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(Esta publicação foi modificada pela última vez: 08-01-2024, 08:12 PM por Guardião.)
Evidências da existência de DEUS – Evidência cosmológica
Postado por O Puritano em 22 de fevereiro de 2013.
Vou começar uma série sobre as evidências da existência de DEUS.
Com as descobertas da ciência moderna e a ressurreição da filosofia analítica temos diversas evidências da existência de DEUS aqui vai a primeira a evidência cosmológica Kalam, esse artigo é em homenagem a Dr.William Lane Craig(prometo que o apresentarei em outra ocasião) é ele que formulou a atual versão do argumento que será apresentado aqui.
1. Tudo que começa a existir tem uma causa.
2. O universo começou a existir.
3. Portanto, o universo tem uma causa.
Análise conceitual do que é ser causa do universo vai se recuperar vários dos principais atributos de Deus, de modo que a causa assume o caráter de um Criador pessoal do universo.
A premissa 1
A Premissa 1 parece ser obviamente verdadeira, ao menos mais do que sua negação. Em primeiro lugar, ela está radicada na verdade necessária de que algo não pode vir à existência a partir do nada. Sugerir que as coisas poderiam simplesmente começar a existir do nada sem uma causa é literalmente pior do que mágica. Em segundo lugar, se as coisas pudessem realmente começar a existir dessa maneira, é inexplicável por que qualquer coisa e todas as coisas não passam a existir incausadas do nada. Em terceiro lugar, a Premissa 1 é constantemente confirmada na nossa vivência, na medida em que vemos aquilo que começa a existir sendo originado por causas prévias.
A premissa 2
As evidências científicas da Premissa 2 fundamentam-se na expansão do universo e nas suas propriedades termodinâmicas. De acordo com o modelo big bang de origem do universo, o espaço e o tempo físicos, com toda sua matéria e energia, passaram a existir em algum ponto do passado aproximadamente há 13,7 bilhões de anos.
O que torna o big bang tão extraordinário é o fato de representar a origem do universo a partir do nada absoluto. Segundo explica o físico P. C. W. Davies, “o vir à existência do universo, como discutido na ciência moderna não é a mera questão de impor algum tipo de classificação ou organização a um estado incoerente anterior, antes é literalmente o vir-à-existência de todas as coisas físicas a partir do nada”.em 2003, Arvind Borde, Alan Guth e Alexander Vilenkin provaram que qualquer universo que esteja medianamente em estado de expansão cósmica não pode ser eterno no passado, mas teve um começo absoluto.
Assim, que propriedades constituem a causa do universo? Como causa do espaço e do tempo, ela deve transcender espaço e tempo e, por isso, existir fora do tempo e do espaço (pelo menos sem o universo). Tal causa transcendente deve, então, ser imutável e imaterial, porque (1) tudo que é atemporal tem de ser imutável e (2) tudo que é imutável tem de ser imaterial e não físico, haja vista que as coisas materiais estão em constante mutação nos níveis molecular e atômico. Essa causa deve não ter começo e não ser causada, pelo menos no sentido de falta de quaisquer condições causais, uma vez que não é possível haver a regressão infinita de causas. A navalha de Ockham (o princípio que estabelece que não devemos multiplicar as causas além do necessário) cortará fora todas as outras causas, uma vez que se requer uma única causa para explicar o efeito. Essa entidade deve ser inimaginavelmente poderosa, se não onipotente, já que criou o universo sem nenhuma causa material.
Além disso, a pessoalidade da primeira causa também está implícita, uma vez que a origem de um efeito com um começo é uma causa sem um começo. Vimos que o começo do universo foi o efeito de uma primeira causa. Pela natureza do caso, a existência dessa causa não pode ter começo e nenhuma causa anterior. Ela tão somente existe imutavelmente sem começo e num tempo finito do passado trouxe o universo à existência. Ora, isso é muito peculiar. Em certo sentido, a causa é eterna e, todavia, o efeito que ela produz não é eterno, mas começou a existir em momento finito passado. Como é possível acontecer isso? Se as condições suficientes para o efeito são eternas, então, por que o efeito também não é eterno? Como é possível um primeiro evento vir à existência se a causa dele existe imutável e eternamente? Como é possível a causa existir sem o efeito dela mesma?
Parece que só há uma saída para esse dilema, quer dizer, afirmar que a causa do começo do universo é um agente pessoal que decide criar voluntariamente um universo no tempo. Os filósofos denominam esse tipo de causação de “causação por agente” e, por ser livre, o agente pode dar início a novos efeitos trazendo livremente à existência condições que não estavam presentes antes. Assim, num tempo finito passado, o Criador poderia espontaneamente ter trazido o mundo à existência naquele momento. Dessa maneira, o Criador poderia existir imutável e eternamente, mas escolheu criar o mundo no tempo. (O termo “escolheu” não significa necessariamente que o Criador muda de ideia quanto à decisão de criar, mas que ele, por iniciativa própria e eternamente, tem a intenção de criar um mundo com um começo). Ao exercer seu poder causal, ele, portanto, faz com que venha à existência um mundo com começo.
Assim, a causa é eterna, mas o efeito não é. Por conseguinte, é possível que o universo temporal venha a existir de uma causa eterna: pelo livre-arbítrio de um Criador pessoal.
Portanto, com base na análise da conclusão do argumento, podemos inferir que o universo tem um Criador pessoal, incausado, sem começo, imutável, imaterial, atemporal, não limitado pelo espaço e inconcebivelmente poderoso.
Espetacular, maravilhoso é o nosso Criador!
Este texto faz parte do projeto: Segunda das Relíquias Perdidas.