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Novas reflexões sobre o fetichismo das mulheres
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Novas reflexões sobre o fetichismo das mulheres
Postado por The Truth no Domingo, 30 de outubro de 2011.

[Image: atcT9wCs_t.png]

Durante alguns meses eu tenho usado a palavra fetiche e fetichismo fora das concepções clássicas. Esse uso parece forçado e pedante. Mas isso tem uma função. Essas duas palavras expressam bem a natureza feminina, embora elas geralmente expressem a ideia de anormalidade na concepção clássica. 

O fetiche geralmente é concebido como a substituição da sexualidade normal por uma sexualidade anormal, porém o fetiche não é isso aqui. O fetiche é justamente a substituição da sexualidade crua pelo cenário. Quando eu digo que a mulher é fetichista, eu quero dizer que a mulher não suporta o sexo totalmente natural. A mulher precisa de um cenário artificial. A mulher não suporta o corpo masculino em si.

O que é fundamental no fetiche é que o fetiche é um processo de empobrecimento e desvalorização do ser humano. Enquanto o fetiche é uma supervalorização do objeto, ele é uma extrema desvalorização daquilo que o fetiche substitui. O que eu quero dizer é que quanto mais a mulher é fetichista, menos ela valoriza os homens. O aumento do fetichismo feminino significa que a mulher precisa de mais estímulos para amar, gostar e ter desejo sexual pelo homem. 

O homem brasileiro é talvez o homem mais desvalorizado do mundo. Isso não é difícil de entender. A mulher brasileira é a mulher mais fetichista do mundo. A cultura da pegada é um exemplo marcante de fetichismo feminino. Quando a mulher exige pegada, ela está dizendo que não suporta o homem sem desejo sexual forte. O desejo sexual feminino é portanto, uma reação aos estímulos que os homens produzem. Essa visão do desejo sexual feminino apenas demonstra que o homem em si não é suficiente. 

O fetichismo feminino é uma objetificação do homem. Ao contrário do que as pessoas pensam, a mulher objetifica e desumaniza o homem, mesmo que isso não pareça real no cotidiano. Como isso ocorre? 

1. A mulher não se relaciona sexualmente com um homem, mas sempre com um objeto. Se o homem fosse valorizado como ser humano, a sua existência seria suficiente para as mulheres. A valorização feminina do homem supõe a capacidade da mulher valorizar naturalmente o homem, ainda que ele fosse um peso morto na sociedade. 

2. Uma vez que o homem é um objeto, ele possui sempre uma função artificial para a mulher. Desse modo, o homem automaticamente perde a sua humanidade. Ou seja, o homem é apenas um prestador de serviços e um utilitário. Fora dessas funções, o homem não tem valor para a mulher. 

3. Uma vez que o homem não tem valor natural específico, ele é objetificado de forma geral. Nesse caso, tudo o que o homem faz é a função de uma mercadoria que tem apenas valor de uso.

Antes, eu pensava que o fetiche era diferente da prestação de serviços. Ou seja, o alfa era um fetiche, mas o beta era simplesmente um provedor. Mas hoje penso que tanto o alfa quanto o beta são fetiches para as mulheres. Ou melhor, todos os homens são fetiches para as mulheres. O alfa é apenas um fetiche mais específico. Ele é um fetiche sexual, enquanto o beta é um fetiche banal. O alfa é um fetiche de qualidade, segundo os critérios fetichistas femininos. A alfa é um fetiche mais valorizado. No caso do beta, o fetiche deixa de ser o filtro do desejo sexual feminino. Desse modo, o fetiche é simplesmente a valorização do homem como um objeto que presta serviços. O alfa presta serviços especiais, visto que ele é um objeto de entretenimento emocional das mulheres. O beta presta serviços que não tem valor emocional. Ele é simplesmente um pagador de contas. 

Se todo fetiche feminino possui valor, os betas possuem algum valor, pois eles possuem alguma função fetichista. Ou seja, fora dos fetiches sexuais, o beta também é um objeto, visto que ele é um objeto que paga contas. Porém, o pagador de contas é um fetiche muito desvalorizado em si. O homem precisa ser mais do que isso pra ser desejado sexualmente pelas mulheres. 

Os sedutores sabem muito bem o fraco apelo fetichista que os betas possuem. O pagador de contas é um objeto desvalorizado na hierarquia dos fetiches femininos. Ele possui muito pouco apelo sexual, mas tem uma função. Os homens que não são fetiches em nenhum caso específico, simplesmente estão totalmente destituídos de valor. Esses homens são totalmente desumanizados. Eles possuem tanto valor quanto as pedras, pois eles não servem como prestadores de serviços para as mulheres. 

O mínimo da mulher é proporcional ao mínimo fetichista da mulher! O mínimo das mulheres é o mínimo que o homem precisa para ser considerado um fetiche. Quando esse mínimo é muito alto, então a desvalorização do homem é igualmente alta. A famosa frase da brasileira: “Está faltando homem no mercado!” demonstra o grau de fetichismo altíssimo da mesma. Está faltando homem justamente porque a maioria dos brasileiros não são nada. Eles não possuem nem o valor de eletrodomésticos. Para a mulher brasileira, muitos homens não servem nem como pagadores de contas, pois eles não possuem dinheiro suficiente para esse tipo de função. 

Numa cultura sexualizada democrática, o homem sempre é mais objetificado do que a mulher. Se numa propaganda de televisão, uma mulher gostosa aparece de lingerie, isso é uma objetificação do homem. A mulher é reconhecida como ser humano, mesmo que esse reconhecimento ocorra ao nível da valorização sexual da mulher. Isso não é a objetificação da mulher, pois existe uma valorização natural da mulher e esta valorização independe dos esforços sociais dela. Basta a mulher existir, que ela automaticamente tem valor sexual. Quando a mulher gostosa aparece numa propaganda e usa o poder sexual dela como meio de barganha, então fica claro que a mulher é sujeito da relação e o homem é o objeto. Essa propaganda é uma supervalorização da mulher. A propaganda prova que a mulher tem valor em si. Esse machismo é a desumanização do homem e a supervalorização da mulher. 

Se uma mulher aparece de lingerie numa propaganda, essa propaganda lembra o homem de que ele precisa pagar por um relacionamento, já que ele não tem valor natural. Ou seja, a suposta objetificação da mulher gostosa é na verdade uma objetificação do homem, visto que o homem é o objeto que trabalha para ter valor, enquanto a mulher gostosa ganha valor automaticamente. 

Até mesmo a prostituição é uma objetificação do cliente e uma valorização da garota de programa. Quando um homem paga pelo sexo, ele está saindo da condição de pedra e está se tornando o fetiche de uma mulher. Na verdade, o cliente é o fetiche da prostituta em primeiro lugar. Depois, a prostituta é o fetiche secundário do homem. A prostituta é desejada sexualmente e valorizada antes do sexo. O homem desvalorizado paga por um serviço que deveria ser gratuito, pois o homem geralmente faz sexo sem cobrar dinheiro da mulher. 

Na verdade, o homem é desumanizado o tempo inteiro. Primeiro, ele é um pedra, ou seja, algo sem valor. Nesse caso, ele não existe. Depois ele é um fetiche, que é igualmente algo sem valor humano, pois o fetiche é a substituição de um ser humano por um objeto que presta serviços. Quando o homem é apenas um fetiche, ele existe para as mulheres, porém continua existindo na função de objeto, que paga para ter valor. O homem inicialmente não é visto como ser humano. O homem inicialmente é visto pelas mulheres como animal inútil e possui valor similar ao valor das pedras. A humanidade do homem passa pelo reconhecimento do valor natural dele e o homem não tem valor natural para a mulher. 

A supervalorização sexual da mulher sempre foi o reconhecimento da humanidade da mulher. Apenas na pornografia, a mulher tratada como objeto, pois nela há uma necessidade de valorização da mulher em situações artificiais. A sexualidade democrática representa uma supervalorização da mulher sempre. A mulher gostosa não é objetificada porque é supervalorizada sexualmente. Só é tratada como objeto, a mulher que é escravizada ou obrigada a fazer sexo contra a vontade dela, ou contra os princípios dela.



Este texto faz parte do projeto: Segunda das Relíquias Perdidas.
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