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O complexo de superioridade dos ateus
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O complexo de superioridade dos ateus
Postado por The Truth na Sexta-feira, 7 de outubro de 2011.

[Image: p18JyB4R_t.jpg]


De uns tempos para cá, o vitimismo ateu aumentou muito. Eles dizem que sofrem preconceito. Inclusive eu tive debates acalorados no Orkut acerca disso. Os ateus sofrem preconceito de quem afinal? Eu nunca vi na minha vida inteira um ateu pessoalmente sofrer preconceito. Nunca ouvi uma piadinha sobre ateu no dia a dia. Mas cansei de presenciar escárnio contra o cristianismo. Já ouvi inúmeras piadinhas sobre evangélicos e já presenciei bullying contra evangélicos em ambiente universitário.

O preconceito contra ateus não é difundido da forma como isso tem sido alardeado. 99% da nossa sociedade é secularizada. Ou seja, em qualquer ambiente que você frequentar, você jamais verá uma pessoa, ou um grupo falando mal dos ateus. As pessoas falam coisas como: “Fique com Deus!”, “Graças a Deus!”, “Se Deus quiser!”, “Que Deus te abençoe!”, mas isso tudo são jargões sociais que as pessoas usam há séculos. Inclusive agnósticos usam acidentalmente alguns desses jargões. Não há absolutamente nenhuma malícia nessas expressões. Mas hoje em dia parece que é proibido falar no nome de Deus, porque isso vai ofender a sensibilidade dos ateus.

Da mesma forma, em nenhum show secular, as pessoas falam mal dos ateus. No máximo, Deus é citado de maneira poética e informal. Se numa música, a palavra Deus aparecer, então os ateus ficarão ofendidos, porque Deus foi citado e a sensibilidade deles não suporta isso. Existe no ateísmo um preconceito antropológico chocante. Os ateus criaram um etnocentrismo radical baseado na suposta superioridade do pensamento deles. Então eles não suportam o conceito de divindade de qualquer cultura. Eles querem banir a ideia de divindade. É como se a palavra Deus em si representasse uma ameaça.

Outra coisa que impressiona é o incômodo dos ateus diante da suposta cultura religiosa opressora. Não existe cultura religiosa opressora. 99% da mídia é secular. Quantos programas religiosos passam na TV? Quantos artigos ou links apoiam a religião abertamente? A religião geralmente é citada em questões polêmicas, mas nunca é citada de forma apologética. Qual é o grande portal de notícias que defende a religião? Se vocês repararem bem, a religião é totalmente marginalizada no mundo atual. Nem o canal evangélico da televisão brasileira transmite religião em horário nobre. Em TVs a cabo, quantos canais religiosos existem no pacote de canais? A nossa cultura atual é quase 100% secular. A manifestação da religiosidade acontece sempre nos fóruns, ou blogs, onde o conteúdo é totalmente dependente da crítica informal e gratuita do usuário.

Praticamente não existe mídia profissional defendendo a religião e tudo o que é publicado na mídia sofre a censura direta do politicamente correto, que é 100% secular. Hoje, não existe politicamente correto religioso. Ou seja, é mais correto você defender suingue, poliamor e relacionamento aberto hoje em dia do que defender o casamento religioso. A opressão da cultura religiosa não existe. O que existe é a opressão secular e a opressão do politicamente correto. Eu sim, poderia dizer que estou sendo profundamente oprimido e censurado pelo politicamente correto. Nas universidades, a situação não muda. Em todos os cursos das ciências humanas (menos teologia teoricamente), os professores universitários falam mal da religião o tempo inteiro. A maioria deles estão comprometidos com o secularismo e querem culpar a religião por todos os males da sociedade. Eu cansei de ver alunos religiosos perdendo a fé por causa da doutrinação secularista.

Quem nunca ouviu a seguinte frase: “Todo religioso é pobre, burro, ignorante e analfabeto!” Essa frase já foi repetida com milhares de variações. Outra coisa que eles costumam repetir com exaustão: “O ateísmo é uma questão de lógica e não uma questão de crença, ou fé!” E eles vão além disso: “A fé é uma crença adquirida por meio da cultura local, enquanto o ateísmo é um pensamento lógico independente da cultura!” Isso tudo pode ser resumido da seguinte forma: “O ateísmo é um pensamento superior e não um conjunto de crenças fundamentados em superstições e mitos.” Alguns vão dizer que não existe a ideia de superioridade, mas existe a ideia de racionalidade e lógica. Mas isso não deixa de ser uma forma de promoção da superioridade do pensamento ateu sim. Eles estão dizendo que o pensamento lógico e científico é superior a qualquer outra forma de pensamento. No final das contas, eles estão negando o valor da filosofia moderna, que é justamente uma transgressão da ciência e da epistemologia. Todo o irracionalismo filosófico é obviamente inválido para eles.

Esse pessoal é tão arrogante que não consegue perceber as ciladas óbvias do pensamento deles. Por exemplo, existem muitos ateus que citam Nietzsche e Dawkins, como se os dois pensadores fossem compatíveis. Nietzsche é um inimigo da epistemologia científica. Ele mesmo fala da ciência em termos pejorativos. É no mínimo curioso que o ateísmo seja fundamentado na superioridade do pensamento científico, porque alguns ateus citam Nietzsche como referência. Nietzsche acredita que todo conhecimento humano é invenção arbitrária. O que diferenciaria a ciência da religião? A diferença é que a ciência é uma metafísica que fala das coisas conhecidas, enquanto a religião fala das coisas desconhecidas. No fundo, nem a ciência, nem a religião são diferentes para Nietzsche nas suas origens metafísicas. O espantoso é que o ateu de Orkut não sabe disso e tenta conciliar equivocadamente os dois autores. Em Nietzsche, por exemplo, cai por terra a ideia do ateísmo como pensamento lógico ou científico. O ateísmo para Nietzsche é uma ética que consiste em afirmar radicalmente o mundo como ele é sem procurar objetivos na ciência e na religião. Já os ateus seguidores de Dawkins tomam a ciência como referência de tudo.

Os ateus de hoje são pessoas que possuem hipersensibilidade, ou são seguidores de gurus midiáticos, que buscam promoção em torno de discussões polêmicas. Todos eles desenvolveram um profundo complexo de superioridade baseado na superioridade lógica e científica do pensamento ateu. Porém, os mesmos não vão além de citar os “mestres” deles, como se a garantia de verdade estivesse embutida num especialismo acadêmico, ou como se a ciência fosse a porta-voz padrão do pensamento ateu. Nenhum pensamento é dono da ciência. O ateísmo se apropriou das conquistas científicas, como se as conquistas científicas fossem na verdade, as conquistas do ateísmo. A ciência não é feita exclusivamente por ateus.

O ateísmo se apropriou de tal forma da ciência, que ele fala em nome da ciência. Então ser religioso para os ateus é o mesmo que negar o pensamento científico. A partir do momento em que você disser que é cristão, pronto, você não terá mais o direito de fazer ciência, ou suas palavras imediatamente perderão credibilidade. Isso é o famoso argumento pragmático. No fundo, o ateísmo confundiu uma ética pragmática, uma ética do mundo dos negócios com a própria teoria do conhecimento. O que não funciona, ou aquilo que não vemos o resultado em termos de produtos ou serviços não tem valor. Agora que pergunto, por que eles amam, se o amor não é um
comportamento fundamentado em teorias científicas? A limitação ética desse pessoal fica claro quando os confrontamos com a ideia de que nem todos os comportamentos humanos podem ter o respaldo da ciência.

Eu não me importo dos caras criticarem a religião. Eu acho que isso é um direito deles. O problema é justamente a arrogância e a presunção de superioridade da crítica dos ateus. Se eles pensassem por conta própria e parassem de citar cientistas como pequenos deuses que vão salvá-los da superstição e dos mitos religiosos, eu até os levaria a sério. Mas pouquíssimos ateus pensam por conta própria. Ou seja, eles se escondem na sombra dos especialistas gurus. Eles não podem viver sem gurus como Dawkins ou Dennett.

Para terminar, o objetivo dessa crítica não é a inversão dialética. Não estou dizendo que os religiosos são superiores ou que eles possuem mais argumentos. O complexo de superioridade dos ateus está fundamentado numa ética e não numa solução supostamente científica ou lógica. O que eles estão dizendo é que as respostas que não possuem valor pragmático não servem. Ou seja, eles evidentemente não conseguiram superar a confusão entre a teoria do conhecimento e a ética. A superioridade ateísta está fundamentada numa confusão filosófica e não numa solução verdadeira e válida.


Este texto faz parte do projeto: Segunda das Relíquias Perdidas.
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