Novas reflexões sobre a mulher exceção

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Novas reflexões sobre a mulher exceção

(Postado por The Truth na Quarta-feira, 30 de abril de 2011)

Hoje vou falar novamente sobre o tema da mulher exceção. Há algum tempo atrás, eu escrevi sobre esse tema e confesso que eu exagerei um pouco. Algumas hipóteses questionavam a existência da mulher exceção: 

1. As exceções geralmente são as mulheres mais velhas. Isso provaria que as mulheres mudariam por razões circunstanciais e não por convicções realmente sérias. 

2. As exceções “novas” não são mulheres bonitas ou muito atraentes. A mulher feia não tem dificuldade para evitar o sexo inseguro, visto que não é muito assediada. Ou seja, a preservação das mulheres mais limitadas seria uma condição e não uma escolha. 

3. As exceções se apaixonam por homens de bom caráter quando estes possuem poder relevante no contexto social deles. Isso seria apenas uma feliz coincidência, pois o homem poderoso também teria bom caráter. Então a ênfase da mulher estaria no poder e não no caráter! 

Ainda que os 3 pontos acima sejam válidos, a hipótese radical é um exagero. Dizer que não existe mulher exceção é um radicalismo desnecessário. Essa hipótese pode ser totalmente distorcida para objetivos escusos. Ou seja, existem exceções, mas há um “porém”. A mulher exceção não é uma condição natural. 

Quando falamos que a mulher exceção não existe, isso é uma forma de generalização didática. O que isso significa? Isso significa que o número de mulheres que são exceções é tão baixo que é estatisticamente insignificante. As exceções são poucas, raras, difíceis de encontrar. Estatisticamente não possuem relevância para configurar uma análise mais ampla do comportamento feminino. Não podemos falar das exceções como se fôssemos capazes de esbarrar nelas constantemente na rua. Ou seja, descrever um comportamento feminino a partir das exceções é uma forma de distorcer a realidade, já que a “amostra” de mulheres que encontraremos lá fora dificilmente mostrará alguma exceção. 

O discurso da mulher exceção é o discurso da maioria das mulheres. Nenhuma mulher confessará seus padrões emocionais distorcidos. Ou a mulher exceção obedece a um ideal externo saudável, ou ela possui uma extrema compreensão da própria natureza. Nesse último caso, ela é capaz de prever as situações de risco e evitá-las antes que suas emoções tomem o controle. 

A mulher exceção é uma mulher que controlou sua natureza impulsiva e emocional. Porém, quantas mulheres são capazes desse controle hoje em dia? A mulher de hoje não é exceção porque é ruim, ou má. Isso tem que ficar claro. Muitos homens tornam-se misóginos porque não são capazes de entender a natureza feminina. A mulher desejar o poder do homem é o natural dela. Isso é o “normal” da mulher. Ela não faz isso porque é ruim. Ela simplesmente não consegue controlar as emoções e os impulsos. A mulher exceção controla a sua atração natural pelo poder do homem de tal forma, que é capaz de refletir sobre esse processo e calcular os riscos dessa atração em cada caso. 

Muitas mulheres hoje em dia usam a ingenuidade como desculpa. Mas elas não são tão ingênuas quanto elas dizem. Elas simplesmente obedecem aos impulsos internos e agem como se esses impulsos fossem uma bússola, ou a voz do destino. Não existe uma desconfiança saudável em relação aos próprios sentimentos. A mulher impulsiva jamais será uma exceção. Uma característica da mulher exceção é que esta não é iludida. Ela sabe o risco de cada escolha e acerta ou erra tendo a medida do risco em cada caso. A ingenuidade e a surpresa não são características da mulher exceção. Ainda que a mulher exceção erre, ela erra com a consciência plena do risco. Ela não justifica o erro e não se esconde por trás de uma falsa ingenuidade. 

A mulher exceção de antigamente era exceção por méritos externos. O mérito era da educação e a mulher acertava justamente porque seguia valores externos e não os impulsos emocionais delas. Algumas mulheres hoje em dia ainda seguem cegamente valores externos saudáveis, porém estas são muito raras, porque a influência venenosa da mídia já invalidou quase todas as tentativas de educação das mulheres. A mulher exceção de hoje é exceção por uma força interna inacreditável, porque ela consegue agüentar a pressão da mídia e a pressão da própria natureza. Para uma mulher agüentar tanta pressão, ela realmente precisa de um autocontrole absurdo e uma força de vontade gigantesca. É nesse sentido que as mulheres exceções são raras, difíceis de encontrar. 

Ainda que a mulher tenha que lutar “sozinha” contra a mídia e contra a própria natureza, ela não descobre a verdade subitamente. Ela aprende isso de alguma forma. Ou seja, as exceções são mulheres que aprendem os riscos das escolhas impulsivas e emocionais de uma forma ou de outra. As exceções aprendem bons valores através da educação familiar ou através da observação do sucesso e do fracasso das mulheres da geração imediatamente anterior. 

Ainda que a mulher encontre no mundo, o material educativo necessário para ser exceção, a influência dos impulsos internos e da mídia será muito forte. As mulheres novas dificilmente são exceções. Em muitos posts, eu manifestei meu total ceticismo a respeito disso. Ou seja, as mulheres novas não seriam exceções, pois essas seriam claramente manipuladas pela mídia e pelas próprias emoções. Essas não manifestariam autocontrole nenhum e só mudariam tardiamente, quando não fosse mais possível manter o padrão errante e ilusório da juventude. 

Um caso de mulher exceção seria o caso da mulher feia. Esta mulher também sofre a pressão da mídia e pressão da própria natureza, porém, o autocontrole é muito mais fácil, pois nesse caso, as situações de risco são escassas! O mérito da mulher feia seria muito mais falta de oportunidade. A monogamia é muito mais vantajosa para a mulher feia do que a promiscuidade, pois a mulher feia não consegue muita coisa com a promiscuidade. A mulher feia seria exceção apenas porque a monogamia seria mais lucrativa do que a promiscuidade no “cálculo” utilitarista dela. 

Um caso clássico de “falsa” mulher exceção é o caso das mulheres que possuem mais de 30 anos. Nesse caso, eu desconsidero totalmente o epíteto “exceção”. A mulher com mais de 30 anos só seria uma exceção se o comportamento dela representasse a manutenção de uma vida responsável e coerente. Se ela torna-se exceção após um período de erros repetidos, então esse caso não é exceção de forma alguma. 

Infelizmente muitas mulheres vivem na loteria amorosa até finalmente aprenderem que as emoções delas não as levarão a lugar algum. Só que depois de tantos os erros, não se pode falar mais de mérito. Se uma mulher precisa errar tanto para aprender alguma coisa, não é porque ela foi inteligente ou responsável. Ela apenas evitou piorar algo que já estava indo muito mal e que teria um destino muito pior se as coisas não mudassem. 

O último caso de mulher exceção é o caso da coincidência feliz. Nesse caso, a mulher buscou um homem poderoso e teve a sorte do mesmo também ter bom caráter. Inicialmente, o que importava para a mulher era a beleza, o dinheiro, o status, a fama, o corpo atlético, porém a mulher teve a sorte do homem em questão ser um uma pessoa de boa índole. Há inúmeros casos de mulher exceção que seguem esse padrão. Ou seja, muitas mulheres valorizam os homens por razões que não tem relação alguma com o caráter e terminam sendo premiadas, pois os homens escolhidos também possuem bom caráter. Esse caso de mulher exceção é bastante ambíguo, pois teoricamente o poder do homem foi o critério principal da escolha feminina, mas as mulheres freqüentemente minimizam a importância do poder e exaltam as características “simbólicas” ou “espirituais” desses homens. 

Aqui temos um pequeno mapeamento dos tipos de mulher exceção. Há 3 tipos de exceção: 

1. Mulher exceção de fato: Mulher nova e atraente que escolheu um homem comum por causa do bom caráter do mesmo, uma vez que o homem em questão não possui grandes atributos de poder. 

2. Mulher exceção ambígua: Mulher limitada que escolheu um homem de bom caráter, apenas porque os homens de bom caráter são tão limitados quanto ela. Nesse caso, mulheres feias e com mais de 30 anos (pouco promíscuas) seriam exceções ambíguas. 

3. Mulher exceção por acidente: Uma mulher que inicialmente sentiu atração por um homem poderoso, mas teve a sorte do mesmo também ter bom caráter. Nesse caso há um acidente ou uma coincidência feliz, pois o normal nesses casos, é a mulher ser usada pelo poderoso, ou pelo alfa. 

Qualquer outro caso diferente dos 3 pontos acima configura o caso de mulheres que estão longe do modelo da mulher exceção. Portanto, a mulher exceção existe, mas duas coisas precisam ser ressaltadas: 

1. A mulher exceção não é um padrão feminino natural, uma vez que as mulheres naturalmente sentem mais atração pelo poder do homem do que pelo caráter do mesmo. A mulher exceção não nasce assim. Ela aprende a ser exceção a partir de uma boa educação, ou através de uma crítica apurada da experiência das outras mulheres. 

2. As exceções verdadeiras, inequívocas são extremamente raras. Quando eu falo que não existe mulher exceção, isso é uma forma didática de dizer que os casos de mulher exceção de fato são raríssimos, sendo que na maioria das vezes encontramos muitos casos ambíguos de mulher exceção.

Dificilmente encontraremos uma mulher que é exceção de fato, mas encontraremos mulheres que ainda não erraram. Estas irão jurar que valorizam caráter e sensibilidade, porém num primeiro momento, o mais importante é o que elas fizeram ou não fizeram. Isto é mais importante do que discurso delas. Na dúvida, não confie no discurso politicamente correto das exceções, porém não as julgue sem ter uma prova factual de incoerência. 

A mulher hoje em dia tem que ser muito firme e evitar o sexo a qualquer custo no início dos relacionamentos e submeter o homem interessado a muitos testes. Cafajestes não suportam esperar e os homens que não agüentam esperar não querem relacionamento sério. A restrição sexual e a firmeza é a única forma de afastar aproveitadores, que ainda querem curtir a fase da cafajestagem. Os apressados não querem compromisso sério, mas apenas sexo. É verdade que há inúmeros casos de pessoas que casam após uma intensa vida sexual nos namoros, porém esses casos apenas provam que o homem em questão apenas ficou com a mulher porque era extremamente limitado, uma vez que a facilidade sexual gera uma desconfiança contínua.

Muitas mulheres “liberais” e “resolvidas” dizem que transformaram o namorado ou o marido cafajeste num homem carinhoso. Mas elas estão iludidas, pois o cafajeste apenas aprendeu a traí-las de uma forma mais discreta. As mulheres que valorizam o namorado, ou o marido cafajeste são seres adaptados a um ambiente inóspito e tóxico, então a imoralidade desse ambiente não as atinge, pois elas estão acostumadas com a “imoralidade amorosa” de tal forma que a percebem como a ordem natural das coisas.

Este texto faz parte do projeto: Segunda das Relíquias Perdidas.