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Como seria um país formado por uma população sovigem ou muquirana
#1
Um país formado por pessoas que fossem extremamente muquiranas (ou seja, excessivamente econômicas ou avarentas) teria características muito particulares e provavelmente inusitadas. Aqui estão algumas possíveis características desse país:

1. **Economia**:
   - **Poupança elevada**: A taxa de poupança seria extremamente alta, com as pessoas guardando a maior parte de seus rendimentos.
   - **Baixo consumo**: O consumo de bens e serviços seria muito baixo, afetando negativamente setores que dependem de vendas ao consumidor.
   - **Investimentos cuidadosos**: Investimentos seriam feitos com extrema cautela e análise detalhada, priorizando sempre a minimização de riscos e maximização de retorno.

2. **Infraestrutura**:
   - **Manutenção constante**: Infraestruturas e bens públicos seriam mantidos em ótimo estado, já que a população valorizaria muito o uso eficiente e prolongado dos recursos.
   - **Reciclagem e reutilização**: Haveria um alto nível de reciclagem e reutilização de materiais para evitar gastos desnecessários com novos produtos.

3. **Governo e políticas públicas**:
   - **Orçamento rigoroso**: O governo seria extremamente cuidadoso com os gastos públicos, priorizando sempre a eficiência e evitando desperdícios.
   - **Impostos baixos**: Com a população sendo avarenta, o governo teria dificuldade em impor impostos altos, portanto, buscaria manter uma carga tributária baixa e eficiente.

4. **Cultura e sociedade**:
   - **Valorização do simples**: A cultura local valorizaria a simplicidade e a frugalidade, com pouca ostentação e foco em necessidades básicas.
   - **Educação financeira**: A educação financeira seria uma prioridade desde cedo, com foco em ensinar a importância da economia, investimento e planejamento a longo prazo.
   - **Solidariedade limitada**: A ajuda mútua poderia ser limitada, já que cada um tentaria ao máximo conservar seus próprios recursos.

5. **Empresas e mercado de trabalho**:
   - **Salários moderados**: Os salários seriam cuidadosamente administrados, com os empregadores sendo relutantes em conceder aumentos significativos.
   - **Eficiência extrema**: As empresas focariam em maximizar a eficiência e minimizar desperdícios, empregando estratégias de lean management e controle rigoroso de custos.
   - **Inovação moderada**: Inovações poderiam ser menos frequentes, pois a aversão ao risco e ao gasto com pesquisa e desenvolvimento seria alta.

6. **Estilo de vida**:
   - **Desperdício zero**: A cultura de desperdício zero seria prevalente, com os indivíduos utilizando todos os recursos ao máximo.
   - **Vida simples e frugal**: As moradias, roupas e alimentação seriam simples e básicas, evitando luxo e extravagâncias.

Esse cenário, claro, é uma generalização e pode variar com base em outros fatores culturais, históricos e econômicos. Além disso, a presença de políticas públicas e intervenções governamentais também poderia moldar diferentes aspectos desse país hipotético.
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#2
Sociedades poupadoras (mesquinhas, sovinas, muquiranas, como preferirem) são por definição, sociedades de nível educacional elevado.

O maior fator para esta baixa preferencia temporal (conceito que aprendi no livro "Bitcoin Red Pill", comento mais sobre no tópico: https://legadorealista.net/forum/showthr...#pid112857, na página 44, comentário#874), está diretamente ligada a esperança no futuro e a solidez da economia local.

Apesar de não ter leitura complementar para fundamentar ainda mais meu argumento, é só observar o oposto!
Veja no Brasil, as pessoas gastam como se fossem morrer no máximo daqui a 1 hora, pois com a moeda (fiat) complemente destruída, distorcendo toda uma cadeia de fatores em um efeito dominó bizarro (baixos salários, poder de compra complemente deteriorado, preço dos imóveis absurdamente fora da realidade, preço da alimentação, etc e etc), realmente, pensar no futuro parece perca de tempo.

É a distorção absoluta do contrato social à olhos vistos!

Concordo com os cenários (com algumas variações, como também mencionado, devido a fatores locais como cultura e etc) levantado pelo confrade @Solomon .
"Paulistarum Terra Matter..."
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#3
No tópico "Os 4 cavaleiros da pobreza", menciono a "psicologia do consumo". Uma das situações que se o sujeito não se policiar, se acabará em dívidas, principalmente em aquisições sem objetivos.
- Você! Já pagou seu imposto hoje?
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#4
(02-06-2024, 01:50 PM)Matuto Paulista Escreveu: Sociedades poupadoras (mesquinhas, sovinas, muquiranas, como preferirem) são por definição, sociedades de nível educacional elevado.

O maior fator para esta baixa preferencia temporal (conceito que aprendi no livro "Bitcoin Red Pill", comento mais sobre no tópico: https://legadorealista.net/forum/showthr...#pid112857, na página 44, comentário#874), está diretamente ligada a esperança no futuro e a solidez da economia local.

Apesar de não ter leitura complementar para fundamentar ainda mais meu argumento, é só observar o oposto!
Veja no Brasil, as pessoas gastam como se fossem morrer no máximo daqui a 1 hora, pois com a moeda (fiat) complemente destruída, distorcendo toda uma cadeia de fatores em um efeito dominó bizarro (baixos salários, poder de compra complemente deteriorado, preço dos imóveis absurdamente fora da realidade, preço da alimentação, etc e etc), realmente, pensar no futuro parece perca de tempo.

É a distorção absoluta do contrato social à olhos vistos!

Concordo com os cenários (com algumas variações, como também mencionado, devido a fatores locais como cultura e etc) levantado pelo confrade @Solomon .

Esse conceito, baixa preferência temporal, tão desconhecido, é o que diferencia populações pobres de ricas. Porém, curiosamente, o imposto inflacionário destrói a baixa preferência temporal das pessoas, pois se deixar pra consumir depois, você perde. 

Como diz também no livro: até às bactérias respondem a incentivos. O incentivo da inflação é estimular o consumismo, fazendo com que as populações não tenham lastro em caso de necessidades extraordinárias, dependendo do estado. Podem ver, a maioria dos brasileiros estão alavancados para bancar estilo de vida. 

Um sistema diabólico.
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"Use o sistema contra o sistema, parasite o parasita"
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#5


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#6
Não é exatamente isso, mas a maioria dos países frios são mais desenvolvidos que a maioria dos países mais quentes. Por entre outros motivos, os recursos limitados sendo racionados, a obrigação de trabalho para manter um padrão aceitável. Isso cria uma sociedade econômica e produtiva.
 "Passei a minha vida inteira tentando não ser descuidado. Mulheres e crianças podem ser descuidadas, homens não".
 - Vito Corleone.
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#7
Esse tópico é uma lição pra vida: a baixa preferência temporal não é só um conceito financeiro! Vc pode lastrear toda a sua vivência em ativos deflacionários, a depender do tipo.

Exemplos:

Finanças: imóveis, metais, terras raras, bitcoin;
Conhecimento: habilidades de manufatura artesanal, cultivo de terra, manutenção, construção, idiomas estrangeiros;
Físico: musculação, arte marcial, bushcraft, nutrição;
Relacionamentos: poucos, mas bons amigos, honra aos pais e irmãos;
Empreendimentos: Postergar o lucro ao maximo, reinvestir os ganhos.

Enfim, em tudo dá pra avaliar quais são as formas de agir com base na baixa preferencia temporal.
"Mas o homem é a tal ponto afeiçoado ao seu sistema e à dedução abstrata que está pronto a deturpar intencionalmente a verdade, a descrer de seus próprios olhos e ouvidos apenas para justificar sua lógica."


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#8
(29-10-2024, 09:19 AM)Wissen Escreveu: Esse tópico é uma lição pra vida: a baixa preferência temporal não é só um conceito financeiro! Vc pode lastrear toda a sua vivência em ativos deflacionários, a depender do tipo.

Exemplos:

Finanças: imóveis, metais, terras raras, bitcoin;
Conhecimento: habilidades de manufatura artesanal, cultivo de terra, manutenção, construção, idiomas estrangeiros;
Físico: musculação, arte marcial, bushcraft, nutrição;
Relacionamentos: poucos, mas bons amigos, honra aos pais e irmãos;
Empreendimentos: Postergar o lucro ao maximo, reinvestir os ganhos.

Enfim, em tudo dá pra avaliar quais são as formas de agir com base na baixa preferencia temporal.


"Experimento do marshmallow

O Experimento do marshmallow [1] se refere a uma série de estudos de recompensa postergada, realizados no final dos anos de 1960 e início dos anos de 1970 liderados pelo psicólogo Walter Mischel, então professor da Universidade de Stanford. Nos estudos era oferecido a crianças a escolha entre uma pequena recompensa (algumas vezes um marshmallow, mas também um cookie ou um pretzel, etc.) entregue imediatamente ou duas pequenas recompensas se ela esperasse até o retorno do pesquisador (depois de uma ausência de aproximadamente 15 minutos). Em estudos de seguimento, os pesquisadores descobriram que as crianças que foram capazes de esperar por mais tempo pela possível recompensa apresentaram tendência de ter melhor êxito na vida, conforme mensurado por SAT scores,[2] desempenho escolar,[3] índice de massa corporal (IMC)[4] e outros parâmetros de medição.[5] Contudo, recente trabalho levanta a questão se o autocontrole, em oposição ao raciocínio estratégico, determina o comportamento das crianças.[6]"

A inflação faz um hack nessa programação humana lógica, beneficiando indivíduos com alta preferência temporal e prejudicando os com baixa preferência. A moeda Fiat deixa todos mais imediatistas e vagabundos.
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