Citação:Olá, galera, estarei postando aqui um relato recente meu a título de ilustração da prática de conhecimentos da Real, além de conter várias dicas de abordagens minhas que usei para lidar com a situação. É um relato de experiência de batalha que espero que seja de utilidade aos demais.
Ele é um recut/edit (com várias edições e contado de outra maneira) do seguinte relato ocorrido em "tempo real", que postei no fórum do Búfalo há pouco mais de dois meses: http://legadorealista.net/fdb/showthread.php?tid=9667 e sua continuação que ocorreu faz nem um mês: http://legadorealista.net/fdb/showthread.php?tid=9689 . Sim, filme de terror é ruim, mas sempre tem uma continuação que é pior que o original...
Quem ainda não viu lá, recomenda que não veja, pois aqui passarei ele a limpo, melhor corrigido e mais coeso e bem organizado. Vou postar a medida que for escrevendo/editando texto suficiente. Vou dividir cada tópico daquele meu relato como se fosse um filme diferente e ir acrescentando os atos aos poucos seguindo uma estrutura pré-determinada. No último ato de cada filme eu vou resumir melhor as lições dele e explanar os estratagemas usados. Sem mais delongas, vamos ao filme, peguem a pipoca e divirtam-se.
CHEGANDO AO FIM DE UM RELACIONAMENTO I
O Início do Tormento
O Início do Tormento
Sinopse
Esse é o tipo de cara que eu sou: um bobo que podem passar em cima pra quase tudo, mas que tem uma ou duas coisas que defende veementemente. Compromisso com a Verdade é uma delas. Essa é mais uma parte da minha saga contra a insinceridade feminina característica que tanto me aterroriza. Vou contar meu tortuoso caso mais recente de como terminei namoro com uma mentirosa premeditadora das suas vigarices e como saí dessa bagunça toda.
Gênero: Terror, Comédia
Prólogo
Quem leu meu primeiro relato num fórum da Real (de mais de 5 anos atrás) sabe quanto me adoece a falta de sinceridade feminina. Simplesmente me adoece a alma pois eu sou uma pessoa que preza por sinceridade, já que sempre procurava me manter na linha e ser um cara honesto e certinho. Uma simples mentirinha acumulada por muito tempo, na ocasião do relato da BM, me fez um mal muito grande e eu por não conseguir lidar com isso acumulei raiva por muitos meses. Por sorte descobri a Real e essa pode ter me safado de fazer uma grande besteira.
Em tempos recentes, já havia algum tempo vinha relatando como a vida tem sido bem mais tranquila no último relacionamento pois foi o primeiro que de fato entrei no modo Full Real. Algumas flags, atitudes estranhas, mas nada comprometedor. Não era um relacionamento perfeito, mas não entrei de cabeça e evitei muitas dores, graças aos ensinamentos da Real. Só que mesmo com aplicações dos referidos mestres, isso nunca nos dá garantia 100% de que não seremos tapeados por uma espertinha, e é isso o que veremos agora como aconteceu. É que descobri graças a um pouco de astúcia combinada de sorte, que as coisas não eram exatamente bem como pareciam.
Parte 1 – Ato 1 – Apresentação: Todo o horror talvez já fosse esperado
Pra dizer logo a queima roupa: descobri que a namoradinha do Wild aqui não só abriu brecha para outro macho, como mentiu sobre o fato de não estar namorando para ele e queria encontrá-lo pessoalmente. É...
Mas antes dos pesares, vejamos um pouco de background: Ela trabalha o dia todo e tem aula à noite em certa faculdade. Numa pesquisa rápida no FaceCu da vida descobri que o camarada estuda na mesma faculdade que ela, só que outro curso diferente. Depois por meio de algumas informações inferi que provavelmente a conheceu no trabalho dela; eles não haviam se encontraram ainda por que ainda tinham trabalhos da faculdade e só deveriam se ver dentro de duas semanas da data do relato.
Como eu descobri que existia esse camarada? Vou colocar vocês na cronologia. Esse fim de semana viajamos eu e ela juntos de uma galera pra capital, programa relativamente normal para um fim de semana. Em determinado momento quando estávamos no shopping, fim de tarde, na hora dela mexer o celular vi algo suspeito dela arrastando mensagens de um tal. Fiquei desconfiado, mas permaneci quieto. Daí pouco depois tive a chance de pegar o celular dela desbloqueado pra tirar uma foto que ela pediu. Na primeira brecha que achei, guardei o celular dela no bolso e disse que precisava ir ao banheiro (e precisava mesmo). A desconfiança se pagou, de certa forma.
Lá no banheiro, consegui ver o converseiro no Instagram. Tirei fotos com o meu celular pra guardar de prova (spoiler: não precisei usar elas até hoje nem nunca espero usar!), não comentei nada com ela, depois apenas devolvi o celular. Sangue de barata na veia, segui normalmente a programação como se nada tivesse acontecido. Ela parecia estar um pouco mais nervosa que de costume, mas não dei nem um pio e ela também não. Já de noite, na volta quando estávamos na van, passamos por mais 6 horas de viagem, hora eu no colo dela, ora ela no meu, e eu só processando a situação toda. Haja sangue de barata, paciência e dissimulação da minha parte, foi bem tenso, mas mantive o cool.
Esse tipo de situação é aquela que a gente sabe o quanto o sujeito está fudido de apego ou não: um cara descontrolado teria estragado o clima da viagem da galera, teria polemizado, ido tirar satisfação, brigado, gritado, esperneado, talvez até espancado a moça... Claro, não fiz nada disso, fiquei na minha, só esperando o tempo passar, e ele estava passando anormalmente devagar, parecendo que queria me torturar.
Durante o tempo vago pensando, na nossa cabeça se passa mil coisas, quem já viveu sabe como é: pensava conversar com ela, conversar com o cara dizendo que ele foi enganado, conversar com a mãe e o pai dela, conversar com minha mãe e com minha família pra explicar a situação, bolar uma tramoia pra pegar ela em contradição, e por aí vai.
No fundo disso tudo sempre tem aquela pontinha de esperança: o cara quer acreditar que isso é mentira ou armação, que aquilo não está acontecendo. Isso é perigoso pois a mente do cara pode querer sabotá-lo. Ou seja, a mente do cara pode entrar em estado de negação da realidade patente. A realidade tá vomitando na sua cara e você a ignora com fosse invisível... Felizmente sou centrado e não me excedi em nada, com todo treino da Real, eu só pensava em dar um fim o menos escandaloso o possível, apesar de uma pontinha de nervosismo.
O fato concreto é que esse tipo de atitude (dar brecha, mentir que não namora, marcar de encontrar com outro cara) é inaceitável sob nenhuma hipótese e ela comprou o término do nosso relacionamento, simples assim. Ela o condenou ao fim. O fim por si só é pra ser irreversível e isso precisa ficar bem gravado na cabeça da mulher... Falar em cabeça, naquela hora minha cabeça estava a mil, eu até sabia o que devia fazer e iria fazê-lo, mas precisava acertar os detalhes. Ao chegar em casa não consegui relaxar, fui ouvir a voz da experiência, relatando aos meus caros confrades do Fórum do Búfalo.
Parte 1 – Ato 2 – Conflito: Se preparando para combater a assombração
Tudo isso eu tinha relatado de sangue quente, sem conseguir dormir, imediatamente após o ocorrido. Ao falar com os búfalos é notável o esforço na qual eles vêm para ajudar um cara no momento de necessidade. Sim, esse era eu, mesmo com toda a Real, administrando um relacionamento tranquilamente com calma estoica e pouco apego, precisei de dar um fallback e tirar um tempo pra repensar as estratégias.
Com um pouco de pensamento consegui em primeiro lugar mitigar aquela primeira raiva e vontade xingar que aparece logo depois que você pode virar as costas para a situação. Relatar tudo no fórum ajudou muito neste feito, pois daí pude parar pra examinar a situação mais racionalmente no momento que transmitia o que houve com palavras.
Uma vez botada em ordem os acontecimentos e eliminado a raiva primordial, vem os raciocínios que o ajudam a colocar de volta na realidade: Não, não era brincadeira, se fosse mentira, seria de mau gosto e o fim seria o mesmo. Agora tudo o que faltava era eliminar da cabeça o que fosse desnecessário e bolar o plano de ação com ajuda dos confrades. Tendo postado consegui desabafar e relaxar um pouco. Daí tirei a noite para descansar e esperar as respostas dos amigos búfalos com as sugestões e palavras de apoio.
Ainda bem que consegui dormir, no outro dia eu já estava bem melhor e podia pensar com mais clareza. Cheguei a algumas conclusões provisórias: Em primeiro lugar o ideal era continuar no tom de envolver o mínimo de gente possível, só pelo fato de eu ter me segurado por tantas horas já foi um teste de paciência descomunal, eu não podia estragar os resultados de tudo até então. Então nada de falar com o cara, com a mãe ou o pai dela, nem fazer nenhum tipo de alvoroço ou de plano pra sabotar o encontro dos dois diretamente. A ideia era bem simples: Terminar com ela na tranquilidade. Se alguém depois perguntar eu só digo que acabamos e no máximo dar alguma satisfação pra minha família.
A princípio eu queria esperar uma semana, medida de tempo padrão dos contatos, e régua de tempo que eu usava para reavaliar meu apego e corrigir o curso do relacionamento, já que a gente só se via aos finais de semana (e eu tinha todo o resto da semana para trabalhar meu lado interior e por meio de mensagens retificar algumas coisas. Sempre usando o tempo a meu favor, lição importante essa que já destaco aqui). Só que por insistência dos confrades, estes me recomendaram não teria motivo para espera neste tipo de situação e acabei concordando.
Tirei também da cabeça qualquer peninha que eu tinha do cara, que no fim das contas era não apenas um enganado: era um lambedor de salto, um caso perdido. As mensagens dele pra ela chegavam a dar nojo. Pela pouca conversa que eu vi dos dois, o cara era um bobalhão apegadinho que não para de elogiar ela como se fosse uma deusa. Era de dar dó, eu confesso que bem que queria contar a verdade a ele, ao menos para romper esse ciclo dela enganando a mim e a ele.
Mas é aquela coisa, não fosse ele, seria outro, a culpa também é do cara ao se submeter nesse tipo de situação. É óbvio que ela tava usando-o pra inflar o ego, e provavelmente só ia se aproveitar do coitado dando falsas esperanças. A minha fala completa (gostei bastante dela, vale conferir) pode ser vista aqui:
http://legadorealista.net/fdb/showthread.php?tid=9667&pid=234130#pid234130
Depois de descansado e balizado o pensamento, era chegada a hora de botar o plano em execução. Eu já tinha marcado as condições e estava com todas as cartas que eu precisava em mãos.
Continua!
Parte 2 – Ato 3 – Clímax: É chegada a hora do exorcismo
(em breve!)
Parte 2 – Ato 4 – Conclusão: Entre mortos e feridos, no final temos que...
(em breve!)
Epílogo
(em breve!)
E com isso devemos acabar o primeiro filme. Mas lembram do que falei lá em cima? Terá mais...
Spoiler Revelar
Citação:“Fortuna Perdida? Nada se perdeu... Coragem perdida?
Muito se perdeu... Honra perdida? Tudo se perdeu...”
(Provérbio Irlandês)

