09-01-2024, 10:31 AM
Escrevi esse tópico no Fórum do Búfalo. Acredito que pode ser de alguma utilidade neste fórum também, a fim de debatermos sobre o assunto.
Antes de começar, postei um tópico recentemente no Fórum, cujos título e link se encontram abaixo:
- O surgimento de um novo homem! - https://legadorealista.net/forum/showthr...#pid109609
Seguimos...
Se acha que a REAL é ler as 5.000 páginas existentes nos fóruns e virar o mestre dos teclados, sinto lhe informar que está totalmente enganado.
A verdadeira REAL é aquela em que, diariamente, a pessoa tenta se superar um pouco, aperfeiçoando qualidades e reduzindo seus defeitos, esforçando-se para se aprimorar em todos os aspectos da vida (profissional, financeiro, nos relacionamentos, etc.) e, principalmente, no que tange a si mesmo. O casamento entra para praticar isso, pois se trata de uma construção diária, a qual nunca tem fim.
Não confunda a REAL com o IRREAL. IRREAL é isso que muitos fazem nos fóruns, na internet, acreditando que serão homens melhores, mais preparados com o sexo oposto, apenas por colocarem um certa teorização na cabeça. A teoria é alguma coisa, mas por si só não significa nada.
É preferível a vivência (verdadeira REAL), com muito mais impacto frente à lapidação do seu emocional e do seu racional, a fim de lidar com as vicissitudes diárias, do que simplesmente ficar o dia inteiro nas redes sociais, nos fóruns, na internet em si, achando que acontecerá um milagre na sua vida, que cairá, no seu colo, uma mulher gata, gostosa e honrada, para curtirem a vida e “serem felizes para sempre”.
Aqui, quem vos escreve, é um cara com pouco mais de 30 anos de vida, casado há quase 10 anos, e, inclusive, é pai de família - 2 filhos atualmente.
De nada adianta trazer conteúdo e vociferar algumas escritas aqui se a teoria não é condizente, 100% congruente, com a prática.
Com essa introdução singela, vamos ao que interessa:
Ainda pensa em se casar? Então, chegue junto.
Primeiro de tudo, saia do computador, a não ser que esteja trabalhando, e vá pra rua, pra vida.
Estabeleça o perfil de mulher, sem irrealidade e utopias, que você acredite que seria uma boa parceira para você.
Na lida com as mulheres, seja qual for, seja o mais transparente e sincero possível. Jamais engane-as. Seja com todas elas como você gostaria que elas fossem com você. Assim, você só terá a ganhar, independentemente das ações por parte delas. Blinde-se com princípios e valores relevantes para si mesmo e faça deles a sua fortaleza, sendo SEMPRE, 100% das vezes, fiel a eles. Essa será sua armadura inquebrável frente à vida, desde que você não titubeie e escorregue frente aos prazeres momentâneos, deixando os princípios de lado. Uma vez que isso aconteça, acabou. Terá que se reconstruir por meio de outras coisas, que são tão firmes quanto uma gelatina. Demora-se a vida toda para deixar um legado honrado, mas apenas alguns segundos para manchá-lo, maculá-lo. Não cometa esse erro.
Como exemplo da transparência na lida com as mulheres, trago um exemplo vivido por mim. Há muitos anos, quando ainda era solteiro, costumava administrar 2 a 3 ficantes por mês, sejam as mesmas ou diferentes mulheres. Uma vez, na academia, acabei encontrando 2 (duas) dessas mulheres que estava ficando ao mesmo tempo na época. Conversei com uma e, logo em seguida, fui conversar com a outra e acabei sendo interpelado: “Quem é ela?”, me perguntou. Poderia inventar inúmeras coisas e desculpas, mas prontamente eu disse: “É uma menina que eu tenho ficado ultimamente. Muito gente boa por sinal. O nome dela é Beltrana. Depois irei apresentá-la a você. Espero que isso não atrapalhe os nossos momentos, que têm sido ótimos por sinal.”
É nesse prisma que vocês devem agir, sendo transparentes na lida com elas. Depois disso, ainda fiquei com essas duas por algum período.
Obviamente que quando estava numa fase de administrar 1, 2, 3 ou mais ficantes, nenhuma delas eu sentia que se encaixava no perfil de mulher que eu considerava para ter algo a mais (um namoro, por exemplo). Eram meninas bacanas pra ficar, e pra curtir alguns momentos, mas nada além disso. E sempre fui cirúrgico ao ser interpelado sobre um possível namoro, principalmente quando o tempo de ficada começava a se alongar.
A partir do momento que eu conhecia e começava a ficar com alguma mulher que, por feeling, sentia que tinham algumas características diferenciadas, as quais se enquadravam naquilo que eu almejava, rapidamente focava apenas nela, dando um tempo com as outras. Um perfil feminino um pouco acima da média, como o que eu almejava, jamais aceitaria uma condição de um homem administrar várias mulheres ao mesmo tempo, o que poderia gerar empecilhos no fortalecimento futuro da possível relação e uma perda de oportunidade.
Salienta-se que o foco nunca deve ser a busca por mulher. Isso tudo acontecia por consequência, seja por causa da ida à academia, de uma ida ao shopping, farmácia, clube, etc. As mulheres sempre foram consequência, entretanto, uma vez avistado um potencial perfil feminino, é necessário dar a cara à tapa e ter atitude para a aproximação inicial.
Após ter traçado o seu perfil feminino almejado e ter tomado vergonha na cara para aproveitar as oportunidades que a vida lhe oferece em diversos ambientes, você começou a namorar. Tudo vai bem, já que os dois só se encontram nos momentos descontraídos e praticamente só aos finais de semana.
No namoro, você terá a oportunidade de “destrinchar” os pormenores da sua parceira. Nessa fase, o feeling é seu principal aliado para avaliação sobre a decisão de ir para o próximo passo (noivado) ou não, além da avaliação o mais próxima do racional possível. Aqui, partimos do pressuposto que o cara já tenha experiência suficiente na lida com o sexo oposto, além de boa capacidade de conhecimento sobre si mesmo, a fim de não tomar uma decisão futura equivocada, com o emocional imperando.
Óbvio que não se conseguirá saber 100% dos aspectos da mulher sem uma convivência diária efetiva, mas dificilmente haverá surpresas negativas se o homem soube fazer o dever de casa ao longo dos anos de relacionamento (namoro). Caso a decisão seja errada, prematura, precipitada, equivocada, esteja preparado apenas para ter problemas. A decisão é sua.
Se errar e entrar em um inferno pós-casamento, não terceirize a culpa. Você não teve a capacidade analítica, o feeling necessário, o racional adequado para identificar aspectos essenciais (advindos do perfil que você almejava) e duvidosos vindos da sua mulher.
Siga em frente pós-término e não se polarize, por mais que esteja “machucado” internamente. Junte os cacos e, oportunamente, construa uma nova janela de oportunidade.
Partindo do pressuposto que você fez uma boa escolha, o casal decide se casar e, por isso, entra na fase de Noivado.
Essa é a principal fase de preparação pré-casamento.
Se tiver a oportunidade de, no noivado, já começar a conviver com a sua mulher, ótimo. Entretanto, acho muito difícil uma mulher mais tradicional aceitar uma situação assim. Muito difícil mesmo. Porém, talvez, ela possa ser uma boa mulher e ter se rendido um pouco a esse modernismo, na intenção de atenuar um possível futuro erro, ou seja, o de casar e não dar certo logo em seguida. Isso não deixa de ser um atalho aliado masculino também.
Jogue sempre limpo e converse sobre tudo, principalmente nessa fase (noivado): como você vê as coisas, as lidas diárias nos quesitos da casa, os aspectos financeiros, a rotina nos dias de semana, etc.
Como exemplo, aqui vão alguns pontos:
1 – Estabeleça os pilares inquebráveis da relação, ou seja, aquelas regras que não poderão haver oscilação ou exceções. Caso haja, o término será a única opção. Tanto você quanto ela exporão o que é importante pra cada um. Cheguem em um consenso (algumas regras você não abrirá mão e outras ela também não abrirá, faz parte, inclua elas nas bases da relação) e solidifiquem esses pilares. Ex: término frente a qualquer indício mínimo de possível traição, impossibilidade de um viajar sem o outro; de dançar com outros homens (a exceção do pai e dos irmãos, apenas), de ir a qualquer tipo de festa sem que estejam juntos, etc. Isso é pessoal e de cada um, vocês, como casal, devem ver o que pode ser aceitável e o que não pode e, a partir disso, estabelecer esses pilares.
2 - Se os dois trabalham, conversem sobre como será a divisão das contas, se haverá a divisão igualitária, se vocês terão conta conjunta, etc. Nesse ponto, tenha conta conjunta apenas se os dois ganham um salário que um não dependa do outro para a manutenção das suas próprias contas e das coisas da casa – se você ganha 4.000,00 reais e sua esposa ganha um salário mínimo, e ainda pior, ela não possui suas contas em dia, sendo consumista, não tenha conta conjunta. Tenha apenas caso você avalie que ela saiba lidar com o básico do dinheiro: gastar menos do que o que ganha...desde que você, obviamente, também seja controlado. Conta conjunta é a melhor coisa caso o casal esteja em boa harmonia financeira, porque não fica aquele negócio de “ah, você paga isso”, “ah, fica metade dessa conta pra mim e a outra metade pra você”, etc. Porém, pode vir a ser uma grande dor de cabeça se for uma decisão impensada e prematura. Avalie sempre.
3 – Divisão das tarefas de casa, caso não tenham empregada e os dois trabalhem. É necessário deixarem claro a questão da divisão das tarefas. Ex: você ficará responsável por lavar a louça, por lavar o banheiro, jogar os lixos fora, centralizar a atitude de pagar as contas, etc.; ao passo que sua mulher fará a comida, varrerá e limpará a casa, lavará as roupas, etc. Esse ponto é importantíssimo. A rotina, ao menos dia de semana com os dois trabalhando, é inevitável. Essa divisão chega a ser uma facilitadora nessa lida, em que ambos têm a obrigação para a adequada manutenção do lar. Agora, se ela não trabalha e você esteja bem assim, aí a responsabilidade de cuidar da casa recai quase inteiramente sobre ela. Entretanto, é sempre bom fazer algo, nem que seja jogar um lixo fora de vez em quando. Caso tenham condição de ter empregada, diaristas frequentes, já haverá uma boa facilidade na manutenção do lar.
4 – O regime de bens do casamento. Item importante, mas de fácil resolução. Se você não tem nada, ou seja, ausência de bens móveis, imóveis e dinheiro, o regime de comunhão universal não é uma opção descartável. Entretanto, por padrão, o mais adequado é o regime de comunhão parcial de bens, o mais justo e lógico para a nova fase. Se tiverem muitas posses, dinheiro, etc., o de separação total de bens entra bem aí. Cabe a vocês verem o que melhor encaixa à situação do casal...se extremismos e regrinhas absolutas. Saiba avaliar.
5 – Planos futuros para pós-concretização de casamento. É um ponto importante a ser trabalhado e bem debatido antes, entretanto, é bem mais flexível em relação aos primeiros pontos abordados. Conversem sobre a questão dos filhos (quanto tempo pensam em ter, se querem ter, etc.), sobre os objetivos financeiros de compra de algo (imóvel, automóvel), etc. Isso faz parte do plano de médio/longo prazos do casal e é bom de ir sendo abordado antes do casamento e durante, na lida diária.
Há inúmeros outros pontos a serem elencados, mas as regras (pilares), o aspecto financeiro do casal e a rotina de manutenção da casa são os mais importantes de ficarem claros e pré-estabelecidos. Vou me limitar a esses, uma vez que os outros tendem a ser mais flexíveis, variando de casal para casal, e o tópico já está bem grande.
Passado algum tempo, com os principais pontos estabelecidos, os pombinhos decidem se casar.
Nesse ponto, há mulheres que, de fato, por toda a criação familiar e historinhas advindas dos pais, possuem o desejo de realizar festas e celebrar muito esse dia. Aquela famosa mulher que “sempre teve o sonho de se casar”.
Por outro lado, há outras que não fazem tanta questão de festas, no máximo o Casamento no Cartório e uma celebração básica, com as pessoas mais próximas, pra não passar em branco.
Não há nenhum problema seja qual for a opção. Isso não é nenhum sinal duvidoso ou algo para se preocupar, é apenas aquilo que foi alimentado na mulher ao longo da vida por ela mesma, inclusive por pessoas mais próximas a ela.
No meu caso, dei sorte que minha esposa nunca teve essas fantasias, o que nos poupou uma boa grana e nos possibilitou, sem nenhuma dificuldade, comprar à vista todos os itens essenciais e de conforto para morarmos juntos (geladeira, televisão, fogão, máquina de lavar, sofá, etc.).
...
Enfim, o tempo passa e, agora, estão casados.
Normalmente, o casal vai morar sozinho, numa casa/apartamento alugado ou comprado ou até mesmo dado pelos pais (agradeça se tiver nessa posição). Há casais, inclusive, que inicialmente começam a vida a dois morando com os próprios pais, tendo em vista que um dos pais possui um lar com espaço de sobra para acolher os recém-casados. Óbvio que não é a melhor opção, mas se conseguirem isso e, assim, conseguirem ter boas economias, a fim de saírem de lá o mais rápido possível, não é de todo ruim.
Morando juntos, agora que a próxima fase da vida começará a aparecer.
Ficadas e namoros eram apenas treino, nada comparado ao casamento.
Isso considerando que o cara escolheu uma boa mulher, que se encaixava, em boa parte, nos seus pré-requisitos.
Afirmo e reafirmo, por toda minha experiência da relação atual, que casar é uma decisão acertada, que vem pra somar, principalmente e unicamente se o casal tem um propósito muito claro: o de fazer dar certo a relação, ou seja, que casamento é pra vida toda.
Tendo esse ponto muito claro e solidificado por parte dos dois, as vicissitudes diárias do casamento e seus pormenores serão, rapidamente, suplantados.
Não estou falando aqui que tudo serão flores e você terá um vida perfeita, pelo contrário. Entretanto, no quesito novas responsabilidades, cuidado para com o próximo, superação de si mesmo, flexibilidade, devoção, lapidação emocional, etc., você só terá a ganhar, desde que não sucumba aos problemas que aparecerão.
Na lida com os problemas do casamento e com sua mulher no dia-a-dia, seja sempre equilibrado. Quente e/ou frio em diferentes ocasiões, sendo um espelho. Jamais se polarize em nenhum dos lados.
Caso consigam ir bem nos primeiros anos, a escolha de ter filhos pode vir a fazer sentido. Saiba que isso demandará uma nova etapa da vida, outro nível. É como se, se atribuíssemos níveis à lida com as mulheres, a fase de ficada fosse nível 1; o namoro fosse o nível 2; nível 3 o noivado; nível 4 o casamento e, por último, o nível 5 - quando você, casado, vira pai de família.
Isto é, a cada nível que sobe, no quesito emocional e racional, as coisas ficam mais difíceis inicialmente, entretanto, com a lapidação diária, o fortalecimento interno, e também emocional, só aumentam, bem como a facilidade de resolução das situações diárias. A satisfação de olhar para trás e ver a construção ao longo de mais de 10 anos, 20 anos, etc. com sua parceira, sendo que você se manteve 100% fiel àquilo que acreditava, aos princípios e valores morais e, por consequência, à sua esposa, são aspectos que engrandecem o homem e o fazem descobrir o que é a verdadeira REAL nesse aspecto específico, ou seja, na lida com as mulheres.
“Ain, mas a mulherada é tudo puta. Nenhuma presta pra relacionamento. São todas promíscuas.”
OK. Faça o seguinte: quando virar homem, volte e releia o tópico. Você ainda é refém do seu próprio emocional debilitado, cujo estado se encontra putrefado.
Por fim, não se iluda: o mais fácil com o sexo oposto é você ser solteiro, administrar as ficantes e curtir sem nenhuma responsabilidade de compromisso...e manter isso ao longo da vida. Essa é a decisão mais fácil e o atalho, com engrandecimento emocional bastante insuficiente (quase nulo), na lida com as mulheres. Entretanto, na nossa analogia, esse é apenas o nível 1.
Você está apto para avançar de nível e chegar, possivelmente, aos níveis 4 e 5?
Então, prepare-se!
Antes de começar, postei um tópico recentemente no Fórum, cujos título e link se encontram abaixo:
- O surgimento de um novo homem! - https://legadorealista.net/forum/showthr...#pid109609
Seguimos...
Se acha que a REAL é ler as 5.000 páginas existentes nos fóruns e virar o mestre dos teclados, sinto lhe informar que está totalmente enganado.
A verdadeira REAL é aquela em que, diariamente, a pessoa tenta se superar um pouco, aperfeiçoando qualidades e reduzindo seus defeitos, esforçando-se para se aprimorar em todos os aspectos da vida (profissional, financeiro, nos relacionamentos, etc.) e, principalmente, no que tange a si mesmo. O casamento entra para praticar isso, pois se trata de uma construção diária, a qual nunca tem fim.
Não confunda a REAL com o IRREAL. IRREAL é isso que muitos fazem nos fóruns, na internet, acreditando que serão homens melhores, mais preparados com o sexo oposto, apenas por colocarem um certa teorização na cabeça. A teoria é alguma coisa, mas por si só não significa nada.
É preferível a vivência (verdadeira REAL), com muito mais impacto frente à lapidação do seu emocional e do seu racional, a fim de lidar com as vicissitudes diárias, do que simplesmente ficar o dia inteiro nas redes sociais, nos fóruns, na internet em si, achando que acontecerá um milagre na sua vida, que cairá, no seu colo, uma mulher gata, gostosa e honrada, para curtirem a vida e “serem felizes para sempre”.
Aqui, quem vos escreve, é um cara com pouco mais de 30 anos de vida, casado há quase 10 anos, e, inclusive, é pai de família - 2 filhos atualmente.
De nada adianta trazer conteúdo e vociferar algumas escritas aqui se a teoria não é condizente, 100% congruente, com a prática.
Com essa introdução singela, vamos ao que interessa:
Ainda pensa em se casar? Então, chegue junto.
Primeiro de tudo, saia do computador, a não ser que esteja trabalhando, e vá pra rua, pra vida.
Estabeleça o perfil de mulher, sem irrealidade e utopias, que você acredite que seria uma boa parceira para você.
Na lida com as mulheres, seja qual for, seja o mais transparente e sincero possível. Jamais engane-as. Seja com todas elas como você gostaria que elas fossem com você. Assim, você só terá a ganhar, independentemente das ações por parte delas. Blinde-se com princípios e valores relevantes para si mesmo e faça deles a sua fortaleza, sendo SEMPRE, 100% das vezes, fiel a eles. Essa será sua armadura inquebrável frente à vida, desde que você não titubeie e escorregue frente aos prazeres momentâneos, deixando os princípios de lado. Uma vez que isso aconteça, acabou. Terá que se reconstruir por meio de outras coisas, que são tão firmes quanto uma gelatina. Demora-se a vida toda para deixar um legado honrado, mas apenas alguns segundos para manchá-lo, maculá-lo. Não cometa esse erro.
Como exemplo da transparência na lida com as mulheres, trago um exemplo vivido por mim. Há muitos anos, quando ainda era solteiro, costumava administrar 2 a 3 ficantes por mês, sejam as mesmas ou diferentes mulheres. Uma vez, na academia, acabei encontrando 2 (duas) dessas mulheres que estava ficando ao mesmo tempo na época. Conversei com uma e, logo em seguida, fui conversar com a outra e acabei sendo interpelado: “Quem é ela?”, me perguntou. Poderia inventar inúmeras coisas e desculpas, mas prontamente eu disse: “É uma menina que eu tenho ficado ultimamente. Muito gente boa por sinal. O nome dela é Beltrana. Depois irei apresentá-la a você. Espero que isso não atrapalhe os nossos momentos, que têm sido ótimos por sinal.”
É nesse prisma que vocês devem agir, sendo transparentes na lida com elas. Depois disso, ainda fiquei com essas duas por algum período.
Obviamente que quando estava numa fase de administrar 1, 2, 3 ou mais ficantes, nenhuma delas eu sentia que se encaixava no perfil de mulher que eu considerava para ter algo a mais (um namoro, por exemplo). Eram meninas bacanas pra ficar, e pra curtir alguns momentos, mas nada além disso. E sempre fui cirúrgico ao ser interpelado sobre um possível namoro, principalmente quando o tempo de ficada começava a se alongar.
A partir do momento que eu conhecia e começava a ficar com alguma mulher que, por feeling, sentia que tinham algumas características diferenciadas, as quais se enquadravam naquilo que eu almejava, rapidamente focava apenas nela, dando um tempo com as outras. Um perfil feminino um pouco acima da média, como o que eu almejava, jamais aceitaria uma condição de um homem administrar várias mulheres ao mesmo tempo, o que poderia gerar empecilhos no fortalecimento futuro da possível relação e uma perda de oportunidade.
Salienta-se que o foco nunca deve ser a busca por mulher. Isso tudo acontecia por consequência, seja por causa da ida à academia, de uma ida ao shopping, farmácia, clube, etc. As mulheres sempre foram consequência, entretanto, uma vez avistado um potencial perfil feminino, é necessário dar a cara à tapa e ter atitude para a aproximação inicial.
Após ter traçado o seu perfil feminino almejado e ter tomado vergonha na cara para aproveitar as oportunidades que a vida lhe oferece em diversos ambientes, você começou a namorar. Tudo vai bem, já que os dois só se encontram nos momentos descontraídos e praticamente só aos finais de semana.
No namoro, você terá a oportunidade de “destrinchar” os pormenores da sua parceira. Nessa fase, o feeling é seu principal aliado para avaliação sobre a decisão de ir para o próximo passo (noivado) ou não, além da avaliação o mais próxima do racional possível. Aqui, partimos do pressuposto que o cara já tenha experiência suficiente na lida com o sexo oposto, além de boa capacidade de conhecimento sobre si mesmo, a fim de não tomar uma decisão futura equivocada, com o emocional imperando.
Óbvio que não se conseguirá saber 100% dos aspectos da mulher sem uma convivência diária efetiva, mas dificilmente haverá surpresas negativas se o homem soube fazer o dever de casa ao longo dos anos de relacionamento (namoro). Caso a decisão seja errada, prematura, precipitada, equivocada, esteja preparado apenas para ter problemas. A decisão é sua.
Se errar e entrar em um inferno pós-casamento, não terceirize a culpa. Você não teve a capacidade analítica, o feeling necessário, o racional adequado para identificar aspectos essenciais (advindos do perfil que você almejava) e duvidosos vindos da sua mulher.
Siga em frente pós-término e não se polarize, por mais que esteja “machucado” internamente. Junte os cacos e, oportunamente, construa uma nova janela de oportunidade.
Partindo do pressuposto que você fez uma boa escolha, o casal decide se casar e, por isso, entra na fase de Noivado.
Essa é a principal fase de preparação pré-casamento.
Se tiver a oportunidade de, no noivado, já começar a conviver com a sua mulher, ótimo. Entretanto, acho muito difícil uma mulher mais tradicional aceitar uma situação assim. Muito difícil mesmo. Porém, talvez, ela possa ser uma boa mulher e ter se rendido um pouco a esse modernismo, na intenção de atenuar um possível futuro erro, ou seja, o de casar e não dar certo logo em seguida. Isso não deixa de ser um atalho aliado masculino também.
Jogue sempre limpo e converse sobre tudo, principalmente nessa fase (noivado): como você vê as coisas, as lidas diárias nos quesitos da casa, os aspectos financeiros, a rotina nos dias de semana, etc.
Como exemplo, aqui vão alguns pontos:
1 – Estabeleça os pilares inquebráveis da relação, ou seja, aquelas regras que não poderão haver oscilação ou exceções. Caso haja, o término será a única opção. Tanto você quanto ela exporão o que é importante pra cada um. Cheguem em um consenso (algumas regras você não abrirá mão e outras ela também não abrirá, faz parte, inclua elas nas bases da relação) e solidifiquem esses pilares. Ex: término frente a qualquer indício mínimo de possível traição, impossibilidade de um viajar sem o outro; de dançar com outros homens (a exceção do pai e dos irmãos, apenas), de ir a qualquer tipo de festa sem que estejam juntos, etc. Isso é pessoal e de cada um, vocês, como casal, devem ver o que pode ser aceitável e o que não pode e, a partir disso, estabelecer esses pilares.
2 - Se os dois trabalham, conversem sobre como será a divisão das contas, se haverá a divisão igualitária, se vocês terão conta conjunta, etc. Nesse ponto, tenha conta conjunta apenas se os dois ganham um salário que um não dependa do outro para a manutenção das suas próprias contas e das coisas da casa – se você ganha 4.000,00 reais e sua esposa ganha um salário mínimo, e ainda pior, ela não possui suas contas em dia, sendo consumista, não tenha conta conjunta. Tenha apenas caso você avalie que ela saiba lidar com o básico do dinheiro: gastar menos do que o que ganha...desde que você, obviamente, também seja controlado. Conta conjunta é a melhor coisa caso o casal esteja em boa harmonia financeira, porque não fica aquele negócio de “ah, você paga isso”, “ah, fica metade dessa conta pra mim e a outra metade pra você”, etc. Porém, pode vir a ser uma grande dor de cabeça se for uma decisão impensada e prematura. Avalie sempre.
3 – Divisão das tarefas de casa, caso não tenham empregada e os dois trabalhem. É necessário deixarem claro a questão da divisão das tarefas. Ex: você ficará responsável por lavar a louça, por lavar o banheiro, jogar os lixos fora, centralizar a atitude de pagar as contas, etc.; ao passo que sua mulher fará a comida, varrerá e limpará a casa, lavará as roupas, etc. Esse ponto é importantíssimo. A rotina, ao menos dia de semana com os dois trabalhando, é inevitável. Essa divisão chega a ser uma facilitadora nessa lida, em que ambos têm a obrigação para a adequada manutenção do lar. Agora, se ela não trabalha e você esteja bem assim, aí a responsabilidade de cuidar da casa recai quase inteiramente sobre ela. Entretanto, é sempre bom fazer algo, nem que seja jogar um lixo fora de vez em quando. Caso tenham condição de ter empregada, diaristas frequentes, já haverá uma boa facilidade na manutenção do lar.
4 – O regime de bens do casamento. Item importante, mas de fácil resolução. Se você não tem nada, ou seja, ausência de bens móveis, imóveis e dinheiro, o regime de comunhão universal não é uma opção descartável. Entretanto, por padrão, o mais adequado é o regime de comunhão parcial de bens, o mais justo e lógico para a nova fase. Se tiverem muitas posses, dinheiro, etc., o de separação total de bens entra bem aí. Cabe a vocês verem o que melhor encaixa à situação do casal...se extremismos e regrinhas absolutas. Saiba avaliar.
5 – Planos futuros para pós-concretização de casamento. É um ponto importante a ser trabalhado e bem debatido antes, entretanto, é bem mais flexível em relação aos primeiros pontos abordados. Conversem sobre a questão dos filhos (quanto tempo pensam em ter, se querem ter, etc.), sobre os objetivos financeiros de compra de algo (imóvel, automóvel), etc. Isso faz parte do plano de médio/longo prazos do casal e é bom de ir sendo abordado antes do casamento e durante, na lida diária.
Há inúmeros outros pontos a serem elencados, mas as regras (pilares), o aspecto financeiro do casal e a rotina de manutenção da casa são os mais importantes de ficarem claros e pré-estabelecidos. Vou me limitar a esses, uma vez que os outros tendem a ser mais flexíveis, variando de casal para casal, e o tópico já está bem grande.
Passado algum tempo, com os principais pontos estabelecidos, os pombinhos decidem se casar.
Nesse ponto, há mulheres que, de fato, por toda a criação familiar e historinhas advindas dos pais, possuem o desejo de realizar festas e celebrar muito esse dia. Aquela famosa mulher que “sempre teve o sonho de se casar”.
Por outro lado, há outras que não fazem tanta questão de festas, no máximo o Casamento no Cartório e uma celebração básica, com as pessoas mais próximas, pra não passar em branco.
Não há nenhum problema seja qual for a opção. Isso não é nenhum sinal duvidoso ou algo para se preocupar, é apenas aquilo que foi alimentado na mulher ao longo da vida por ela mesma, inclusive por pessoas mais próximas a ela.
No meu caso, dei sorte que minha esposa nunca teve essas fantasias, o que nos poupou uma boa grana e nos possibilitou, sem nenhuma dificuldade, comprar à vista todos os itens essenciais e de conforto para morarmos juntos (geladeira, televisão, fogão, máquina de lavar, sofá, etc.).
...
Enfim, o tempo passa e, agora, estão casados.
Normalmente, o casal vai morar sozinho, numa casa/apartamento alugado ou comprado ou até mesmo dado pelos pais (agradeça se tiver nessa posição). Há casais, inclusive, que inicialmente começam a vida a dois morando com os próprios pais, tendo em vista que um dos pais possui um lar com espaço de sobra para acolher os recém-casados. Óbvio que não é a melhor opção, mas se conseguirem isso e, assim, conseguirem ter boas economias, a fim de saírem de lá o mais rápido possível, não é de todo ruim.
Morando juntos, agora que a próxima fase da vida começará a aparecer.
Ficadas e namoros eram apenas treino, nada comparado ao casamento.
Isso considerando que o cara escolheu uma boa mulher, que se encaixava, em boa parte, nos seus pré-requisitos.
Afirmo e reafirmo, por toda minha experiência da relação atual, que casar é uma decisão acertada, que vem pra somar, principalmente e unicamente se o casal tem um propósito muito claro: o de fazer dar certo a relação, ou seja, que casamento é pra vida toda.
Tendo esse ponto muito claro e solidificado por parte dos dois, as vicissitudes diárias do casamento e seus pormenores serão, rapidamente, suplantados.
Não estou falando aqui que tudo serão flores e você terá um vida perfeita, pelo contrário. Entretanto, no quesito novas responsabilidades, cuidado para com o próximo, superação de si mesmo, flexibilidade, devoção, lapidação emocional, etc., você só terá a ganhar, desde que não sucumba aos problemas que aparecerão.
Na lida com os problemas do casamento e com sua mulher no dia-a-dia, seja sempre equilibrado. Quente e/ou frio em diferentes ocasiões, sendo um espelho. Jamais se polarize em nenhum dos lados.
Caso consigam ir bem nos primeiros anos, a escolha de ter filhos pode vir a fazer sentido. Saiba que isso demandará uma nova etapa da vida, outro nível. É como se, se atribuíssemos níveis à lida com as mulheres, a fase de ficada fosse nível 1; o namoro fosse o nível 2; nível 3 o noivado; nível 4 o casamento e, por último, o nível 5 - quando você, casado, vira pai de família.
Isto é, a cada nível que sobe, no quesito emocional e racional, as coisas ficam mais difíceis inicialmente, entretanto, com a lapidação diária, o fortalecimento interno, e também emocional, só aumentam, bem como a facilidade de resolução das situações diárias. A satisfação de olhar para trás e ver a construção ao longo de mais de 10 anos, 20 anos, etc. com sua parceira, sendo que você se manteve 100% fiel àquilo que acreditava, aos princípios e valores morais e, por consequência, à sua esposa, são aspectos que engrandecem o homem e o fazem descobrir o que é a verdadeira REAL nesse aspecto específico, ou seja, na lida com as mulheres.
“Ain, mas a mulherada é tudo puta. Nenhuma presta pra relacionamento. São todas promíscuas.”
OK. Faça o seguinte: quando virar homem, volte e releia o tópico. Você ainda é refém do seu próprio emocional debilitado, cujo estado se encontra putrefado.
Por fim, não se iluda: o mais fácil com o sexo oposto é você ser solteiro, administrar as ficantes e curtir sem nenhuma responsabilidade de compromisso...e manter isso ao longo da vida. Essa é a decisão mais fácil e o atalho, com engrandecimento emocional bastante insuficiente (quase nulo), na lida com as mulheres. Entretanto, na nossa analogia, esse é apenas o nível 1.
Você está apto para avançar de nível e chegar, possivelmente, aos níveis 4 e 5?
Então, prepare-se!
Sorte é o último desejo daqueles que querem acreditar que a vitória pode acontecer por acidente; suor, por outro lado, é para aqueles que sabem que ela é uma escolha.