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[REFLEXÃO] Aprenda com os 12 Trabalhos de Hércules
#1
Meu objetivo com esse texto é resumir o aprendizado dos 12 trabalhos de Hércules para que eu possa extrair toda a sabedoria desse mito e mudar a minha vida. Estou dotado de um desejo de mudar a minha vida, de me tornar melhor e este texto não é apenas um texto para ser lido, mas para ser estudado e colocado em prática no dia a dia.


Trata-se muito mais de um guia de virtudes e realizações do que um texto. O homem que adquirir essas virtudes e esse conhecimento de modo a aplicá-lo de maneira prática na vida; terá um melhoramento substancial em todas as áreas de sua vida, se desenvolverá. E esse é o meu objetivo.
O mito pode ser interpretado de inúmeras maneiras, não existe uma maneira certa de interpretação; deixo aqui a minha, espero que seja edificante.

Não falarei dos trabalhos em si, mas do aprendizado que eu extraí deles. Se o leitor quiser entender mais profundamente, será necessário ler a história completa dos 12 trabalhos de Hércules.
Veja o link com os 12 trabalhos de Hércules:

http://forum.bufalo.info/showthread.php?tid=2082&highlight=os+12+trabalhos+de+h%C3%A9rcules
Obs: A seqüência dos trabalhos pode mudar de acordo com autores diferentes, e se é mitologia grega ou romana.
Esses aprendizados são de um caráter pessoal para mim, quero terminar 2017 dominando todos esses saberes.
 
Primeiro trabalho: O Leão da Nemeia.
Hércules não consegue matar o leão com suas armas, a pele do leão é tão grossa que funciona como uma armadura. Hércules então luta contra o leão com as mãos nuas, matando o leão por estrangulamento.

O leão simboliza o ego, devemos estrangular o ego, deixando-o sob controle. Não sendo afetado pela opinião dos outros. Devemos escutar os outros, tentar melhorar, saber usar uma crítica a nosso favor, melhorando em alguma área da vida, mas nunca encarar a crítica como algo negativo, nos ferindo e nos machucando. Ter a sabedoria para saber quando escutar e quando não escutar a crítica, mas levando-a de maneira impessoal. Melhorar por nós mesmos, e não por algo que os outros dizem.
Alguns relacionam esse mito com a morte do orgulho. 

Eu penso diferente, o orgulho e o brio devem estar presentes no homem, pois é a satisfação que este sente por cumprir um dever moral, por cumprir seus próprios princípios. Devemos sim nos orgulhar de nossa conduta reta, nos orgulhar dentro de nós e não para “se gabar” para os outros. O orgulho é extremamente masculino e é bom, o orgulho, o brio são ótimos; lembre-se que são diferentes da arrogância.

Podemos fazer um paralelo com o arcano “A Força”, do Tarot, onde uma mulher domina um leão;[Image: tarotforca.png?w=616]
 ela não faz força física, a carta simboliza a força moral, o domínio das paixões, o domínio do ego, do nosso leão interno que agora controlamos. Clareza na avaliação, distinção entre o útil e o inútil. Não ser dominado pelo afeto. Força moral, princípios, vontade de vencer os desafios.

Todos achavam que o leão era invencível, o mito nos mostra que devemos vencer a necessidade de adoração dos outros, pois muitas vezes lutaremos nus contra leões e os outros desconfiarão de nossa capacidade e cairemos no descrédito.

Uma pessoa que não domina o seu leão é colérica, briga por coisas inúteis, não tem objetivos claros nem valores, só tem discórdia na sua vida.

Hércules após matar o leão se veste com sua pele impenetrável, assim, o herói nos ensina que após domarmos nosso egotismo, estaremos brindados dos ataques que os outros lançam sobre a nossa personalidade.

( O texto continua no meu blog; enche o saco editar tudo)
David Goggins. A lei da semeadura não falha. A única coisa que a vida exige de nós é coragem. Somos prisioneiros dos nossos instintos e emoções e jamais seremos homens livres. A natureza se prepara para algo ainda pior.
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#2
Porra meu, se for pra postar texto aqui posta ele inteiro.
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#3
(30-01-2017, 08:59 PM)Aragons Escreveu: Porra meu, se for pra postar texto aqui posta ele inteiro.

depois posto o resto, um trabalho por vez, agora to de boas Cool
David Goggins. A lei da semeadura não falha. A única coisa que a vida exige de nós é coragem. Somos prisioneiros dos nossos instintos e emoções e jamais seremos homens livres. A natureza se prepara para algo ainda pior.
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#4
Segundo trabalho: A Hidra de Lerna.
A Hidra tinha 5 cabeças, e quando uma era cortada, nascia 2 cabeças em seu lugar; uma das cabeças da hidra era imortal. Hércules ergueu o monstro, as cabeças da hidra ultrapassaram a névoa fétida do pântano e respiraram o ar puro e sentiram a luz do sol, enfraqueceram, como se respirassem veneno e seus olhos ficaram cegos pela luz do sol. Hércules e Iolau venceram o monstro, Hércules cortando as cabeças, e Iolau cauterizando-as com a tocha. Hércules enterrou a cabeça imortal da hidra e colocou uma pedra em cima dela.

(Obs: O Rei Euristeu considerou esse trabalho nulo, pois Hércules recebeu ajuda de Iolau)

A Hidra simboliza os nossos defeitos, que só podem ser enfraquecidos quando entramos em contato com algo superior, como o sol, o elemento divino e transformador, o yang, a virtude. Após isso é necessário força, ímpeto, coragem, (espada) para cortar a cabeça dos nossos defeitos e ainda é necessário mais virtude e sabedoria (tocha, simbolizando luz) para evitar que novos defeitos surjam. É necessário força de vontade, brio, princípios (pedra) para evitar sermos contaminados pelo veneno dos nossos defeitos.

Importante lembrar que Hércules estava acompanhado de Iolau, talvez não tivesse conseguido sem ele. Isso serve para nos lembrarmos que muitas vezes o ser humano só é capaz de se ver através dos olhos dos outros. Por isso quando alguém apontar-lhe um defeito, mesmo que essa pessoa esteja errada, use isso para se melhorar. Por exemplo; alguém te chama de lerdo. Você pode não ser, mas ao invés de ignorar totalmente é melhor você pensar: “Em qual área da minha vida eu posso ser mais rápido, mais esperto ou mais proveitoso?”

Com isso você sublima a energia negativa, elevando-a ao alto e transformando-a em algo bom, como Hércules fez com o veneno da Hidra; pois sempre que precisa de arma poderosa, ele vai atrás da cabeça enterrada da Hidra (cabeça imortal) e pega um pouco de veneno para vencer seus inimigos.
Esse mito também pode ser visto como um exercício de caridade. Ao negar a água do lago para outros povos, criou-se o apego, que é um monstro, simbolizado pela própria Hidra.
 

Terceiro trabalho: A Corça de Cerinéia.

Seu trabalho é entregar a Corça Cerinéia, viva para Euristeu. Essa corça era mais rápida do que as flechas do melhor arqueiro; tinhas os chifres de ouro e os pés de bronze.

Os pés de bronze simbolizam o ouro (aspecto divino) na Terra. Hércules nos ensina a persistência e paciência. Respeito ao solo sagrado. Devemos respeitar aquilo que consideramos sagrado, pais, casa dos outros, idosos, na verdade devemos respeitar tudo e todos. O que não significa se omitir. Aprendemos a ter paciência, persistência e determinação. O objeto de desejo, no caso a corça, simboliza tudo que queremos na vida, emprego, dinheiro, felicidade, etc; só conseguimos com foco, determinação e estratégia.
 

Quarto trabalho: O Javali de Erimanto.

No caminho para o povoado onde se encontra o javali, Hércules acaba se descontrolando e matando muitos centauros amigos, para saber a história completa acesse o link no início da página.
O Javali devastava um povoado, acabando com a plantação, ninguém tinha coragem de enfrentá-lo. Hércules tentou segurá-lo, mas seus pelos muito escorregadios, impediram o herói. Hércules então, sagazmente percebe que o melhor seria domar o animal, e assim o faz.

O javali simboliza o nosso descontrole, a nossa ira, uma emoção rápida que nos descontrola, então partimos cegos para a agressão, sem medir as conseqüências. No primeiro trabalho Hércules domou o ego, no segundo conseguiu domar alguns defeitos, no terceiro trabalho aprende a ter paciência e estratégia; mas ainda não aprendeu a ter controle sobre si mesmo. Esse trabalho nos ensina que devemos domar a nossa ira.

Ter domado nossas emoções avassaladoras, nossa fúria. Podemos relacionar esse trabalho com o 
arcano “O Carro”, do Tarot, onde dois cavalos arrastam uma carroça [Image: tarotocarro.jpg?w=616]tosca que mais parece uma caixa. Cada cavalo está querendo ir para um lado, as ombreiras da pessoa dentro da caixa estão em forma de meia lua e cada uma com uma feição diferente.

Esses aspectos simbolizam a natureza dual da carta, onde se deve alcançar o equilíbrio entre forças opostas. Cada cavalo quer ir para um lado e; para a carroça andar devemos domá-los. Estranhamente não existe rédeas, o que enfoca o domínio/controle que deve ser estabelecido.

Lembrando que a carta foca na conciliação da dualidade, por isso devemos domar nossos instintos, e não matá-los, pois eles não podem ser mortos, e se voltarão contra nós mesmos. O nosso animal interior deve ser domado, não morto, caso contrário a vida não terá cor, poderemos ter depressão e outros desequilíbrios mentais, por isso devemos fazer o que gostamos (dopamina), mas tendo já domado o nosso animal interior.

Os aspectos positivos simbolizam diplomacia, progresso, conciliação dos antagonismos. Os aspectos negativos: Perda de controle, ambição, oportunismo perigoso, ditadura.

Ainda podemos falar na conciliação das energias yin e yang, Hércules por possuir muito yang e pouco yin, acaba por ser uma personalidade perigosa, sua fúria faz com que ele perca sua racionalidade, tendo o yin e yang em equilíbrio, não se descontrolaria, e resolveria de forma calma e usando a razão.


Quinto trabalho: Os Estábulos de Augias.


Hércules deve limpar um estábulo incrivelmente sujo, que não é limpo à anos. Consegue fazer isso desviando o curso de dois rios.



Muitas vezes o que empaca a nossa vida e nos aprisiona é o que temos guardado dentro de nós. Quantas pessoas não guardam mágoas e sentimentos negativos por décadas? Isso faz com que as pessoas fiquem negativas, só enxerguem problemas ao invés de enxergar soluções, se tornam pessoas amargas e rancorosas que só vêem o mal e só atraem o mal, como o Rei Augias que só pensa em morte, é desconfiado de maneira patológica e acha que todos estão contra ele, se afasta do próprio filho, pois tem a alma suja e podre; está fadado a viver solitário e se queixando de tudo e todos.

Hércules não se sente injustiçado nesse trabalho, já dominou seu leão, e seu javali interno; seu ego e sua ira; para ele basta ser útil. (O quinto trabalho foi também anulado).

 



Sexto trabalho: Os Pássaros de Estínfalo.



Pássaros que possuíam forte armadura e penas cortantes que partem a cabeça dos homens ao meio.  Comem carne humana e são tantos que chegam a tampar o sol. Hércules vence sacudindo vários sinos de bronze, fazendo com que as aves fujam por causa do barulho ensurdecedor, algumas aves chegavam a se agredirem na fuga.



As penas afiadas que acertam a cabeça dos homens simbolizam a dúvida, que nos restringe de ter contato com a realidade, que é simbolizada pelo sol. As dúvidas “será que vou conseguir?” “será que eu faço ou não faço?” Existem todas essas dúvidas que nos impedem de darmos um passo à frente. De ter experiências novas e tirar daí um aprendizado, já que é através da experiência que aprendemos “o que queremos” e “o que não queremos”, e com isso partimos em um processo de individuação, um processo de autoconhecimento.



Essas dúvidas não nos permitem ter uma imagem clara do que nós somos e isso nos trava. Os sinos que Hércules acha com ajuda de Atena (Deusa da Sabedoria), representa algo superior, é feito de bronze, quando tocado assusta os pássaros (leva a origem da duvida embora) então podemos ver o sol. Nós podemos ficar a vida inteira brincando de filósofo e questionando tudo; “será que felicidade existe?” “é possível a realização humana?” “onde está o caminho da minha felicidade?” “isso é verdadeiro, funciona?” “se eu for por esse ou pelo outro caminho, aonde vou chegar?”



Você não vai achar a resposta na teoria, você precisa de uma experiência prática, para saber se é realmente isso mesmo que você quer.  A experiência é infinitamente superior a lógica, quando através de uma lógica inquebrantável e de uma dialética perfeita você chega a uma conclusão, a única coisa que você tem é uma premissa lógica dentro da sua cabeça, o que não impede de acontecer tudo errado quando você colocar essa teoria em prática, pois a realidade, a natureza das coisas, a verdade, só podem ser alcançadas através da experiência pratica e não através de teorias malucas ou princípios rígidos e engessados.



É muito melhor errar um caminho do que ficar parado, pois assim descobrimos que erramos. O problema é que o erro é demonizado na sociedade, faça um ano de algum curso de faculdade e depois abandone para você ver. Todos vão apontar o dedo e dizer que você é fraco, que você desistiu. Mas na verdade você acertou, você descobriu que aquele não era o seu caminho, caso você ficasse parado, sem cursar faculdade; não teria chego à conclusão alguma. As experiências enriquecem. Quando você está com dúvida você não pode ficar parado, você tem que agir, pois a experiência vai fazer você chegar à alguma conclusão.



Mas as pessoas pensam: “mas vou perder tempo se eu agir.” “vou perder dinheiro.” Mas você ganhará experiência e conhecimento, se transformará em alguém mais capaz de fazer suas próprias escolhas e mais apto ao acerto. Se ficar parado ficará estagnado, e quando tiver que agir, provavelmente agirá de forma errada, pois não tem experiência, não tem sabedoria. É claro que não estou falando em agir sob forte emoção; estou falando sobre as ações planejadas relacionadas aos projetos de vida. Na dúvida; caminhe!
David Goggins. A lei da semeadura não falha. A única coisa que a vida exige de nós é coragem. Somos prisioneiros dos nossos instintos e emoções e jamais seremos homens livres. A natureza se prepara para algo ainda pior.
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#5
Sétimo trabalho: A Captura do Touro de Creta.

Conta a lenda que o touro de Creta emergiu do mar Egeu, enviado pelo deus do mar, Poseidon, a pedido de Minos, filho do rei Astério. Minos, cuja sucessão ao trono estava sendo contestada, pediu a Poseidon que intercedesse a seu favor, fazendo surgir das águas um sinal de sua legitimidade. 

Poseidon impôs a Minos a condição de que o touro deveria ser depois sacrificado em seu nome. Minos, porém, admirado com a beleza do touro branco, misturou-os com outros do seu rebanho, e sacrificou um animal de menor valor. Esta desobediência provocou a ira de Poseidon, que castigou Minos, tornando o animal incrivelmente furioso.

(curiosidade:

Além disso, Poseidon pediu a Afrodite, deusa do amor, que fizesse com que Pasífae se apaixonasse pelo touro. Pasífae se disfarça dentro de uma vaca mecânica e copula com o touro, é dela que posteriormente nasceria o minotauro.

Hércules ainda não sabe disso, escrevo para satisfazer a curiosidade do leitor.)

Hércules consegue domar o touro.


O touro se relaciona com a nossa vontade sexual, devemos domá-la para assim sermos donos de nós mesmos. Lembrando que não devemos matá-la, pois a força do nosso “bicho” interior, ou seja; os nossos instintos, quando suprimidos voltam a nos atacar como forças inconscientes, que poderão deixar-nos loucos de uma hora para outra, incontroláveis.

Simbolicamente o Touro é um signo do zodíaco regido pelo elemento terra, significa enraizamento, relaciona-se com as coisas terrenas, com o primeiro chacra, sexo, comida, dinheiro, bens materiais. Esse mito se relaciona com a simbologia do que se chama “bicho”, um dos aspectos do nosso ser. Descontrolado e desequilibrado em relação aos nossos outros aspectos, fica agressivo, só pensa em sexo, comida, e mais nada. Pode também se manifestar como ganância extrema. 

Como quando um jogador de futebol milionário faz tramóias para não pagar imposto, sendo que ele não precisa disso, já que é rico. Cuidado com a ganância, cuidado com a distração que o exagero sexual pode trazer, fazendo a pessoa pobre financeira e intelectualmente, pois só pensa em sexo.

Essa força (“bicho”) suprimida pode causar desequilíbrios, como por exemplo; um padre que não tem vocação para o celibato, então força a si mesmo, e repentinamente enlouquece e estupra criancinhas.

Para o nosso touro (“bicho”) se manter saudável, devemos fazer atividade física, sexo, comer coisas que gostamos; tudo conforme nossa filosofia de vida e com inteligência. Comer alimentos que não são saudáveis como bolo de chocolate e afins, demonstra um desequilíbrio, a pessoa não faz sexo, não faz atividade física, não faz alguma atividade que gosta, não tem prazer de viver, então o “bicho” fica maluco e desconta na comida, tentar fazer dieta assim é lutar contra a maré, cedo ou tarde você perderá.

Lembrando que carne é saudável o que não é saudável são enlatados, doces, enfim, produtos não naturais; índio não caça bolo de chocolate na floresta.

O que você deve fazer é equilibrar os aspectos do seu “bicho”, aspectos já citados no parágrafo anterior. Conhecer como você funciona, o que quer da vida, ter nas mãos seu próprio poder pessoal, ao fique seguindo regras impostas por teorias malucas.

Caso a pessoa, levada por uma filosofia que não condiz com sua natureza, consiga “matar” seu bicho, não fazendo sexo, não comendo aquilo que gosta, não fazendo atividade física, não fazendo aquilo que gosta, ela negará a vida. Uma pessoa assim decora teorias filosóficas, religiosas, e com o raciocínio as aplica, mas não é capaz de sentir a si mesmo, não se conhece, e por isso sabe como deve viver, pois é o sentimento, o senso que dá sentido na vida; uma pessoa assim, que “mata” o seu “bicho”, desenvolverá provavelmente depressão.


Oitavo trabalho: As Éguas de Diomedes.

Hércules tem a missão de capturar as éguas carnívoras de Diomedes, essas éguas comiam carne humana, e pariam cavalos ferozes que eram usados para a guerra. Hércules as guiou facilmente, as éguas o respeitaram, ele impunha respeito pelo seu olhar. Hércules pede para Abdero cuidar um pouco das éguas, mas ele é devorado por elas. Hércules leva as éguas para o Rei de Micenas, Euristeu.

Esse trabalho pode ser relacionado ao domínio do pensamento. As éguas mentais parem cavalos guerreiros (pensamentos destrutivos). Pare um dia para observar os pensamentos, eles podem ser negativos, destrutivos, causar intrigas, discussões, destruição, tanto para nós mesmos quanto para o nosso próximo. Através de idéias erradas e palavras erradas, causamos destruição. Nossa mente exerce um enorme poder em nossa vida, e devemos tomar as rédeas do nosso pensar (capturar as éguas).

Hércules pensou errado, não conseguiu ver a incompetência de Abdero/Abderis, quando entregou as éguas para ele, que acabou devorado por elas (Hércules defronta-se com os limites entre o “eu” e o “outro”). Nota-se que Abdero/Abderis também errou no seu pensar, pois não recusou a função, ou por não compreender sua incompetência para fazê-la ou por medo de decepcionar Hércules; ou seja, errou ou por falta de conhecer a si mesmo ou por vaidade; vontade de ser validado por outrem.

Pagamos em nossa própria natureza o preço das palavras incorretamente proferidas e das ações mal julgadas.

Também podemos interpretar esse trabalho da seguinte forma: Hércules se torna arrogante, e manda outro fazer sua função sem raciocinar sobre o que está fazendo; Abdero morre; isso mostra para Hércules que certas coisas nós é que devemos fazer, ninguém pode fazer nossa missão por nós, pois a missão é nossa, é para o nosso desenvolvimento, para a nossa experiência.


Nono trabalho: O Cinturão da Rainha Hipólita.

Hércules foi até Temíscira, reino das Amazonas, sua missão era pegar o cinturão de Rainha das Amazonas, Hipólita, cinturão dado à ela por seu pai, Ares (Deus da guerra), e simbolizava sua autoridade sobre as mulheres.

(Obs: Vale a pena ler esse mito por completo, acesse o link descrito no inicio da postagem, procure palavras com as teclas CTRL + F.)

Hipolita decide que por justiça o Cinturão será de Hércules. Hércules está frente a frente com Hipólita, atrás dela estão as amazonas, Hipólita vai entregar o cinturão para Hércules, quando uma amazona grita que Hércules quer seqüestrar a rainha! Todas gritam a vão para atacá-lo, a rainha diz para pararem, mas sua voz é abafada em meio a tantos gritos, Hércules toma o cinturão da mão da rainha e grita que ela é traidora, e com sua clava dá um golpe, arremessando a rainha longe, que cai imóvel.

Na fuga, Hércules percebe que nas suas mãos além do cinturão tem um pergaminho, nele está escrito uma declaração das amazonas dizendo que Hércules era merecedor do cinturão; Hércules vê na praia um pavão, e como não existe pavão naquela região, percebe que ele e Hipólita foram traídos por Hera.

Depois de um tempo, Hércules percebe que tróia através de uma fogueira pede ajuda para as amazonas, que tristes pela perda de sua rainha, ficam imóveis. Hércules ajuda tróia em nome das Amazonas.

Precisamos ter moderação com uso de nossa força, não era necessário matar Hipólita, Hércules poderia só empurrá-la.

Esse mito também ensina sobre a inveja que as mulheres disfuncionais e confusas sentem do homem, transformando-o na mente delas em inimigo. Quando voltam a ter dentro delas a sanidade, entendem que cada sexo tem uma habilidade, as habilidades femininas se relacionam com o aspecto yin, enquanto as masculinas com o aspecto yang, os homens devem guiar e proteger as mulheres, pois é assim que a natureza funciona. A mulher deve dar amor aos seus filhos, pois ela tem uma capacidade perceptiva superior.

O ser humano quando doente, acha que sabe mais que a natureza, então inventa teorias sobre uma sociedade ideal, mas isso não existe, não é real, o ser humano não sabe mais que a natureza e não sabe o que está fazendo. As mulheres no seu íntimo, de forma inconsciente, buscam no homem características masculinas, de liderança e de proteção, quando um homem é contaminado com a ideologia feminista, ele se torna fraco, feminino então só atrairá feministas mentalmente doentes, não terá relacionamentos saudáveis; diminuirá seu poder de atrair mulheres saudáveis. Pois as mulheres observarão que ele é fraco e feminino.

Hércules vai ajudar tróia, por consideração à rainha Hipólita, isso nos mostra a consideração e o respeito que devemos ter, a honra, o brio, a masculinidade, o senso de responsabilidade.

 
Décimo Trabalho: Os bois de Gerião.

Hércules Matou o gigante Gerião, monstro de três corpos, seis braços e seis asas, e tomou-lhe os bois que se achavam guardados por um cão de duas cabeças, e um dragão de sete.e pega o rebanho de bois.

Simbolicamente Hércules tem que levar o rebanho para terra sagrada, deverá invocar ajuda de Hélio (Deus sol), senhor da luz, da consciência, que nós só encontramos dentro de nós mesmos. Alguns bois fogem, os bois simbolizam nossos conceitos, as vezes alguns conceitos nos prendem e nos atrapalham, e nossa evolução exige que nos desprendamos de alguns deles, para evoluirmos e andarmos em direção ao nosso objetivo. 

Algumas crenças nos atrapalham e devemos nos livrar delas, por exemplo, se você acha que o dinheiro é pecaminoso, isso vai dificultar o seu enriquecimento.

Os bois eram guiados por Gerião, que tinha três cabeças, significando uma mente dividida, sem uma definição, ora vai para um lado, ora para outro; simboliza a confusão. Quando Hércules lidera os bois, eles agora são guiados por um único mestre, uma única mente, não estão mais em estado de confusão, pois Hércules está consciente.

Podemos relacionar esse mito com uma parte do BHAGAVAD GITA, onde havia uma batalha (que simboliza uma batalha dentro de nós mesmos) entre o povo Pandava e Kaurava. Na batalha o guerreiro Arjuna, de repente se depara com os próprios parentes, descobre que terá que lutar contra os seus próprios parentes. O que significa que até os elementos que eu gosto, às vezes eu tenho que abandonar para ter uma experiência mais ampla, para ir além, para ter uma realização, embora no primeiro momento isso possa parecer difícil.

Estou em uma caixa, eu não consigo me mexer direito, eu não consigo expressar tudo que eu sou, mas eu estou bem, expandir isso significa uma perda, embora para um bem maior. No primeiro momento vai ser o medo que vai nos travar. Nesse processo todo, algo se perde, e essa perda é importante, pois eu posso tentar satisfazer todas essas cabeças (três cabeças de Gerião), mas isso vai me impedir de ter profundidade, de chegar ao centro de mim mesmo.

Todo dia temos problemas no trabalho, na família, nisso, naquilo, e eu vou vivendo as experiências de forma muito dividida. Agora eu sou empregado, agora eu sou filho, agora eu sou pai, agora eu sou autodidata, agora sou irmão, agora sou liderado, agora sou líder, as experiências de vida vão ficando divididas. Então a pessoa pode entrar na “ilusão da autoimagem”, ela pensa no trabalho, “eu tenho que seguir as normas da empresa, mas eu não concordo com elas, se fosse eu que criasse as normas, eu faria completamente diferente, então me comportaria de forma totalmente diferente; em casa eu sou de um jeito, com os amigos de outro, no trabalho de outro jeito, afinal quem sou eu?”

Isso tudo é uma grande ilusão, pois cada lugar e cada atividade requer um comportamento adequado para sua eficiência. Além disso a autoimagem é algo totalmente desnecessário, é perda de tempo pensar “quem sou eu?” Só podemos saber quem somos se tivermos um início, um meio e um fim, pois o homem muda de segundo a segundo, ele é ao mesmo tempo escultor e escultura, o “eu” de ontem é diferente do “eu” de hoje, só tem como dizer quem foi uma pessoa na hora de sua morte. 

Assim poderemos dizer que fulano teve uma infância assim, fez isso e aquilo na vida adulta, e na velhice isso e aquilo, e pensava de tal jeito, esse é fulano, antes disso essa definição é impossível, vai fazer uma confusão desnecessária, fazendo a pessoa perder tempo. A autoimagem é algo volátil, quantas vezes você se sentiu “o cara” e no mesmo dia ou no dia seguinte se sentiu “um merda”? Se a autoimagem é algo que muda toda hora, não é necessário perder o tempo com ela, pois ela vai mudar mesmo.

Existem coisas na vida que são passageiras mesmo, a própria vida se encarrega de levar. É como na guerra do BHAGAVAD GITA, Krishna falou algo assim: “Sim, você pode guerrear contra os seus inimigos os Kauravas, pois tudo que é verdadeiro não morre.” Ou seja, aquilo que faz parte do que realmente somos, isso não vai se perder, outras coisas, outras máscaras, a vida mesmo vai nos levar. No caso a guerra do BHAGAVAD GITA, simboliza uma guerra interna, na nossa mente e coração.

É como a pessoa que se identifica com sua beleza, “eu sou belo/bela” e enquanto o tempo vai passando, essa pessoa vai sofrer por perceber que essa beleza já não é como era antes, sente como se estivesse perdendo algo de si mesmo. Precisamos nos amar, ter brio, não a nada de errado em fazer academia em cuidar do corpo, em ter brio por se sentir forte. Mas devemos ser desapegados. Krishna fala que só o que não é seu é que pode ser levado. Tem algo que é seu, e isso não pode ser levado, a grande questão é descobrir o que é.

Esse mito também pode ser interpretado através do confronto entre a mente disfuncional e o “corpo” (bicho, animalidade, instintos naturais). A mente disfuncional faz a pessoa entrar em um espiral de racionalização ineficiente, ela pensa, pensa, pensa, e não chega a nenhuma conclusão; uma pessoa muito aérea, muito elemento ar. Para resolver esse problema devesse prestar atenção no elemento terra, o elemento concretizador da realidade, ou seja, o “corpo”.

No exemplo citado (Gerião) a mente aprisionaria o “corpo” com um excesso de racionalização, ou seja, o “corpo” não agiria, pois a mente ficaria pensando eternamente sem concretizar nada. Para dar fim a esse dilema, devemos soltar o “corpo”, deixando-o livre para agir.

O “corpo” é movimento, deixe ele livre para se movimentar, ele faz tudo sozinho de forma automática, anda de bicicleta, na rua, vai para casa, tudo sozinho, sem pensar; trepa. Por exemplo; você sabe que o bolo acabou, então começa a racionalizar sobre um assunto, fica com fome, o corpo automaticamente vai na geladeira para comer o bolo, então fecha a porta da geladeira, pois o bolo acabou. Você se distrai com algo na TV, volta para a racionalização de antes, de repente o “corpo” abre automaticamente novamente a geladeira e você ri de si mesmo, pois já sabia faz tempo que o bolo tinha acabado.

Fuja do excesso de racionalização, deixe o movimento, do “corpo” livre, é só se movimentar, isso é importante na hora do sexo, pois muita gente racionaliza até na hora de trepar. Solte o movimento do corpo. Excesso de racionalização paralisa a vida da pessoa.

 
Décimo Primeiro Trabalho: As Maçãs de Ouro das Hespérides.

O seu décimo primeiro trabalho foi colher os pomos de ouro do Jardim das Hespérides, após matar o dragão de cem cabeças que os guardava. O dragão foi morto por Atlas, a pedido de Hércules, e durante o trabalho, ele sustentou o céu nos ombros no lugar do titã.

Hércules luta contra o dragão e sempre que está quase ganhando o dragão cai no chão e se recupera novamente. Hércules percebe que só pode matar o dragão se ergue-lo da terra, mantendo-o no ar. Muitas vezes o elemento concreto nos impede de termos uma visão mais profunda de nós mesmos, existem propagandas alimentando nosso desejo de comprar de ter coisas, e muitas vezes nos preocupamos mais com isso do que com a nossa felicidade. No mundo moderno existe um conflito entre poder X felicidade, onde as pessoas buscam poder e status através de bens materiais, mas não estão preocupadas em ser felizes. Realmente, lá dentro de você, você se preocupa em ser feliz? Você faz disso uma meta na sua vida?

“Depois que eu tiver isso ou aquilo, daí sim, eu me preocupo em ser feliz”, Isso é uma ilusão, os bens materiais podem satisfazer suas necessidades básicas, mas nenhum objeto pode te fazer feliz, a felicidade é um exercício que se pratica todo o dia, use sua capacidade para ser o mais feliz que você pode, hoje! Também não se iluda em ser 100% feliz o tempo todo, a vida é feita de altos e baixos, mas o que eu chamo de felicidade seria um “alto e baixo” saudável, um sentimento de deter cumprido, de honrar suas obrigações, “altos e baixos” extremos são classificados como transtorno bipolar. 

Devemos nos elevar um pouco e sair da terra, para alcançarmos visões mais elevadas.

Hércules precisa da ajuda de Atlas para pegar as maçãs de ouro, e para libertar Atlas, Hércules segura o peso do mundo em suas costas por um tempo, nesse momento é que Hércules pode sentir o peso do mundo. Isso é sinal de sabedoria, aquele que agüenta as dificuldades da vida, sem fugir. Agora Hércules sente a dor da humanidade, não para se tornar mais fraco, mas para tornar consciente de aspectos que antes eram inconscientes, e com isso tornar-se mais forte.

 
Décimo Segundo Trabalho: O Cão Cérbero.

O último trabalho consistiu em trazer do mundo dos mortos o seu guardião, o cão Cérbero. Hades autorizou-o a levar Cérbero para o cimo da Terra sob a condição de conseguir dominá-lo sem usar as suas armas. Hércules lutou com ele só com a força dos seus braços, quase o sufocou, dominando-o. Depois levou-o a Euristeu, que, com medo, ordenou-lhe que o devolvesse.

Hércules tem que ir para o mundo de Hades para trazer o Cão Cérbero, porém só os mortos entram no mundo inferior, ele teria que voltar vivo, seria mais ou menos isso: “Agora você vai ter que morrer e vai ter que voltar”. Hércules agora pode transitar pelos dois mundos, o mundo de Hades pode ser interpretado como o inconsciente humano, e agora Hércules tem acesso a este inconsciente e pode transitar por ele, ligando o consciente e o inconsciente, o que mostra grande sabedoria.

O sucesso não é nada além do que um passo, o esforço para dar o primeiro e o último passo é o mesmo, o passo que eu tenho que dar agora é o mais difícil, mas também é o mais fácil, pois é o único que eu posso dar no momento, o sucesso depende de um passo, porém de passos sucessivos, pois tudo é feito em etapas.
David Goggins. A lei da semeadura não falha. A única coisa que a vida exige de nós é coragem. Somos prisioneiros dos nossos instintos e emoções e jamais seremos homens livres. A natureza se prepara para algo ainda pior.
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