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A valorização da virgindade feminina
Postado por The Truth na Quarta-feira, 8 de junho de 2011.
Vou falar sobre um tema considerado machista: a virgindade feminina. Antes de tudo, vou deixar claro que o que está em jogo não é um pedaço de pele. Na verdade, a valorização do hímen é proveniente de uma época na qual o sexo vaginal era a única modalidade de sexo. A indústria pornográfica e a sexologia ajudaram a popularizar outras formas de sexo, além do sexo vaginal. A mulher virgem, no sentido clássico, é a mulher que não teve o seu hímen rompido. Porém essa definição clássica está totalmente desatualizada.
O que está em jogo atualmente não é um pedaço de pele. E as mulheres que insistem no argumento “batido” do pedaço de pele podem ser chamadas de “burras”. Nos fóruns de discussões, geralmente as mulheres falam: “Mas o hímen não é garantia de caráter!” As mulheres que falam essas frases clichês no mínimo estão brincando com a inteligência dos homens. É claro que o hímen em si não é mais garantia de nada. E todos os homens hoje em dia sabem disso! Quem essas mulheres pensam que estão ensinando?! O hímen apenas torna mais coerente a mentira de uma mulher que fez outras modalidades de sexo. A mentirosa pode dizer que é virgem, mesmo que já tenha feito sexo oral e sexo anal com alguns homens no passado.
As mulheres dizem que a virgindade feminina é questão ultrapassada, vencida e machismo arcaico. Só que essas mulheres jamais vão entender o problema de uma dimensão filosófica. Elas acham que a valorização da virgindade é um problema moral e cultural. Quem pensa assim, possui um horizonte de crítica limitado. As mulheres simplesmente são incapazes de pensar outras referências. A crítica delas é limitada pelo alcance da natureza feminina. Em outras palavras, o que as mulheres naturalmente não valorizam, elas jamais serão capazes de entender. Então não é surpreendente o fato delas serem totalmente incapazes de entender alguns critérios masculinos de escolha amorosa.
As feministas em geral pensam que a valorização da virgindade feminina é uma forma de controle da mulher, um rebaixamento da mulher e por último, a negação do desejo feminino e da autonomia feminina. Ou seja, o homem que valoriza virgens seria incapaz de suportar a liberdade sexual feminina. Então, ele usaria essa valorização como uma forma de opressão e controle.
Essa explicação é limitada. O homem pode ser criado num país 100% liberal, promíscuo e secular, que mesmo assim ele continuará valorizando as mulheres virgens. A questão não é cultural, nem moral. A questão é filosófica. A pessoa que quer entender essa questão tem que ser capaz de entender a natureza do homem. A valorização da virgindade só pode ser compreendida a partir da natureza do homem. Talvez a terapia genética encontre os genes responsáveis por essa valorização. Essa tese geneticista está muito mais próxima da verdade do que a tese relativista e historicista.
Certamente eu não estarei vivo daqui a 100 anos para presenciar as mudanças do mundo. Mas daqui a 100 anos, a virgindade feminina continuará sendo valorizada, a menos que a terapia genética encontre, isole e substitua os genes responsáveis por essa valorização. Certamente existe o componente cultural do problema. Algumas culturas são mais liberais do que outras. Algumas culturas são mais promíscuas do que outras. É possível que essas variáveis culturais ajudem a diminuir a valorização da virgindade feminina, porém elas jamais acabarão totalmente com ela (a valorização da virgindade feminina), pois ela possui como fonte a própria natureza.
Vou antecipar hoje algumas teses sobre o amor masculino. O amor masculino depende de duas coisas:
1. Valorização sexual da mulher
2. Valorização moral da mulher
O primeiro ponto é fácil de entender. O homem ama a mulher porque ela é sexualmente atraente. O amor masculino também é um desejo sexual espiritualizado. Os poetas tinham desejos sexuais intensos. A poesia apenas camufla o desejo sexual do poeta. Os poetas queriam transar com as mulheres que eles admiravam, mas ao invés de escreverem sobre esses desejos, eles escreviam sobre coisas mais aceitáveis.
A mulher sempre foi idealizada de um ponto de vista sexual. Porém, o amor dos homens sempre teve um componente moral forte. É por isso que os poetas sempre valorizaram a pureza e a castidade feminina. Os românticos não sonhavam com garotas de programa, mas sim com donzelas castas de famílias ricas. Mesmo os poetas que amavam mulheres comprometidas, eles valorizavam mulheres que eram ricas, tradicionais, de família nobre. Ou seja, a mulher casada tinha um status respeitável. Ela não era uma promíscua. A mulher só tinha relação sexual com o marido dela.
A pureza de alguma forma reforçava o valor sexual da mulher. Toda a literatura prova isso. Se uma mulher é atraente e gostosa, a pureza dela torna isso muito mais forte e impactante. A supervalorização da mulher é uma combinação de gostosura e pureza. Mas o que aconteceu com as mulheres de hoje? Elas perderam a pureza. O segundo componente do amor masculino foi destruído e por isso os homens amam de maneira frustrada atualmente.
A mulher não deixou de ser valorizada. Só que a valorização da mulher ocorre sempre num contexto de frustração, porque a mulher gostosa de hoje também é promíscua! A mulher gostosa e promíscua é valorizada de maneira incompleta. O homem valoriza a mulher, porém fica frustrado com a ausência da sua pureza. O reforço moral da pureza não é necessariamente uma prova de caráter. Mulheres promíscuas não são necessariamente pessoas ruins. Elas podem ser excelentes profissionais e alunas acadêmicas. Elas podem ser pessoas pacíficas e amigas em muitas situações. Porém, elas não possuem o componente moral da pureza feminina, componente que independe das práticas cotidianas da mulher.
O homem supervaloriza o corpo da mulher e este é o abismo filosófico que as mulheres são incapazes de superar. As mulheres não valorizam o corpo do homem, então elas usam a analogia para reforçar a incompreensão do problema. Ou seja, não existe intercessão entre o que o homem valoriza e o que a mulher valoriza nesse aspecto. Então toda analogia não serve para nada. Quando as feministas dizem que as mulheres não são sexistas, porque não ligam para a promiscuidade masculina, isso apenas prova que elas são incapazes de entender a natureza masculina. Isso não é prova de superioridade moral alguma. As mulheres que não rejeitam promíscuos estão apenas afirmando padrões da natureza e não estão exercendo nenhuma ética excepcional.
As mulheres praticamente são incapazes de entender questões que não passam pela analogia da natureza. Elas querem entender o homem a partir da natureza delas e como elas são incapazes de ter êxito nesse exercício, elas traduzem as diferenças naturais como preconceitos culturais e morais. O que não agrada a natureza feminina é visto como preconceito moral e cultural, por isso as mulheres são incapazes de superar um horizonte de crítica filosófica, pois esse horizonte é limitado pela analogia da natureza feminina.
O aspecto cultural emergente desse problema é o nível alto da competição masculina. Numa cultura promíscua, a mulher mais valorizada é também aquela que não teve experiências sexuais e que não decidiu quem é o vencedor. O homem que a promíscua escolhe não é visto como um homem de valor. A competição masculina envolve aspectos quantitativos e qualitativos. Os aspectos quantitativos envolvem o numero de experiências sexuais, mas os aspectos qualitativos envolvem o valor da mulher como um todo.
Para o homem que está marginalizado na competição sexual, a mulher promíscua não serve para relacionamentos. A razão disso é que ele ficará marginalizado em todos os aspectos. Ele não fará sexo como os outros e nem terá uma mulher de valor. A competição masculina banalizou totalmente a mulher promíscua para relacionamentos sérios. Se essas mulheres são supervalorizadas no Brasil, isso acontece porque os homens brasileiros são super inseguros e limitados.
A valorização da virgindade feminina é uma forma de realização do homem excluído do mercado sexual. Uma mulher virgem numa sociedade competitiva, desigual e promíscua é o símbolo do paraíso. O homem que não está incluído no mercado sexual jamais viverá a promiscuidade de modo satisfatório. As mulheres que já foram “conquistadas” e “usadas” perdem valor “monogâmico” e tornam-se apenas fonte de sexo. Já as mulheres que ainda não transaram são vistas como mulheres que ainda possuem valor “monogâmico”, uma vez que elas não foram banalizadas pela competição masculina.
No Brasil, a valorização da virgindade feminina tem caráter compensatório. O homem que teve uma vida extremamente difícil quer casar com uma mulher pura para compensar a impossibilidade dele ser promíscuo como os outros. Mas como o Brasil é um país extremamente desigual e “imoral”, o cafajeste acaba casando com a virgem e o bonzinho termina com a promíscua. Ou seja, o homem que transou com dezenas de mulheres compra a mulher virgem com o status dele e como as mulheres brasileiras hoje não possuem moralidade sólida, elas aceitam essa injustiça em prol de fetiches e exibicionismo social.
A moralidade “fraca” das brasileiras reforça a crise do brasileiro. Como os brasileiros sabem que não existe democracia sexual no Brasil, eles buscam o poder a qualquer custo, pois o poder "compra" mulheres virgens e promíscuas.
Este texto faz parte do projeto: Segunda das Relíquias Perdidas.