23-01-2021, 10:14 AM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 23-01-2021, 10:15 AM por Guardião.)
6. Comportamento ambíguo
Sinais contraditórios, aberturas associadas a bloqueios, caracterizam a ambiguidade comportamental. Aproveitemos as aberturas sem ousar em exagero. Arrisquemo-nos sintetizando prudência e ousadia. A ambiguidade comportamental permite a manipulação das situações, de modo a gerar uma aparência de que somente nós estamos interessados (unilateralidade aparente do interesse), mas não elas. Atuemos implicitamente, aceitando as ambiguidades tal como são (“com certa dose de hipocrisia, como se não pensássemos nisso...” diria Eliphas Lévi).
Devolvamos a negação das intenções e o comportamento ambíguo. Avancemos sem assumir nossas intenções (não é isso que elas fazem conosco?), enquanto realizamos uma leitura geral das reações, preservando a severidade masculina. Em doses homeopáticas, expectativas nos são criadas, alimentadas e frustradas. Esperanças são cultivadas ao mesmo tempo em que bloqueios e impedimentos são estabelecidos.
A ambiguidade combina atrativos e bloqueios. Atrativos = simpatia, sorrisos, olhares convidativos, vestimentas provocantes, conivência com nossas exteriorizações de interesse, ausência de atitudes que nos indiquem claramente o desinteresse e, de forma geral, toda comunicação favorável transmitida por meio da linguagem corporal. Bloqueios = resistências, desculpas e justificativas para adiamentos e recusas. Desarticulação da ambiguidade = reforçar e solicitar explicitação dos bloqueios enquanto se aceita e se aproveita os atrativos até onde se possa.
O comportamento ambíguo se deve ao exagerado desejo de continuidade associado ao desinteresse, em variados graus, por nossa pessoa. O distanciamento fugidio será maior ou menor consoante as certezas que comunicarmos a respeito de nossos desejos, podendo mesmo, nos casos em que transmitimos certeza absoluta de apaixonamento, chegar ao extremo do distanciamento completo e até definitivo.
O motivo são as crenças inconscientes de que sempre as estaremos esperando e perseguindo como uns tolos. Razões adicionais para o comportamento dúbio podem ser ainda: o interesse em testar o próprio poder de sedução, o interesse em nosso destaque ou riqueza (se houver), a aversão mesclada à cobiça. As segundas intenções (“mulher interesseira”) costumam estar presentes e se originam da mescla entre cobiça e aversão, a qual as leva a tentarem se desvencilhar do indesejável retendo o desejável.
O desejo da continuidade mobiliza a indução da perseguição, a qual tem como resultados e metas: informar-lhes o quanto são desejáveis, confundir-nos (paralisando nossa ação enquanto nosso desejo é preservado), induzir-nos ao apaixonamento e, por fim, aprisionar-nos emocionalmente para que assumamos compromissos. Atuemos no ritmo delas, aceitando e estimulando o lado positivo e desejável dos comportamentos incoerentes.
Sejamos pacientes. Se aproveitarmos o pouco que nos for oferecido de bom, podemos aos poucos reverter a dubiedade e inverter nossa posição na relação, gerando interesse gradativamente maior. Para tanto, temos que aproveitar as aberturas existentes (pontos em que elas não estão blindadas), para insinuar o impressionismo e até impactar. Aproveitemos os aspectos favoráveis e convidativos, insinuando o impressionismo até onde alcancemos, e ignoremos os desfavoráveis.
7. Decadência familiar
Critérios seletivos
Nos dias atuais, os critérios para escolha de esposos costumam ser utilidade, conveniência, pragmatismo, salário, docilidade, gosto por crianças, companheirismo. Enquadram-se neste critério os “bons rapazes”, sinceros, trabalhadores e honestos. Os critérios para escolha de amantes são a atração sexual e o impacto emocional.
Enquadram-se neste critério os portadores de mau-caratismo, incluindo os traços da “tríade sinistra” de Johnasson e Schmitt. Portanto, os maridos geralmente não são escolhidos pelo grau de excitação e paixão que provocam em suas esposas, ao contrários dos amantes. É por isso que ficam com a parte pior e mais desinteressante: obrigações, trabalhos, despesas, preocupações e compromissos, entre os quais o de fidelidade, além da insatisfação sexual.
É também pela mesma razão que suas esposas não sentem grande atração sexual e nem tampouco paixão por eles, já que não os escolheram para o sexo mas apenas para ajudá-las nas dificuldades, enquanto os amantes, por outro lado, fazem com que suas pernas amoleçam. É nisso que foi transformado o casamento! Exceções não invalidam esta generalizada tendência.
O casamento, nos moldes em que se dá atualmente, perdeu o sentido e não traz vantagem alguma para o homem. É por isso que sou defensor do matrimônio perfeito e condeno as ridículas caricaturas de matrimônio em que se transformaram as uniões modernas. Nas uniões atuais o adultério é uma regra e não uma exceção.
A família do futuro
De acordo com os valores atualmente impostos pelos meios de comunicação em massa e pelos governos dos países ocidentais, o marido ideal deve ser um corno conformado e feliz (o tão apregoado “esposo compreensivo”), a esposa ideal deve ser uma adúltera (chamam isso de “liberdade sexual da mulher”) e os filhos devem ser induzidos à inversão de suas identidades naturais de gênero desde a infância. Aqueles que se rebelam contra esses valores são qualificados como preconceituosos e opressores, quando não como criminosos. Daí para a criação de leis repressoras que obriguem a adoção desses comportamentos à força há somente um passo.
Descaramento de algumas
Há mulheres tão descaradas que se casam voluntariamente com um homem e continuam apaixonadas por outro, chegando até mesmo a ter a cara-de-pau de exigir fidelidade e monogamia do infeliz marido, o qual viverá o inferno de não sentir-se amado durante toda uma vida.