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Nessahan Alita - Textos Complementares II
#1
Textos Complementares II

Por Nessahan Alita

Dados para citação:

ALITA, Nessahan (2009). Textos Complementares II. Edição virtual independente.


Palavras-chave:

desenvolvimento interior - sexualidade - sentimentos

Link dos livros para baixar: CLIQUE AQUI


Introdução

Continuemos os esclarecimentos iniciados no volume anterior.

Se você ainda não leu os livros, sugiro que o faça para evitar distorções.

O conteúdo destes textos não foi aqui introduzido para ser dogmatizado. São apenas pontos de partida para reflexões posteriores. Embora algumas idéias sejam direcionadas especificamente aos simpatizantes de estudos espiritualistas, nada impede que outras pessoas as conheçam.

Nunca sigam a ninguém, sigam apenas a si mesmos. E ainda assim tenham cuidado!

Boa reflexão.
Responda-o
#2
1. Correto entendimento do “sexo selvagem”

Quando menciono o “sexo selvagem”, refiro-me ao sexo intenso, em que o homem aplica sua força física de modo a “deixar a sua marca” na mulher. Isso não deve ser confundido com a depravação sexual de modo algum, pois não é a isso que me referi nos livros. Os beijos, abraços, toques, etc. devem ser intensos e fortes, de modo a fazer a mulher sentir a força do homem (o que popularmente chama-se “pegada”).

Entretanto, a intensidade do ato dependerá: da idade do homem, do seu vigor físico, do seu estado de saúde e de sua capacidade de manter-se aquém do umbral da ejaculação. Obviamente, um homem frágil terá que praticar o sexo suavemente, de acordo com sua condição. Um homem altamente luxurioso, que não suporta os movimentos intensos da mulher sem ejacular e que é incapaz de prolongar o ato sexual, necessitará praticar o sexo muito suavemente e talvez até tenha que abster-se de penetrá-la no início.

Neste último caso, poderá limitar-se a carícias leves até que se acostume, quando então poderá passar a carícias mais intensas. Homens que não resistem de modo algum à ejaculação e são incapazes de manter a castidade por muito tempo (e é este o caso de quase todos), podem modificar sua condição abstendo-se inicialmente da penetração enquanto se acostumam a manter a calma durante a excitação sexual. A empolgação mental e emocional, quando associadas à excitação sexual, tornam a contenção ejaculatória impossível. Aquele que for incapaz de manter-se calmo diante da mulher nua ou durante suas carícias eróticas jamais conseguirá penetrá-la sem ejacular.

Além disso, quanto mais exageradas são as carícias, mais difícil é o ato para o iniciante. O luxurioso não vê a mulher com naturalidade, pois padece de uma espécie de idolatria compulsiva pelo sexo e pelo feminino. Desespera-se de desejo. A solução de deste problema exige a capacidade de sentir a mulher com naturalidade, sem artificialismos. A calma mesclada à excitação erótica nos conduzem ao ponto de equilíbrio.

A penetração deve ser cuidadosa e as “estocadas” devem corresponder à capacidade de autocontrole, sendo reguladas pela necessidade de intensificar ou diminuir a excitação sexual. O que é intenso para uma pessoa pode não sê-lo para outra. Cada um deve regular a intensidade de acordo com sua condição. A intensidade da prática sexual depende das condições corporais das pessoas.

2. Sobre a magia sexual

Uma vez desarticuladas as artimanhas, joguinhos e infernos e conquistada uma (sempre relativa!) paz na relação, é hora de desfrutarmos do que as mulheres têm de melhor a nos oferecer: o sexo. Não me refiro à sexualidade inferior depravante e prejudicial mas a uma voluptuosidade erótica espiritualizada compreendida por poucos e que é chamada em ocultismo de “magia sexual”.

A magia sexual é uma forma de “prender” a mulher sexualmente a nós, já que são poucos os homens capazes de realizá-la. Para ser capaz de praticar a magia sexual, o varão deve ser capaz de “agüentar o tranco” da parceira. O impulso ejaculatório parte do cérebro e, portanto, somente aqueles que possuem um alto poder de concentração mental são capazes de detê-lo.

A prática constante da magia sexual promove o desenvolvimento de uma sexualidade oposta à comum e totalmente espiritualizada. O ser humano médio não consegue viver sem o orgasmo porque fez dele uma religião e se condicionou considerálo a principal forma de prazer existente. Nosso estado de ignorância não nos permite compreender que a felicidade do Espírito é muito maior do que qualquer prazer corporal terrestre.

Para nós, míseros vermes do lodo da terra, parece não haver felicidade maior que os gozos sensuais. O torpor de nossa consciência não nos permite compreender que a sensorialidade corporal pode nos conduzir muito além dela mesma, rumo ás profundidades da alma. Na prática da magia sexual, é importante conquistar uma parceira estável e manter-se bem longe da promiscuidade. Há outros prazeres e funções no sexo além da fornicação e da depravação promíscua. Sugiro ao leitor que pesquise sobre o assunto imediatamente. 

3. Ejaculação precoce e retardada

A ejaculação é um ato reflexo resultante da hiperexcitação mental. Ao atingir um grau de excitação extremo, o cérebro envia ao órgão sexual a mensagem de que chegou o momento de ejacular. O que leva o cérebro a enviar tal ordem são as imagens mentais luxuriosas. Se as suprimirmos da mente, suprimimos também a hiperexcitação. Logo, a chave para nos mantermos aquém da ejaculação é a mente limpa de pensamentos morbosos.

Quando as fantasias eróticas excitam o órgão sexual até um ponto extremo, que é o ponto de ejaculação, o cérebro “entende” que chegou o momento de ejacular e envia a ordem. Assim, o silêncio mental atua como se “enganasse” o cérebro. Durante o ato sexual, surgem na mente muitas lembranças, imagens e fantasias relacionadas a desejos insatisfeitos. As fantasias eróticas mais secretas se apoderam da mente e a levam a um estado de excitação crescente. Quando a excitação atinge certo nível, advém a ejaculação.

Aqueles que sofrem de ejaculação precoce normalmente possuem uma mente muito excitável. Entretanto, por meio da aquietação da mente podemos retardar a ejaculação e até suprimi-la. Suprimir a ejaculação é suprimir o orgasmo e não desfrutar do orgasmo ao mesmo tempo em que se tenta reter o sêmen (o que é prejudicial à saúde). É muito importante diferenciar ambas as coisas.

Suprimir o orgasmo é suprimir TODAS as fantasias eróticas e imagens luxuriosas da mente, o que inclui: lembranças de mulheres lindas, planos para se obter uma fêmea cobiçada, imagens de mulheres que gostaríamos de ter, mas nunca conseguimos, modalidades específicas de carícias que apreciamos e qualquer coisa relacionada a tudo isso. A excitação do órgão sexual deve se originar somente da realidade percebida pelos sentidos físicos (carícias e toques, contemplação da beleza da mulher etc.), jamais de formas mentais que estejam em nossa cabeça.

O masturbador goza com imagens mentais e por isso a masturbação não é recomendada. Contemplação de pornografia fortifica igualmente este vício mental, condicionando a imaginação. A ejaculação provém da imaginação morbosa. Evita-se a ejaculação quando se mantém a mente quieta durante o ato sexual. Se o menor pensamento luxurioso entrar na mente, desencadeia-se um processo ejaculatório. O fornicário fascina-se pela figura feminina e pelo prazer, abre sua mente para imagens mentais eróticas, identifica-se com elas, as saboreia.

Vive a ilusão de suas fantasias sexuais como se fosse uma realidade. Coloca toda sua atenção no órgão sexual, à espera do orgasmo, enquanto sua mente, desguarnecida, é invadida por múltiplas formas mentais1 que o dominam e arrastam. Temos que inverter o luxurioso processo psicológico da ejaculação.

Se estamos tomados pelo desejo de ejacular e queremos sair do atoleiro, o primeiro a fazer é focar a atenção na cabeça e não no órgão sexual.

A segunda coisa é parar a mente, ou seja, interromper o processos luxuriosos do pensamento.

A terceira medida é manter a calma, não empolgar-se. Então podemos iniciar a observação de nós mesmos, sem identificação, e acompanhar conscientemente aquilo que estamos fazendo: o ato sexual consciente. A observação consciente de si próprio não é possível se ficarmos pensando milhões de bobagens. Os milhões de pensamentos que temos são, em sua grande maioria, inúteis. Pode-se evitar a perda seminal, seja ela oriunda da fornicação ou da masturbação, mantendo-se vigilante e abatendo os pensamentos luxuriosos assim que comecem a brotar. A mesma tática vale para se proteger contra a possessão por qualquer outro defeito.

Quando somos negligentes e permitimos que os pensamentos brotem e se instalem, os mesmos logo se fortificam e se torna quase impossível removê-los. Daí a importância de antecipar-se. Quando as fantasias eróticas excitam o órgão sexual até um ponto extremo, que é o ponto de ejaculação, o cérebro “entende” que chegou o momento de ejacular e envia a ordem. Assim, o silêncio mental atua como se “enganasse” o cérebro. Há iogues hindus que conseguem evitar o orgasmo, retendo o sêmen, por anos a fio e o logram por meio do poder da concentração.

A verdadeira castidade se consegue quando se é capaz de ter relações sexuais por muito tempo com uma única mulher. Não se trata de ter uma ou outra relação sexual que dure horas, mas de manter-se longe do orgasmo por anos e, preferencialmente, até pela vida inteira. Tanto a ejaculação precoce como a ejaculação retardada devem ser evitadas, substituídas pela penetração viril não ejaculante. A pessoa comum não é capaz de viver sem o orgasmo. Transformou-o em uma necessidade. Alguns chegam mesmo a considerar a vida anti-orgásmica uma infelicidade, pois desconhecem os prazeres espirituais. São almas que somente gozam da felicidade ilusória dos sentidos e estão enamoradas pela matéria.

Entretanto, se lutamos por nos transformar, aos poucos compreendemos que há algo mais além do orgasmo e que é perfeitamente possível, e também preferível, viver sem ele. Não vejo oposição entre sexo e castidade. A meu ver, a castidade é incompatível com a promiscuidade e com o orgasmo, mas não com o ato sexual puro com uma única mulher. 

4. Correto entendimento da teoria

A teoria que defendo em meus livros exige a leitura de todos os volumes para ser corretamente compreendida. Os livros estão escritos em seqüência, sendo que cada um procura preencher lacunas e corrigir deficiências dos que o antecedem. A leitura parcial acarretará em interpretação deficiente dos seus conteúdos. Como prezo pela construção contínua do conhecimento, no caso de haver incompatibilidade absoluta (e não aparente) de idéias entre um trabalho e outro, deve prevalecer a idéia defendida no trabalho mais recente.

Baseio-me no estudo teórico e na experiência, sendo que ambos não são estáticos. Nunca é demais lembrar que proponho apenas uma linha de pensamento para reflexão. Não sou diferente de ninguém e aquilo que escrevo jamais substituiriam as orientações de um mestre verdadeiro (alguém que tenha atingido um estado de turya ou consciência desperta, como se diz na Índia). É por isso que não gosto que me chamem de “mestre”. Sou apenas um colaborador, um ajudante. Sei que as pessoas necessitam de mestres, compreendo esta necessidade, mas não posso atendê-la.

As pessoas sentem muito a falta de um mestre e isso é compreensível. Mas eles já vieram muitas vezes e deixaram suas orientações. Cabe a nós aplicá-las. Mestres verdadeiros foram Buda, Jesus, Maomé e muitos outros que vieram e com certeza ainda estão atualmente por aí. Um mestre é um homem inspirado por Deus, tão inspirado que às vezes sua alma se confunde com Ele. 
Responda-o
#3
5. Principais artimanhas e as soluções correspondentes

Segue uma lista das artimanhas mais comuns nos joguinhos femininos e dos principais meios de nos prevenirmos e de desarticulá-las.



Artimanha                                                                 Solução

Desaparecimento súbito                                                                  Antecipação e Encurralamento

Pedir o número do telefone e não ligar                                              Antecipação, Encurralamento e Insistência inesperada

Fornecer o número do telefone e não atender                                    Antecipação e Encurralamento

Adiamento infinito                                                                           Antecipação, Ultimatum e Insistência inesperada

Provocar o desejo e fugir                                                                 Antecipação e Encurralamento

Provocar o desejo e frustrar                                                             Antecipação, Ceticismo e Desmascaramento

Provocar o desejo para acusar de assédio                                          Antecipação e Desmascaramento

Simulação de apaixonamento                                                           Ceticismo, Encurralamento e Desmascaramento

Dissimulação das intenções reais                                                      Ceticismo, Encurralamento e Desmascaramento

Provocação de ciúmes                                                                     Desmascaramento

Provocação de raiva                                                                        Desmascaramento

Ataques histéricos                                                                           Silêncio, Afastamento e Ruptura

Traições leves                                                                                 Desfrute do possível, Término do compromisso e Ruptura

Traições pesadas                                                                             Ruptura definitiva


Não consideremos as soluções acima como receitas prontas a serem aplicadas mecanicamente. São somente sugestões que requerem critério e bom senso ao serem utilizadas. Não há garantia total de eficácia, pois, nos joguinhos da guerra da paixão, nunca há garantia total de nada. Apenas podemos dizer que as chances de resolver nossos problemas aumentam quando passamos a considerar as soluções aqui propostas como possíveis meios para desarticulação das situações indicadas. Para cada problema há múltiplas soluções possíveis.

Obviamente, não listei todos os problemas e nem tampouco todas as soluções existentes, apenas apontei alguns. 

6. Dois caminhos possíveis

No trabalho de conquistar a mulher almejada, visualizo dois caminhos básicos:

1. Um caminho curto e direto;

2. Um caminho indireto e longo;

Um caminho está posicionado em um extremo e o outro no extremo oposto. Entre ambos, há várias possibilidades e nuances. No primeiro caminho, explicitamos nossa intenção real, criamos uma situação clara e definitiva imediatamente após a conhecermos. Esta via não funciona com todas as mulheres e nem serve para todos os homens. Meu parecer é o de que somente dá resultado se a mulher já estiver previamente interessada, em altíssimo grau, em algo que tenhamos, seja qual for o interesse que a motive.

Aqui, a tolerância com a indefinição é zero desde o início. No segundo caminho, ocultamos a intenção e ao mesmo tempo estreitamos progressivamente a intimidade com atitudes cada vez mais comprometedoras, até o momento em que a convidamos para sair ou algo assim. Entendo que esta via é a mais funcional para os homens normais e a que surte mais efeito com as mulheres ditas “difíceis”. Muitas mulheres se ofendem (“O que ele pensa que eu sou?”) ao serem abordadas diretamente por homens normais (“Quem ele pensa que é?”).

Ficam indignadas e tendem a rechaçá-los, ainda que em seus íntimos fiquem gratificadas pela satisfação do desejo da continuidade. Apenas se o homem impressionar muito, por meio do impacto emocional correto, é que o caminho curto e direto dá resultados positivos. Quando não se dispõe desta capacidade, seja por razões econômicas, físicas ou de outra ordem, é mais razoável optar pela via indireta. Esta é mais longa e exige muita paciência. É durante o caminho longo que mais nos expomos aos efeitos desagradáveis dos joguinhos.

Quando não somos objeto de intenso interesse prévio, nos é exigido um comportamento não-sexuado especificamente em relação à mulher que nos interessa. Há que se entender bem: não se trata de um comportamento assexuado geral (em relação a todas as mulheres) mas de uma postura de desinteresse, ou de pouco interesse, apenas em relação à mulher que está barrando a aproximação. Isso significa: agir de modo altamente masculino, mas, ao mesmo tempo, agir como se ela não nos interessasse muito, o que difere totalmente de ser um simples “miguxo” sem pênis.

É claro que, se procedermos corretamente, as coisas evoluirão até um ponto em que ocultação não será mais possível e nem tampouco necessária: o momento da intimidade extrema. Se não houver interesse pré-existente, a tendência é sermos rechaçados porque a mulher procura nos manter distantes e não permite que revelemos nossos atrativos. Se você não é portador de atributos que impactam à primeira vista (altura, carrão, fama, destaque social etc.) necessitará de um contato mais ou menos próximo e prolongado para revelar seu lado interessante.

Sem adentrar ao campo de consciência feminino, é absolutamente impossível ativar a atração. Como poderia uma pessoa sentir atração por alguém cuja existência não é percebida? Mas a aproximação e o contato não serão possíveis se o homem escancarar a língua e ficar babando como um lobo. O máximo que se consegue com esse comportamento é deparar-se com uma muralha. Daí a necessidade de ocultar a intenção ao mesmo tempo em que se revela a masculinidade atraente enquanto se estreita a intimidade gradativamente.

É desnecessário revelar nosso interesse específico porque as mulheres já costumam acreditar que são desejadas. Então para que revelar algo que já é sabido? Para desconcertá-las, é muito mais eficiente gerar dúvidas do que reforçar certezas (e não é isso o que elas fazem conosco?). Tenho visto que os homens, quando se deixam tomar pelo desejo e se desesperam, costumam saltar etapas e atropelar fases, o que resulta em fracasso.

Isso ocorre porque deveriam ter optado pelo caminho indireto, mas não o suportaram. Imaginaram-se em pleno ato sexual com a mulher, foram tomados pelo desejo e não se concentraram nas etapas anteriores. Entre os dois caminhos aqui descritos, há várias nuances ou matizes, que podem ser escolhidas conforme as situações reais se apresentarem. 

7. Um tipo de mulher que merece confiança

Nos livros não descrevi muito a mulher virtuosa e tentarei agora suprir esta lacuna. Buscarei delinear o perfil feminino excluído das minhas críticas e que foi eliminado da maioria de minhas observações. A mulher confiável e que merece muita consideração possui as seguintes características:

1) É meiga, carinhosa e feminina;
2) Não faz joguinhos;
3) Não dissimula;
4) É sincera;
5) Não mente, fala a verdade;
6) Não trapaceia no amor;
7) Não age de forma dúbia (indefinida);
8) Não tenta manipular situações para receber amor sem dá-lo;
9) Não finge amor;
10) Não comete traições de nenhum tipo, sejam leves ou pesadas;
11) Não flerta com outros machos enquanto finge ter olhos somente para nós;
12) Não tem amiguinhos machos;
13) Não é conivente e nem tem pena de assediadores (incluindo os que fazem cara de bonzinhos);
14) Não vive saindo com as amigas;
15) Não nos dá falsas esperanças;
16) Não provoca o nosso interesse, a não ser que realmente queira algo conosco;
17) Não se mostra interessada para fugir em seguida;
18) Não atrai para repelir e nem para acusar de assédio;
19) Não nos inferniza com dúvidas;
20) Assume as conseqüências de seus atos e não tenta escondê-los;
21) Deixa bem claro o tipo de pessoa que é desde o início do relacionamento;
22) Não se finge de santa quando adota a opção de ter mais de um parceiro;
23) Dá mais importância à nossa pessoa do que às outras mulheres;
24) Veste-se decentemente ou assume as conseqüências por vestir-se da forma que não gostamos;
25) Não retribui o amor e a dedicação com frieza, desprezo ou rejeição;
26) Não retribui o companheirismo com chifres e nem com desinteresse sexual;
27) Nunca tenta sair sorrateiramente da relação;
28) Não desaparece subitamente, do nada;
29) Não pede o nosso telefone se não quiser realmente telefonar;
30) Não fornece o seu telefone se não quiser realmente atender;
31) Não provoca a nossa raiva;
32) Não acende o desejo masculino com o intuito de frustrá-lo;
33)Joga limpo no amor;
34) Não tenta nos dobrar pelo apaixonamento;
35) Não brinca com os nossos sentimentos;
36) Não se casa com um homem enquanto ama outro;
37) Gosta de nós pelo que somos e não pelo que temos;
38) Não quer o nosso dinheiro;
39) Valoriza as virtudes;
40) Sente forte aversão sexual pelos maus e cafajestes;
41) Sente forte atração sexual por um homem bondoso (desculpe, mas não consigo ficar sem dar uma boa risada ao escrever este item!!!!);

Essa é a mulher que NÃO nos desaponta e que NÃO se enquadra no perfil que nos deixa descontentes e contra o qual nos rebelamos. Uma mulher assim merece todo o nosso amor, fidelidade e dedicação. Mulheres decentes e honestas no amor e nos sentimentos, onde estão vocês? Apareçam!
Responda-o
#4
8. Uma guerra por um prêmio

É uma tendência comum, na guerra da paixão, que o sentimento de triunfo pertença àquele que conseguiu o que almejava desde o início. Não é a única forma existente de vitória, mas é uma das formas possíveis. Neste caso, o homem almeja satisfazer seu impulso através do ato sexual e a mulher almeja satisfazer seu desejo de preservação do interesse masculino (desejo de continuidade).

O homem somente se sentirá satisfeito se completar o ato e a mulher somente se sentirá (temporariamente!) satisfeita enquanto receber constantes demonstrações de interesse por parte do homem. Após a satisfação, o homem requer um tempo para que seu interesse pela mulher se renove. Portanto, podemos dizer que o erotismo masculino é descontínuo (alterna-se em um ciclo de interesse-desinteresse) enquanto o erotismo feminino é contínuo, pois a mulher nunca deixa de querer ser desejada, seu desejo de ser objeto de interesse do homem nunca arrefece.

O autor que me chamou a atenção para este pormenor foi Francesco Alberoni. Para além de Alberoni, entretanto, vejo uma incompatibilidade entre as metas masculina e feminina: ambas são mutuamente excludentes. É desta incompatibilidade que surge a guerra da paixão, as quais são batalhas do amor em que os homens bons e sinceros costumam perder. Não é possível que as duas partes saiam vitoriosas: se uma ganhar, a outra perderá.

Sob o ponto de vista em que estou abordando este conflito emocional agora, o ato de entregar-se sexualmente é visto pela mulher como uma derrota, daí as inúmeras exigências compensatórias. Por outro lado, o mesmo acontecimento é visto pelo homem como uma vitória, daí suas insistências, às vezes insanas, em conseguir o “prêmio final”. Ela se sentirá no triunfo enquanto for capaz de resistir-lhe, enquanto não der aquilo que ele tanto quer e for capaz de manter acesa a chama de tal desejo.

Se sentirá derrotada se o satisfazer, porque neste caso o desejo terminará. Mas também se sentirá derrotada se cair no extremo oposto, agindo de forma coerente ao ponto dos sentimentos masculinos se resolverem até que toda sombra de interesse acabe, pela desistência total. No curso desta guerra, ambos querem ganhar, ninguém quer perder. Mas os recursos utilizados não são, nem de longe, necessariamente honestos. As armas são os joguinhos infernais e malditos. E as mulheres são aquelas que mais os dominam.

O sofrimento que advém da paixão é o sofrimento da derrota. Sofremos porque não ganhamos, porque nos sentimos derrotados, nos sentimos por baixo. Quando saimos vitoriosos, o sofrimento é transferido à outra parte. Mas há uma maneira melhor, não tão vil, de escaparmos desse sofrimento: vencer a paixão dentro de nós. A vagina é uma espécie de prêmio. Se o homem for vitorioso, o prêmio será seu. Se a mulher for vitoriosa, o prêmio continuará com ela. A guerra é para decidir quem ficará com o troféu.

O homem sábio e experiente não luta desesperadamente pelo troféu. Sabe que, se o fizer, estará caindo diretamente na armadilha, mergulhando de cabeça na derrota. Ao invés disso, desarticula as artimanhas e acaba com as possibilidades de conflito. O homem experiente transcende a guerra da paixão, a deixa para trás. 16 Enquanto teimamos, insistimos e pressionamos, por qualquer caminho que seja, para satisfazer o nosso desejo, estamos conferindo a vitória à mulher porque estaremos lhe dando a chance de resistir.

Somente lhe roubamos o triunfo quando nos aliamos à sua resistência, impelindo-a na mesma direção em que resiste. Então utilizamos sua própria força para desarticular sua artimanha, conduzindo-a, por seus próprios esforços, a uma postura inequívoca e ausente de ambiguidades. É assim que roubamos o triunfo da parte feminina e dissolvemos o conflito. O que importa, nas batalhas do amor, é resolver os nossos sentimentos e não forçar a outra pessoa a fazer aquilo que não quer.

E os sentimentos são resolvidos quando as dúvidas se dissipam totalmente. Você não conseguirá arrancar dela as respostas necessárias pela discordância, mas somente pela concordância. As verdades que elas teimam em esconder não podem ser arrancadas pela oposição, mas podem ser evidenciadas quando concordamos e nos aliamos às suas resistências teimosas, levandoas mais longe até mesmo do que as espertinhas haviam planejado. Aceite as resistências e leve-as até as últimas consequências e a verdade aparecerá.

Então as dúvidas se acabarão e a situação estará resolvida. Entendo que é um erro grave resistir para um lado enquanto a mulher resiste para o lado oposto. Este cabo de guerra lhes confere vitória. É claro que o princípio da não-resistência, que descrevi neste capitulo, deve, como todos os outros, ser corretamente dosado e mesclado com princípios opostos, conforme as circunstâncias se apresentem.

Podem existir situações em que este princípio não seja o mais indicado ou seja até prejudicial. Via de regra, funciona bem quando as espertinhas simulam não querer algo (um encontro, por exemplo), mas, no fundo, querem que insistamos e insistamos infinitamente, para inflar-lhes o ego.

9. Desarticulação antecipada

Imaginemos um caso hipotético. Suponhamos que você se depara casualmente com uma mulher que muito te agrada. Ela lhe parece perfeita e você realmente gostou muito dela! Então você pede um número de telefone e ela te fornece com toda amabilidade. Tudo indica que as coisas estão indo muito bem: sorrisos, olhares, conversas maravilhosas! Suas esperanças crescem! Você liga para ela no dia combinado e então...ela não atende, deixa o telefone desligado ou algo assim!

Ou então suponhamos que você consiga marcar um encontro e ela corresponda totalmente. Cheia de pretenso entusiasmo, ela concorda em vê-lo em tal data. Mas, no dia do encontro, ela simplesmente não aparece. Em ambos os casos, você foi vítima de uma trapaça amorosa. Coisas assim já te aconteceram? Com certeza que sim, pois tal comportamento é uma regra e é previsível.

Quais foram os seus erros? Primeiro: acreditou nela. Segundo: entusiasmou-se. Terceiro: não criou uma situação encurralante definitiva, que a obrigasse a mostrar a verdadeira cara. Frustrar compromissos amorosos, amavelmente assumidos, é uma regra adotada por muitas mulheres e as situações encurralantes são as condições que criamos para que suas verdadeiras intenções se revelem. Como se trata de uma tendência dominante, a frustração é algo previsível e esperado, sendo muito mais fácil antecipá-la para prevenir do que remediar.

Como a trapaça e a frustração são as regras, sempre que marcarmos um compromisso amoroso com uma mulher (telefonema, encontro, passeio etc.), é indispensável “prendê-la” por meio de situações encurralantes que definam a situação antes que a espertinha tente frustrar-nos. Como as trapaças são uma regra, não devem constituir surpresa e, a bem da verdade, tratam-se somente de algo esperado e previsível. Logo, o meio mais sensato de combatê-las é pela via profilática: desarticulá-las antes que se iniciem.

O momento mais propício para desarticulá-las é aquele em que tudo está maravilhosamente bem (o momento em que nossas esperanças começam a crescer). Nada de entusiasmo! O momento em que ela acena com um futuro (próximo ou distante) maravilhoso, é o momento de exigir garantias de sinceridade, honestidade, coerência e transparência. É também o momento de comunicar regras claras que evitem a indefinição, o desaparecimento súbito e outras infernizações. Costuma dar resultado exigir antecipadamente o cumprimento dos compromissos assumidos.

O que importa é sair na frente e chegar antes, não deixando que a trapaça aconteça, ou seja, abortá-la antes do nascimento.

10. Lidando com os sinais contraditórios

Ao interessar-se por uma mulher e tentar aproximação, o homem se depara com sinais contraditórios. Alguns sinais são favoráveis à aproximação enquanto outros são desfavoráveis. Orientar-se em meio a esta confusão de sinais ambíguos constitui uma das grandes dificuldades no ato da aproximação. Ao mesmo tempo em que a mulher parece estar interessada, ela parece não estar.

Os sinais contraditórios mesclam-se em uma confusão infernal, propositalmente criada, que permite à espertinha esquivar-se das investidas sob o argumento de que “não está interessada” ou que “você entendeu tudo errado”. Em alguns casos, esta ambiguidade permite até mesmo que a mulher acuse o homem de assédio, apesar dela ter-lhe enviado sinais favoráveis. É a ambiguidade que permite a falsa acusação de assédio sexual: a mulher atrai o homem por meio de sinais favoráveis, como o pescador atrai o peixe com a isca do anzol.

Devido a esses perigos, o homem procura por certezas, mas somente muito raramente as encontra. Pelo comum, as certezas somente são oferecidas por mulheres muito desesperadas, seja por serem interesseiras, seja por serem excluídas do critério seletivo dos homens, seja por estarem sendo tragadas vivas pelo desejo de serem invejadas pelas rivais.

A procura masculina por certezas se deve à necessidade real de não se expor aos perigos da falsa acusação, das armadilhas de atrair e fugir, de atrair e repelir, de extorquir dinheiro por meio de manipulações etc. É justamente por tais motivos que a certeza é negada e que nos é oferecida a ambiguidade do comportamento paradoxal. E é também por tais motivos que temos que desenvolver meios de obter certezas, desarticulando as artimanhas do comportamento de duplo sentido.

Assim, sempre que você estiver na fase de aproximação e abordagem, tenha em mente isso: ela te enviará sinais contraditórios e se comportará de forma dupla, porque quer tê-lo na palma de sua linda mãozinha. Quer domá-lo como um cão, através do desejo, colocar-lhe cabrestos (ou melhor, coleira, mas dá no mesmo) e conduzí-lo para onde lhe der vontade. Esse jogo de duplos sinais visam preservar o seu desejo e a sua dúvida, impedindo-o de ter certezas. Ela jogará até o extremo e não se cansará, porque este jogo a excita.

Quanto mais você jogar, mais ela irá gostar e será capaz de manter a indefinição por anos a fio, sem a menor perturbação. Você poderá desmontar esta artimanha insistindo nos sinais desfavoráveis, e não nos favoráveis, incitando-os até um ponto em que a duplicidade desapareça ou então aplicando um “ultimatum”. Você não desmontará esta artimanha se insistir em forçá-la a intensificar os sinais favoráveis, porque estará lhe dando a oportunidade de opor resistência e de sentir-se desejada e “perseguida”. Entretanto, convém aproveitar os sinais favoráveis e “capturá-los” conforme apareçam, não deixando escapar oportunidades, e entrando pelas portas que vão sendo abertas, mas sempre atento a qualquer atraiçoamento repentino.

Conforme a situação, pode-se, algumas vezes, repelir as oportunidades ou, em outras, aproveitá-las para se avançar um pouco mais. Há casos em que se deve até mesmo atacar os sinais favoráveis, rechaçando-os resolutamente quando a mulher se mostra interessada, de maneira a atingí-la fortemente nos sentimentos. Tais casos se verificam quando a má intenção feminina é muitíssimo evidente.

11. Dois referenciais

O desejo feminino é referenciado pelo desejo das fêmeas rivais e pelo grau de (des)interesse masculino (desejo da continuidade). Analisemos o primeiro caso e depois o segundo. As rivais são principalmente aquelas que a mulher considera mais atraentes do que ela mesma e a fazem se sentir ameaçada em seu poderio.

Se as rivais desejarem um homem específico, nossa amiga também irá desejá-lo (uma projeção inconsciente deste traço comportamental é que levou algumas teóricas feministas a ingenuamente acreditarem que nós, os homens, também funcionamos assim). O motor do desejo neste caso são a inveja e a competitividade (que estão entre as fraquezas fundamentais). Isso significa que, se nossas companheiras acreditarem que nenhuma outra mulher se interessa por nós, elas também não se interessarão (estou me referindo ao interesse sexual).

Poderá nos manter presos, motivada por segundas intenções, mas definitivamente não se sentirá realizada sexualmente. Significa também que, se uma mulher específica que te interessa está te rejeitando, é porque acredita que não há outras melhores atrás de você. O desejo feminino é referenciado, também, pelo grau de desinteresse masculino.

Quanto mais interessado um homem se mostrar por uma mulher específica, menos interesse nela despertará. Isso significa que, se você der a entender que apenas a “aceita” mas não a deseja muito, terá maiores chances de conquistá-la ou mantê-la. Mas veja bem: não transmita a idéia de que é assexuado, mas sim de que é um macho exigente e altamente seletivo, que somente se interessa pelas melhores e não aceita qualquer uma.

Em casos extremos, podemos até mesmo executar uma “rejeição seletiva”, isolando uma espertinha esnobe enquanto premiamos outras garotas/mulheres, legais e amigáveis, com nossa preciosa atenção e cuidados. A comunicação de desinteresse as deixa indignadas. Combinando os dois referenciais, temos o seguinte resultado lógico: a mulher deseja aquele que não a deseja e que, ao mesmo tempo, é desejado por outras, que com ela rivalizam em atratividade.

Portanto, para que ela te queira, necessita acreditar que você não a deseja muito e que outras mulheres te querem. Se as impactamos com esta ferramenta, quebramos suas blindagens com a mesma eficiência com que nossa blindagem é quebrada com decotes e saias curtas. 

12. Dor de amor

Quando sofremos dores de amor, não adianta reprimir o sentimento e nem tentar sufocá-lo. Tampouco adianta nos entregarmos (como elas se apressam em nos aconselhar), deixando que o sentimento nos domine. O ideal é separar-se do mesmo para compreendê-lo via observação. Um ponto importante é não esconder de si mesmo o que se sente.

Embora não seja prudente admitir para os outros o que sentimos (menos ainda para a mulher amada!), é extremamente importante que sejamos sinceros conosco. Não ser sincero consigo mesmo equivale a ser estúpido. Pode-se aliviar dores de amor oriundas de abandono súbito ou de outras formas de traição por meio da reflexão interior, profunda e objetiva.

Com a mais absoluta sinceridade, sem identificar-se, admita e confesse, para si mesmo, o que você realmente sente pela espertinha. Com profunda atenção e concentração do pensamento, pergunte para si mesmo: Quais são os sentimentos mais profundos que tenho por ela? O que eu realmente gostaria que ela fizesse?

O que mais me faz falta? O que mais me magoou? Quais são as características dela que mais me atraem? Por que sofro tanto com o abandono? Estas são apenas algumas perguntas possíveis e servem somente para começar... Quanto mais nos tornamos conscientes dos sentimentos que temos, tanto mais livres dos mesmos nos tornamos. É por isso que Sócrates e Jesus Cristo diziam que o conhecimento da verdade é a chave para a libertação da alma.

Realmente, o sofrimento provém da ignorância. No caso específico das dores de amor, o sofrimento provém de inúmeras ilusões das quais não estamos conscientes. Entendo que devemos confessar nossos sentimentos ao nosso Deus Interior, pedindo a Ele a libertação de nossa alma. 
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#5
13. Libertando a alma

Mudando o destino

É direito de todo homem transformar-se em alguém distinto do que sempre foi. Todo homem tem o direito de modificar-se e mudar, assim, a sua vida. Temos o direito de pensarmos hoje de uma forma totalmente distinta, e até contrária, da que pensávamos ontem. Temos o direito de adotar novas concepções, novas ideologias, novas posturas, novas atitudes, novas condutas e novos comportamentos. Permanecer petrificado no passado, estático, é não evoluir. Aquele que se aperfeiçoa necessariamente se modifica, se transforma em outro.

É por isso que temos que adotar uma construção contínua de nossas concepções. Ao longo da existência, sofremos muito emocionalmente. Nosso sofrimento existencial tem como origem fundamental, a meu ver, o aprisionamento da alma nos impulsos animais. Tais impulsos são distorções de instintos naturais puros que se deformam pela mente abstrata quando atingimos o estado humanóide. Se antes serviam para guiar a alma e proteger o corpo físico e espécie, agora a escravizam e a arrastam como folhas ao vento, rumo à destruição.

O sofrimento que se origina do desejo insatisfeito, das trapaças e artimanhas egoístas da pessoa que amamos, da paixão amorosa, da traição, do ódio etc. tem sua origem nos impulsos animais. Nós somos animais em fase de humanização, motivo pelo qual temos que transcender os impulsos. Permitir que os impulsos cegos nos guiem é lançar-se de cabeça no precipício. Não devemos “sufocar” os impulsos, devemos transcendê-los. A vida é uma rede de caminhos, com muitas ramificações. Os desejos nos atraem através dessas estradas e constroem nosso destino.

Cada atitude tem múltiplas conseqüências que se desdobram no tempo. O que somos hoje resulta de opções feitas no passado. Como o desejo desrespeita o livre arbítrio, nosso destino é tecido de forma inconsciente em grande medida. Ao cairmos em determinada situação, o fazemos como resultado de termos enveredado naquela direção anteriormente. Se houvéssemos enveredado em outras direções, estaríamos agora em outras situações (efeito borboleta). Convém sempre prestar atenção nos possíveis desdobramentos futuros de nossos atos grandes e pequenos, para evitar aquilo que possa prejudicar a nós ou aos outros. Assim evitamos adquirir dívidas kármicas.

Se uma pessoa briga com outra, isso se deve a que ambos enveredaram por este caminho em um passado recente ou distante. Se não houvessem de modo algum entrado na via conflitiva no passado, não estariam agora em conflito, o conflito não seria possível. Podemos evitar desentendimentos com a parceira, com familiares ou amigos antecipando-nos e os evitando. Antes que um conflito se estabeleça, há muitos sinais que denunciam o fato de estarmos enveredando por aquele caminho. Parece-me melhor prevenir do que remediar, embora necessitemos conhecer, também, os meios de remediação.

Para mudar o rumo da nossa vida, temos que começar evitando os erros antes que surjam e nos desviando de caminhos destrutivos. Isso vale para coisas grandes e pequenas. Se não consigo abster-me de um copo de álcool quando estou em um bar, então não devo entrar no bar. E se não consigo evitar entrar em um bar quando me encontro com um amigo, então não devo encontrar este amigo, pelo menos até o dia em que eu esteja curado deste vício e possa, então, influenciá-lo para que vá comigo a outros lugares melhores.

Qualquer ato ou situação destrutiva pode ser analisado em busca de suas origens. Um homem pode beber porque encontra um amigo e pode encontrar um amigo sempre que vai a determinado local. Mas poderá ir àquele local sempre que queira algo específico, que aparentemente nada tenha a ver com o amigo ou com o vício. A cadeia de eventos que se sucedem no tempo em relação causal não tem um limite definido.

A morte dos detalhes nos oferece a oportunidade desviar completamente o rumo existencial programado pelos egos de acordo com a lei de recorrência, lançando-nos em um caminho cuja direção, a partir dali, será determinada conscientemente em grande medida. Pequenos atos, aparentemente inofensivos, podem ter graves desdobramentos indesejáveis. Daí a importância de nos vigiarmos. A manifestação de um pequeno detalhe abre caminho para a manifestação de outros defeitos, cada vez maiores e mais graves.

É muito mais fácil evitar o primeiro deslize do que sair da lama após estarmos atolados até o pescoço. Porém, se já estamos atolados na lama, e este é o caso da maioria de nós, temos que evitar afundar ainda mais e também evitar trilhar este caminho na próxima oportunidade, a qual surge todos os dias. Aqueles que todos os dias trilham este caminho para o “atolamento total na lama”, reforçam este caminho e o tornam mais e mais largo. Mas possuem também, todos os dias, a oportunidade de não começar a trilhá-lo e aí reside a chave para sua salvação.

Devem descobrir o antes do antes, onde se localiza o ponto em que se iniciou a trilhá-lo, antecipar-se ainda um pouco mais e manter-se ali. Naquele ponto de início do ato delituoso encontra-se um importante detalhe a ser vigiado. Uma seqüência de atos que, um após o outro, nos aproximam mais e mais de uma catástrofe tem seu início em algo aparentemente inofensivo. Ali reside o ponto inicial sobre o qual devemos operar. Para nos livrarmos das garras de um comportamento destrutivo, temos que conhecer suas causas. No nível tridimensional do mundo físico, tais causas radicam nos atos, pensamentos e situações que antecederam o comportamento no tempo e que deveriam ter sido evitados.

Se o fossem, não teríamos chegado à situação atual. O que importa é começar uma nova vida. E não se pode começar uma nova vida quando se preserva os elementos que originaram a antiga vida indesejável. Para começar um nova vida, temos que alterar aquilo que está originando os problemas na vida atual. Em alguns casos, vale a pena mudar de casa, estreitar amizades com pessoas diferentes daquelas com que nos associamos para originar os problemas, fazer coisas novas e deixar de fazer as coisas antigas que sempre resultaram, em uma cadeia muitas vezes longa de eventos, em situações catastróficas para nós ou para nossos semelhantes.

No caso do amor, entendo que não devemos nos envolver com uma pessoa que torne a nossa vida pior. Devemos nos envolver com alguém que nos permita tornar sua vida melhor ou então procurar outra pessoa para um relacionamento amoroso. E se o desejo de nos envolvermos com pessoas complicadas for muito forte, temos que descobrir onde estão as causas deste desejo (o porquê, antes do porquê, que estava antes do porquê...). Temos que retroceder até onde sejamos capazes. 

Não nutrir os defeitos

É fundamental cortar a alimentação dos defeitos que almejamos dissolver. Cortase a alimentação evitando-se as situações que os favoreçam. É contraditório permitir-se cair em situações favoráveis aos desejos ao mesmo tempo em que se objetiva eliminálos. O pretexto de lançar-se a tais situações com o intuito de observar o Ego é uma armadilha do mesmo para subsistir pois se trata de um uso equivocado do ginásio psicológico.

Lançar-se ao ginásio para “desfrutar” do sabor dos acontecimentos, ao invés de descobrir tais desfrutes fascinatórios para nos apartarmos deles, nos leva a uma escravização ainda maior aos “eus”. Portanto, o mesmo ginásio psicológico que serve à descoberta e à liberação da alma pode servir para o seu encarceramento se for tomado de forma errônea.

Uma pessoa viciada em películas pornográficas não conseguirá se libertar das mesmas se continuar a assistí-las sob o pretexto de “estudar a luxúria”. Na verdade, não estará estudando nada porque estará identificado. Um viciado em drogas não conseguirá se libertar do vício se continuar se encontrando com seus amigos viciados sob o pretexto de “estudar seu próprio vício”.

O que eles deveriam fazer? Descobrir os elementos psíquicos que iniciam tais processos auto-destrutivos, eliminá-los e desviar totalmente o rumo de seus caminhos. O viciado em pornografia deveria não mais passar perto de bancas de jornais ou cinemas, o viciado em drogas deveria mudar de cidade e travar amizades com outras pessoas. Assim, evitando as causas, livramo-nos das conseqüências. De nada adianta lutar contra os defeitos, observar os pensamentos etc. se os estamos fortificando a todo momento por canais insuspeitados.

Em suma, interrompemos a alimentação dos defeitos e ocasionamos o seu definhamento quando nos acostumamos a reagir imediatamente à sua tênue aproximação, não permitindo que o mesmo se instale. A aproximação do mesmo em qualquer centro é rapidamente detectada por aquele que se encontra em estado de alerta. 

Momentos a aproveitar

Há momentos em que as paixões e desejos arrefecem e nos deixam em paz, temporariamente. Esses são momentos em que devemos trabalhar intensamente sobre esses elementos psíquicos para enfraquecê-los, afastando da mente todos os pensamentos relacionados e nos apartando de situações que costumam nos levar ao fundo poço. Antes que os momentos indesejáveis retornem, isto é, antes que os desejos e paixões contra os quais estamos lutando nos importunem novamente, temos que trilhar outros caminhos que nos conduzam a direções diferentes e evitar os mesmos caminhos viciados, pelos quais sempre terminamos atolados até o pescoço.

Os momentos de arrefecimento costumam suceder à satisfação dos desejos (o que não significa que devamos nos entregar à satisfação para provocá-los). São momentos em que chega realmente a parecer que não seremos mais atormentados pelos indesejáveis impulsos novamente e que estamos definitivamente satisfeitos, para sempre. Entretanto, o equívoco de tal idéia não demora por se revelar: após um lapso de tempo, curto ou longo, a insatisfação retorna e o desejo pressiona novamente por satisfação.

Aqui há um ponto importante a ser considerado. Acontece que o retorno do desejo não se dá de forma abrupta. Antes de sermos sacudidos novamente pelo impulso propriamente dito, surgem pequenas reminiscências, pequenas recordações, pensamentos ou atos que marcam o início da manifestação que logo se repetirá. Tais reminiscências sutis e quase imperceptíveis não são difíceis de desintegrar por não terem ainda tomado força. Se nos mantivermos vigilantes contra as mesmas muito antes que apareçam, antecipando-nos à manifestação, podemos detectálas no exato momento em que principiam a brotar e reagir imediatamente.

De que maneira devemos reagir? Rompendo a identificação e orando pela desintegração daquele impulso, o qual ainda é sutil nesse nível de manifestação. O fato da manifestação ser ainda débil facilita imensamente a dissolução, motivo pelo qual é sumamente importante não permitir que a mesma se fortifique e cresça, o que se verifica rapidamente após poucos segundos de negligência. Basta que permitamos que um simples pensamento delituoso se instale para que logo não consigamos nos livrar dos seus resultados nefastos.

Pelo caminho acima descrito, podemos libertar nossa alma dos desejos sexuais perigosos, das paixões amorosas violentas, dos ciúmes destrutivos, da ira, do trágico ódio e de todos os impulsos negativos e prejudiciais que fazem adoecer a nós ou ao próximo. Sem libertar a alma dos impulsos animais, não é possível transcender os infernos da relação amorosa e nem tampouco outros infernos psicológicos correlatos.

Quem não emancipa sua alma fica preso aos sofrimentos internos, entre os quais o sofrimento amoroso. 

A mente é um problema

A mente é a grande inimiga do ser humano. Sofremos porque pensamos. As paixões se fortificam e nos dominam porque pensamos. Pensar, lembrar e imaginar são formas de fortificar o desejo. O desejo tem a mente como fundamento. Se não lembramos, não desejamos. Desejamos porque pensamos. Por isso a quietude da mente é nossa preocupação contínua e principal.

Mas há pensamentos insistentes que voltam, voltam e voltam, trazendo seus desejos consigo. A minha explicação para isso é a seguinte: tais pensamentos são o produto secundário de pensamentos primários ocultos. Em outras palavras: pensamentos que não enxergamos ou não damos importância (por parecerem inofensivos) abrem caminho para outros pensamentos, cujo caráter prejudicial nos incomoda e nos preocupa. Antes de um pensamento insistir, é precedido por outros pensamentos precursores.

Pensamentos inocentes abrem espaço em nossa mente para pensamentos piores. Daí a importância de vigiar. A libertação da alma está no esquecimento. Vigiando a mente, nos antecipamos aos maus pensamentos e, consequentemente, aos desejos que os mesmos trazem. 

Prejuízos dos desejos

Temos visto, através da televisão e dos jornais, como os desejos conduzem as pessoas à desgraça. E quanto mais nos ocupamos com os mesmos desejos, tanto mais os reforçamos. Quanto mais nos debatemos, tanto pior. Quanto mais nos entreguemos, igualmente pior. A solução está em um terceiro caminho, que é o da morte do Ego (observação sem identificação, acompanhada de compreensão e oração).

É um erro tentar conter ou reprimir nossas próprias atitudes ao mesmo tempo em que as reforçamos com pensamentos e lembranças. Para dissolver a paixão, temos que descobrir em nós mesmos tudo o que esteja relacionado a ela e nos apartar de tudo isso.

Uma causa do fracasso

Uma das razões pelas quais fracassamos em superar nossos defeitos é a interrupção da vigilância e/ou da devoção. Há momentos em que somos absorvidos pelas preocupações mundanas do dia a dia e nos esquecemos da dedicação integral ao Espírito. São momentos em que nos distraímos com compromissos que nos parecem muito importantes, mas que no final das contas não servem para nada.

Os momentos de negligência são também chamados de “noite espiritual”. Os eus se fortificam sutilmente em tais fases obscuras e irrompem com tudo repentinamente, arrastando-nos sempre um pouco mais para o fundo do poço.

Nos momentos da noite, temos a impressão que tudo está bem e que não necessitamos cuidar da vigilância e da oração. Então os resultados nefastos não demoram. A solução para tal problema consiste em não permitirmos nunca que a vigilância e oração arrefeçam, pondo especial cuidado nos momentos em que nos sentimos seguros.  
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#6
Aforismos anexos

Atos de vontade

A vontade se confirma por atos e não por simples pensamentos ou intenções. Não conseguiremos modificar nossos comportamentos, pensamentos e sentimentos simplesmente fazendo esforços sobre nós mesmos sem confirmá-los com atitudes que correspondam aos novos padrões. Fazer esforços corretos é importante, mas cooperar com tais esforços atuando conforme um novo comportamento é imprescindível. Quanto mais reiteramos um novo comportamento, tanto mais ele se consolida em nossa natureza. A modificação do comportamento é algo gradativo. Exige paciência e persistência. Ninguém vira o oposto do que é de um momento para outro.

Solidariedade

Devemos ser solidários com os fracos, não desdenhar deles, e compreender que cada um está em seu próprio nível. O que para um é algo fácil de ser conseguido, para outro pode ser sumamente difícil.

Atenuando a irritação

Quando uma pessoa nos irrita, podemos atenuar a irritação mantendo viva na consciência a recordação de que há nela outra parte diferente daquela que hora se manifesta. Com isso, nos colocamos acima da situação, nos protegemos e até podemos auxiliá-la. Esta é uma boa forma de evitar brigas com a parceira. Enxerguemos além da pessoa que age de forma que não gostamos, buscando o seu verdadeiro Ser. Toda pessoa possui uma parte superior que pode se manifestar através dela em diversos graus.

Ponto de ebulição

A alma que alcança a compreensão profunda de que é escrava de um desejo que a prejudica pode chegar ao ponto de chorar.

Mulheres que nadam contra a corrente

O mundo está perdido e a maldade humana parece não ter mais fim. Entretanto, ainda há pessoas de ambos os sexos com bondade dentro de si. Há mulheres que não abandonam seus homens e permanecem com eles até o final, mesmo nas doenças. Entretanto, elas não são muitas por um simples motivo: nas pessoas de ambos os sexos prevalece o egoísmo. Ainda assim devemos amar a humanidade e auxiliá-la, pois, no fundo, o ser humano não compreende o que faz. O ser humano é ignorante e não enxerga que, ao prejudicar o próximo, está prejudicando a si mesmo.

Parece-me que a maldade feminina é exercida mais no âmbito do egoísmo sentimental enquanto a maldade masculina é exercida e sofisticada em outros campos e tem, por tal razão, um espectro mais amplo. As mulheres que se diferenciam destoam da  tendência comum. Essas mulheres excepcionais que nadam contra a corrente são tão raras quanto os homens que as merecem.

Amor verdadeiro

Amar pessoas agradáveis é fácil. O difícil é amar pessoas desagradáveis, mesquinhas, mentirosas, traiçoeiras, trapaceiras etc. Eis aí o mérito. Entretanto, isso não significa que devamos ser idiotas de deixar que as pessoas más façam conosco tudo o que queiram.

Alívio para a alma

O feminino é um consolo para a nossa dor e sofrimento, sem o qual nossa vida se torna insuportável. O abraço carinhoso de uma mulher proporciona alívio para a alma. Sabendo disso, algumas espertinhas mal intencionadas se aproveitam desta fraqueza para nos tomarem por aí. Somente o andrógino divino (que principia no estado angélico e o ultrapassa) pode viver sem o complemento sexual oposto, pois o desenvolveu dentro de si mesmo. Ele está além do homem.

Fascínio

Consideramos as mulheres tão lindas e adoráveis porque a luz astral satura o nosso sistema nervoso, criando uma ilusão altamente fascinante e irresistível. Não as enxergamos em realidade, vemos apenas sua beleza ilusória. É esta beleza que chega até nossa mente.

Eliminar a luxúria

Temos que dissolver as paixões luxuriosas para nosso próprio benefício e não para atender a conveniências morais ou a ordens de líderes religiosos.

Auto-extinção

A perversão crescente que se verifica na humanidade demonstra inequivocamente que a mesma entrou em um ciclo de auto-extermínio.

Sistemas de dificuldades e de soluções

As dificuldades que elas nos criam são situações-problema. O conjunto de todas as dificuldades criadas pela mulher forma um sistema. O conjunto de todas as soluções das quais podemos nos valer para resolver tais situações forma outro sistema. Ao sistema de dificuldades que elas criam, devemos opor nosso sistema de soluções. Cada dificuldade ou problema pode ter múltiplas soluções possíveis e eficazes, cuja aplicabilidade irá variar de acordo com os contextos (daí a impossibilidade das mentes dogmáticas me compreenderem).

Sentimentos motivadores

São sentimentos que NÃO me motivam a escrever: ódio, raiva e revolta. São sentimentos que me motivam a escrever: indignação, descontentamento e rebeldia. Os ignorantes não conseguem diferenciar os dois grupos.

Caminho mais curto 

O meio mais rápido de se desarticular os joguinhos é triturá-los antes que surjam ou tão logo tenham se iniciado.

Sinônimos

Ambigüidade = joguinho = infernização

Maleabilidade

Minha filosofia não adota procedimentos fixos. Não serve, portanto, para robôs humanos. O excesso de frieza promove o desinteresse da mulher, assim como o excesso de carinho. Aquele que é sempre durão tem tantas chances de perder sua mulher quanto aquele que é sempre molengão.

Caráter da teoria

Minhas teorias são de cunho filosófico-espiritualista e não de cunho político. Não acredito na política. Para mim, a política é resultado do estado interior das populações.

Ninfomaníacas

Mesmo as ninfomaníacas fogem dos assediadores desesperados, o que prova que elas também possuem um critério seletivo e que não gostam do sexo pelo sexo, mas o procuram por outros motivos. Os motivos de suas condutas promíscuas não são genitosexuais.

Animalidade ainda

O perfil masculino atraente ainda pertence ao nível da atração animal, da qual necessitamos nos libertar.

Bola de neve

A conquista de uma mulher altamente desejável, linda e voluptuosa influencia o psiquismo do homem, tornando-o confiante. É por isso que quanto mais mulheres bonitas se tenha, tanto mais mulheres se atrairá e que, quanto mais cafajeste se seja, tanto mais parceiras se terá. Entretanto, os efeitos destrutivos desta conduta não tardam. Aqueles que não acreditam que esperem para ver!

Resistência prazeirosa

O prazer feminino está em resistir. Quanto mais você pressiona, mais ela resiste.

Uma estratégia inútil

Tentar argumentar com uma mulher que está resistindo ao desejo que ela mesma acendeu é aumentar ainda mais a sua resistência. Vejo muitos homens tentando convencer mulheres resistentes a saírem com eles. Apresentam argumentos, contestam, discutem e tentam vencer a discussão. Querem, pela lógica (!!!!!!!!!), levá-las a raciocinar no sentido de que o sexo que estão oferecendo é um bom negócio. É claro que dificilmente conseguirão alguma coisa. Eles deveriam insistir, de forma dosada, na direção oposta para abrir-lhes a defesa. Não se pode convencer seres sentimentais pela via racional, com argumentos e discussões.

Forçar a favor

Nunca pressione ou, se pressionar, faça-o dosadamente na direção em que ela não espera: favoravelmente ao sentido de sua resistência teimosa e não na direção contrária. Acompanhe sua tendência e se adapte.

Desinteresse ante as avarentas

Não tente roubar aquilo que ela recusa (o sexo). Mostre desinteresse por aquilo que ela considera tão valioso. Faça-a entender que há bilhões de vaginas na Terra.

Invertendo

Ela se acerca para provocá-lo e fugir. Se você morde a isca e vai com tudo pra cima, ela fugirá porque o que lhe interessa é o jogo da perseguição e da resistência. Se você fugir subitamente, de forma abrupta, ela desistirá, talvez por considerá-lo não muito macho. Quer desconcertá-la? Comporte-se de forma ambígua, quase fugindo ou fugindo levemente, ao mesmo tempo em que se aproxima. Fuja por um lado (em um certo sentido) mas aproxime-se por outro. Receba as aproximações enquanto busca uma leve distância. Então você a forçará a intensificar as provocações até um ponto em que não haverá retorno.

Apaixonamento simulado

Simular apaixonamento e dedicação é uma forma eficiente de induzir pessoas inocentes a entregarem o coração. Acreditando na sinceridade do outro, tais pessoas sentem-se seguras para a entrega. É o egoísmo sentimental em ação. Combate-se tal artimanha com o ceticismo ou, em casos mais graves, com a mesma arma.

A terrível arma

Uma perigosa arma, utilizada na guerra da paixão, consiste em simular submissão passional à outra pessoa, deixando-a crer que está no controle total da situação, até o ponto em que a mesma se torne esnobe, para, em seguida, puxar-lhe repentinamente o tapete passando ao extremo comportamental oposto. Somente então ela se dará conta de que havia se apaixonado sem o perceber! Esta é uma arma perigosa nas mãos de pessoas mal intencionadas e a descrevo aqui somente para que as pessoas boas possam se defender.

Ativar os sentimentos

Aos sinais de masculinidade presentes no comportamento, adicionemos, à conquista, a habilidade para ativar os sentimentos da mulher, entrando em empatia e encantando. Aquele que utilizá-la com má intenção, será um cafajeste. Aquele que o fizer com sinceridade e altruísmo, será um grande homem.

Criticar por querer

Ninguém se rebelaria contra as artimanhas femininas e nem perderia o tempo tecendo meios de desarticulá-las se não gostasse do que as mulheres tem de melhor. Ninguém combateria o lado obscuro se não quisesse se unir ao lado luminoso. Somente se tornam descontentes com as mulheres aqueles que gostariam de receber delas o que há de melhor e que lhes é recusado. Um misógino, pela própria definição da palavra, é alguém que sente aversão pelas mulheres. Portanto, por uma simples questão de lógica, um misógino não poderia jamais ser um homem heterossexual. O simples fato de ser misógino faria de um homem uma pessoa não-heterossexual.

O princípio da continuidade

Nunca é demais lembrar: um dos princípios básicos que as regem é o da manutenção da continuidade do interesse masculino. Elas querem que nos entreguemos, mas não querem se entregar. Querem que entreguemos o coração, os sentimentos, a alma e o sexo, mas não querem fazer o mesmo. Buscam a entrega unilateral de nossa parte. Querem que lhes demos aquilo que nos recusam.

Resistem como podem à entrega, acendem nossas esperanças e procuram mantê-las vivas a todo custo. Algumas chegam até mesmo ao ponto de achar que temos a obrigação de elogiá-las, enaltecê-las e adorá-las, ficando furiosas com os rebeldes que não o fazem. É pelo desejo da continuidade que elas se vestem e agem de forma provocante. É também por tal princípio que desenvolveram formas muito elaboradas de dissimulação, as quais lhes permitem alimentar nossas esperanças e provocar nossos desejos com total segurança, sem que lhes possa ser imputada responsabilidade.

A espertinha quer que você entregue o seu coração, os seus sentimentos, o seu sexo e a sua alma, enquanto ela se recusa a fazer o mesmo, pois busca a entrega unilateral e o domínio. Levar o homem a se entregar completamente, enquanto preserva somente para si a sobriedade da recusa, é a lógica continuísta que rege este tipo de mulher.

Ela não aceita a recusa masculina da entrega, mas, em contrapartida, considera que possui todo o direito de realizá-la, pois tal direito é entendido como um privilégio exclusivamente feminino.

Paradigma equivocado

O sexo feminino não é incompreensível e nem tampouco imprevisível, como todo mundo diz e acredita. Nós é que tentamos compreendê-lo sob perspectivas erradas. O senso comum parte de pressupostos (paradigmas) falsos e equivocados em suas tentativas de observá-lo e analisá-lo, motivo pelo qual se nos afigura a idéia de que as mulheres são criaturas difíceis de entender.

Porque não entregar-se

Há dois motivos importantes pelos quais não convém entregar o coração:

1) Elas costumam se engraçar com outros machos tão logo viremos as costas;
2) Elas se tornam frias e distantes tão logo percebam que estamos em suas mãos.

Propaganda enganosa

Elas nos oferecem o que possuem de melhor, para comprar o nosso coração. Quando lhes damos o que tanto querem, recebemos infernizações em lugar do que nos havia sido mostrado.

Adultério masculino e feminino

O adultério masculino não fere tanto as mulheres porque elas não gostam muito de nós e, por este mesmo motivo, elas nos perdoam com mais facilidade. Em contrapartida, o adultério feminino nos fere exageradamente, pelo fato de que delas gostamos de forma desesperada. A dor da traição é proporcional aos sentimentos que se tenha. Como o amor e o ódio são duas faces de uma mesma moeda, o ódio desencadeado pela traição feminina é proporcional ao amor anterior (isto é, imenso), e por tal motivo não conseguimos perdoá-las nesses casos.

Além disso, há outro agravante: sabemos que elas poderiam facilmente resistir ao assédio masculino se o quisessem. Por gostarem muito, os homens ficam mais ressentidos com a traição, ao contrário das mulheres.

Machismo radical e machismo extremista

Ser radical é diferente de ser extremista. O extremista é dogmático e o radical é solidamente fundamentado e enraizado (radicalis = raiz).

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