21-07-2020, 11:17 PM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 21-07-2020, 11:19 PM por hjr_10.)
Bom, de domingo até hoje, terminei três livros.
Hollywood, do Bukowski (já havia começado há certo tempo);
Da ditadura a democracia, de Gene Sharp (livro curto, iniciei ontem e terminei hoje);
O homem que sabia javanês, de Lima Barreto (esse, na verdade, ouvi pedalando);
HOLLYWOOD - BUKOWSKI
Na ordem cronológica da vida do velho safado, Hollywood é o quinto dos seis romances. Nem acredito que falta apenas um romance para findar essa coletânea. O prazer que sinto lendo as obras desse filho da puta é indescritível. Um gênio. Da esgotosfera, é o melhor.
Hollywood marca um tempo. Uma época. Uma passagem. Uma vida.
Achei que seria impossível ler algum livro do velho safado que não tivesse putaria, sexo, drogas e violência com a mesma vontade.
Enganei-me. E muito.
Isso ocorre pois em Hollywood, Buk transcreve uma fase de sua vida onde a juventude já ficara para trás. Nessa obra, o velho já é um escritor famoso, conhecido e cumprimentado nos lugares onde vai. A carreira já estava consolidada.
Aí é chamado para escrever um filme, coisa que ele odeia.
A selvageria mesclada com putaria já ficou para trás. Do início ao fim, Chinaski e Sarah estão juntos. E que baita dupla.
Ao que me parece, esse é o último romance com seu alter ego, Henry Chinaski, o Hank.
Já não vejo a hora de ler Pulp e me surpreender novamente.
Enfim, que espetáculo de obra!
DA DITADURA A DEMOCRACIA - GENE SHARP
Um camarada chegou a indicar essa obra no projeto de leitura aqui do fórum, proposto pelo Dark e tocado pelo Liberta.
É tiro curto, cerca de 70 páginas muito bem escritas onde fica claro e evidente o quão uma sociedade fica exposta, frágil e indefesa quando não possui meios de se defender de governos autoritários travestidos de democratas defensores da liberdade.
Sharp também mostra a importância de se ter planos estratégicos consistentes e bem estruturados para que um povo consiga sair das rédeas de tiranos.
É um ótimo livro.
O HOMEM QUE SABIA JAVANÊS - LIMA BARRETO
A obra é até interessante, achei até um bom conto. Longe de ser um dos mais espetaculares, mas ainda assim um bom conto.
Confesso que não sei dizer se o autor quis expressar algum tipo de crítica ou revolta no tempo em que escreveu.
Linkando com a contemporaneidade, podemos perceber que atualmente acontece muito do que narra o personagem Castelo sobre sua própria história, onde o sujeito consegue uma ascensão meteórica com base em sucessivas mentiras, chegando a ser, inclusive, diplomata.
Basicamente o sujeito alcança tudo isso pois mente para um barão que sabia falar javanês. Sabia porra nenhuma.
O engraçado é que fui procurar análises do livro depois e caí num vídeo do Ministro Presidente do STF, Dias Toffoli, ex advogado do PT e do PCC, onde nem os outros Ministros comunistas conseguiram entender o voto dele acerca de uma matéria que estavam votando. Num trecho, nem o próprio mongolóide entendeu o voto.
É o verdadeiro Castelo do mundo real.
Iniciei Noites Brancas, do Fiódor Dostoiévski.
Hollywood, do Bukowski (já havia começado há certo tempo);
Da ditadura a democracia, de Gene Sharp (livro curto, iniciei ontem e terminei hoje);
O homem que sabia javanês, de Lima Barreto (esse, na verdade, ouvi pedalando);
HOLLYWOOD - BUKOWSKI
Na ordem cronológica da vida do velho safado, Hollywood é o quinto dos seis romances. Nem acredito que falta apenas um romance para findar essa coletânea. O prazer que sinto lendo as obras desse filho da puta é indescritível. Um gênio. Da esgotosfera, é o melhor.
Hollywood marca um tempo. Uma época. Uma passagem. Uma vida.
Achei que seria impossível ler algum livro do velho safado que não tivesse putaria, sexo, drogas e violência com a mesma vontade.
Enganei-me. E muito.
Isso ocorre pois em Hollywood, Buk transcreve uma fase de sua vida onde a juventude já ficara para trás. Nessa obra, o velho já é um escritor famoso, conhecido e cumprimentado nos lugares onde vai. A carreira já estava consolidada.
Aí é chamado para escrever um filme, coisa que ele odeia.
A selvageria mesclada com putaria já ficou para trás. Do início ao fim, Chinaski e Sarah estão juntos. E que baita dupla.
Ao que me parece, esse é o último romance com seu alter ego, Henry Chinaski, o Hank.
Já não vejo a hora de ler Pulp e me surpreender novamente.
Enfim, que espetáculo de obra!
DA DITADURA A DEMOCRACIA - GENE SHARP
Um camarada chegou a indicar essa obra no projeto de leitura aqui do fórum, proposto pelo Dark e tocado pelo Liberta.
É tiro curto, cerca de 70 páginas muito bem escritas onde fica claro e evidente o quão uma sociedade fica exposta, frágil e indefesa quando não possui meios de se defender de governos autoritários travestidos de democratas defensores da liberdade.
Sharp também mostra a importância de se ter planos estratégicos consistentes e bem estruturados para que um povo consiga sair das rédeas de tiranos.
É um ótimo livro.
O HOMEM QUE SABIA JAVANÊS - LIMA BARRETO
A obra é até interessante, achei até um bom conto. Longe de ser um dos mais espetaculares, mas ainda assim um bom conto.
Confesso que não sei dizer se o autor quis expressar algum tipo de crítica ou revolta no tempo em que escreveu.
Linkando com a contemporaneidade, podemos perceber que atualmente acontece muito do que narra o personagem Castelo sobre sua própria história, onde o sujeito consegue uma ascensão meteórica com base em sucessivas mentiras, chegando a ser, inclusive, diplomata.
Basicamente o sujeito alcança tudo isso pois mente para um barão que sabia falar javanês. Sabia porra nenhuma.
O engraçado é que fui procurar análises do livro depois e caí num vídeo do Ministro Presidente do STF, Dias Toffoli, ex advogado do PT e do PCC, onde nem os outros Ministros comunistas conseguiram entender o voto dele acerca de uma matéria que estavam votando. Num trecho, nem o próprio mongolóide entendeu o voto.
É o verdadeiro Castelo do mundo real.
Iniciei Noites Brancas, do Fiódor Dostoiévski.