10-09-2017, 01:36 PM
Esse tópico me fez lembrar do livro cinco anéis
O caminho da auto-confiança
O caminho da auto-confiança
Não há como falar de samurais sem mencionar Miyamoto Musashi. O lendário samurai japonês, nascido no final do século XVI, cravou seu nome na história, tanto pela habilidade no manuseio das espadas, como pelas suas outras qualidades, como a escultura, a poesia e a caligrafia. Antes de morrer, escalou as montanhas de Iwato de Higo, em Kyushi, Japão, para refletir sobre sua vida. Resolveu escrever, e assim nasceu o ainda hoje aclamado livro Go Rin No Sho (O Livro dos Cinco Anéis).
O pai de Musashi, Shinmen Musashi, escreveu, em 12 de maio de 1645, vinte e uma regras denominadas Dokudo, ou em português, O caminho para a auto-confiança. As reproduzo abaixo:
Eu nunca ajo contrário à moralidade tradicional.
Eu não sou parcial com nada e nem com ninguém.
Eu nunca tento arrebatar um momento de sossego.
Eu penso humildemente de mim e grandemente para o público.
Sou inteiramente livre de ganância em toda minha vida.
Eu nunca lamento o que já fiz.
Eu nunca invejo a boa sorte dos outros, mesmo estando com má sorte.
Eu nunca aflijo-me por qualquer um, qualquer coisa ou qualquer tempo.
Eu nunca censuro ninguém, ou me censuro para alguém.
Eu nunca sonho em apaixonar-me por uma mulher.
Gostar e não gostar de algo, é um sentimento que não tenho.
Qualquer que seja a minha moradia, eu não tenho nenhuma objeção à ela.
Eu nunca desejo um alimento saboroso.
Eu nunca tenho objetos antigos ou curiosos em meu poder.
Eu nunca faço purificação ou obstinência para proteger-me do mal.
Eu não tenho apreço por nenhum objeto, exceto espadas e outras armas.
Eu nunca daria minha vida por uma causa injusta.
Eu nunca desejo possuir bens que tornem minha velhice confortável.
Eu adoro deuses e budas, mas nunca penso em depender deles.
Eu prefiro me matar do que desonrar meu bom nome.
Nunca, nem por um momento sequer, meu coração e minha alma desviaram-se do caminho da espada.
O pai de Musashi, Shinmen Musashi, escreveu, em 12 de maio de 1645, vinte e uma regras denominadas Dokudo, ou em português, O caminho para a auto-confiança. As reproduzo abaixo:
Eu nunca ajo contrário à moralidade tradicional.
Eu não sou parcial com nada e nem com ninguém.
Eu nunca tento arrebatar um momento de sossego.
Eu penso humildemente de mim e grandemente para o público.
Sou inteiramente livre de ganância em toda minha vida.
Eu nunca lamento o que já fiz.
Eu nunca invejo a boa sorte dos outros, mesmo estando com má sorte.
Eu nunca aflijo-me por qualquer um, qualquer coisa ou qualquer tempo.
Eu nunca censuro ninguém, ou me censuro para alguém.
Eu nunca sonho em apaixonar-me por uma mulher.
Gostar e não gostar de algo, é um sentimento que não tenho.
Qualquer que seja a minha moradia, eu não tenho nenhuma objeção à ela.
Eu nunca desejo um alimento saboroso.
Eu nunca tenho objetos antigos ou curiosos em meu poder.
Eu nunca faço purificação ou obstinência para proteger-me do mal.
Eu não tenho apreço por nenhum objeto, exceto espadas e outras armas.
Eu nunca daria minha vida por uma causa injusta.
Eu nunca desejo possuir bens que tornem minha velhice confortável.
Eu adoro deuses e budas, mas nunca penso em depender deles.
Eu prefiro me matar do que desonrar meu bom nome.
Nunca, nem por um momento sequer, meu coração e minha alma desviaram-se do caminho da espada.
Estas regras, ou ensinamentos, ou seja lá o que forem, me chamaram muito a atenção. Na primeira lida, tentei visualizar uma pessoa, imaginária, que seguisse totalmente estes preceitos. Veio à minha mente alguém carrancudo, fechado, indiferente a tudo que o cerca, mas em contrapartida, com uma imensa paz interior, tranqüilidade para dar e vender. E, ante esta conclusão, este ser inexistente que, segundo o Musashi pai, é o homem ideal, ou algo parecido com isso, fiquei meio receoso. São regras duras, uma nova filosofia de vida, uma filosofia de vida bem radical, aliás. Todavia, e embora chegar a esta conclusão tenha demandado um bom tempo de reflexão e diferentes tentativas de interpretação, muitas destas regras têm aplicabilidade ainda hoje, algumas em sua forma pura, outras mediante adaptações. Elas tornariam, quem as seguisse, uma pessoa melhor, no sentido mais estrito da palavra.