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A respeito da psicologia e da natureza humana
#1
Apesar de não ser da área, sempre fui obcecado por certos tópicos da psicologia, como comportamento e natureza do ser humano, egoísmo pessoal, ego, autoconhecimento, etc.

Seria cômico se eu não disse que em todas as livrarias que vou as obras de Robert Greene e alguns outros autores de desenvolvimento pessoal estão sempre em destaque, sempre com títulos chamativos e propostas variadas de ações no mundo que podemos aplicar. Sem citar também as experiências de várias observações que percebi na minha breve vida: egóismo, constante busca por destaque social, o uso de máscaras, a natureza das mulheres descritas por Nessahan Alita, etc... incríveis confluências.

A primeira vez que eu li as obras de Nessahan eu devia ter por volta de uns 19 anos, quando constatei que estava no inferno descrito por ele pela garota que mais gostei em vida. A cada palavra que eu lia, meu estômago se embrulhava de revolta e ódio... como ele sabia exatamente pelo o que eu estava passando? tudo batia exatamente como ele descrevia!

Eu não tive opção, foi o pior abismo que eu pude cair (não leiam isso numa perspectiva de compaixão ou pena): constantes problemas com minha mãe, com socialização de amigos, com os inexistentes amores... essa pertubação foi constante durante por um bom tempo desde a puberdade até a maturação. Foi então que finalmente me dei conta que o vetor do mundo dos homens é a ação, a guerra, a resistência completa sob qualquer adversidade na vida. A destruição do homem é tão importante quanto a construção.

Esses dias, após muitos anos, resolvi reler as obras de Nessahan, já com certa bagagem de outras obras com propostas similares porém assuntos que não eram mulheres. Fiquei novamente impressionado com a profundide dele e, por felicidade do destino, não tive um reflexo de abalo ou revolta, pelo contrário: Estava hipnotizado pelo ideia de desenvolvimento do homem ideal, de se tornar uma completa fortaleza indestrutível, morte dos egos, etc.

Hoje em dia eu tenho um Mapa mental sobre tudo isso. Como se fosse um guia, baseado nas minhas experiências que confluiam com várias coisas que aprendi, as coisas que nos fizeram absurdamente sagazes. É como se eu observasse um comportamente qualquer e pudesse entender e descrever a sua origem e seu destino final. O autoconhecimento me revelou uma imensidão de coisas também e hoje consigo trata-los. Consegui me desenvolver absurdamente em todas as áreas da vida.

Queria saber de vocês sobre esses temas... tens algumas observações desse mundo com a vida prática ? Tens indicações de textos com abordagens similares em relação a natureza humana ?
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#2
Bom relato.

Eu tenho a fama de já ser teorizador aqui, então o papo vai ser breve hoje.

Se você se interessa por psicologia, tem alguns bons textos espalhados aqui que podem te ajudar em situações específicas. Mas nada tão generalista quanto Nessahan.

Auto-ajuda é a seção que vende o que é de graça sendo otimista, existem bons autores, bons livros, mas só quem realmente estiver na pele ou próximo pode entender a situação e as medidas a serem tomadas.

Terapia é mais cara, pode ter azar de pegar uma pessoa ruim, mas ainda é melhor que comprar livros aleatórios de gente vendendo gelo a esquimó. Muita palavra bonita e rasa, pra pouco resultado profundo e duradouro: você fica bem agora, duas semanas tá na mesma merda... Só reflexão e com sorte oração, talvez uma terapia ou medicamento, que pode pode consertar a cabeça do cara. Depende apenas de você, não de autor mágico.

Mas agora se quiser aprender psicologia a fundo, acredito que aí tenha que buscar os grandes autores na área e ler com uma cacetada de senso crítico. Eu gosto muito da teoria das camadas da personalidade do prof. Olavo, recomendo dar uma olhada. Jordan Peterson também. Há quem critique, mas poucos que realmente entendam ambos.

O importante é não ficar tão maravilhado e pegar material que julgue ser produtivo pra você.

Se quiser abrir um grupo de estudos em psicologia, só deixar o aviso.

Força e honra,
Citação:“Fortuna Perdida? Nada se perdeu... Coragem perdida?
Muito se perdeu... Honra perdida? Tudo se perdeu...”

(Provérbio Irlandês)
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#3
Se quiser se aprofundar em psicologia, é bom ler Jung e Nietzsche. Desses autores eu só li o Nietzsche, e foi uma leitura proveitosa, com muitas ideias interessantes que moldaram minha visão de mundo atual.
 Uma coisa sempre será verdade, não há como obter força e sabedoria sem sofrer. Muitos encaram o sofrimento como um fardo, um absurdo. No entanto, o sofrer é o único meio de ficar mais forte e sábio. Há um sentido maior em cada obstáculo e provação que passamos na vida.
 A disciplina do sofrer, forja o homem como um ferreiro forja a espada no ferro quente.
A sorte favorece os audazes
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#4
@Wild arrumou um amiguinho.

Limpem antes de sair.
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#5
(31-03-2024, 12:45 AM)kidesgraca Escreveu: Apesar de não ser da área, sempre fui obcecado por certos tópicos da psicologia, como comportamento e natureza do ser humano, egoísmo pessoal, ego, autoconhecimento, etc.

Seria cômico se eu não disse que em todas as livrarias que vou as obras de Robert Greene e alguns outros autores de desenvolvimento pessoal estão sempre em destaque, sempre com títulos chamativos e propostas variadas de ações no mundo que podemos aplicar. Sem citar também as experiências de várias observações que percebi na minha breve vida: egóismo, constante busca por destaque social, o uso de máscaras, a natureza das mulheres descritas por Nessahan Alita, etc... incríveis confluências.

A primeira vez que eu li as obras de Nessahan eu devia ter por volta de uns 19 anos, quando constatei que estava no inferno descrito por ele pela garota que mais gostei em vida. A cada palavra que eu lia, meu estômago se embrulhava de revolta e ódio... como ele sabia exatamente pelo o que eu estava passando? tudo batia exatamente como ele descrevia!

Eu não tive opção, foi o pior abismo que eu pude cair (não leiam isso numa perspectiva de compaixão ou pena): constantes problemas com minha mãe, com socialização de amigos, com os inexistentes amores... essa pertubação foi constante durante por um bom tempo desde a puberdade até a maturação. Foi então que finalmente me dei conta que o vetor do mundo dos homens é a ação, a guerra, a resistência completa sob qualquer adversidade na vida. A destruição do homem é tão importante quanto a construção.

Esses dias, após muitos anos, resolvi reler as obras de Nessahan, já com certa bagagem de outras obras com propostas similares porém assuntos que não eram mulheres. Fiquei novamente impressionado com a profundide dele e, por felicidade do destino, não tive um reflexo de abalo ou revolta, pelo contrário: Estava hipnotizado pelo ideia de desenvolvimento do homem ideal, de se tornar uma completa fortaleza indestrutível, morte dos egos, etc.

Hoje em dia eu tenho um Mapa mental sobre tudo isso. Como se fosse um guia, baseado nas minhas experiências que confluiam com várias coisas que aprendi, as coisas que nos fizeram absurdamente sagazes. É como se eu observasse um comportamente qualquer e pudesse entender e descrever a sua origem e seu destino final. O autoconhecimento me revelou uma imensidão de coisas também e hoje consigo trata-los. Consegui me desenvolver absurdamente em todas as áreas da vida.

Queria saber de vocês sobre esses temas... tens algumas observações desse mundo com a vida prática ? Tens indicações de textos com abordagens similares em relação a natureza humana ?

Boa reflexão, confrade.

Não tenho nenhuma leitura neste momento (que eu me lembre) para recomendar, mas estendendo e complementando um pouquinho seu texto, posso dizer que o homem encontra sua alma quando AGE e quando CRIA!

Quando colocamos nossa força de ação e nossa criatividade em jogo para CONSTRUIR algo, nossa alma é preenchida!

Já notei a alguns anos depois da Real, que meus momentos de baixa motivação estão diretamente vinculados ao meu nível de criação. Quando estou criando e agindo pouco, normalmente fico mais deprimido e "para baixo".

Mas quando digo isso "CRIAR e AGIR", não penso em algo magnanimo, digo as coisas simples mesmo. 
Dieta, treino, estudo, trabalho, relacionamentos, leitura... esses fatores quando direcionados de forma correta, nos completam!

A grande questão é que é "difícil" para os padrões de hoje, pois os jovens são incapazes de se concentrar nas coisas.
É difícil mas é simples, a resposta está na rua!

Siga por este caminho de ação e criação, confrade!

Gostei do texto, apesar de parecer "mais do mesmo", na verdade são lições que precisamos sempre revisitar.
"Paulistarum Terra Matter..."
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#6
O auto-conhecimento é importante. Acho que a leitura de autores que estudam o comportamento humano pode te ajudar a complementar alguma coisa. De sapatada já cito uma porrada: Nietzsche, John Watson, Jacques Lacan, Sigmund Freud, Karl Gustav Jung, Schopenhauer, Albert Camus, etc.

N.A para mim foi uma leitura acessória, o que eu retirava gostava era dos relatos e da "confrontação" do que era descrito com as experiências ao meu redor.

Você enxergará o mundo de forma diferente ao perceber que esta modernidade quer tirar toda a auto determinação do ser humano especialmente do homem, no sentido de te controlar e criminalizar os seus impulsos inatos, mesmo que usados para fazer coisas positivas.

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#7
(02-04-2024, 04:08 PM)Fernando_R1 Escreveu: O auto-conhecimento é importante. Acho que a leitura de autores que estudam o comportamento humano pode te ajudar a complementar alguma coisa. De sapatada já cito uma porrada: Nietzsche, John Watson, Jacques Lacan, Sigmund Freud, Karl Gustav Jung, Schopenhauer, Albert Camus, etc.

N.A para mim foi uma leitura acessória, o que eu retirava gostava era dos relatos e da "confrontação" do que era descrito com as experiências ao meu redor.

Você enxergará o mundo de forma diferente ao perceber que esta modernidade quer tirar toda a auto determinação do ser humano especialmente do homem, no sentido de conrolar e criminalizar os seus impulsos inatos, mesmo que usados para fazer coisas positivas.
Cara, uma coisa que eu gostei bastante do Nessahan foi em relação ao desenvolvimento individual do homem. Aquele lance de magnestimo pessoal e morte dos egos é um negócio extraordinário. 

Pelo magnetismo que ele aborda, a ideia de se encantar por algo/alguém parte do pressuposto de aquilo ser algo fascinante, muito superior a nós mesmo... e eu acrescento algo relacionado ao ego, a identificação. Então se unirmos o Fascinio (advindo da nossa superioridade e desenvolvimento) + identificação (a pessoa enxerga nuances da vida dela mesma em você) então aí teremos o encantamento/paixão. 

Outra coisa que eu vejo muito hoje em dia é sobre o Ego. "Ah, você tem o Ego muito elevado", "Ah você tem que se valorizar mais", "Ah você tem que ser mais humilde, não deixar o ego te cegar", "Ah você tem se por em primeiro lugar". Sempre dois lados, um querendo satisfazer e o outro querendo reprimir... mas no final das contas os dois atuam como um bloqueio e não como enfraquecimento (que seria o ideal).

a morte dos egos (e o estoicismo) me ajudou muito em relação com as pessoas e desapego. Principalmente quando eu tava interessado numa mulher e ela estivesse com aqueles comportamentos ambíguos descritos pelo nessahan. Meu ego/interesse estava identificado nela. Hora, se a morte dos egos consiste em se disassociar-se  de algo/alguém (e não erroneamente bloquear e reprimir essa vontade) então bastaria que eu não me enxergasse numa situação nojenta a qual eu estava submetido. A mãe divina faria o resto do trabalho e mataria meu interesse/apego por aquela coisa/pessoa.... É incrível e aliviante como isso me ajudou a ir de interessado a indiferente (ou menos apegado)
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#8
Acredito que a base do Ego está na identificação e associação com algo. Logo, quanto mais alguém for sensível ao ego, e isso não se trata de ter ego baixo ou alto, então mais propensa à manipulação essa pessoa estará sujeita.

Por isso Nessahan já alertava sobre A morte do Ego (não reprimir, mas sim disassociar-se) e a morte psicológica (simbolicamente) como armas do ceticismo para enfrentar as guerras da paixão e infernos psicológicos
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#9
Bom insight.

Eu associo a morte do ego principalmente com a questão de você ser capaz de se analisar do lado de fora, e também do desapego no sentido mais budista da transitoriedade das coisas (deixar vir, deixa ir embora).

Evidente que além de não se identificar com o sentimento de fascínio, que é sua leitura, friso também que é importante sempre frisar que não somos donos da outra pessoa, não a podemos possuir, entre outros investimentos de ego que a gente faz (ex.: achar que a gente não conseguir é por que a gente é fracassado, se a gente conseguir é vitorioso)

O importante é não associar a "nossa pessoa" com os sentimentos provenientes da paixão torturadora, se é que dá pra dizer as coisas desse jeito.

Força e honra,
Citação:“Fortuna Perdida? Nada se perdeu... Coragem perdida?
Muito se perdeu... Honra perdida? Tudo se perdeu...”

(Provérbio Irlandês)
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#10
(03-04-2024, 01:36 PM)Wild Escreveu: Bom insight.

Eu associo a morte do ego principalmente com a questão de você ser capaz de se analisar do lado de fora, e também do desapego no sentido mais budista da transitoriedade das coisas (deixar vir, deixa ir embora).

Evidente que além de não se identificar com o sentimento de fascínio, que é sua leitura, friso também que é importante sempre frisar que não somos donos da outra pessoa, não a podemos possuir, entre outros investimentos de ego que a gente faz (ex.: achar que a gente não conseguir é por que a gente é fracassado, se a gente conseguir é vitorioso)

O importante é não associar a "nossa pessoa" com os sentimentos provenientes da paixão torturadora, se é que dá pra dizer as coisas desse jeito.

Força e honra,

Isso vale ouro. É como se você fosse o expectador do seu próprio teatro com as situações da vida. O ator não consegue captar alguns nuances porque está preso na história, preso na expectativa. Já o expectador está assistindo racionalmente o que está acontecendo sem expectativas
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#11
Excelente, @kidesgraca , vejo que está aproveitando bem as reflexões de Nessahan. Por isso a leitura é tão importante, ela abre portas pra muitos outros conhecimentos, até ressaltei isso recentemente: https://legadorealista.net/forum/showthr...#pid111057

Agora, cara, como lhe falei, só lendo as teses dos autores clássicos que você vai pegar mais nuances. Eu recomendei J.P. e Olavo por que a leitura deles é bem acessível, e abre ainda mais portas, mas olha isso aqui:

(02-04-2024, 04:08 PM)Fernando_R1 Escreveu: O auto-conhecimento é importante. Acho que a leitura de autores que estudam o comportamento humano pode te ajudar a complementar alguma coisa. De sapatada já cito uma porrada: Nietzsche, John Watson, Jacques Lacan, Sigmund Freud, Karl Gustav Jung, Schopenhauer, Albert Camus, etc.

N.A para mim foi uma leitura acessória, o que eu retirava gostava era dos relatos e da "confrontação" do que era descrito com as experiências ao meu redor.

Você enxergará o mundo de forma diferente ao perceber que esta modernidade quer tirar toda a auto determinação do ser humano especialmente do homem, no sentido de te controlar e criminalizar os seus impulsos inatos, mesmo que usados para fazer coisas positivas.

Essa postagem daqui é o ouro. Leia isso aqui, ou se a leitura não agradar (alguns dos livros desse nobres senhores são chatos pra caralho, admito, mas insista na leitura), pega vídeos com explicações das suas teses psicológicas e sociológicas. Pra fechar com chave de ouro recomendaria Zygmunt Bauman, @kidesgraca. Mas só veja no final pois não desce muito bem com todo mundo.

Use a psicologia como ferramenta pra entender as motivações profundas das pessoas, como suas almas "funcionam", como se dá o aprendizado e como encaramos as bizarrices e contradições da vida. 

Aprender Nessahan permite a gente "desviar" de mecanismos psicológicos que as moçoilas nos usam para causar dor e aflição, e também dá as ferramentas pra entender os comportamentos delas (e de nós) por meio de uma rápida pincelada de psicologia evolutiva, e de quebra com o trio oração/reflexão/PNL para poder nos safarmos de sofrimentos mais persistentes, mas lembre-se o mundo não se limita a isso.

As palavras-chave estão grifadas aí, vou te passar elas de bandeja pra você poder expandir em cima das mesmas. 

Contudo... Nessahan é um grande passo, mas não se limite a isso, Kid. Vá aí na dica do @Fernando_R1 que é sucesso.
Citação:“Fortuna Perdida? Nada se perdeu... Coragem perdida?
Muito se perdeu... Honra perdida? Tudo se perdeu...”

(Provérbio Irlandês)
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#12
(03-04-2024, 02:45 PM)Wild Escreveu: Excelente, @kidesgraca , vejo que está aproveitando bem as reflexões de Nessahan. Por isso a leitura é tão importante, ela abre portas pra muitos outros conhecimentos, até ressaltei isso recentemente: https://legadorealista.net/forum/showthr...#pid111057

Agora, cara, como lhe falei, só lendo as teses dos autores clássicos que você vai pegar mais nuances. Eu recomendei J.P. e Olavo por que a leitura deles é bem acessível, e abre ainda mais portas, mas olha isso aqui:

(02-04-2024, 04:08 PM)Fernando_R1 Escreveu: O auto-conhecimento é importante. Acho que a leitura de autores que estudam o comportamento humano pode te ajudar a complementar alguma coisa. De sapatada já cito uma porrada: Nietzsche, John Watson, Jacques Lacan, Sigmund Freud, Karl Gustav Jung, Schopenhauer, Albert Camus, etc.

N.A para mim foi uma leitura acessória, o que eu retirava gostava era dos relatos e da "confrontação" do que era descrito com as experiências ao meu redor.

Você enxergará o mundo de forma diferente ao perceber que esta modernidade quer tirar toda a auto determinação do ser humano especialmente do homem, no sentido de te controlar e criminalizar os seus impulsos inatos, mesmo que usados para fazer coisas positivas.

Essa postagem daqui é o ouro. Leia isso aqui, ou se a leitura não agradar (alguns dos livros desse nobres senhores são chatos pra caralho, admito, mas insista na leitura), pega vídeos com explicações das suas teses psicológicas e sociológicas. Pra fechar com chave de ouro recomendaria Zygmunt Bauman, @kidesgraca. Mas só veja no final pois não desce muito bem com todo mundo.

Use a psicologia como ferramenta pra entender as motivações profundas das pessoas, como suas almas "funcionam", como se dá o aprendizado e como encaramos as bizarrices e contradições da vida. 

Aprender Nessahan permite a gente "desviar" de mecanismos psicológicos que as moçoilas nos usam para causar dor e aflição, e também dá as ferramentas pra entender os comportamentos delas (e de nós) por meio de uma rápida pincelada de psicologia evolutiva, e de quebra com o trio oração/reflexão/PNL para poder nos safarmos de sofrimentos mais persistentes, mas lembre-se o mundo não se limita a isso.

As palavras-chave estão grifadas aí, vou te passar elas de bandeja pra você poder expandir em cima das mesmas. 

Contudo... Nessahan é um grande passo, mas não se limite a isso, Kid. Vá aí na dica do @Fernando_R1 que é sucesso.

Tive o azar de estudar primeiro o Bauman antes de ouvir falar dos outros xd

Sempre tive essa vontade de "ler mentes" e entender como as almas das pessoas "funcionam" (esses termos no sentido figurado). É óbvio que isso é algo utópico e iria contra as bases do estoicismo, dissolução do ego, pensamentos budistas, etc etc... pois você está se neurotizando com coisas que não tem controle, é algo individual da pessoa

Mas é algo fascinante poder compreender o ser humano em sua complexidade. Em detrimento disso, numa perspectiva egoísta, podemos prever seus comportamentos, atacar ou se defender com os mecanismo psicológicos que você mencionou.

A respeito de como as almas das pessoas funcionam... você teria algum insight baseado em experiências vividas?
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#13
(03-04-2024, 03:14 PM)kidesgraca Escreveu: Tive o azar de estudar primeiro o Bauman antes de ouvir falar dos outros xd

Sempre tive essa vontade de "ler mentes" e entender como as almas das pessoas "funcionam" (esses termos no sentido figurado). É óbvio que isso é algo utópico e iria contra as bases do estoicismo, dissolução do ego, pensamentos budistas, etc etc... pois você está se neurotizando com coisas que não tem controle, é algo individual da pessoa

Mas é algo fascinante poder compreender o ser humano em sua complexidade. Em detrimento disso, numa perspectiva egoísta, podemos prever seus comportamentos, atacar ou se defender com os mecanismo psicológicos que você mencionou.

A respeito de como as almas das pessoas funcionam... você teria algum insight baseado em experiências vividas?

Aí você me pega no laço por que eu não tenho nenhum modelo amplo de como as pessoas funcionam, se é que dá pra fazer algo assim, e ainda estou nos estudos, não me arrogo ser dono de nenhuma verdade definitiva. Mas há alguns fragmentos que dá pra compartilhar, deixa eu ver se consigo formular aqui.

Primeiro que antes de qualquer nível de consciência e até de inconsciência todos temos um firmware mental já na nossa "memória genética", algo totalmente inato, coisas como os nossos impulsos vitais mais simples, os instintos, nosso imperativo biológico, nosso gene egoísta. É importante entender isso por que esses comportamentos nos moldam profundamente sem ao menos notarmos eles. Agimos por conta disso e depois que nossa mente vai tentar tapar as lacunas, racionalizando isso.

Também diria que próxima a essa camadas que existem os "temores existenciais", ou seja, qualquer coisa que possa ameaçar um dos mecanismos anteriores ou ataque o centro de identidade da pessoa. Quando por exemplo querem fazer alguma lei contra o aborto o que supostamente tiraria das mulheres algum controle sobre o seu imperativo biológico da maternidade, escolher os melhores genes, etc. ou quando você ataca um militante em suas convicções e ambos começam a espumar de ódio de maneira completamente irracional, como se você tivesse ameaçando a vida deles, é aí que você repara que esses mecanismos existem.

A tentativa de racionalizar o absurdo da morte está provavelmente entre essas duas camadas.

Em seguida na camada do inconsciente estariam as motivações que ficam maquinando na cabeça da pessoa sem ela necessariamente estar ativamente pensando naquilo, seria como um tipo de processamento em plano de fundo. Coisas como sentimento de culpa, remorso, inveja, mas também os sentidos de obrigação moral, o senso de certeza, esse tipo de coisas que nos permeiam mas novamente não temos controle 100% racional, mas que são impulsos que vão muito além de ser apenas questão biológica de sobrevivência do indivíduo ou da espécie.

Há muitas motivações que podem surgir daqui, e essa é uma camada difícil de adentrar por que as pessoas não conseguem falar a respeito dela muito bem, é preciso de muito esforço pra trazer a tona e explorar essas motivações mais profundas, pois muitas delas derivam dos nossos desejos ou traumas ou experiências pessoais mais profundas, e nisso cada pessoa é um universo de diferença da outra. Nessa camada também é onde surgem os problemas psicológicos. Dá pra entender algumas motivações gerais por aqui, mas acho que isso só serve como tentativa breve de entender outra pessoa (ex.: sua parceira) e no máximo entender você mesmo, não convém desprender muito tempo nesse vespeiro.

E por último temos a camada mais racional do pensamento, onde as motivações são claras e conseguimos pensar nelas objetivamente. Em geral nossas necessidades mais imediatas estão aqui, pois os sensores do seu corpo estão te avisando, se você está com fome, com sono, com dor, etc. As necessidades mais abstratas e pessoais, como atenção, cuidado, a bateria social do cara podem estar aqui, mas se essas e outras necessidades ou modelos psicológicos não forem atendidos na infância (ex.: filhos sem modelo de masculinidade, órfãos, etc) ou se esses são ignorados pela pessoa, eles são jogados pra camada de trás e podem se tornar problemas psicológicos também.

Agora pra quê toda essa teoria? É muito simples dizer que o que move as pessoas é "X", por exemplo o dinheiro. O que move as pessoas podem ser muitas coisas, o que não é mentira, mas essas são explicações simplistas e incompletas. A verdade é que as ações e reações das pessoas são como uma composição de várias variáveis nessas camadas, na reação delas com outras pessoas, com o ambiente. Daí a complexidade da coisa.

O que eu acho interessante de conhecer um pouco das possíveis motivações profundas das pessoas, você pode prever sim algumas ações, descobrir falhas de caráter, saber se aquela pessoa tem alguma afinidade de pensamento com você, ao invés de se focar apenas nas palavras das pessoas, que passam por muitos filtros e dificilmente correspondem ao que a pessoa realmente é. O que as pessoas precisam, o que as pessoas desejam e o que as pessoas dizem, são todas coisas ímpares muito diferentes uma das outras.

Espero que isso seja de alguma ajuda. Força e honra,
Citação:“Fortuna Perdida? Nada se perdeu... Coragem perdida?
Muito se perdeu... Honra perdida? Tudo se perdeu...”

(Provérbio Irlandês)
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#14
@kidesgraca

Eu acho que o diagnóstico do Bauman, sobre uma modernidade líquida me parece fazer algum sentido. Falta ler mais coisa dele para ter certas conclusões.

A respeito de como as almas das pessoas funcionam... você teria algum insight baseado em experiências vividas?
Muita coisa ... Na vida desses camaradas citados é um exemplo, a conduta pessoal de muitos aí é bem complicada,  nestes citados aí tem os comedores de prima, proxenetas, bichonas, tem um trambiqueiro ... a questão é que todo mundo tem suas conversas internas e monstros ... A sua própria vida é um legado de experiências, o entendimento dos fenômenos é um plus que pode te ajudar ou até mesmo te deixar mais doido  Yaoming

O aprendizado leva tempo, a gente não conhece nada! Apesar de pensar que os implementos modernos ajudam absorver mais informações, daí vovó vê a criança de 8 anos que vive pendurada no celular e pensa que ela entende de coisa pra caralho!  Sabe de porra nenhuma! Um dos problemas cotidianos da modernidade é que todo mundo perdeu seu poder de auto análise, da introspecção e até de esperar o tempo certo das coisas ... Na modernidade da era do 'tio gugou' você vê sobre tudo mas não se aprofunda em nada. É a síntese do caos.

Tudo é muito rápido, tudo é reels, nêgo não consegue assistir a vídeo aula de 20 minutos e já fica com fogo no cu pra aula terminar, nos reels em 3 minutos você viu o carro do Mc Livinho; recebeu um alerta sobre aranha armadeiras; viu um pastor rodando; ouviu o Alexandre de Moraes; riu de um bêbado caindo de bicicleta e observou o desenrolar de uma briga de trânsito ... viu a confusão que é essa porra!

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#15
@Wild

Me tiram dúvida. Ainda não certeza se esse é o caminho certo, mas vemos lá. É sobre o Ego

Já sabemos que satisfazer ou reprimir não funcionam, eles postergam o problema e criam uma bola de neve.

É sobre A morte do Ego e da Dissolução do Ego. O primeiro contato que tive sobre esse assunto foi nas Obras de Nessahan e posteriormente o texto desse blog:
https://dwere.blogspot.com/2011/03/os-bl...a.html?m=1

Fui dar mais umas pesquisadas sobre A morte do Ego e encontrei um exemplo: Quando você é traído, enganado, traumatizado etc. (foram momentos dolorosos pra nós né? por isso a palavra morte faz certo sentido)

Mas aí surge a dúvida. O princípio do Ego é a crença e associação ou identificação (aquilo que acreditamos pode ser verdade ou mentira, não sabemos... mas inconscientemente e inconvictamente acreditamos)

A morte seria o processo onde essa crença é completamente e veridicamente destruída. É agudo e externo, seria um forte e rápido soco no estômago. Não teriamos nem tempo de compreender, iriamos comecar a questionar a realidade, nos deixaria perplexos e indignados

a Dissolução (a verdadeira dita por Nessahan) seria um processo mais crônico, lento, de dentro para fora. É um ação tomada pela própria pessoa (e não do externo sobre a pessoa como é a Morte do ego), que consiste em lentamente se desacreditar naquilo, se desfazer, cortar o vínculo com o quer que seja pois não (mais) se identifica (ego) com aquilo.

Pra ficar didático. Morte do ego: Sua mãe sempre foi uma grande mulher, sempre foi boa, gentil, de igreja... etc e então na mesa de jantar seu pai acusa sua mãe de ser uma v4dia. Você fica perplexo, angustiado, afinal de contas seu Ego (a respeito da sua mãe está sendo questionado). Seu pai então mostra evidências concretas e você percebe o lado completamente oposto do seu Ego dizia. (Não, isso nunca aconteceu comigo graças a Deus, antes que venham dizer)

E um exemplo de Dissolução seria o caso de um Crente que virou ateu (ou vice-versa). Lentamente começa a não se identificar (ego) com aquilo, então sua ruptura com a crença (ou descrença) não seria dolorosa, pois foi lenta e insconsciente. É Como se você estivesse com uma bolha no pé, você percebe e pode até fazer um leve incômodo, mas com tempo não tem efeito nenhum.

Quando nessahan disse sobre a morte dos egos, creio que na verdade ele falou simbolicamente, e não a medida prática... até porque tanto a morte do ego prática e a dissolução do ego acabam por eliminar esse ego de uma forma ou de outra, só que uma é dolorosa, traumatizante e tem sequelas enquanto a outro temos mais controle e alívio.
Responda-o
#16
Vejamos se chego no mesmo comprimento de onda que você. Cara, apesar de já ter lido várias vezes não vou conseguir precisar bem os termos.

Acredito que em boa parte dos livros Nessahan use os 2 termos analogamente. Pra ser mais específico... A morte do ego seria o final do processo, o resultado, enquanto a dissolução seria o processo em si.

Inclusive isso é uma leitura minha, ok, em nada no livro suporta necessariamente isso, mas acredito que a morte do ego é um ideal quase utópico. Um estado de mente que talvez só um asceta, um monge ou um santo alcançasse.

Isso por que nos nossos modelos de psicologia atuais o ego representa o centro de nossa personalidade, não tem exatamente como "morrermos em nós mesmos" como dizia Nessahan salvo a gente entrasse num exercício muito profundo de meditação e basicamente de lá nasceria "outra pessoa".

O apego também é algo natural, podemos arrumar meios de aceitar e superar isso, mas o apego é um mecanismo evolutivo instintivo, que visa proteger aqueles próximos de nós. Se afeiçoar sem criar nenhum tipo de apego creio até beirar o impossível.

O que acho que dá pra aproveitar das leituras dele é praticar a coisa como um ideal mas sem levar pro lado literal. Matar os (pedaços dos) egos relacionadas à paixão, ao apego, ao senso de pertencimento, etc, por que eles são potencialmente daninhos. O apego em si, a morte do ego em si, seria algo inviável, mas mesmo se viável, talvez fosse indesejável. Mas a dissolução dos egos e apego como prática de meditação/reflexão/oração ainda assim continuaria sendo um exercício de virtude válido.

Lembrando que do terceiro parágrafo adiante é apenas uma leitura minha, uma interpretação que não necessariamente tem algum suporte do livro ou intenção do autor.

Se for pra fazer essa distinção que sugeriu, pra poder conceitualizar melhor, acho válida. Até por que o que valida a morte do ego pode tanto ser uma causa majoritariamente interna como também é possível ser majoritariamente externa. Então a forma como você dilui esses investimentos do ego podem ser de fato tanto lentos e graduais, através de meditação, oração, etc, como também podem ser revelações bombásticas que nos pegue bruscamente.

Força e honra,
Citação:“Fortuna Perdida? Nada se perdeu... Coragem perdida?
Muito se perdeu... Honra perdida? Tudo se perdeu...”

(Provérbio Irlandês)
Responda-o
#17
Bauman fez um monte de previsões acertadas. Previu até mesmo relacionamento com inteligências artificiais, no Amor Líquido (2004). 

E do tempo que ele escreveu o Modernidade Líquida (1999), não melhorou muito a situação. Foi no mesmo ano que fizeram filmes críticos à modernidade, destruição da vida comunitária e das relações sociais mais "orgânicas" e sem artificialidade, futilidades etc (Matrix, Clube da Luta, Beleza Americana, Magnólia etc).
Responda-o
#18
Um autor muito bom que eu recomendo ler é o psiquiatra Rudolf Allers.
Responda-o
#19
https://www.academia.edu/43436962/DID%C3..._eliminado
@kidesgraca
Na minha pesquis sobre EGO encontrei essa didática que resume muito bem a forma de diluir o ego, também li uns livros de EGO como aquele do Osho (eu li sem saber que o maluco tinha criado uma comunidade nos EUA).  Recomendo também o blog Gnosis brasil tem uns artigos interessantes sobre o processo
Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem.
Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem.

1 Coríntios 11:8,9
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#20
(05-04-2024, 07:11 AM)Luiz Escreveu: https://www.academia.edu/43436962/DID%C3..._eliminado
@kidesgraca
Na minha pesquis sobre EGO encontrei essa didática que resume muito bem a forma de diluir o ego, também li uns livros de EGO como aquele do Osho (eu li sem saber que o maluco tinha criado uma comunidade nos EUA).  Recomendo também o blog Gnosis brasil tem uns artigos interessantes sobre o processo

A minha recomendação é só levar esses livros de gnosticismo e até a parte mais gnóstica de Nessahan Alita mais como curiosidade do que como fato científico.

Não adianta trocar uma obsessão por outra. Eu acho que ele passou da conta e já começa a ficar meio doutrinário demais quando chegamos nesse lance.

Auto-crítica sempre, hein, saibam filtrar. Força e honra,
Citação:“Fortuna Perdida? Nada se perdeu... Coragem perdida?
Muito se perdeu... Honra perdida? Tudo se perdeu...”

(Provérbio Irlandês)
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