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Liberte-se do senso comum e aprenda com inimigo
#1
Com este tópico um realista poderia aprender a aprender com qualquer coisa seja ela fonte de todo o mal/bem ou ilegal desde que não seja mentira. Não estou dizendo para fazer coisas ruins ou ilegais, mas aprender com inimigo para se proteger ou copia-lo, e se libertar do senso comum. Os dois assuntos tem um serie de passos a seguir. Então vamos lá:

LIBERTE-SE DO SENSO COMUM

Estava eu aqui pensando como seriam os ateus hoje se a URSS ainda existisse, já que ela era um estado ateu, como os ateus seriam encarados hoje? Seriam julgados com base nisso? Enquanto tentam explicar que seu ateísmo não tem haver com o que é praticado na URSS? Essa reflexão surgiu porque hoje muitas pessoas julgam com base no senso comum, e não por uma avaliação mais precisa e imparcial.

Essa questão (ateu e URSS) pode não existir mas fazem isso com tudo, definem ou ligam socialismo a Stalin; Comunismo a Mao; Capitalismo a EUA; Misoginia a Real etc, sem uma avaliação precisa. Esse é o senso comum. Mas a questão é a seguinte, essa comparação é justa? Algumas são mesmo, mas minha conclusão é a seguinte:

1° Tudo deve ser avaliado separadamente (sem estereótipos), e a partir daí formar a opinião sobre o assunto.
2° Qualquer coisa que vem depois desse julgamento deve ser avaliada e taxada como ilegitima/mentirosa ou verdadeira.
3° Tudo isso forma seu repertório argumentativo.

Senão, caímos na falacia do Ateu e a URSS (que também pode não ser uma falacia). Sempre que descobrir o porque de um coisa ser ilegitima/mentirosa ou verdadeira, isso entra no seu repertório argumentativo seja para rebater uma opinião ou acrescentar a sua.

Em todos os casos, é uma mesma ideia, objeto ou pessoa¹ com praticas² diferentes que podem levar a um fim ou significado³ diferente. Exemplos: 

- O cara interpreta mal a Real¹ e se torna misógino² e se diz o verdadeiro realista³; 
- Alguém diz que Bolsonaro¹ é racista e homofóbico² e vários acreditam³;

A intenção não é levar isso a questões superficiais como os exemplos acima, mas sim a questões muito (muito) complexas seguindo os 3 passos, que é julgar para formar opinião e depois avaliar para taxar e formar seu argumento. Tudo isso sem os estereótipos, achismos ou vinculo emocional. Assim você se liberta do senso comum.

APRENDA COM INIMIGO

Minha intenção é sempre aprender com tudo independente se a fonte veio de uma pessoa ruim ou boa, desde que seja verdadeira, sem o senso comum, para poder copiar, evitar ou reconhecer. Vou colocar alguns passos e usar Hitler como exemplo:

1° Separe o objeto em questão (Hitler) de suas questões externas (nazismo).
2° Aprenda como ele trabalhava (falas, gestos, discursos, comportamento, mapa mental, estilo de liderança etc)
3° Criei um plano para impedir que isso ocorra, ou, assimile e aplique em sua vida, ou, aprenda a reconhecer isso nos outros.

Porque se você descobrir como um hacker age então você vai saber como se proteger ao invés de achar que o antivírus te protege. E se você quer ser um bom politico, não tem problema aprender com Trump ou Lula. Tudo depende de pegar uma ideia, objeto ou pessoa¹ entender sua  pratica² e dar significado³ a ela.

O que acham?
"O mundo continuará, pois, a mergulhar nesse vazio, nessa barbárie, e esses sonhadores maravilhosos, jamais vão acordar dos seus sonhos." 
- Esther Vilar, em O Homem Domado
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#2
Acho que tu deves defender tuas ideias com mais veemência, liberta-te do senso comum e defenda tuas teses com impetuosidade. No que concerne ao intuito do tópico, não vejo problema algum nisso, inclusive o faço desde que me entendo por humano. Hitler era um exemplo de liderança, vai me dizer que não só porque era nazista? Collor, um dos melhores oradores que o Brasil já teve, vai me dizer que não só porque foi impeachado? Lula o exímio em carisma, vai me dizer que não só porque foi preso? A dualidade rege o mundo, polarizações são detalhes, equilíbrio é o pilar de sustentação. O ser humano é como um personagem em um Role-Playing Game, onde o único e eventualmente principal objetivo é interpretar a realidade e desenvolver seus traços de acordo com os acontecimentos desenrodilhados na trama, de forma concomitante, o livre arbítrio impera e tu podes escolher que tipo de habilidade adquirir ou mesmo desenvolver... é o reflexo "fictício" da realidade. Tu tens a oportunidade de aprender qualquer coisa e de modo sincrônico justapor e aplicar em tua vida, então por que desperdiçar tamanho virtuosismo? A cultura da subserviência impôs na sociedade contemporânea e desprimorosa, conceitos rústicos e tansos de moral, privando o indivíduo do concebimento do bem e do mal, causando temor em que busca tal compreensão... ir além dos limites sociais é imprescindível para o estágio evolutivo...
 

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#3
A questão não é só aprender com o inimigo, evitar que ele seja antipático a você evita uma guerra maior ainda que pra contornar te custaria esforços muito maiores que uma simples boca fechada e um pouco de estudo sobre o caso.

Gostei muito da analogia do anti-vírus.

A história nos dá muitos exemplos disso, isso é o que diferenciava os cristãos dos zelotes no século I, por exemplo.

Os zelotes eram brigões e separatistas, queriam cair na porrada e partir pra dentro do Império Romano, já o cristianismo com toda aquela "não ação", "não confronto", "não revolução", foi comendo o império pelas beiradas. Nós temos registros históricos de catacumbas já em Roma que foram criadas no século II, provando que Paulo e Pedro chegaram a Roma comendo pelas beiradas e deixando o império se destruir no próprio martírio deles, e já no outro século, toda aquela geração que já tinha ouvido a palavra já era cristã.
Prova mais contundente? O modo de enterro. Os romanos eram famosos cremadores de corpos, já no século II catacumbas subterrâneas com gavetas foram criados para famílias inteiras, incluindo aí a gravação de seus nomes, o que caracterizava crença na ressurreição dos mortos e de que eles iriam voltar a vida pelo chamado de seus nomes.

Por isso eu sou contrário a qualquer ditadura, quão confrontador isso pode ser para uma população desinformada como a nossa? Nós já temos a experiência na prática. Enquanto os militares impunham um modelo de governo, os comunistas iam comendo pelas beiradas, conhecendo o inimigo e derrubando ele até que pudesse cair definitivamente.

Quando se tem um inimigo você simplesmente não ataca, você tem que conhecer ele muito bem, como Sun Tzu já dizia que se teu inimigo tem provisões X, você tem que ter 10x mais que isso, se você vai atacar você tem que ostentar, mas e o caso não é esse, que seu inimigo não te conheça e pior, te subestime.

O problema da maioria das pessoas é tornar para si um inimigo e tentar logo o finish him de cara.

Isso foi falado pelo Bernardo Kuster dia desses, inclusive. Muitos se dizem de direita, ou no nosso caso, realistas, mas nunca sequer leram um livro a respeito dos assuntos divergentes para poder falar com propriedade.
Quando pegam alguém preparado de verdade do lado contrário, levam um fumo inimaginável.

Por isso que eu faço questão de nas minhas palavras não diferenciar realistas que agem como feministas criando inimigos virtuais como "marxismo cultural", "comunismo", e outros como seres tão insignificantes intelectualmente quanto aqueles que só são papagaio de pirata do lado de lá.

Nós temos que compreender que nos armar é bom, mas conhecer o inimigo é fundamental, pois assim podemos citar e desarmar ele com as próprias armas.

De todo mal o senso comum não é ruim, a pessoa está navegando ainda nos barcos do conhecimento, mesmo que sem rumo. O que temos que fomentar é justamente esse conhecimento, principalmente do inimigo pra poder assim juntar armas contra ele.

A direita e a real no Brasil são ridiculamente despreparadas.

Muita gente não leu nem sequer 5 livros da biblioteca da real, vem de facebook e já sai cuspindo "mangina", "escravoceta", "lambe salto", chamando os outros pelas alas, etc. Esse é o senso comum da real.
Geralmente quem lê bastante já nem participa tanto do fórum pra evitar stress.

Assim como em todo lugar do mundo: Exemplo arrasta exemplo, evita transtornos e abaixa espadas.
The absence of virtue is claimed by despair






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#4
È importante diferenciar "aprender" de "imitar".

O último termo equivale á criação de um erro redundante, um ciclo de destruição de riquezas e de conhecimento.

Enquanto o primeiro dá trabalho, mas é onde separa-se vícios de virtudes, para aprimorar estas e produzir os resultados corretos.
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#5
(09-06-2018, 08:42 PM)Baralho Escreveu: È importante diferenciar "aprender" de "imitar".

O último termo equivale á criação de um erro redundante, um ciclo de destruição de riquezas e de conhecimento.

Enquanto o primeiro dá trabalho, mas é onde separa-se vícios de virtudes, para aprimorar estas e produzir os resultados corretos.

Corretíssimo!
The absence of virtue is claimed by despair






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