As feministas não querem limitar os lucros machistas das mulheres

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As feministas não querem limitar os lucros machistas das mulheres

Postado por The Truth na Quarta-feira, 3 de agosto de 2011.

Qualquer pessoa pode comentar aqui, inclusive feministas. Só não vale perder a cabeça e chamar os participantes de termos pejorativos ou exagerar no radicalismo ideológico. Realmente alguns comentários são bons, mas o blogger não tem como editar comentários. Só existem 3 opções: excluir, spam, publicar. Ou seja, ou eu publico os comentários inteiros, ou não publico. Às vezes eu sou obrigado a não publicar um comentário gigantesco por causa de uma linha, mas uma linha que pode comprometer o blog. Ou seja, evitem escrever coisas que sejam alvos de processos, ou denúncias. 

Não tenho medo do debate, por isso eu toco nos temas delicados que as mulheres não querem tocar. Por exemplo, o blog é considerado super machista, mas as próprias mulheres que fazem essa crítica são machistas. Elas mesmas criticam o machismo de todo mundo, menos o delas. O feminismo não quer mexer no machismo das mulheres, pois é a união, o corporativismo que importa para elas. O que elas não entendem, é que essa postura passiva jamais acabará com o machismo, pois o machismo do homem num país democrático é totalmente regulado pelo machismo da mulher. 

Eu já disse e vou repetir. Feministas, leiam isso com atenção! Quem regula o comportamento dos homens no Brasil são as mulheres. São as mulheres que querem homens machistas. O homem não tem poder para impor o machismo dele. Ele pode usar a violência, mas o destino dele é a cadeia. Ou seja, por meios democráticos, o homem não tem como impor padrões às mulheres. 

Eu leio blogs feministas que falam de machismo, como se os homens tivessem uma organização que criasse padrões contra as mulheres. Os homens não têm esse poder todo. Eu fico abismado que essas mulheres não conseguem perceber o óbvio, que o machismo, seja o machismo do homem ou da mulher é um padrão feminino. Ou seja, a mulher é a fábrica do machismo na sociedade democrática. Se a feminista só combater o machismo masculino, então ela perderá tempo, porque a mulher continuará exigindo homens machistas e produzindo homens machistas. 

Se as feministas querem acabar com o machismo, elas terão que mexer no lucro machista das mulheres. As feministas acham que vão acabar com o machismo criticando a violência cometida pelos homens somente? Será que elas não percebem que essa violência é uma reação acidental ao padrão de dominância estimulado pelas mulheres? 

Não estou dizendo que as mulheres são culpadas pela violência que sofrem. Por favor, não façam análises distorcidas! O que eu estou dizendo é que o padrão machista das mulheres gera a pressão por dominância que resulta em violência, principalmente quando o homem não encontra os meios sociais de realização desse padrão. Se vocês repararem bem, a motivação do crime não é sobrevivência, mas ganhos financeiros consideráveis! Os homens não cometem crimes porque querem sustentar a família, ou comprar comida, mas sim porque querem dinheiro para satisfazer o padrão de dominância exigido pelas mulheres.

As mulheres não possuem a consciência coletiva dos efeitos destrutivos das exigências de dominância. A mulher que exige dominância financeira dos homens não percebe que ela mesma ajuda a criar uma pressão social no lado masculino. Numa sociedade desigual como a nossa, os homens mais excluídos sentem mais a pressão e são mais vulneráveis à criminalidade! Se o homem precisa do dinheiro para ser valorizado e não consegue o dinheiro de maneira alguma, o que ele fará? Aceitará o destino de maneira conformista? 

Os padrões machistas das mulheres são óbvios. Eis uma listinha rápida: exigência de bom emprego, exigência de carro, exigência de pegada, exigência de músculos hipertrofiados e corpo sem muita gordura, exigência de segurança e extroversão. 

Esses são apenas alguns exemplos. Notem bem uma coisa. Em todos os exemplos, podemos notar que o padrão machista é vantajoso para a mulher. É vantajoso como? É vantajoso nos seguintes aspectos: a mulher não precisa ter dinheiro, ela não precisa ser segura, ela pode ter um homem forte, que será uma espécie de segurança dela, ela não precisa ter iniciativa, pois é o homem que tem que ter pegada, ela não precisa ser extrovertida e falante, pois é o homem que tem que deixá-la à vontade. 

Ou seja, o machismo é muito lucrativo para as mulheres. Percebo que as feministas criticam mais os efeitos colaterais do machismo como a violência e a agressividade do que o próprio machismo em si. A maior prova disso é que elas não tocam nos lucros machistas da mulher. A mulher que quer um homem forte e com pegada, é ou não é machista? É claro que é. Mas esse machismo é divertido para a mulher, porque ela é entretida pelo desejo sexual de um homem forte. Na hora que a força dos músculos vira autoritarismo, somente nesse momento é que o machismo vira alvo de crítica. 

Enquanto as mulheres estão andando de carro com machistas e sendo mimadas por machistas através de restaurantes e viagens, elas não reclamam. Elas só ficam furiosas quando o machista passa do ponto. Esse machista que gasta muito dinheiro com a mulher apenas para satisfazer a exigência de dominância dela não é mal visto pelas feministas. Elas acham isso sempre uma linda liberdade de escolha. 

O lucro machista das mulheres é sempre politicamente correto e liberdade de escolha. As feministas querem acabar com o machismo dos violentos, agressivos e criminosos, mas querem deixar o machismo light e lucrativo para as mulheres em paz. Quando machismo só traz lucros para a mulher, ele é bom. Quando o machismo é acompanhado de efeitos colaterais, ele fica ruim! 

O que as feministas querem é muito difícil, porque não dá para dissociar a dominância do bem da dominância do mal. Não há como dissociar a dominância que só traz lucros para a mulher da dominância que produz violência. A única maneira de acabar com o machismo é reduzir os lucros das mulheres e criticar o padrão de dominância exigido por elas. Ao invés das feministas criticarem os padrões machistas das mulheres, elas procuram o caminho ilusório do corporativismo, caminho que apenas afaga todo machismo feminino. Segundo elas, criticar as mulheres é desuni-las, porém, não criticá-las é manter a fábrica do machismo viva. 

As feministas vão perder muito tempo criticando os homens ocidentais, porque atualmente eles apenas seguem os padrões femininos. Na prática, as feministas estão institucionalizando o utilitarismo feminino (sexismo que elas não reconhecem), visto que elas estão defendendo a combinação de feminismo com machismo light e lucrativo para as mulheres.

Não adianta as feministas acharem que os dominantes do bem vão vencer e os dominantes do mal vão mudar. O padrão dominante exigido pelas mulheres sempre produzirá dominantes do mal , principalmente nas sociedades desiguais, onde a busca por dominância é acompanhada de tensões sociais absurdas. As únicas pessoas que podem acabar com o machismo nas sociedades democráticas são as mulheres, porque os dominantes do mal são efeitos colaterais das exigências machistas das mulheres. 

Por que as europeias exigem homens machistas e não há tantos dominantes do mal? Isso ocorre, porque lá há mais democracia sexual, então o homem dominante não é encurralado pelas pressões sociais. Ele não se vê forçado a quebrar regras para sustentar um padrão dominante. Na Europa, o que há é machismo secular e machismo light. As europeias querem riqueza e pegada também, porém os efeitos colaterais do machismo são baixos, então o machismo light é considerado feminismo. 

O que as feministas querem não é o fim do machismo, mas o machismo light, sem efeitos colaterais. Elas querem o machismo que diverte e dá lucros às mulheres! Porém, exigir somente machismo light numa sociedade tão desigual quanto a brasileira é uma ilusão desmesurada. O fim das exigências de dominância é a única coisa que pode ajudar a diminuir a violência no Brasil. Se o homem brasileiro não for forçado culturalmente a assumir um padrão de dominância inacessível para a realidade dele, certamente ele será menos violento e agressivo.

Este texto faz parte do projeto: Segunda das Relíquias Perdidas.