22-04-2023, 08:35 PM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 22-04-2023, 08:51 PM por Guardião.)
O mercado sexual e a ética do sexo - Parte 2
Postado por The Truth na Segunda-feira, 6 de junho de 2011.
Se a situação “sexual” da europeia é pior do que a situação da brasileira, por que as europeias lidam melhor com o envelhecimento do que as brasileiras? Isso acontece porque as europeias não valorizam tanto relacionamentos quanto as brasileiras. Para as europeias, os homens possuem muito menos valor do que as brasileiras.
Isso significa que as europeias convivem bem com a solteirice após os 50. Elas simplesmente fazem sexo casual normalmente depois dessa fase, ou possuem um parceiro sexual esporádico. Elas não ficam incomodadas com a falta de um marido como as mulheres brasileiras. As europeias se masculinizaram bastante e banalizaram bastante a importância dos relacionamentos. O homem é um acessório na vida da europeia. Ele não é mais fundamental!
A brasileira ainda valoriza muito os relacionamentos, mas isso está mudando. De 5 anos para cá, os homens perderam muito valor. As brasileiras evitam cada vez mais relacionamentos com homens pobres e limitados. Muitas preferem a solidão e não suportam a companhia de homens comuns, simples e sem apelo fetichista. Mesmo com todas essas mudanças, muitas brasileiras ainda valorizam relacionamentos, mas isso é um problema de orgulho da brasileira. Ter um marido rico e provedor é um sinal de status e superioridade para as brasileiras. Por isso, muitas ficam frustradas quando não conseguem mais casar com um homem rico após os 30 anos.
Quando a brasileira passa dos 40 anos, ela entra em crise, porque o corpo dela perde apelo sexual. Depois dessa idade, é muito difícil a mulher arranjar um relacionamento sério. A mulher europeia lida bem com isso, pois ela valoriza menos os relacionamentos do que a brasileira. A brasileira fica totalmente arrasada e ofendida com essa situação. Ela sente que a vida dela perdeu o rumo. Ser desejada sexualmente pelos homens é o sentido da vida da maioria das brasileiras, pois elas são super narcisistas e preocupadas com a imagem. Por isso, elas lutam tanto para manter o corpo em forma. A mulher brasileira fundamenta a superioridade dela no corpo. Por isso, ela perde totalmente o poder de barganha, quando deixa de ser atraente.
A europeia é mais prejudicada pela ética do sexo do que a brasileira, porém ela lida melhor com a falta de relacionamentos e convive bem o liberalismo sexual na maior parte da vida. A mulher brasileira ganha muito poder com a ética do sexo, porque ela arranja relacionamentos facilmente numa sociedade onde os homens são pobres, inseguros e possuem baixa autoestima. Entretanto, a brasileira lida muito mal com a falta de assédio dos homens.
Os homens brasileiros são os homens mais inseguros do mundo. A violência que eles cometem é a prova do desespero deles. Eles não têm poder nenhum perante as brasileiras, então eles ficam nervosos e estressados e usam a agressividade como meio desastroso de autoafirmação. As brasileiras lucram com a promiscuidade durante um bom tempo, mas a promiscuidade torna-se banal para elas na velhice. Se num primeiro momento, elas tinham muito mais poder do que os homens, elas perdem esse poder quando chegam aos 40 e poucos anos. Mulheres que sempre usaram o corpo como meio principal de autoafirmação, não sabem lidar com a escassez amorosa. O que incomoda as brasileiras é que elas valorizam demais a autoafirmação sexual. Não é somente a falta de um marido que as incomoda. A falta de assédio dos homens também as incomoda demais.
O objetivo do mercado sexual era afirmar a ética do sexo e permitir que as mulheres transitassem livremente entre a monogamia e a promiscuidade. As mulheres acharam que iriam ter um poder sexual tão grande, que elas poderiam escolher o destino amoroso delas a qualquer hora da vida. Elas descobriram que a transição entre sexo e amor não é tão fácil e simples assim. A mulher ganhou poder, mas não ganhou poder o suficiente para instrumentalizar perfeitamente a dinâmica sexual durante a vida toda. A mulher brasileira instrumentaliza a sexualidade muito bem até os 40 e poucos anos. Depois disso, ela contabiliza os erros e os acertos.
É importante ressaltar que a diferenciação entre as brasileiras e as europeias é uma caricatura e não deve ser lida num sentido literal. É claro que há muitas europeias frustradas com o envelhecimento também.
A mulher jamais terá poder no mercado sexual durante a vida toda. Ela perde esse poder na medida em que envelhece. A ética do sexo é uma ética que desvaloriza a mulher na medida em que ela envelhece. A ética do sexo afirma o valor da mulher enquanto objeto sexual. A mulher tolerou a função de objeto sexual, porque ela achou que teria mais poder do que os homens nessa mesma função durante a vida toda. Ou seja, a mulher achou que iria lucrar com a próprio objetificação de modo ilimitado. Mas isso teve inúmeros efeitos colaterais.
Alguns problemas da ética do sexo:
1. A ética do sexo desvaloriza a mulher na medida em que ela envelhece.
2. A ética do sexo deixou as mulheres iludidas com uma falsa sensação de poder eterno.
3. A ética do sexo não permite que a mulher transite livremente entre promiscuidade e monogamia a vida inteira.
4. A ética do sexo reduz a mulher à função de um objeto sexual.
5. A ética do sexo torna os relacionamentos monogâmicos inseguros e instáveis.
Em outras palavras, a ética do sexo só tem sentido para a mulher que ainda é nova e vive as ilusões da “promiscuidade feliz”. Na medida em que a “promíscua” envelhece, todas essas experiências serão apenas lembranças e a esperança de um relacionamento monogâmico diminuirá. Levando-se em conta as limitações da maioria dos brasileiros, é possível que as brasileiras encontrem muitos homens carentes e inseguros disponíveis para relacionamento sério durante muito tempo. Mas também é possível que eles estejam tão abaixo do padrão delas, que o relacionamento com eles seja insuportável para elas.
Num contexto onde há muitos homens inseguros e carentes, a ética do sexo oferece às mulheres uma enorme ilusão de poder. Mas essa ilusão de poder envolve justamente a transição rápida entre promiscuidade e monogamia. O poder sexual da mulher brasileira é limitado pelo tempo. A mulher que demora demais para realizar a transição da promiscuidade para a monogamia, certamente não terá poder suficiente no futuro para realizar tal transição. Ou melhor, ela até conseguirá um relacionamento bastante ruim.
A ética do sexo exige que a mulher abandone progressivamente as esperanças de um relacionamento monogâmico saudável. A mulher que apoia a promiscuidade deveria esquecer todos os sonhos de um relacionamento sério com qualquer homem. As mulheres europeias estão relativamente mais adaptadas a esse tipo de situação. Mas as brasileiras ainda estão iludidas com o poder sexual delas, numa sociedade de homens carentes e inseguros. A desigualdade social no Brasil sustenta o poder das mulheres. Os homens não possuem fuga e são extremamente carentes e dependentes emocionalmente das mulheres. A promiscuidade feminina num país de terceiro mundo é bastante lucrativa para as mulheres. Mas num país de primeiro mundo, a promiscuidade feminina é bastante lucrativa para os homens.
O mercado sexual funciona muito bem nos países de terceiro mundo, mas funciona mal nos países de primeiro. Por isso não é espantoso que muitas mulheres europeias tornem-se muçulmanas. Desse modo, elas esperam receber de volta as vantagens que perderam na sociedade promíscua que elas ajudaram a promover. Ou seja, a mulher apoia a promiscuidade na medida em que lucra com ela. Por isso, não veríamos muitas mulheres promíscuas numa sociedade onde há duas mulheres para cada homem.
Este texto faz parte do projeto: Segunda das Relíquias Perdidas.