09-10-2022, 10:15 PM
(05-10-2022, 08:31 AM)MacGyver Escreveu: A insatisfação das mulheres não está exatamente situada no fato de quererem ser iguais aos homens, mas numa obsessão generalizada, comum a ambos os sexos, pelo materialismo, pela fama, pela perfeição na beleza, pelo poder, e pelo prazer sexual. E cada vez mais; e se comparando sempre com outros.
Tenha tudo isso, e pra ontem, caso contrário vc não será feliz. É o recado do mundo, em alto e bom som.
Pra homens e mulheres. O resultado é uma vida estressante, de não valorização do que se tem, mas ansiedade pelo que não tem, de busca constante, de desconsideração da ética e de valores, da perda da boa consciência e da paz de espírito pra conquistar e ser feliz, e qdo vc acha que tem tudo isso, vê que convive com o medo da perda, com a dificuldade de gerenciar tantas coisas complexas e inúteis, e pra piorar sempre terá alguém melhor que vc em um ou em todos os sentidos, ou querendo te derrubar. Vc vira foco da inveja e da cobiça alheia. Sua desgraça será o objetivo de muitos.
Pra qq observador com inteligência abaixo da média, e que vê aqueles artistas que possuem tudo isso se matando, fica evidente que a felicidade não pode estar nessas coisas.
A insatisfação hoje, de homens e mulheres, está na frustração de tentar ter tudo isso e não conseguir, e achar que por não ter é infeliz, ou na frustração de possuir e perceber que ainda assim é infeliz.
Muito embora eu odeie profundamente o feminismo e já tenha lido livros a respeito, não é dessa ideologia o mérito de todas as frustrações das mulheres, embora o feminismo tenha dado sua parcela de contribuição.
O problema da insatisfação de muitos hoje, é o seu sistema de princípios e valores.
O cumpade disse algo interessante e me fez relembrar alguns pensamentos de algumas semanas atrás.
Fiz uma viagem de família há uns 3 meses atrás, mas já fiz em anos anteriores tb, para NY, mais especificamente e tive uma percepção simples, mas que contribui para a questão em pauta e vai além: lá vc se veste do jeito que bem entende e foda-se, ninguém se importa. De volta as terras tupiniquins, na cidade onde vivo (uma das capitais), é fácil observar no rosto de algumas pessoas um certo desagrado com sua vestimenta, por exemplo (procuro me vestir bem, nada caro, só me vestir bem). Nessas horas eu lembro de uma frase do Olavo onde ele dizia que "essa ideologia do progressismo do século XXI transformou seus adeptos em pessoas ressentidas pela vida alheia, onde eles podem e querem tudo e outros não podem nada." (parafraseando)
O progressismo americano me parece radicalmente diferente do brasileiro, lá existe uma busca pela igualdade mais equilibrada, aqui, me parece, que querem fazer uma espécie de "vira mesa" e transformar aquelas pessoas que tem uma aparente vida boa em miseráveis. E é bem isso o que vemos nos países latino-americanos com governos de esquerda.