21-11-2024, 11:25 AM
Acredito que seja um consenso entre os entusiastas da direita política que a intervenção estatal na economia traz mais problemas do que soluções, e que ela deve ser mínima.
Porém ainda vejo muitos debates entre liberais (não os esquerdistas americanos) e conservadores sobre o papel do Estado nos costumes e tradições dos seus povos.
Aqui no Fórum consigo identificar essas opiniões distintas, e por isso, tive a idéia de criar um tópico para debatermos sobre isso.
Existem diversos autores conservadores e liberais, mas tentei ser mais breve e resumi em dois: Hayek, que já fez várias críticas ao conservadorismo, e Burke, que, apesar da diferença gigantesca cronologia entre os dois, se popularizou por criticar a “liberdade excessiva”, e defendeu a prudência. Obviamente, é problemático comparar os argumentos dos dois, porque viveram em quase 200 anos de diferença, mas existem alguns pontos que podem ser discutidos.
Usei a IA para fazer essa tabela com principais pontos de discordância entre eles:
Friedrich Hayek
O conservadorismo carece de princípios universais para acomodar diferentes valores dentro da sociedade. Resiste a mudanças por temer seus impactos imprevisíveis e muitas vezes apoia o uso do poder estatal para preservar tradições, limitando a liberdade individual.
Liberal
Why I Am Not a Conservative
Friedrich Hayek
Conservadores focam no passado e nas ordens estabelecidas, mas mostram desconfiança em mudanças espontâneas e não oferecem alternativas claras, atuando mais como freio que como guia para o futuro.
Liberal
Why I Am Not a Conservative
Edmund Burke
A liberdade ilimitada, desconectada de tradições e instituições, leva ao caos social e político. Ele defendia a importância de estruturas morais e políticas herdadas para preservar ordem e virtude.
Conservadora
Reflexões sobre a Revolução na França
Edmund Burke
As revoluções que ignoram tradições e buscam refazer tudo do zero, baseando-se em ideologias abstratas, tendem a destruir valores essenciais e gerar instabilidade.
Conservadora
Reflexões sobre a Revolução na França
Partindo do ponto que este resumo não carece de veracidade, podemos tentar trazer algumas agendas atuais para identificar as visões dos dois nelas. Exemplo:
Liberação da comercialização de maconha;
Proibição do comércio de armas;
Aborto;
CLT;
Pessoalmente falando, reflito muito sobre essas questões e em cada tema tenho uma opinião diferente. Não vejo como entrar em uma caixinha e defender cegamente uma dessas vertentes, sem analisar o outro ponto.
Por exemplo, há alguns dias estava debatendo com um conservador sobre as extintas propagandas de cerveja que utilizam mulheres gostosas de biquíni. Na ocasião, eu fui contra a proibição, alegando que neste caso, muitas mulheres perderam seus empregos por uma pauta inútil: a tentativa de tirar o apelo sexual das mulheres em produtos voltados para o público masculino. Ora porra, que mal tem nisso? Elas não estão sendo obrigadas a desfilar na TV de biquíni para promover a Itaipava e ainda ganham dinheiro.
O conservador defendeu a proibição, alegando que concordava com as crianças vendo isso na TV, ou passando pela rua e vendo um BANNER com uma gostosona servindo cerveja em uma bandeja.
Esse pobre debate foi apenas para ilustrar como liberais e conservadores, mesmo apoiando o liberalismo econômico podem divergir em muitas pautas.
E vocês o que acham do Estado se metendo no emprego, religião, costume da população em nome de uma “moral” que pode ser vista de diversas formas distintas?
E por outro lado, qual a sua opinião sobre as pessoas andando como babuínos na rua, imitando cachorros, gritando, bebendo e se drogando, em nome de uma liberdade que muito se confunde com libertinagem?
Porém ainda vejo muitos debates entre liberais (não os esquerdistas americanos) e conservadores sobre o papel do Estado nos costumes e tradições dos seus povos.
Aqui no Fórum consigo identificar essas opiniões distintas, e por isso, tive a idéia de criar um tópico para debatermos sobre isso.
Existem diversos autores conservadores e liberais, mas tentei ser mais breve e resumi em dois: Hayek, que já fez várias críticas ao conservadorismo, e Burke, que, apesar da diferença gigantesca cronologia entre os dois, se popularizou por criticar a “liberdade excessiva”, e defendeu a prudência. Obviamente, é problemático comparar os argumentos dos dois, porque viveram em quase 200 anos de diferença, mas existem alguns pontos que podem ser discutidos.
Usei a IA para fazer essa tabela com principais pontos de discordância entre eles:
Friedrich Hayek
O conservadorismo carece de princípios universais para acomodar diferentes valores dentro da sociedade. Resiste a mudanças por temer seus impactos imprevisíveis e muitas vezes apoia o uso do poder estatal para preservar tradições, limitando a liberdade individual.
Liberal
Why I Am Not a Conservative
Friedrich Hayek
Conservadores focam no passado e nas ordens estabelecidas, mas mostram desconfiança em mudanças espontâneas e não oferecem alternativas claras, atuando mais como freio que como guia para o futuro.
Liberal
Why I Am Not a Conservative
Edmund Burke
A liberdade ilimitada, desconectada de tradições e instituições, leva ao caos social e político. Ele defendia a importância de estruturas morais e políticas herdadas para preservar ordem e virtude.
Conservadora
Reflexões sobre a Revolução na França
Edmund Burke
As revoluções que ignoram tradições e buscam refazer tudo do zero, baseando-se em ideologias abstratas, tendem a destruir valores essenciais e gerar instabilidade.
Conservadora
Reflexões sobre a Revolução na França
Partindo do ponto que este resumo não carece de veracidade, podemos tentar trazer algumas agendas atuais para identificar as visões dos dois nelas. Exemplo:
Liberação da comercialização de maconha;
Proibição do comércio de armas;
Aborto;
CLT;
Pessoalmente falando, reflito muito sobre essas questões e em cada tema tenho uma opinião diferente. Não vejo como entrar em uma caixinha e defender cegamente uma dessas vertentes, sem analisar o outro ponto.
Por exemplo, há alguns dias estava debatendo com um conservador sobre as extintas propagandas de cerveja que utilizam mulheres gostosas de biquíni. Na ocasião, eu fui contra a proibição, alegando que neste caso, muitas mulheres perderam seus empregos por uma pauta inútil: a tentativa de tirar o apelo sexual das mulheres em produtos voltados para o público masculino. Ora porra, que mal tem nisso? Elas não estão sendo obrigadas a desfilar na TV de biquíni para promover a Itaipava e ainda ganham dinheiro.
O conservador defendeu a proibição, alegando que concordava com as crianças vendo isso na TV, ou passando pela rua e vendo um BANNER com uma gostosona servindo cerveja em uma bandeja.
Esse pobre debate foi apenas para ilustrar como liberais e conservadores, mesmo apoiando o liberalismo econômico podem divergir em muitas pautas.
E vocês o que acham do Estado se metendo no emprego, religião, costume da população em nome de uma “moral” que pode ser vista de diversas formas distintas?
E por outro lado, qual a sua opinião sobre as pessoas andando como babuínos na rua, imitando cachorros, gritando, bebendo e se drogando, em nome de uma liberdade que muito se confunde com libertinagem?
"Passei a minha vida inteira tentando não ser descuidado. Mulheres e crianças podem ser descuidadas, homens não".
- Vito Corleone.
- Vito Corleone.