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Que livros estão lendo?
@Texugo Real Não estou vendo as suas marcações.
"...os homens se corrompem, o sistema quebra, mas DEUS CONTINUA SENDO DEUS!"  
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Autor Desconhecido
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Ué @Libre, mas eu não tinha publicado nada aqui agora. Mas sim, eu tava escrevendo um rascunho de outros livros que já li (e outros pra quando eu terminar de ler), e eu marquei seu comentário pra responder sobre o livro que você perguntou se é bom. 

Mas vou comentar sobre ele agora então:

(02-11-2023, 11:27 AM)Libre Escreveu: Alguém já leu: "Caminho" de  Josemaría Escrivá ?

Tô procurando referências específicas, de mente mais 'abertas', fora da bolha.

[Image: 91H5rj22DgL._SY466_.jpg]

(recomendação): 



Esse livro é parte de uma série de 3 livros pequenos (Sulco, Forja e Caminho). Mesmo pra quem não gosta de material Tradcon ("deixe esses trejeitos de marica ou muleque, e seje home etc"), pode gostar deles. Os livros me lembraram muito o "Meditações" do Marco Aurélio, escrito em pequenos aforismos.

O cara vê só tipos como St. Agostinho, St. Inácio etc. fazendo coisas extraordinárias, e pensa assim: "porra, nunca vou ser igual esses caras, porque eu sou assalariado, não quero viver igual monge ou padre, não quero viver em função da igreja etc".

Aí parece que São Josémaria Escrivá idealizou a Opus Dei para pessoas que querem ter vida espiritual e continuar sendo cidadãos comuns, ter família, ter emprego normal, ser empreendedor etc.
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(02-11-2023, 11:27 AM)Libre Escreveu: Alguém já leu: "Caminho" de  Josemaría Escrivá ?

Tô procurando referências específicas, de mente mais 'abertas', fora da bolha.

[Image: 91H5rj22DgL._SY466_.jpg]

(recomendação): 


Eu recomendo a leitura para todos. De fato terá um melhor proveito, quem for católico e tiver o conhecimento básico do catolicismo. O segredo é ler com calma, um comentário por vez, quando absorver em sua vida, passe para o próximo. O que mais gosto destes livros, é o fato do autor quebrar qualquer desculpa que você possa vir a ter, são como conselhos ditos por um pai ao seu filho.

Estou lendo Forja de Josemaría Escrivá.

Trecho de Forja - Capítulo Caráter
6 - Vira as contas ao infame quando te sussurra ao ouvido: "Para que hás de complicar a vida"?

Trecho de Forja - Capítulo Tribulações
686 - De acordo: essa pessoa tem sido má contigo. -Mas não tens sido tu pior com Deus?
Faça o que puder, onde estiver com o que tiver.
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Neste último ano venho lendo os livros e fazendo alguns poucos comentários sobre aquilo que mais me chamou atenção na leitura.

Terminei recentemente A psicologia financeira, de Morgan Housel.

O autor é bem direto na sua forma de pensar, e a leitura é muito dinâmica, no geral um bom livro de se ler e quase nada de linguagem técnica, ou seja, um livro não só voltado para investidores, mas também para qualquer pessoa que tenha curiosidades de tratar melhor seu dinheiro.

Indico para todos.[Image: 81ehvI03NYS._AC_UF1000,1000_QL80_.jpg]
Apreciador de cervejas, viagens e mulheres.
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Depois de um tempão sem ler, comecei o Nação Dopamina.
Devo terminá-lo essa semana ainda.

No começo estava chato, mas agora já começou a entrar uns detalhes mais técnicos/científicos (que é o que eu estava esperando), de como as coisas funcionam no nosso cérebro o que elas ocasionam.

Quando terminar eu volto.
Mateus 21:22
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(16-11-2023, 08:06 PM)hjr_10 Escreveu: Depois de um tempão sem ler, comecei o Nação Dopamina.
Devo terminá-lo essa semana ainda.

No começo estava chato, mas agora já começou a entrar uns detalhes mais técnicos/científicos (que é o que eu estava esperando), de como as coisas funcionam no nosso cérebro o que elas ocasionam.

Quando terminar eu volto.
Esse livro é ótimo, detalha bem como funciona a relação dor prazer no nosso cérebro. Me ajudou bastante a largar os videogames, a pornografia e as redes sociais.
A sorte favorece os audazes
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Tem um tempo que não atualizo aqui no tópico também. Terminei de ler recentemente esses aqui:

- Ponto de Inflexão (Flávio Augusto)
- Diário do Subsolo (Dostoievski)
- Viagem ao Sobrenatural (Roger Morneau)
- Arrume a sua cama (Willian McRaven)

O Diário do Subsolo foi o melhor deles.
“A maior necessidade do mundo é a de homens — homens que se não comprem nem se vendam; homens que, no íntimo de seu coração, sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao polo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus.” Ellen White, Educação, Pág 57.
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Estou pensando em comprar esse Diário do Subsolo, gosto de ler livros que abordem o interior do psicológico humano. Recentemente li o Memorias postumas de brás cubas, e gostei muito do livro, pois o machado de assis tem uma escrita muito fluída e prazerosa de ler. Ele consegue retratar muito bem tudo que há de mais baixo no ser humano, hipocrisia, egoísmo, elitismo, além de promover muitas reflexões. Talvez um dia faça uma resenha desse livro, quando eu le-lo novamente com mais calma.
A sorte favorece os audazes
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(16-11-2023, 09:14 PM)Wesley de Mileto Escreveu: Estou pensando em comprar esse Diário do Subsolo, gosto de ler livros que abordem o interior do psicológico humano. Recentemente li o Memorias postumas de brás cubas, e gostei muito do livro, pois o machado de assis tem uma escrita muito fluída e prazerosa de ler. Ele consegue retratar muito bem tudo que há de mais baixo no ser humano, hipocrisia, egoísmo, elitismo, além de promover muitas reflexões. Talvez um dia faça uma resenha desse livro, quando eu le-lo novamente com mais calma.

Tem meses que eu digo que vou ler algo do Machado de Assis.

Todos os trechos que já li dele consigo perceber que a leitura é bem difícil, mas é como David Goggins diz, temos que nos desafiar.

Não sei se esse ano vou ler, tenho outros 4 livros na fila. Mas seria interessante uma resenha, até pra quando outros confrades que se interessarem pela leitura possam ter algum norte.
Apreciador de cervejas, viagens e mulheres.
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Muito bem, retornemos aqui mais uma vez para trazer um livro que - penso eu - seja de um assunto convergente as discussões que temos no fórum. 

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[Image: 41udj47xOnL.jpg]

Resumindo, a história trata de um senhor de meia idade que desenvolveu uma paixão avassaladora por uma "lolita", ou seja, Dolores Haze, uma menina jovem, muito jovem... mais precisamente de 12 anos. A narrativa discorre sobre de todos os percalços enfrentados pelo senhor sobre como conseguiu obter e manteve seu prêmio de boca fechada.

Humbert Humbert se descreve, antes de mais nada, como uma pessoa doente. Mas não o tipo de doente que foi acometido por uma fatalidade qualquer e já não possui mais poder sobre suas ações. Ele tem total percepção da sua perversão e as implicações que isso causa em uma sociedade, inclusive gosta dela, gosta de ser do jeito que é. Sabendo disso, temos vários conjecturas com ares filosóficos e com dados históricos que ele faz uso para primeiramente justificar as suas ações, e em segundo lugar, justificar porque as lolitas são tão atraentes para todos os homens, por mais que a grande maioria nunca jamais admita ou se de conta disso. Mesmo sabendo que há muita perversidade aí, ele se sente de certa forma, justificado.

Confesso aos senhores que a leitura é bastante difícil, talvez intragável para almas mais sensíveis em muitos momentos. Me foi impossível não fazer um paralelo entre as justificativas do Sr. Humbert com as justificativas que lemos aqui da ala "casar com virgens santas". Me parece que essa perversão é muito mais comum do que talvez nós imaginamos, especialmente se tratando de senhores que prezam pela "honra e os bons costumes". Como não é de surpreender, o Sr Humbert é socialmente visto como um homem bom, bem educado, refinado até, calmo, incapaz de fazer mal a ninguém, ou seja, acima de qualquer suspeita mesmo já tendo passado algumas vezes por manicômios e tento inclusive enganado os "especialistas" da mente. Mas toda essa casca esconde um ser perverso, seus atos no decorrer da trama deixam isso bem evidente.

Mas voltando a questão da "virgem santa" temos algumas reflexões importantes que são levantadas na narrativa sobre a natureza humana. Dolores era uma lolita, uma jovem virgenzinha, sonho de muitos honradões da real, porém ela também tinha uma natureza perversa, por mais que fosse jovem e aparentemente "inocente", sua natureza também era desregrada desde berço. Tanto é verdade que o primeiro ato sexual do nosso querido casal foi ela quem teve a inciativa (essa parte foi difícil), e depois de alguns altos e baixos ficamos sabendo que mesmo com 12 anos, a moça já tinha alguma experiência na coisa toda, para grande surpresa do Sr. Humbert que se considerava um especialista em lolitas. Pois é, até ele foi enganado. Aliás, a definição de lolita não se refere especificamente a meninas jovens, mas sim, meninas jovens que tem um "trejeito", um olhar, intenções diferentes das meninas normais. Isso nos leva aquela velha discussão sobre o olhar diferente das mulheres com longa quilometragem, das famosas crentes do cu quente e etc. A questão é que a natureza da pessoa sempre vai se sobressair, não importando posição social, ou melhor, teatro social que ela emule.

Muitos idiotas aqui acham que o segredo para ter uma vida digna do lado de uma mulher é só se ela for virgem e nova... porém as lolitas estão aí para fazerem vocês sofrerem miseravelmente uma vez mais.

Para os Senhores que tenham filhos, especialmente filhas, eu diria que essa leitura é ainda mais fundamental. Fundamental para saber identificar canalhas pervertidos, pois ao longo da história Humbert descreve como um pervertido nato age, inclusive é meio chocante saber que coisas ordinárias são fruto de imenso prazer de um doente, como por exemplo encostar ou sentir o cheiro da pele de uma menina nova... (mais uma vez não se surpreendam com as semelhanças que vemos em alguns usuários do fórum) e também para saber se a sua querida filhinha pode ser uma criatura que possivelmente te dará muitos problemas no futuro. Todas as considerações sobre ciração e a rebeldia juvenil também são abordadas, dando algumas perspectivas interessantes quanto a criação de filhos que não sejam alvos de pervertidos.

Por fim, o narrador da história tem uma ar sarcástico que eu particularmente gosto muito, e por esse motivo e mais todos os outros que eu brevemente discorri aqui considero esse "romance" um dos melhores que eu já li, valeu cada minuto. 
"Compreendi o tormento cruciante do sobrevivente da guerra, a sensação de traição e covardia experimentada por aqueles que ainda se agarram à vida quando seus camaradas já dela se soltaram."  (Xeones para o rei Xerxes)

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Falou tudo Heracles. É sempre bom ter um pé atrás com quem parece ser bonzinho demais. Na maioria das vezes esse tipo de gente força um falso moralismo para mascarar sua podridão interior.
 Tenho o mesmo pensamento que você. Sempre que vejo um cara falando que a mulher ideal é uma virgem, puritana, inocente, me vem sempre a cabeça a imagem de uma criança. Essa galera deve ter um traço de pedofilia...
A sorte favorece os audazes
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(29-11-2023, 10:53 AM)Wesley de Mileto Escreveu: Na maioria das vezes esse tipo de gente força um falso moralismo para mascarar sua podridão interior.

Bem, já foi e ainda é exaustivamente narrado e documentado ao longo da história da humanidade... todo fanatismo esconde uma falha, ou melhor, uma falta.

Outra coisa interessante nesse livro que eu acabei esquecendo é que a tática usada pelo velho Humbert para manter a Dolores "refém" (entre várias aspas) era explorar a sua inocência juvenil, porque independente da sua natureza pervertida, ela ainda era uma menina idiota como qualquer outra. Ele a subornava com lanches, sorvetes, passeios a cavalo, vestidos com brilho, maquiagens, revistas "teen", com alguns poucos dólares a mais, etc. Como eu havia dito, as conjecturas do velho sobre como é fácil "ludibriar" uma criança - se assim um sujeito mais velho quiser - são um tanto quando difícil de se ler e sem dúvida, colocam algumas pulgas atrás das nossas orelhas.

Nessa parte, eu automaticamente me lembrei daquela famosa tática de conseguir novinhas sempre frescas que foi extensivamente ovacionada aqui na real, o PAC-B. Para quem não sabe, era oferecer dinheiro a meninas universitárias jovens, mas de forma indireta, como comprando alguma coisa que ela quisesse, pagando jantares mais ou menos caros, ou mesmo oferecendo uma quantia (irrisória) em dinheiro de maneira contínua - ou seja, sempre que fosse solicitada - para que a fulana aceitasse ser uma "pseudo-concubina" mas se mantivesse em silêncio sobre isso. Enquanto ela aceitasse gozadas na cara - era o que selava o pacto, segundo o criador do PAC-B - mantendo-se de bico calado, os presentes continuariam a vir.

Obviamente pode-se argumentar que nenhuma era definitivamente obrigada a isso e essas moças aceitavam as gozadas porque, afinal de contas, queriam. Concordo! Como eu disse anteriormente, a natureza da pessoa sempre prevalece. Mas a questão é: que tipo de sujeito tem a disposição de fazer isso? qual a natureza de um senhor que explora de maneira soturna a - vamos colocar nesses termos - cabacice e falta de condições de uma pessoa mais jovem? Seriam muito diferentes do nosso "herói"? Qual a linha que define o quão moralmente aceito isso pode ser considerado? A passagem dos 18 anos? Enfim, são questões que eu tive lendo o livro e que eu espero que os senhores também tenham, caso o leiam.

Quando a mulher quiser ser vagabunda ela VAI ser não importa idade, local, influencia, etc... porém o homem da real é safo o suficiente para evitar esse tipo de problema para si mesmo, especialmente se ele está se colocando em risco desnecessário pq simplesmente quer massagear o ego achando que é o supra suma da masculinidade pq come meia dúzia de universitárias gastando quase nada. 

Independentemente da opinião dos nobres aqui presentes, todos devemos concordar que envolver-se nesse tipo de esquema seguramente vai terminar em alguma merda, onde todas as acusações e as penas da lei SERÃO lançadas sem misericórdia contra o homem em questão, bastando apenas a "concubina" não ser uma completa ignorante. Antes de uma crítica, essa postagem é um alerta aos senhores para observarem o que estão buscando para as suas vidas, pq eu não tenho dúvidas que deve ter um bocado de nego fazendo (ou tentando) esse esquema de PAC-B ou coisa semelhante.
"Compreendi o tormento cruciante do sobrevivente da guerra, a sensação de traição e covardia experimentada por aqueles que ainda se agarram à vida quando seus camaradas já dela se soltaram."  (Xeones para o rei Xerxes)

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Acabei de ler este livro:

[Image: Antologia%20de%20los%20documentos%20real...4&rotate=0]

Este livro reúne os documentos oficiais da Dinastia Carlista, ou seja, os programas, manifestos e juramentos assinados pelos legítimos príncipes e reis da Espanha. Segue abaixo o link de acesso:

https://archive.org/details/antologia-de...-org.-1951

Resumo aqui alguns pontos do seu conteúdo, para que vocês notem a diferença entre o ideário católico tradicional e a agenda neoconservadora que temos no Brasil:

1) Nada de monarquia parlamentar. A monarquia deve ser tradicional, encabeçada por reis que jurem seguir a Doutrina Social da Igreja e obedecer às Leis Fundamentais do Reino, assentadas no século VI, durante o Terceiro Concílio de Toledo (p. 29)

2) Restauração do ensino religioso, banido das escolas por influência da maçonaria (pp. 44 e 137)

3) Salvaguarda da independência econômica do país, ainda que isso custe certa cota de sacrifício de interesses privados e individuais (p. 48)

4) Combate à infiltração do comunismo ateu, que pretende sujeitar a Espanha a uma tirania de origem estrangeira (pp. 55-57)

5) Política externa voltada para o estreitamento de laços com Portugal e as nações ibero-americanas. Restauração da soberania nacional sobre Gibraltar, hoje em poder da Inglaterra (pp. 67-69)

6) Proteção à constituição natural e orgânica dos corpos intermediários que compõem a sociedade, seguindo o princípio do municipalismo foral (pp. 79, 115 e 199)

7) Supressão do parlamentarismo, "regime absurdo, funesto e desacreditado", que deve ser substituído pelo sistema de representação corporativa (p. 85)

8) Proteção à indústria nacional e gradual substituição da dívida externa por títulos em poder de súditos espanhóis (pp. 133-134 e 150-151)

9) Modernização das Forças Armadas, que devem ser equipadas com material bélico produzido no país (p. 142)
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(29-11-2023, 10:39 AM)Héracles Escreveu: Muito bem, retornemos aqui mais uma vez para trazer um livro que - penso eu - seja de um assunto convergente as discussões que temos no fórum. 

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[Image: 41udj47xOnL.jpg]

Resumindo, a história trata de um senhor de meia idade que desenvolveu uma paixão avassaladora por uma "lolita", ou seja, Dolores Haze, uma menina jovem, muito jovem... mais precisamente de 12 anos. A narrativa discorre sobre de todos os percalços enfrentados pelo senhor sobre como conseguiu obter e manteve seu prêmio de boca fechada.

Humbert Humbert se descreve, antes de mais nada, como uma pessoa doente. Mas não o tipo de doente que foi acometido por uma fatalidade qualquer e já não possui mais poder sobre suas ações. Ele tem total percepção da sua perversão e as implicações que isso causa em uma sociedade, inclusive gosta dela, gosta de ser do jeito que é. Sabendo disso, temos vários conjecturas com ares filosóficos e com dados históricos que ele faz uso para primeiramente justificar as suas ações, e em segundo lugar, justificar porque as lolitas são tão atraentes para todos os homens, por mais que a grande maioria nunca jamais admita ou se de conta disso. Mesmo sabendo que há muita perversidade aí, ele se sente de certa forma, justificado.

Confesso aos senhores que a leitura é bastante difícil, talvez intragável para almas mais sensíveis em muitos momentos. Me foi impossível não fazer um paralelo entre as justificativas do Sr. Humbert com as justificativas que lemos aqui da ala "casar com virgens santas". Me parece que essa perversão é muito mais comum do que talvez nós imaginamos, especialmente se tratando de senhores que prezam pela "honra e os bons costumes". Como não é de surpreender, o Sr Humbert é socialmente visto como um homem bom, bem educado, refinado até, calmo, incapaz de fazer mal a ninguém, ou seja, acima de qualquer suspeita mesmo já tendo passado algumas vezes por manicômios e tento inclusive enganado os "especialistas" da mente. Mas toda essa casca esconde um ser perverso, seus atos no decorrer da trama deixam isso bem evidente.

Mas voltando a questão da "virgem santa" temos algumas reflexões importantes que são levantadas na narrativa sobre a natureza humana. Dolores era uma lolita, uma jovem virgenzinha, sonho de muitos honradões da real, porém ela também tinha uma natureza perversa, por mais que fosse jovem e aparentemente "inocente", sua natureza também era desregrada desde berço. Tanto é verdade que o primeiro ato sexual do nosso querido casal foi ela quem teve a inciativa (essa parte foi difícil), e depois de alguns altos e baixos ficamos sabendo que mesmo com 12 anos, a moça já tinha alguma experiência na coisa toda, para grande surpresa do Sr. Humbert que se considerava um especialista em lolitas. Pois é, até ele foi enganado. Aliás, a definição de lolita não se refere especificamente a meninas jovens, mas sim, meninas jovens que tem um "trejeito", um olhar, intenções diferentes das meninas normais. Isso nos leva aquela velha discussão sobre o olhar diferente das mulheres com longa quilometragem, das famosas crentes do cu quente e etc. A questão é que a natureza da pessoa sempre vai se sobressair, não importando posição social, ou melhor, teatro social que ela emule.

Muitos idiotas aqui acham que o segredo para ter uma vida digna do lado de uma mulher é só se ela for virgem e nova... porém as lolitas estão aí para fazerem vocês sofrerem miseravelmente uma vez mais.

Para os Senhores que tenham filhos, especialmente filhas, eu diria que essa leitura é ainda mais fundamental. Fundamental para saber identificar canalhas pervertidos, pois ao longo da história Humbert descreve como um pervertido nato age, inclusive é meio chocante saber que coisas ordinárias são fruto de imenso prazer de um doente, como por exemplo encostar ou sentir o cheiro da pele de uma menina nova...  (mais uma vez não se surpreendam com as semelhanças que vemos em alguns usuários do fórum) e também para saber se a sua querida filhinha pode ser uma criatura que possivelmente te dará muitos problemas no futuro. Todas as considerações sobre ciração e a rebeldia juvenil também são abordadas, dando algumas perspectivas interessantes quanto a criação de filhos que não sejam alvos de pervertidos.

Por fim, o narrador da história tem uma ar sarcástico que eu particularmente gosto muito, e por esse motivo e mais todos os outros que eu brevemente discorri aqui considero esse "romance" um dos melhores que eu já li, valeu cada minuto. 

Irmao, confira O Deus Oculto no Canto do Corner, é do estilo que vc gosta.
"Mas o homem é a tal ponto afeiçoado ao seu sistema e à dedução abstrata que está pronto a deturpar intencionalmente a verdade, a descrer de seus próprios olhos e ouvidos apenas para justificar sua lógica."


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Depois de me aventurar no marxismo, e me assegurar de que os partidos de esquerda não sabem nada de marx, agora estou dando uma guinada ao conservadorismo:

- A REPUBLICA - PLATAO (TO NA METADE - TEM AUDIOBOOK, GALERA, APROVEITEM ISSO)

- DESOBEDIENCIA CIVIL - Henry Thoreau

- WALDEN - Henry Thoreau

-JARDIM DAS AFLIÇÕES - OLAVÃO

depois desses, pretendo ler aristoteles e São tomas de aquino

lets go
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(16-11-2023, 08:06 PM)hjr_10 Escreveu: Depois de um tempão sem ler, comecei o Nação Dopamina.
Devo terminá-lo essa semana ainda.

No começo estava chato, mas agora já começou a entrar uns detalhes mais técnicos/científicos (que é o que eu estava esperando), de como as coisas funcionam no nosso cérebro o que elas ocasionam.

Quando terminar eu volto.

Finalizei esse e vou começar a ler A Arte de Viver - Epicteto.

É impressionante como a falta de leitura me fez ficar absurdamente lerdo.
O que eu entendia facilmente com uma passada de olho, agora preciso ler duas, três vezes. Fora a capacidade de texto e síntese, que também diminuíram.

Pretendo retomar esse hábito urgentemente.
Mateus 21:22
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Estou a um bom tempo sem ler também, mas é por falta de livros mesmo.
Entretanto, li dois livros da fase romântica da literatura: Noite na Taverna e O seminarista.
 O noite na taverna foi de longe, o livro que mais gostei. Basicamente o livro é a história de alguns libertinos que estão conversando numa mesa de bar na Europa, e eles estão contando histórias de suas aventuras de quando eles eram jovens. Essa aventuras são as maiores atrocidades que eu já li na minha vida, tem de tudo nesse livro, desde estupro a necrofilia, assassinato, incesto, todo tipo de desgraça que um ser humano pode fazer com o próximo. Foi uma leitura interessante, muitas vezes chocante, o que tornou a leitura uma experiência muito singular. No fim, esse livro acaba mostrando aonde o hedonismo, o nilismo e a falta de um propósito podem fazer com um ser humano. 
 Quem tiver recomendações de livros parecidos com esse me falem.
 O outro livro, O seminarista, é uma história de um menino que se apaixona por uma amiga de infância dele, entretanto, ele é enviado para um seminário, tendo assim que se afastar de sua amada. Esse livro eu gostei, mas não tanto como o outro. A história corre de forma bem construída, a linguagem é simples, e o final é simplesmente imprevisível. Nesse livro pude enxergar uma crítica bem evidente ao asceticismo, o auto sacrifício de si próprio. O protagonista passa por longos jejuns, muitas vigílias e orações para esquecer da amada. Então cada vez mais passa a ficar magro e mórbido, o resultado de ignorar o extinto de auto preservação. 
 Pretendo futuramente ler novamente o Memórias Póstumas de Brás Cubas, pois é uma leitura bem densa e profunda,  e não conseguir absorver todo o conteúdo da primeira leitura. Provavelmente vou comprar o Memorias do Subsolo do Dostoievisk, pois esse tipo de leitura mais existencial e obscura atrai minha curiosidade.
A sorte favorece os audazes
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(02-12-2023, 06:36 PM)Wesley de Mileto Escreveu: Estou a um bom tempo sem ler também, mas é por falta de livros mesmo.
Entretanto, li dois livros da fase romântica da literatura: Noite na Taverna e O seminarista.
 O noite na taverna foi de longe, o livro que mais gostei. Basicamente o livro é a história de alguns libertinos que estão conversando numa mesa de bar na Europa, e eles estão contando histórias de suas aventuras de quando eles eram jovens. Essa aventuras são as maiores atrocidades que eu já li na minha vida, tem de tudo nesse livro, desde estupro a necrofilia, assassinato, incesto, todo tipo de desgraça que um ser humano pode fazer com o próximo. Foi uma leitura interessante, muitas vezes chocante, o que tornou a leitura uma experiência muito singular. No fim, esse livro acaba mostrando aonde o hedonismo, o nilismo e a falta de um propósito podem fazer com um ser humano. 
 Quem tiver recomendações de livros parecidos com esse me falem.

GargalhadaGargalhadaGargalhadaGargalhada

Esse livro é muito bom. A propósito, eu fiz um tópico sobre o autor dele, Álvares de Azevedo. Álvares de Azevedo.
É tão brutal e absurdo que chega a ser engraçado (?) em alguns momentos. O Álvares morreu com 20/21 anos e já era membro da ABL.

Existem outras obras que mostram muita desgraceira também, mas em outros contextos e não tão absurdo e pesado assim.
De qualquer forma, talvez goste de Max (narra em primeira pessoa a história do primogênito da raça ariana, uma desgraceira danada), Misto Quente (é o livro de entrada para ler Bukowski... não é desgraceira na toada de Noite na Taverna, mas é uma leitura solitária, revoltada, engraçada e embreagada).

Agora um que você precisa ler (se já não leu) é A Metamorfose, do Kafka. Esse é desgraceira pura. De novo, não na toada de Noite na Taverna, mas é um livro muito triste, deprimente e claustrofóbico. Talvez você goste.

Com certeza não irá se arrepender.
Mateus 21:22
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O metamorfose eu já li, e achei muito bom. É um livro que causa umas sensações estranhas na gente, uma mistura de agonia com tristeza. A história do Gregor é grotesca, e mostra como o ser humano perde o valor quando não tem mais utilidade para os outros.
A sorte favorece os audazes
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Livros que li nos últimos meses:

A metamorfose (Franz Kafka): O livro traz lições válidas, porém desgastadas pelo tempo. Esse é um problema ao ler livros clássicos, você cria expectativa devido a fama, mas acaba não achando grandes coisas porque o tema já foi muito explorado em livros posteriores, filmes etc.

O Alquimista (Paulo Coelho): Resolvi ler porque o livro é um best-seller internacional de um autor brasileiro. A história é legalzinha, girando em torno do poder da perseverança e de acreditar nos seus sonhos, tendo como pano de fundo a jornada de um pastor de ovelhas em busca de um tesouro em terras distantes.

A morte de Ivan Ilitch (Leon Tóstoi): Mesmas considerações quanto a livros clássicos. É uma novela que tem a fama de ser muito bem escrita, e nesse ponto tenho que concordar. O autor narra com maestria a trama e constrói muito bem os conflitos psicológicos de Ivan Ilitch.

Uma breve história do tempo (Stephen Hawking): Neste livro o autor apresenta a evolução das teorias científicas que explicam as origens do universo. É um livro interessante para quem quer ampliar seus conhecimentos nessa área, mas tem umas partes em que o leigo terá dificuldade de entender, como quando ele fala sobre a teoria da relatividade e física quântica.

Notas do subsolo (Fiódor Dostoiévski): O livro é dividido em duas partes. A primeira parte é enfadonha, pois o personagem fica por várias páginas teorizando, tentando demonstrar que em algumas situações o homem 'desejar para si o que é ruim é uma vantagem'. Mas na segunda parte o personagem narra fatos que aconteceram com ele e chega a ser engraçado o quão frustrante é para ele lidar com sua mediocridade.

Cartas na rua (Charles Bukowski): O primeiro livro que li de Bukowski. Gostei bastante, é uma leitura leve. As malandragens do Chinaski são muito divertidas. Tá explicado o Hjr_10 ser tão fã de Bukowski. Aliás, li por causa dos comentários dele aqui tópico.
Matrix religiosa é um câncer !!
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