa sociedade (os centros financeiros e políticos) atuariam tal qual um chimpanzé que, para manter-se no topo da hierarquia, precisa reprimir os impulsos de todos os demais machos, a fim de evitar a competição por sua posição dominante."

É por isso que a real é desenvolvimento, somos nós que deveríamos estar no poder! E não esse monte de lixo!

Um aspecto interessantíssimo é o "mundo dos homens" e o "mundo das mulheres", sinto que ainda não entrei totalmente no mundo dos homens, é como um vazio, meu pai só foi presente fisicamente e não temos intimidade, somos estranhos, como acontece com a maioria das famílias, mas não estou para choramingar e nem ficar de mimimi, sou grato por tudo que ele fez.

Percebo isso em vários conhecidos, na sociedade atual muitos jovens (menos de 30 anos) ainda vivem no mundo das mulheres.

Meu primo foi criado pela mãe e vó, e é afeminado, não parece gay, mas dá para perceber que tem algo errado nele, como se fosse uma criança em um corpo adulto ou algo do tipo.

Quais livros ou filmes que se relacionam direta ou indiretamente ao "mundo dos homens" estou muito interessado nisso. Escrever um pequeno comentário do livro ou filme se puder. Grato.
David Goggins. A lei da semeadura não falha. A única coisa que a vida exige de nós é coragem. Somos prisioneiros dos nossos instintos e emoções e jamais seremos homens livres. A natureza se prepara para algo ainda pior.
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#14
(21-07-2017, 12:16 PM)Machado Annihilator Escreveu: "A lógica interna desse sistema seria a mesma que faz o líder de um grupo de macacos tomar sexualmente todas as fêmeas e, ao mesmo tempo, subjugar os demais machos, que só ficam observando, frustrados, a farra de seu líder. Como um enorme animal-alfa, os centros de poder dessa sociedade (os centros financeiros e políticos) atuariam tal qual um chimpanzé que, para manter-se no topo da hierarquia, precisa reprimir os impulsos de todos os demais machos, a fim de evitar a competição por sua posição dominante."

É por isso que a real é desenvolvimento, somos nós que deveríamos estar no poder! E não esse monte de lixo!

Um aspecto interessantíssimo é o "mundo dos homens" e o "mundo das mulheres", sinto que ainda não entrei totalmente no mundo dos homens, é como um vazio, meu pai só foi presente fisicamente e não temos intimidade, somos estranhos, como acontece com a maioria das famílias, mas não estou para choramingar e nem ficar de mimimi, sou grato por tudo que ele fez.

Percebo isso em vários conhecidos, na sociedade atual muitos jovens (menos de 30 anos) ainda vivem no mundo das mulheres.

Meu primo foi criado pela mãe e vó, e é afeminado, não parece gay, mas dá para perceber que tem algo errado nele, como se fosse uma criança em um corpo adulto ou algo do tipo.

Quais livros ou filmes que se relacionam direta ou indiretamente ao "mundo dos homens" estou muito interessado nisso. Escrever um pequeno comentário do livro ou filme se puder. Grato.

Tenho um amigo que foi criado com a vó e com a irmã mais velha. Ele fala alto, fala muito, só ele é o dono da verdade, fica estressadinho atoa, e é o famoso "nice guy".

A respeito do livro do mundo dos homens, esse citado no texto, HE a chave da psicologia masculina, é muito bom, recomendo.
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#15
Eu li o livro e assisti ao filme, e essa não deixa de ser uma visão interessantíssima sobre o assunto. Realmente muito bom.

O homem ocidental está beirando o abismo.
Aliás, ser homem hoje em dia é extravagante, preconceituoso e imoral.
Querendo ou não, somos a luz no fim do túnel.

"Os idiotas vão dominar o mundo. Não porque são bons, mas porque são muitos".
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#16
(23-09-2017, 11:19 PM)Jhon Capitão Escreveu: A respeito do livro do mundo dos homens, esse citado no texto, HE a chave da psicologia masculina, é muito bom, recomendo.
Já li, muito bom. Pretendo também ler SHE e WE.
David Goggins. A lei da semeadura não falha. A única coisa que a vida exige de nós é coragem. Somos prisioneiros dos nossos instintos e emoções e jamais seremos homens livres. A natureza se prepara para algo ainda pior.
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