FINAL
“AH, PÁRA ÔH!!!!!
Com os malditos jogos diabólicos ficava cada vez mais zumbi louco e os porres de álcool só aumentavam. Era uma forma desesperada de válvula de escape para fugir de suas garras, pois não tinha coragem de terminar.
Ela literalmente sequestrava meu tempo, dinheiro, paz de espírito e até meu sono. Trabalhar á noite era terrível, e ainda por cima ela vinha em casa de manhã depois eu tinha que ir na casa da mãe dela ao invés de dormir. Tanto tempo gasto com coisas inúteis dela. Ela gostava muito de esoterismo, e ficávamos horas ali assistindo vídeos desse assunto que não me interessava, dentre outras inutilidades.
Depois da Aurora minha visão sexual mudou drasticamente. Era foda olhar para aquela bunda reta que me lembrava a LUA, por causa das crateras de celulite!! Pernas peludas. Tetas caídas. Meu Deus! Que trabuco!
Tinha que usar a imaginação pra não broxar. Apagava a luz do quarto pra não ver nitidamente aquela apavorante cicatriz. Aspirar aquele bifão que ela tinha no meio das pernas era agora uma tarefa tediosa e que exigia estômago, e se eu não raspasse virava um matagal!
Com aquela buceta larga só conseguia gozar lembrando da Aurora.
O chá, que era sua principal arma, já não era tão forte assim.
Comer a sardenta do Zézão foi tipo um ritual de purificação!
Se antes eu ficava quieto com as merdas que ela fazia agora o pavio tava cada vez mais curto. As brigas eram constantes, pois agora eu revidava e não deixava barato!
Uma relação cada vez mais ácida e perigosa.
Ficava esperto com ela pois podia querer me matar. Em casa escondia facas e tudo o que pudesse ser usado como arma. Pra piorar eu mesmo estava me estranhando com pensamentos assassinos!
Quando via o moleque respondão folgando pra cima da gente (chegava a mandar a gente calar a boca!), já chamava de bocudo, malcriado e falava um monte de merda. E uma imagem tenebrosa me vinha á mente: lembrava de uma cena de documentário onde o leão matava os filhotes do outro.
Por pouco não ficamos famosos na cidade sendo notícia de uma tragédia.
Com toda essa merda acontecendo ela estranhamente aumentava a dose dos seus chás.
Vendo que eu estava mais resistente, começou a ficar mais boazinha, carinhosa, atenciosa, melhorar o desempenho na cama, se arrumar mais e até mesmo a fazer serviço de casa! Esse era seu plano para conseguir o insano objetivo final: O CASAMENTO!
Tentou de todo jeito me dobrar com pressão emocional, chantagem e promessas de uma família feliz. Todos os problemas que eu expunha ela arrumava soluções mágicas pra me convencer!
Claro que não era tão burro assim de cair nesse conto do vigário, mas foi quase! Se eu não tivesse ido no Zézão aquela noite e provado carne de melhor qualidade provavelmente teria caído no papo, já que estaria suscetível aos seus chás. Toda vez a Cobra tocava no assunto do casamento e eu enrolava.
Não conseguindo seus objetivos maléficos a máscara caiu e continuaram as brigas tóxicas.
Quanto mais eu tentava me distrair mais ela me infernizava! Começou a invocar com meu amigo e parceiro de trabalho Genésio. O motivo? Porque conversava demais e ria com ele, que estava contando piadas!
Claro que ela não podia deixar barato isso! Como eu OUSAVA estar feliz? Era para mim estar SOFRENDO pensando nela! ME VER CONTENTE? Isso pra ela era um ULTRAJE!
Chegou ao cúmulo de querer me PROIBIR de conversar com ele! Falei que não, é lógico.
Ficou pianinho e parecia que tinha morrido o assunto.
No outro dia de manhã eu estava lá outra vez esperando há mais de uma hora morrendo de sono!
Perdi a paciência e fui lá atrás dela, que estava batendo papo bem despretensiosamente com a amiga.
Fiquei puto e chamei pra irmos embora!
Pois a Víbora falou que era pra mim ter ido embora com meu amiguinho! Já que eu preferia ele do que ela! Era impressionante a INFANTILIDADE.
Na noite seguinte estava deitado sozinho num canto tentando relaxar depois da refeição.
Pois ela vendo que eu estava tentando ficar em paz foi lá me infernizar falando do Genésio!
Mandei tomar no cu e falei pra parar de encher o saco!
Então falou que estava tudo acabado e concordei.
Mais uma noite fudida, mas finalmente poderia me dar ao LUXO de chegar cedo em casa pra dormir.
Genésio estava me acompanhando, e do nada chega a louca histérica dando piti correndo atrás da gente!
De forma irônica perguntando se não estava atrapalhando nada e falando muita merda sem sentido.
Genésio sem entender nada se despediu.
Fomos pra minha casa e ela, falando que estava tudo terminado, pegou suas coisas.
Era a oportunidade perfeita pra me livrar desse encosto! Era só deixá-la ir e pronto… mas não, a Anta aqui chamou de volta, culminando em um ardente e violento sexo de reconciliação!
Uma ‘montanha russa de emoções’!
Os porres de álcool começavam a aumentar, mas o cérebro, não sei se era por causa dos antidepressivos, não ‘desligava’! Tipo um zumbi, sonâmbulo, fazia coisas que não me lembrava e só ficava sabendo porque me contavam.
Morava na casa do fundo como inquilino de um casal de idosos, que moravam na casa da frente. Já tinha tomado ‘umas par’ delas e fui acertar aluguel com um copão de conhaque. Conversando com os velhos de boa, pois tinha amizade, virei o copo e apaguei! Acordei no outro dia de manhã no chão da cozinha!
No outro dia me falaram tudo que eu tinha feito!
Disseram que dormi ali mesmo e me levaram pra casa me pondo na cama.
De repente acordei, como que possuído pelo cramunhão e fui pra cima deles num surto psicótico! Saíram correndo e fui atrás deles, que apavorados me trancaram dentro de casa. Chutei a arregacei a porta tentando sair, até que finalmente apaguei. Uma noite alucinante!
Vendo isso os velhinhos chamaram meus pais para conversar. Foi estranho ver meus pais juntos. Então todos começaram a me perguntar o que estava acontecendo comigo, pois eu não era de fazer aquelas coisas. Aos prantos comecei a por pra fora as emoções e contar todo o filme de terror que estava vivendo. Foram em casa e viram, entre a bagunça PILHAS de roupa de criança e ficaram muito indignados, tamanha era a FOLGA dela, além de ficarem sabendo que a grana que eles me davam para me ajudar eu gastava com ela e o menino.
Eles achavam que meu namoro estava bem, pois eu não falava o que acontecia, e agora viram a verdade, que na realidade estava FUDIDO. Pensavam que eu tinha grana guardada no banco, mas estava era devendo!
Me fizeram PROMETER que largaria dela, e falaram que iam intervir se fosse necessário, pois obviamente não era justo o que ela estava fazendo. Meu pai sugeriu colocar as coisas dela e do menino dentro do carro e levar de volta pra casa dela. Aceitei na hora e fomos levar seus pertences.
Agora era tudo ou nada!
Junto com meu pai chegamos na casa dela as 2 da tarde. A mãe dela veio me atender e falou que ela estava dormindo. Falei que não precisava chamá-la e entreguei os pertences da filha e do neto. Dei um jóinha e saí vazado.
Aproveitando a viagem passamos no mercado e, não sei como, a Víbora apareceu lá, na maior cara de pau, tentando me persuadir a mudar de idéia dizendo que me amava, que eu não tinha motivo, e quando me arrependesse seria tarde demais.
Desde lá no começo era assim. Sempre que eu tentava cair fora ela me persuadia a voltar.
Meu pai estava esperando no carro e não se envolveu.
Dessa vez teria que ter CULHÕES para comunicar de forma clara e definitiva porque estava terminando.
Expliquei timtim por timtim porque estava terminando e falei que não queria mais aquele inferno!
Mandei sumir da minha vida pra sempre e não queria ver ela nunca mais!
E fui embora sentindo um puta alívio! Mas não podia marcar bobeira igual da outra vez.
Troquei o chip de celular, mudei de casa, arrumei emprego em outra fábrica, voltei com meus hobbies e exercícios em casa, me concentrei em pagar as dívidas que a Megera deixou que no total dava mais de 2000 reais no cartão de crédito.
Mesmo lá na fábrica em que estava trabalhando tinha os famigerados cupidos vindo falar dela e cortava eles na hora pra não cair de novo naquele papo!
Também não criei conta em rede social novamente pra não saber nada sobre ela!
Abandonei de vez os remédios antidepressivos e nunca mais tomei, nem me fez falta! Só no começo que deu abstinência que aos poucos foi passando. A única coisa que tomo hoje em dia são vitaminas.
A bebida voltou a ser como era: uma recreação de vez em quando. Na questão musical voltei a ouvir as músicas que EU gostava (rock) e não as dela, como fazia. Aprendi bastante coisa, como política, que não sabia nada, economia, dicas uteis para casa, Enfim, aos poucos fui botando ORDEM na casa!
Quanto a questão da carência dessa vez não seria tão pinto louco procurando uma substituta. Botei na cabeça que precisava primeiramente antes de tudo estar bem comigo mesmo, numa jornada de reflexão e autoconhecimento. Tinha que dar tempo ao tempo e esperar a poeira baixar. Antes de procurar alguém era necessário primeiramente estar bem comigo mesmo.
Era indescritível a sensação de liberdade, como uma coisa simples dessa podia me causar tanta felicidade. Não ter ninguém me manipulando, vigiando e censurando era como um voo de um canarinho solto na natureza! Até o cheiro da chuva que eu não percebia mais se tornou especial.
Meses se passaram em uma grande calmaria. Mas ainda estava difícil esquecer aquele período negro. Depois de um tempo que tudo passou ainda lembrava o acontecido, mas buscando respostas!
Todas aquelas coisas malucas que aconteciam, de eu sempre lutar pela relação, tentar fazer tudo certo até onde podia e sempre dava errado! Tentar ser um bom namorado e só me fuder. Eram como uma espécie de JOGOS insanos.
Mas afinal de contas, o que vêm a ser esses jogos? Comecei a buscar as respostas.
Pesquisei algo como ‘entender jogos femininos’. Tinha aqueles sites cheio de politicamente correto que eu já não engolia mais aqueles discursinhos balela sempre igual. Alguma coisa estava errada e a conta não batia!
Mas entre os resultados estava o site que mudaria minha vida: Machismo Esclarecido!
Logo de cara um texto de Silvio Koerich –
Os 5 jogos emocionais e táticas manipulativas mais frequentes: como vencê-los e bloqueá-los.
Fiquei PERPLEXO com o texto! Direto, sem frescura e sem merda de politicamente correto! Enfim consegui a explicação e entender o porque daquele inferno emocional que eu vivia! TODOS os jogos ela fazia eu caía e era aquilo que me causava tanto sofrimento! Enfim estava caindo na real!
Depois vi o post de SK sobre mães solteiras onde ele escancara toda a verdade sobre essas mulheres e finalmente me dei conta da cagada que fiz assumindo compromisso com uma mulher dessa!
Não sabia da paternidade socioafetiva e do perigo que corri de ter que pagar pensão pra filho de tranqueira! Me dei conta do quão PASPALHO eu fui levando a sério esse tipo de mulher sendo que nem ela mesmo se leva a sério! Do quão a mulher vê o cara que a assume como um bosta e faz gato e sapato dele!
Foi demais o choque de realidade!
Avidamente devorei todos os textos e me surpreendia com tantas reais expostas de forma nua e crua. Depois li Nessahan Alita. Impressionante essa obra! Ele faz uma análise profunda e explica porque elas fazem tais coisas. Destruindo a falácia de que é impossível entender as mulheres! Agora sim via como elas são, observando atentamente o comportamento delas no dia a dia, e tudo que ele escreveu se comprovava todo dia! Nunca que eu percebia essas coisas antes! Coisas que elas faziam e que eu não entendia agora tinha sentido!
Fui lendo tudo que encontrava sobre a Real e obter cada vez mais informação. Com tanto conhecimento me abrindo os olhos comecei a observar não só as mulheres mas o mundo como ele é! Com isso, precisava mudar para me adaptar ao mundo, pois, obviamente o mundo não se adaptaria a mim.
Em uma grande jornada interna, tinha que combater meus próprios demônios, e desaprender as coisas erradas.
A fonte de meus problemas era a maldita mania de ser bonzinho demais e obter aprovação alheia, mesmo com o inimigo pisando!
Definitivamente tinha que combater isso e agir contra meu próprio instinto, o que não é nada fácil.
Uma coisa simples mas muito eficaz foi de simplesmente dizer NÃO quando necessário.
Minha autoestima aumentou muito depois disso.
Também passei a cuidar mais da aparência, me vestindo melhor, me cuidando mais, me alimentando bem.
Passei pela clássica fase da revolta, mas era mais interna, pois li bastante material avisando sobre isso.
Durante os anos fiquei acompanhando a Real como leitor.
Mulheres velhas como aquela que pegava hoje em dia vejo como uma foda econômica no máximo. Acho até hilário relembrar como eu fazia merdas naquela época por causa daquela Tribufú inútil ingrata com cria de cafa.
Lendo o relato do Conde novamente, fiquei inspirado pra contar o meu, já que passei por tanta coisa também.
Como uma forma de agradecimento decidi compartilhar este longo relato que é escabroso, mas há muitos e muitos casos piores que o meu que terminam em morte e tragédia, e quem sabe possa ajudar alguém que se encontra nessa terrível situação a terminar isso de vez antes que seja tarde demais.
Agradecimentos pelo espaço cedido.