15-01-2023, 11:44 AM
(14-01-2023, 02:04 PM)Joxokhanurs Escreveu:(04-01-2023, 03:18 AM)Bilidequidi Escreveu: O homem deve ser sensível sempre sozinho. Nunca é vantajoso ao homem demonstrar ou falar de suas emoções, pois ele pode perder boas oportunidades.
Sensibilidade é uma característica feminina que involuntariamente as pessoas associam à fraqueza e diminuem o respeito pelo masculino.
Notei isso recentemente em meu trabalho. Vagou a função de gerente operacional e a pessoa mais indicada era o encarregado da área que conhecia todo o processo, além de ser competente e responsável. Porém, ele tem essa defeito de ser emotivo e sempre chora com certos gatilhos como homenagens aos pais, despedidas de funcionários etc. Por causa disso, quem pegou a vaga foi outro cara que é o oposto desse encarregado, tem a fama de ser briguento e boca suja, mas lida bem com as contratadas justamente por impor essa aura de medo. Agora a situação azedou, pois os dois não estão se bicando.
Onde trabalho ocorre algo semelhante. Meu gestor imediato, coordena uma equipe de "peão", do tipo chão de fábrica mesmo, e apesar do meu trabalho não ter relação ou cruzamento com o trabalho deles, eles são meus "subordinados", sendo que eu presto contas apenas à este gestor que é o gerente. Ele é sempre bem frio e distante dessa rapaziada, mas quando precisa descer para esculachar por causa de algum vacilo deles, o cara faz sem vaselina e os caras ficam pianinho, é até engraçado ver as vezes eles cochichando sobre o gerente, falando mal do mesmo, igual ratos, mas quando o mesmo aparece, eles ficam mansos e prestativos. Adotei o mesmo padrão, evito ao máximo qualquer contato ou intimidade com os mesmos, à não ser quando preciso de algo.
Trabalhei em outra empresa onde o gestor mais casca grossa e mais frio com os funcionários, era o mais respeitado e o que dava melhores resultados, quando este saiu, entrou outro com o discurso do "diálogo", que dava espaço de voz pros peões, queria ouvir o lado deles. Resultado: a empresa decaiu e a rapazeada não respeitava mais ninguém, e este logo foi trocado. Isso explica porque psicopatas e narcisistas costumam ocupar altos cargos nas empresas.
Mas nesse outro caso acho que o problema foi outro. E depende muito da área de atuação. O bom gestor sempre abre espaço para diálogo, mas isso não quer dizer que ele deva se esforçar para reivindicar o que os subordinados querem, simples assim.
Se ele é um bom gestor, ele que tem que saber o melhor para o resultado da empresa. Não se pode perder bons profissionais por falta de diálogo. Assim como não dá para colocar o mesmo peso no diálogo com qualquer subordinado. Se a liderança é sensível e quer abraçar a maioria das coisas que os subordinados querem, é receita certa para o fracasso.
Quando em minha carreira eu consegui uma posição de mais destaque, reparei alguns pontos:
Subordinado engraçado é o palhaço, bobo da corte.
Chefe engraçado que fala a mesma coisa é o cara gente boa que todo mundo admira. Estou falando da pessoa chamar em off e falar o quanto acha meu trabalho excelente (com um certo puxa-saquismo).
O problema é que para chegar nesse ponto, não pode ser o palhaço da turma, a menos que você ganhe a posição por ter costas quentes.
Se você não for o topo da hierarquia, e batalhar pela promoção de subordinados seus, grande chance de em pouco tempo eles crescerem acima de você, e se isso te incomoda, saiba gerenciar isso. É um mundo cão. Minha recomendação, por mais que pareça absurda: Não vire amigo de quem te passou uma rasteira. Se lhe derem um tapa em uma face, não vire o rosto oferecendo a outra face, como você aprendeu de sua família e da igreja.
Por muito tempo acreditei que o certo era me preocupar apenas com o meu trabalho, ajudar bons subordinados a crescerem, e os colegas que se aproveitaram de mim, bastava eu ignorar a parte ruim, ajudar eles e deixar um dia o destino dar conta. Amigo, não conte com isso. Não há necessidade de ser vingativo, mas quando uma pessoa que já atrasou sua vida, se precisar ou depender da sua ajuda, não o faça, deixe o destino dar conta.