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Irmãos, eu sinceramente acredito que nós nascemos num dos piores momentos para se existir no ponto de vista social. O mundo tá completamente intragável e acho por isso também sinto essa "solidão".
Que outra geração passou por uma crise econômica global, uma pandemia (fabricada ainda por cima) e todos esses detalhes de "diversidade" que existem hoje? Pandemia, salários achatados, imigração e destruição de culturas, individualismo contaminou o mundo, diversidade, futuro incerto, apego as coisas materiais, daqui pra frente é só desastre.
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(17-07-2024, 01:39 PM)Doutor Pregos Escreveu: Irmãos, eu sinceramente acredito que nós nascemos num dos piores momentos para se existir no ponto de vista social. O mundo tá completamente intragável e acho por isso também sinto essa "solidão".
Que outra geração passou por uma crise econômica global, uma pandemia (fabricada ainda por cima) e todos esses detalhes de "diversidade" que existem hoje? Pandemia, salários achatados, imigração e destruição de culturas, individualismo contaminou o mundo, diversidade, futuro incerto, apego as coisas materiais, daqui pra frente é só desastre.
Besteira.
Todo final de civilização tem o mesmo problema: crise populacional, putaria, hedonismo pujante e masculinidade inexistente. Romanos, gregos, fenícios, etc.
Pelo menos hoje tu não morre com menos de 30 com uma tuberculose ou uma flechada no peito. Sem contar em todo acesso à informação. Ou tu acha que um camponês podia comer carne 5x por semana e limpar o rabo sujo com lenço umidecido e papel Neve?
Um homem com escolhas é um homem livre.
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(17-07-2024, 01:49 PM)Gorlami Escreveu: (17-07-2024, 01:39 PM)Doutor Pregos Escreveu: Irmãos, eu sinceramente acredito que nós nascemos num dos piores momentos para se existir no ponto de vista social. O mundo tá completamente intragável e acho por isso também sinto essa "solidão".
Que outra geração passou por uma crise econômica global, uma pandemia (fabricada ainda por cima) e todos esses detalhes de "diversidade" que existem hoje? Pandemia, salários achatados, imigração e destruição de culturas, individualismo contaminou o mundo, diversidade, futuro incerto, apego as coisas materiais, daqui pra frente é só desastre.
Besteira.
Todo final de civilização tem o mesmo problema: crise populacional, putaria, hedonismo pujante e masculinidade inexistente. Romanos, gregos, fenícios, etc.
Pelo menos hoje tu não morre com menos de 30 com uma tuberculose ou uma flechada no peito. Sem contar em todo acesso à informação. Ou tu acha que um camponês podia comer carne 5x por semana e limpar o rabo sujo com lenço umidecido e papel Neve?
A geração nascida no início do século 20 pegou uma pandemia, crise mundial, duas guerras mundiais ... tu realmente acha que hoje é a época mais fodida da história?
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(17-07-2024, 02:12 PM)Josey Wales Escreveu: (17-07-2024, 01:49 PM)Gorlami Escreveu: Besteira.
Todo final de civilização tem o mesmo problema: crise populacional, putaria, hedonismo pujante e masculinidade inexistente. Romanos, gregos, fenícios, etc.
Pelo menos hoje tu não morre com menos de 30 com uma tuberculose ou uma flechada no peito. Sem contar em todo acesso à informação. Ou tu acha que um camponês podia comer carne 5x por semana e limpar o rabo sujo com lenço umidecido e papel Neve?
A geração nascida no início do século 20 pegou uma pandemia, crise mundial, duas guerras mundiais ... tu realmente acha que hoje é a época mais fodida da história?
Conversando com um senhor de 70+ outro dia sobre a mocidade dele e é surreal, ele parece que viveu em outro planeta. Não me admira ele e seus contemporâneos serem tão cuca-fresca.
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(17-07-2024, 01:39 PM)Doutor Pregos Escreveu: Irmãos, eu sinceramente acredito que nós nascemos num dos piores momentos para se existir no ponto de vista social. O mundo tá completamente intragável e acho por isso também sinto essa "solidão".
Que outra geração passou por uma crise econômica global, uma pandemia (fabricada ainda por cima) e todos esses detalhes de "diversidade" que existem hoje? Pandemia, salários achatados, imigração e destruição de culturas, individualismo contaminou o mundo, diversidade, futuro incerto, apego as coisas materiais, daqui pra frente é só desastre.
Pelo teu comentário da pra perceber a sua frustração.
"Melhor janela da história" diria o @ Patrulheiro
Vivemos numa vida tão mais fácil, que obviamente sobre tempo para nos preocuparmos com os males do mundo, que sempre foi maligno. A pior parte do mundo moderno é sermos escravos estatais, mas ainda há saída.
O individualismo é questão de sobrevivência, o homem se adapta rapidamente para sobreviver.
Como eu disse ontem, as cicatrizes do combate num homem desperto são certas, quem já acreditou na mentira e vê a verdade tem esses sinais.
Analisando tanta gente vivendo fora da realidade, não acha que assim é muito mais fácil se destacar e sair da média?
Vendo o mundo indo pro precipício fico ainda mais tranquilo em saber que eu e meus filhos teremos melhores chances e oportunidades.
Quanto mais sangue, mais chouriço.
"Use o sistema contra o sistema, parasite o parasita"
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17-07-2024, 02:26 PM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 17-07-2024, 02:43 PM por Wild.)
(17-07-2024, 02:12 PM)Josey Wales Escreveu: (17-07-2024, 01:49 PM)Gorlami Escreveu: Besteira.
Todo final de civilização tem o mesmo problema: crise populacional, putaria, hedonismo pujante e masculinidade inexistente. Romanos, gregos, fenícios, etc.
Pelo menos hoje tu não morre com menos de 30 com uma tuberculose ou uma flechada no peito. Sem contar em todo acesso à informação. Ou tu acha que um camponês podia comer carne 5x por semana e limpar o rabo sujo com lenço umidecido e papel Neve?
A geração nascida no início do século 20 pegou uma pandemia, crise mundial, duas guerras mundiais ... tu realmente acha que hoje é a época mais fodida da história?
Vou pegar o gancho, mas não leve para o pessoal. É apenas para levantar uma provocação.
Não vou dizer que em termos concretos que essa seja a pior era da história, se for contabilizar apenas pelo número de mortes, guerras, catástrofes naturais, etc.
Contudo...O zeitgest de dada época é determinado por diversos fatores.
Hoje em dia talvez não tenhamos tantas desgraças acontecendo, mas há muitas outras coisas que "mancham" a forma como observamos o mundo. Vivemos numa era de fortes contradições e isso corrói a alma dos sujeitos. Não tem como a alma humana suportar sem danos essas contradições e paradoxos.
Temos comunicações globais, mas relações pessoais tem se tornado cada vez mais difíceis. Tem pessoas hoje em dia que são meros bonecos virtuais, redes sociais são a farsa do século.
Temos expressão a nível global, mas cada vez mais forte vigilância e opressão dessas mesmas ideias, num nível tão extenso que qualquer Grande Irmão ou ditador ao longo da história iria pirar.
Temos opções de quase tudo na vida e isso se tornou pior pois nosso cérebro não é naturalmente condicionado à isso, sofremos paralisia por excesso de opções, no fim acabamos não escolhendo nada.
E por aí vai.
Não é uma equação tão simples assim.
Força e honra,
Citação:“Fortuna Perdida? Nada se perdeu... Coragem perdida?
Muito se perdeu... Honra perdida? Tudo se perdeu...”
(Provérbio Irlandês)
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(17-07-2024, 02:26 PM)Wild Escreveu: (17-07-2024, 02:12 PM)Josey Wales Escreveu: A geração nascida no início do século 20 pegou uma pandemia, crise mundial, duas guerras mundiais ... tu realmente acha que hoje é a época mais fodida da história?
Vou pegar o gancho, mas não leve para o pessoal. É apenas para levantar uma provocação.
Não vou dizer que em termos concretos que essa seja a pior era da história, se for contabilizar apenas pelo número de mortes, guerras, catástrofes naturais, etc.
Contudo...O zeitgest de dada época é determinado por diversos fatores.
Hoje em dia talvez não tenhamos tantas desgraças acontecendo, mas há muitas outras coisas que "mancham" a forma como observamos o mundo. Vivemos numa era de fortes contradições e isso corrói a alma dos sujeitos. Não tem como a alma humana suportar sem danos essas contradições e paradoxos.
Temos comunicações globais, mas relações pessoais tem se tornado cada vez mais difíceis. Tem pessoas hoje em dia que são meros bonecos virtuais, redes sociais são a farsa do século.
Temos expressão a nível global, mas cada vez mais forte vigilância e opressão dessas mesmas ideias, num nível tão extenso que qualquer Grande Irmão ou ditador ao longo da história iria pirar.
Temos opções de quase tudo na vida e isso se tornou pior pois nosso cérebro não é naturalmente condicionado à isso, sofremos paralisia por excesso de opções, no fim acabamos não escolhendo nada.
E por aí vai.
Não é uma equação tão simples assim.
Força e honra,
Como o @ Trglodita falou, " Vivemos numa vida tão mais fácil, que obviamente sobre tempo para nos preocuparmos com os males do mundo, que sempre foi maligno."
Tem muita coisa aí que realmente foderia a cabeça do cidadão se ele ficar remoendo, mas aí eu te digo... O que EU, como brasileiro médio, tenho a fazer "contra" o zeitgeist?
Eu coloquei pontos que, independentemente da situação do caboclo, foderiam de verde e amarelo chutando baixíssimo uns 98% da população. Independente da situação do caboco, ele vai estar fodido caso qualquer cenário desses de SHTF aconteça.
Acontece uma guerra de grande proporção? Fodeu. Pandemia (uma "de verdade")? Fodeu. A bolsa crashou e estamos com hiperinflação? Fodeu.
Nenhum desses pontos nós, seres humanos "comuns" e de forma individualizada, jamais teremos capacidade de enfrentamento. O que nos resta é nos preparar para o que é possível, e administrar o risco do que não dá pra minimizar ou zerar.
Todo esse restante, das ditas contradições e paradoxos a meu ver só afetam o cidadão ao ponto em que ele se deixa afetar.
Se as relações são superficiais e as pessoas falsas, se há vigilância sobre tudo o que é feito e o excesso de opções nos torna inertes, o que isso afeta diariamente minha vida a ponto de eu me ver obrigado a abraçar o "modo Doomer" e achar que tá tudo indo pras cumbas e que eu preferiria viver nos anos 50 e achar que morrer com 40 anos por tuberculose é mais vantajoso?
Não tô falando que o cara tem que viver no escapismo e ignorar toda a degradação moral ou deixar de fazer o que existe nas suas possibilidades, como cuidar de sua família e votar com consciência - embora isso daqui seja uma mera aposta de que outro ser humano vai fazer o que se espera dele, ao invés de fazer o que ele quer.
Só tô falando que, dadas as devidas proporções, o ser humano hoje tem menos "problemas" a ponto de se preocupar com esse tipo de coisa.
Saímos dos degraus mais baixos da Pirâmide de Maslow, atingindo na maioria da civilização a garantia da existência (exceto nas regiões e locais onde o cenário SHTF existe, como África, zonas de conflito, etc), no entanto psicológica e emocionalmente a maioria das pessoas é fodida da cabeça. Algumas pessoas tem vislumbres de realização pessoal e estima, coisas que estão mais acima nessa escala, e quanto mais alto, mais se vê do pântano que vivemos. Mas isso não torna nossa era a pior de todas. É simplesmente o fato que nossa ótica permite uma visão mais "do alto".
Se você pegar um cidadão qualquer na rua, que acorda 5 da manhã para pegar ônibus lotado , trabalha 12h pra ganhar um salário mínimo e volta pro seu barraco de 20m2 na encosta de um morro que não pode começar a chuviscar que já bate aquele desespero, e perguntar pra ele se ele está preocupado com o aumento da vigilância e opressão nas redes sociais, ele vai te mandar tomar no rabo porque ele tem coisa mais importante pra se preocupar e mandar você enfiar a "ditadura" naquele lugar.
Parte disso é ignorância? Com certeza. Mas to colocando um exemplo esdrúxulo mesmo pra mostrar que, quanto menos você tem preocupação com a subsistência no dia de amanhã, mais se preocupa com coisas que estão fora do teu alcance, preocupações filosóficas, solidão, depressão etc.
Concluindo, as facilidades mundanas é que permitem esse tipo de questionamento.
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(17-07-2024, 02:12 PM)Josey Wales Escreveu: A geração nascida no início do século 20 pegou uma pandemia, crise mundial, duas guerras mundiais ... tu realmente acha que hoje é a época mais fodida da história?
Depende, em partes sim em outras não;
Temos acesso a comodidades boas que as modernidades pode oferecer, certos avanços bons que se bem usados melhoraram a qualidade de vida.
Em contrapartida nunca fomos tão monitorados e perdemos a liberdade de se expressar mesmo nos nossos círculos mais restritos.
E eu prezo muito pela liberdade individual e trocaria alguns confortos a mais pelo pleno exercício da liberdade.
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17-07-2024, 05:50 PM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 17-07-2024, 06:00 PM por Wild.)
(17-07-2024, 03:59 PM)Josey Wales Escreveu: Como o @Trglodita falou, "Vivemos numa vida tão mais fácil, que obviamente sobre tempo para nos preocuparmos com os males do mundo, que sempre foi maligno."
Tem muita coisa aí que realmente foderia a cabeça do cidadão se ele ficar remoendo, mas aí eu te digo... O que EU, como brasileiro médio, tenho a fazer "contra" o zeitgeist?
Eu coloquei pontos que, independentemente da situação do caboclo, foderiam de verde e amarelo chutando baixíssimo uns 98% da população. Independente da situação do caboco, ele vai estar fodido caso qualquer cenário desses de SHTF aconteça.
Acontece uma guerra de grande proporção? Fodeu. Pandemia (uma "de verdade")? Fodeu. A bolsa crashou e estamos com hiperinflação? Fodeu.
Nenhum desses pontos nós, seres humanos "comuns" e de forma individualizada, jamais teremos capacidade de enfrentamento. O que nos resta é nos preparar para o que é possível, e administrar o risco do que não dá pra minimizar ou zerar.
Todo esse restante, das ditas contradições e paradoxos a meu ver só afetam o cidadão ao ponto em que ele se deixa afetar.
Se as relações são superficiais e as pessoas falsas, se há vigilância sobre tudo o que é feito e o excesso de opções nos torna inertes, o que isso afeta diariamente minha vida a ponto de eu me ver obrigado a abraçar o "modo Doomer" e achar que tá tudo indo pras cumbas e que eu preferiria viver nos anos 50 e achar que morrer com 40 anos por tuberculose é mais vantajoso?
Não tô falando que o cara tem que viver no escapismo e ignorar toda a degradação moral ou deixar de fazer o que existe nas suas possibilidades, como cuidar de sua família e votar com consciência - embora isso daqui seja uma mera aposta de que outro ser humano vai fazer o que se espera dele, ao invés de fazer o que ele quer.
Só tô falando que, dadas as devidas proporções, o ser humano hoje tem menos "problemas" a ponto de se preocupar com esse tipo de coisa.
Saímos dos degraus mais baixos da Pirâmide de Maslow, atingindo na maioria da civilização a garantia da existência (exceto nas regiões e locais onde o cenário SHTF existe, como África, zonas de conflito, etc), no entanto psicológica e emocionalmente a maioria das pessoas é fodida da cabeça. Algumas pessoas tem vislumbres de realização pessoal e estima, coisas que estão mais acima nessa escala, e quanto mais alto, mais se vê do pântano que vivemos. Mas isso não torna nossa era a pior de todas. É simplesmente o fato que nossa ótica permite uma visão mais "do alto".
Se você pegar um cidadão qualquer na rua, que acorda 5 da manhã para pegar ônibus lotado , trabalha 12h pra ganhar um salário mínimo e volta pro seu barraco de 20m2 na encosta de um morro que não pode começar a chuviscar que já bate aquele desespero, e perguntar pra ele se ele está preocupado com o aumento da vigilância e opressão nas redes sociais, ele vai te mandar tomar no rabo porque ele tem coisa mais importante pra se preocupar e mandar você enfiar a "ditadura" naquele lugar. 
Parte disso é ignorância? Com certeza. Mas to colocando um exemplo esdrúxulo mesmo pra mostrar que, quanto menos você tem preocupação com a subsistência no dia de amanhã, mais se preocupa com coisas que estão fora do teu alcance, preocupações filosóficas, solidão, depressão etc.
Concluindo, as facilidades mundanas é que permitem esse tipo de questionamento.
Bom, é muita coisa aqui, vou tentar endereçar umas coisas agora e outras depois. Vou comentar por alto.
Antes, para que fique bem claro, não acredito que vivemos em melhor ou pior época por que isso simplesmente é besteira, não faz o menor sentido, vivemos numa época que tem problemas diferentes das demais, e isso é tudo, cada qual é cada qual.
Primeiro que o zeitgest são o sentir das coisas como são, de fato não tem o que o sujeito fazer contra isso. É a "modernidade líquida" e só nos resta apontar e entender melhor essa situação ao invés de tentar fugir dela, por que ela de algum modo vai moldar a cultura e costumes de uma época e isso nos afeta em muitos níveis. Isso adoece a alma, e vai causar doenças psicológicas em larga escala na sociedade e são coisas super difíceis de detectar, diagnosticar e resolver.
Mas dos exemplos que eu citei, escolhi esses por um propósito. Você falou de guerras, catástrofes, pandemias, crashs nas bolsas e coisas que sim, afetam de fato a vida e sobrevivência das pessoas no grosso, mas ao contrário dos meus pontos, eles são muito mais situacionais e interpessoais, ou seja, essas que realmente são causas externas e não de dependem em nada da gente, mesmo que nos afetem diretamente. "Tem guerra? Não fui eu que escolhi isso e nada tenho a ver fora me chamem pra lutar no conflito."
Por outro lado as causas que citei são muito mais pessoais, são muito mais íntimos e psicológicas. Afetam mais o fundo da alma do ser. Acho que já falei diversas vezes aqui como é o psicológico que fode o cara. É o que faz a diferença entre a ação e a não-ação, entre o estar bem e estar tomando as doom pills se afundando em desespero. Ou você acha que é mero acaso vivermos numa era onde os problemas mentais tem se multiplicado que nem um ninho de ratos no tempo da peste negra?
Se bem que novamente, cada tempo com seus problemas, não vou subestimar o tamanho dos problemas que você citou, estou dizendo que eles fazem parte de uma equação muito maior. Imagina, por exemplo, viver num mundo pós-guerra, não sabendo se o mundo vai erodir numa guerra nuclear a qualquer instante? O medo e o terror que uma situação dessas causa, mesmo que isso nunca tenha acontecido acho que serve bem de exemplo.
Essa mentalidade do "ah, sujeito tem que se preocupar em botar comida na mesa não tem tempo pra pensar em X" é uma grande besteira. Se entendi o que o Trglodita falou, os problemas e a podridão do mundo sempre existiram, não importa a época. Os problemas vão continuar existindo, você note para eles ou não. Ignorar ou fingir não se afetar por essas coisas não vai fazer eles irem embora, no máximo podemos dar um pouco de alívio pra nossa mente se a gente conseguir garantir o básico para a nossa sobrevivência. Mas se bem reparar, no nosso estado de sociedade atual o básico não é mais o bastante. Atender as necessidades fisiológicas básicas do sujeito é a base da pirâmide de Maslow, mas ainda há todo o resto pesando logo acima.
Esse ponto de que enquanto vai ter os fodidos preocupados com a sobrevivência e que não terão tempo para "pensar nessas outras coisas" é justamente por esse ponto "essas outras coisas" que somos fodidos e tomados de assalto. A gente se preocupa com o que comer, enquanto os mais bens alimentados por verbas estatais, ongs e multinacionais milionárias estão lá tramando contra nós 24h/dia, 7 dias/semana.
E... Não é uma mera preocupação "filosófica", com "coisas que estão fora do seu alcance". É o contrário: depressão, solidão, todas as necessidades menos fisiológicas e mais psicológicas são problemas pessoais reais, a coisa mais em alcance seu, que é você mesmo, e você ignorar que eles existem, novamente, não farão eles sumir. Não dá para subestimar eles também, achar que isso é besteira.
Eu entendo que eles são problemas tanto como os outros, e digo mais, que bom que para muitos os problemas mais de baixo da pirâmide estão sendo resolvidos pois aí podemos concentrar nos de cima. A humanidade tem que avançar, não é ficar ela toda para sempre se debatendo com as mesmas coisas. Não é bom um jovem morrer de tuberculose, mas da mesma forma não é bom ele se matar por causa de uma depressão fudida ou solidão.
Achar que isso é problema de gente "de barriga cheia", com "mente vazia", "desocupada", "problema de primeiro mundo" ou qualquer outra coisa assim, sinceramente acredito ser um grande desfavor, que só contribui para reduzir a importância da conscientização quanto a esses problemas, seus impactos e tudo o mais.
Grande comentário, caro confra. Força e honra,
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18-07-2024, 07:03 AM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 18-07-2024, 07:05 AM por Luiz.)
(15-07-2024, 05:02 PM)Doutor Pregos Escreveu: Bom meus amigos, eu relutei em abrir este tópico por eu ser um "iniciante" e talvez não ser digno de expor a vida assim. Porém de uns dias para cá está dificil "tankar" a solidão.
Eu estou com 42 anos atualmente e sempre fui um cara fechado, introvertido, mas sempre consegui contornar a solidão numa boa, porém de depois de um acontecimento que até irei colar aqui de outro tópico a situação em que fiquei de cama por uma doença e nesse curto periodo meu pai abandonou minha mãe (parou de falar comigo tmb) e meu irmão teve um piti e parou de falar conosco, por causa do nosso pai (porém logo depois ele vou a falar comigo e minha mãe)
https://legadorealista.net/forum/showthr...686&page=2
Atualmente tenho tentado ocupado minha cabeça indo para academia (hoje puxar ferro praticamente virou religião), tenho estudado para concursos (para mudar de profissão) e jogado algum game, vendo algum filme viril dos anos 80 (sábado revi o "48 horas" com Eddy Murphy e Nick Nolte) e ontem fui para um churrasco com uns trutas, tomar cerveja e ficar de resenha a tarde toda.
Porém mesmo assim tenho sentido uma certa solidão, não só de relacionamento (não digo de casar e tal) mas pelo menos um "namorico" curto (pode me chamar de bluepill e afins) e de fazer novas amizades ou até de me "sentir" importante para os meus trutas.
Sei que a maioria aqui já passaram por vários infernos e por isso achei o lugar mais propício para pedir um pequeno "help".  Parece papo de pastor mas e o espiritual irmão, anda orando/rezando , está indo a igreja . Comigo funcionou real.
Outra dica é autoterapia ou terapia de fato, pega um caderno escreva o que vier a mente , jogue fora ou guarde as anotações.
Nada na terra supre a verdadeira paz, lembre-se disso.
⁹ O que foi tornará a ser, o que foi feito se fará novamente; não há nada novo debaixo do sol.
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Resposta ao autor do tópico:
Faça novas atividades/cursos que propiciem mais interação social. Exemplo: artes marciais.
Aprenda uma nova habilidade, direcione seu foco pra isso e logo estará em contato com outras pessoas que também praticam e inserido em um novo grupo social.
Se tiver como, viaje. Se tiver condições, vá pra outro país, dê uma volta, conheça novos lugares, interaja com estrangeiros, tente se comunicar em outro idioma, experimente novas culinárias, tente ir a lugares que nunca esteve antes, lugares conhecidos, maravilhas do mundo, pontos turísticos, etc.
Multiplique seu leque de novas experiências e essa sensação de solidão vai embora.
Outra possibilidade é viajar de carro pelo bostil passando por várias cidades e estados, dormindo em cidades diferentes, interagindo com o povo, a cultura local, se virando na estrada e percebendo o imenso mundão que existe por aí.
Ok, eu sei que viajar gera custo financeiro e dispêndio de tempo, por isso ressaltei mais acima, SE TIVER COMO.
No mais, se nenhuma dica que dei for útil, segue a última:
Arrume um relacionamento e entre de cabeça, vão morar sob o mesmo teto e fazer planos juntos. Sim, uma dondoca pra andar de mãos dadas com você no shopping e "dividir a vida". No começo vai ser bom, mas quando você ver sua paz, sanidade mental, dinheiro e perspectivas indo embora, vai sentir falta da boa e velha solidão que agora se transformou em solitude. Então você pode decidir terminar e se reencontrar ou continuar na merda o resto da vida com filhos, cobranças, chifres, inferninhos emocionais e tudo que uma relação com um ser de luz traz.
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18-07-2024, 02:29 PM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 18-07-2024, 02:29 PM por Josey Wales.)
(17-07-2024, 05:50 PM)Wild Escreveu: (17-07-2024, 03:59 PM)Josey Wales Escreveu: Como o @Trglodita falou, "Vivemos numa vida tão mais fácil, que obviamente sobre tempo para nos preocuparmos com os males do mundo, que sempre foi maligno."
Tem muita coisa aí que realmente foderia a cabeça do cidadão se ele ficar remoendo, mas aí eu te digo... O que EU, como brasileiro médio, tenho a fazer "contra" o zeitgeist?
Eu coloquei pontos que, independentemente da situação do caboclo, foderiam de verde e amarelo chutando baixíssimo uns 98% da população. Independente da situação do caboco, ele vai estar fodido caso qualquer cenário desses de SHTF aconteça.
Acontece uma guerra de grande proporção? Fodeu. Pandemia (uma "de verdade")? Fodeu. A bolsa crashou e estamos com hiperinflação? Fodeu.
Nenhum desses pontos nós, seres humanos "comuns" e de forma individualizada, jamais teremos capacidade de enfrentamento. O que nos resta é nos preparar para o que é possível, e administrar o risco do que não dá pra minimizar ou zerar.
Todo esse restante, das ditas contradições e paradoxos a meu ver só afetam o cidadão ao ponto em que ele se deixa afetar.
Se as relações são superficiais e as pessoas falsas, se há vigilância sobre tudo o que é feito e o excesso de opções nos torna inertes, o que isso afeta diariamente minha vida a ponto de eu me ver obrigado a abraçar o "modo Doomer" e achar que tá tudo indo pras cumbas e que eu preferiria viver nos anos 50 e achar que morrer com 40 anos por tuberculose é mais vantajoso?
Não tô falando que o cara tem que viver no escapismo e ignorar toda a degradação moral ou deixar de fazer o que existe nas suas possibilidades, como cuidar de sua família e votar com consciência - embora isso daqui seja uma mera aposta de que outro ser humano vai fazer o que se espera dele, ao invés de fazer o que ele quer.
Só tô falando que, dadas as devidas proporções, o ser humano hoje tem menos "problemas" a ponto de se preocupar com esse tipo de coisa.
Saímos dos degraus mais baixos da Pirâmide de Maslow, atingindo na maioria da civilização a garantia da existência (exceto nas regiões e locais onde o cenário SHTF existe, como África, zonas de conflito, etc), no entanto psicológica e emocionalmente a maioria das pessoas é fodida da cabeça. Algumas pessoas tem vislumbres de realização pessoal e estima, coisas que estão mais acima nessa escala, e quanto mais alto, mais se vê do pântano que vivemos. Mas isso não torna nossa era a pior de todas. É simplesmente o fato que nossa ótica permite uma visão mais "do alto".
Se você pegar um cidadão qualquer na rua, que acorda 5 da manhã para pegar ônibus lotado , trabalha 12h pra ganhar um salário mínimo e volta pro seu barraco de 20m2 na encosta de um morro que não pode começar a chuviscar que já bate aquele desespero, e perguntar pra ele se ele está preocupado com o aumento da vigilância e opressão nas redes sociais, ele vai te mandar tomar no rabo porque ele tem coisa mais importante pra se preocupar e mandar você enfiar a "ditadura" naquele lugar. 
Parte disso é ignorância? Com certeza. Mas to colocando um exemplo esdrúxulo mesmo pra mostrar que, quanto menos você tem preocupação com a subsistência no dia de amanhã, mais se preocupa com coisas que estão fora do teu alcance, preocupações filosóficas, solidão, depressão etc.
Concluindo, as facilidades mundanas é que permitem esse tipo de questionamento.
Bom, é muita coisa aqui, vou tentar endereçar umas coisas agora e outras depois. Vou comentar por alto.
Antes, para que fique bem claro, não acredito que vivemos em melhor ou pior época por que isso simplesmente é besteira, não faz o menor sentido, vivemos numa época que tem problemas diferentes das demais, e isso é tudo, cada qual é cada qual.
Primeiro que o zeitgest são o sentir das coisas como são, de fato não tem o que o sujeito fazer contra isso. É a "modernidade líquida" e só nos resta apontar e entender melhor essa situação ao invés de tentar fugir dela, por que ela de algum modo vai moldar a cultura e costumes de uma época e isso nos afeta em muitos níveis. Isso adoece a alma, e vai causar doenças psicológicas em larga escala na sociedade e são coisas super difíceis de detectar, diagnosticar e resolver.
Mas dos exemplos que eu citei, escolhi esses por um propósito. Você falou de guerras, catástrofes, pandemias, crashs nas bolsas e coisas que sim, afetam de fato a vida e sobrevivência das pessoas no grosso, mas ao contrário dos meus pontos, eles são muito mais situacionais e interpessoais, ou seja, essas que realmente são causas externas e não de dependem em nada da gente, mesmo que nos afetem diretamente. "Tem guerra? Não fui eu que escolhi isso e nada tenho a ver fora me chamem pra lutar no conflito."
Por outro lado as causas que citei são muito mais pessoais, são muito mais íntimos e psicológicas. Afetam mais o fundo da alma do ser. Acho que já falei diversas vezes aqui como é o psicológico que fode o cara. É o que faz a diferença entre a ação e a não-ação, entre o estar bem e estar tomando as doom pills se afundando em desespero. Ou você acha que é mero acaso vivermos numa era onde os problemas mentais tem se multiplicado que nem um ninho de ratos no tempo da peste negra?
Se bem que novamente, cada tempo com seus problemas, não vou subestimar o tamanho dos problemas que você citou, estou dizendo que eles fazem parte de uma equação muito maior. Imagina, por exemplo, viver num mundo pós-guerra, não sabendo se o mundo vai erodir numa guerra nuclear a qualquer instante? O medo e o terror que uma situação dessas causa, mesmo que isso nunca tenha acontecido acho que serve bem de exemplo.
Essa mentalidade do "ah, sujeito tem que se preocupar em botar comida na mesa não tem tempo pra pensar em X" é uma grande besteira. Se entendi o que o Trglodita falou, os problemas e a podridão do mundo sempre existiram, não importa a época. Os problemas vão continuar existindo, você note para eles ou não. Ignorar ou fingir não se afetar por essas coisas não vai fazer eles irem embora, no máximo podemos dar um pouco de alívio pra nossa mente se a gente conseguir garantir o básico para a nossa sobrevivência. Mas se bem reparar, no nosso estado de sociedade atual o básico não é mais o bastante. Atender as necessidades fisiológicas básicas do sujeito é a base da pirâmide de Maslow, mas ainda há todo o resto pesando logo acima.
Esse ponto de que enquanto vai ter os fodidos preocupados com a sobrevivência e que não terão tempo para "pensar nessas outras coisas" é justamente por esse ponto "essas outras coisas" que somos fodidos e tomados de assalto. A gente se preocupa com o que comer, enquanto os mais bens alimentados por verbas estatais, ongs e multinacionais milionárias estão lá tramando contra nós 24h/dia, 7 dias/semana.
E... Não é uma mera preocupação "filosófica", com "coisas que estão fora do seu alcance". É o contrário: depressão, solidão, todas as necessidades menos fisiológicas e mais psicológicas são problemas pessoais reais, a coisa mais em alcance seu, que é você mesmo, e você ignorar que eles existem, novamente, não farão eles sumir. Não dá para subestimar eles também, achar que isso é besteira.
Eu entendo que eles são problemas tanto como os outros, e digo mais, que bom que para muitos os problemas mais de baixo da pirâmide estão sendo resolvidos pois aí podemos concentrar nos de cima. A humanidade tem que avançar, não é ficar ela toda para sempre se debatendo com as mesmas coisas. Não é bom um jovem morrer de tuberculose, mas da mesma forma não é bom ele se matar por causa de uma depressão fudida ou solidão.
Achar que isso é problema de gente "de barriga cheia", com "mente vazia", "desocupada", "problema de primeiro mundo" ou qualquer outra coisa assim, sinceramente acredito ser um grande desfavor, que só contribui para reduzir a importância da conscientização quanto a esses problemas, seus impactos e tudo o mais.
Grande comentário, caro confra. Força e honra,
Salve, Wild. Grato pela resposta.
Eu entendo e concordo com praticamente todos os pontos que você colocou. Esse tipo de coisa é bem mais complexa que o "preto e branco" que os fóruns nos permitem transparecer.
Como diria o Gordão Foguetes, "complicado isso aí né cara".
Concordo também com a postagem do nobre confra R1. Muitas ditas benesses da vida moderna só são uma nova forma de prender grilhões no cidadão.
Primeiramente, reitero que não quero levantar a bandeira de que depressão etc são frescura e coisa de gente desocupada, fique bem claro. Mas que o que temos hoje é cada vez mais temos menos problemas ""reais"" (aqui com todas as aspas do mundo, tratando das necessidades básicas de sobrevivência) e cada vez mais problemas filosóficos, mentais, espirituais, mas não como se uma coisa fosse em decorrência da outra. A real é que o tiozinho do barraco de 20m2 está tão fodido que sequer tem tempo de ver o quanto. Ele sequer tem como cuidar do hoje, imagina parar e refletir sobre o futuro.
Como vc bem colocou: " Isso adoece a alma, e vai causar doenças psicológicas em larga escala na sociedade e são coisas super difíceis de detectar, diagnosticar e resolver." De fato, o zeitgeist afeta a todos, em maior ou menor grau, e muito do que se vê de doença psicológica/psiquiátrica é em decorrência de que a convivência em sociedade está nos adoecendo, pressões sociais, hiperestímulos, consumismo e todas essas pragas da vida moderna.
Levantei o ponto da "preocupação com coisas imediatas" exatamente porque, a meu ver, essa é a maior força motriz do ser humano. Não coloco isso como uma cura, ou que ignorar tais problemas vão fazer eles sumirem. Acho que vi um outro trecho seu, no boteco salvo engano, que dizia algo como "nós sabemos que a casa está caindo". Ora, se estamos vendo o teto ruir, porquê ficar dentro do prédio?
Aqui no fórum mesmo vez ou outra aparece um maluco blackpill/doomer fodido das idéias e muito do que se aconselha é exatamente que ele tome uma decisão, uma atitude na vida.
E uma questão importante aqui e que é muito importante de ser repassada para os juvenas é que A INÉRCIA TAMBÉM É UMA ESCOLHA. Você não fazer nada com tua vida e futuro também é uma decisão.
Meu ponto todo se resume a: Sabemos a inevitabilidade de algumas coisas, então façamos o que estiver ao alcance para evitar, reverter ou mitigar as consequências.
Ora, se o mundo está numa putaria desenfreada, eu vou fazer o que está no meu alcance para que minha família não seja afetada.
Se uma crise econômica se avizinha, vou tentar proteger meu patrimônio e/ou trabalhar para sair do país.
O que não dá é pra ficar olhando pro teto esperando a hora de tudo desabar pra ficar nos escombros se lamentando e falando "Eu sabia".
Outra questão, complementando o que foi dito a respeito da quantidade de escolhas no dia a dia, queria deixar esse trecho do George Carlin, a respeito da ilusão das escolhas:
"As coisas que importam nesse país estão tendo opções diminuídas" ... "mas se você quer um bagel, temos 23 opções".
O que realmente importa para decisões no convívio em sociedade tem cada vez menos opções.
Não há real liberdade de escolha.
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(18-07-2024, 02:29 PM)Josey Wales Escreveu: Salve, Wild. Grato pela resposta.
Eu entendo e concordo com praticamente todos os pontos que você colocou. Esse tipo de coisa é bem mais complexa que o "preto e branco" que os fóruns nos permitem transparecer.
Como diria o Gordão Foguetes, "complicado isso aí né cara". 
Concordo também com a postagem do nobre confra R1. Muitas ditas benesses da vida moderna só são uma nova forma de prender grilhões no cidadão.
Primeiramente, reitero que não quero levantar a bandeira de que depressão etc são frescura e coisa de gente desocupada, fique bem claro. Mas que o que temos hoje é cada vez mais temos menos problemas ""reais"" (aqui com todas as aspas do mundo, tratando das necessidades básicas de sobrevivência) e cada vez mais problemas filosóficos, mentais, espirituais, mas não como se uma coisa fosse em decorrência da outra. A real é que o tiozinho do barraco de 20m2 está tão fodido que sequer tem tempo de ver o quanto. Ele sequer tem como cuidar do hoje, imagina parar e refletir sobre o futuro.
Como vc bem colocou: " Isso adoece a alma, e vai causar doenças psicológicas em larga escala na sociedade e são coisas super difíceis de detectar, diagnosticar e resolver." De fato, o zeitgeist afeta a todos, em maior ou menor grau, e muito do que se vê de doença psicológica/psiquiátrica é em decorrência de que a convivência em sociedade está nos adoecendo, pressões sociais, hiperestímulos, consumismo e todas essas pragas da vida moderna.
Levantei o ponto da "preocupação com coisas imediatas" exatamente porque, a meu ver, essa é a maior força motriz do ser humano. Não coloco isso como uma cura, ou que ignorar tais problemas vão fazer eles sumirem. Acho que vi um outro trecho seu, no boteco salvo engano, que dizia algo como "nós sabemos que a casa está caindo". Ora, se estamos vendo o teto ruir, porquê ficar dentro do prédio?
Aqui no fórum mesmo vez ou outra aparece um maluco blackpill/doomer fodido das idéias e muito do que se aconselha é exatamente que ele tome uma decisão, uma atitude na vida.
E uma questão importante aqui e que é muito importante de ser repassada para os juvenas é que A INÉRCIA TAMBÉM É UMA ESCOLHA. Você não fazer nada com tua vida e futuro também é uma decisão.
Meu ponto todo se resume a: Sabemos a inevitabilidade de algumas coisas, então façamos o que estiver ao alcance para evitar, reverter ou mitigar as consequências.
Ora, se o mundo está numa putaria desenfreada, eu vou fazer o que está no meu alcance para que minha família não seja afetada.
Se uma crise econômica se avizinha, vou tentar proteger meu patrimônio e/ou trabalhar para sair do país.
O que não dá é pra ficar olhando pro teto esperando a hora de tudo desabar pra ficar nos escombros se lamentando e falando "Eu sabia".
Outra questão, complementando o que foi dito a respeito da quantidade de escolhas no dia a dia, queria deixar esse trecho do George Carlin, a respeito da ilusão das escolhas:
"As coisas que importam nesse país estão tendo opções diminuídas" ... "mas se você quer um bagel, temos 23 opções".
O que realmente importa para decisões no convívio em sociedade tem cada vez menos opções.
Não há real liberdade de escolha. Absolute cinema!! Esse comentário aqui tá show, concordo.
Evidente que também não sou muito fã daquele doomerzão derrotista que reclama de ter mil problemas, mas que não faz nada para mudar sua realidade. Esse é o pior tipo que existe.
No fim somos os sujeitos dos nossos próprios destinos. Independente do que o cara passe (inclusive o problema da solidão citado aqui no tópico), é responsa dele correr atrás.
Seu ponto sobre a inevitabilidade das coisas é muito bem colocado. Não adicionaria uma única palavra.
O vídeo vou assistir e depois se pertinente eu comento.
Força e honra,
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Muito se perdeu... Honra perdida? Tudo se perdeu...”
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19-07-2024, 01:21 PM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 19-07-2024, 01:27 PM por Wild.)
Respondendo ao @ Doutor Pregos e complementando o tópico dos "relacionamentos após a real":
O que podemos fazer? Há algumas opções (que podem ser tomadas em maior ou menor grau ao mesmo tempo):
1. Se agarrar em poucos relacionamentos, mas que sejam verdadeiros. Deve ter ao menos um familiar, amigo ou mulher na face da terra que vá te entender, ou ao menos simpatizar por entender ou estar em situação parecida. Não digo para se jogar desesperadamente, mas se você tiver ao menos uma única pessoa em quem confiar, isso aos poucos cura a alma do sujeito.
2. Escancarar logo tudo de vez: Não adianta achar que as outras pessoas estão felizes, tudo lá não passa de um castelo de cartas. Pessoas vivem em relacionamentos com graus variados de ilusão. Falsidade é muito mais comum do que se pensa, especialmente entre as mulheres. Inveja é muito mais comum do que se imagina também. Estamos cercados por pessoas egoístas e invejosas e não percebemos. Muitas pessoas são mais solitárias do que parecem, mas conseguem esconder isso lá no fundo da alma e encher de distrações para não ter que pensar nisso.
3. Tentar entender de alguma forma que o mundo é assim. Quanto antes repararmos que estamos numa posição privilegiada que permite enxergar as hipocrisias e realmente fazer algo de concreto e funcional para a gente, ao invés de adentrar na ilusão, o melhor. Complicado para quem tem motivação externa, mas inda é possível. Não apenas lamentar a morte da bezerra, mas tentar aceitar e passar esse 'luto espiritual".
A questão da solidão é bem complexa, creio que todo mundo teria que passar um tempo sozinho, ou ao menos um pouco mais isolado da sua vida comum ao menos uma vez na vida. Um retiro de solidão por alguns bons dias ou semanas, para a pessoa refletir sobre o centro da sua pessoa, suas prioridades pessoais, etc. Ir viajar sozinho numas férias, acampar, sei lá. Só para ter um tempo de digerir isso. Eu tirei um ano estagiando/trabalhando completamente longe de tudo o que eu conhecia, era quase uma realidade paralela pra mim, um lugar que parecia não me pertencer. Foi uma experiência ímpar.
Para quem já vive assim, é meditar e refletir. Existem muito boas meditações disso. É tentar não misturar solidão com solitude. A solitude é a contemplação da sua própria alma, no sentido Budista da coisa. É tentar entender sua individualidade, como um ser autônomo, que em algum grau vai ser sempre separado dos demais. Que você tem seu valor individual. É fortalecer sua espiritualidade e autoestima.
Mas que mesmo que a solidão seja um inferno irracional, o sujeito nunca estará realmente sozinho, pois há outras pessoas que também poderão te entender, estar passando pelo mesmo. Estar "sozinho coletivamente" ajuda a entender melhor esse que é um dos grandes vales da consciência humana que é a solidão e até diria... Que bom que as coisas são assim! Com o tempo você entenderá e se contentará.
O ser humano é um ser social, antes mesmo de nascer já dependemos de outras pessoas. Até para morrer é preciso que alguém enterre a gente. Mas ao mesmo tempo somos essencialmente sozinhos e autônomos por boa parte da vida.
É uma contradição interessante. No fundo estamos sozinhos, mas ao mesmo tempo não estamos, por que nossa existência depende de outras pessoas. Outras pessoas também dependem da gente, mesmo que indiretamente ou bem pouco. Imagina para quem já é ou foi pai, por exemplo. Mas até o fazendeiro que planta a comida que você compra e come depende de você de alguma forma. Tá tudo interligado.
Como é difícil a gente processar essas contradições e irracionalidades da vida!
Há uma certa melancolia agridoce na solitude, mas não devemos identificar isso como tristeza e cair na espiral do desespero. Eu sei que sou apenas um anônimo de internet qualquer sem interferência nenhuma na sua vida, mas para o que precisar, estamos aí.
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(16-07-2024, 02:32 AM)SteveMcQueen Escreveu: Dá uma olhada nesses tópicos:
Solidão: A companheira fiel do homem no SÉCULO XXI - https://legadorealista.net/forum/showthr...p?tid=4510
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Se existem as balzacas criadoras de gato, também existem os solitários de 40 anos?
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Segredo pra matar a solidão é chegar cansado em casa a noite e ir dormir.
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(21-07-2024, 08:14 PM)Spextro Escreveu: Se existem as balzacas criadoras de gato, também existem os solitários de 40 anos?
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Segredo pra matar a solidão é chegar cansado em casa a noite e ir dormir.
Bons hábitos ajudam. Mas a solidão continua lá, mesmo quando você não está olhando para ela.
Ela é um estado de espírito, acredito que a verdadeira cura seria melhorando a espiritualidade, praticando reflexão, meditações, etc.
Você concorda?
Citação:“Fortuna Perdida? Nada se perdeu... Coragem perdida?
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(20-07-2024, 02:43 PM)Luiz Escreveu: (16-07-2024, 02:32 AM)SteveMcQueen Escreveu: Dá uma olhada nesses tópicos:
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Rapaz, aqui estavam quando fiz a edição dos posts.
Mas estranhamente deram problema.
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