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O Valor da Simplicidade
Postado por The Truth na Quarta-feira, 21 de dezembro de 2011.
Simplicidade é a qualidade daquele ou daquilo que é simples. É sinônimo de sobriedade, de singeleza.
Na vida cristã, a simplicidade tem um valor excelente. Jesus disse: “…sede simples como as pombas”. Ele falava da conduta dos seus discípulos em meio aos lobos devoradores. Não é fácil ser simples, nos dias em que vivemos. A tendência da sociedade é ser exagerada, exibicionista, cheia de ostentação. Há pessoas pobres, que não podem possuir certos bens supérfluos, mas sacrificam-se e se sacrificam até a família, para darem satisfação aos outros, adquirindo bens caros, tais como roupas, calçados, joias, e até carros, para se parecerem com os demais. É o chamado efeito-demonstração, quando alguém quer imitar outros para não se parecerem pobres ou simples.
Ser cristão é ser simples. Jesus era tão simples, que não tinha parecer nem formosura, na sua vida de sofrimento por nossa causa (cf. Is 53:3). Devemos imitar a Jesus, mesmo com nossas imperfeições. Jamais, aqui, seremos iguais a Ele, e nunca o seremos, pois Ele é Deus. E nós somos criaturas, falíveis, imperfeitas, mortais. Mas devemos procurar imitá-lo. Paulo nos exorta: “Sede meus imitadores, como eu sou de Cristo”. Jesus “aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” (Fp 2:7). Sendo Deus, fez-se homem; sendo Rei, fez-se servo; sendo imortal, fez-se mortal, tudo fazendo para salvar o miserável pecador, muitas vezes cheio de orgulho, de soberba, de prepotência, de vaidade, de exibição.
Paulo tinha razão quando exortava imitá-lo. Ele disse aos coríntios: “Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que com simplicidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria carnal, mas na graça de deus, temos vivido no mundo, e maiormente convosco” (2 Co 1:12). Ele demonstrava que vivia a “simplicidade de Deus”. Ou seja, a verdadeira simplicidade, que vem de dentro e não de fora. Devemos ser simples por fora? Certamente. Mas essa simplicidade só tem valor, quando ela reflete a simplicidade do interior, da alma, do espírito, do mais íntimo do ser.
Na natureza, obra da Criação de Deus, as coisas simples são as mais belas. Os relâmpagos chamam a atenção, mas não são simples. São belos? Depende. Parece que mais apavoram do que acalmam. No entanto, o nascer do sol, sereno, lento, todos os dias, faz bem ao espectador, que resolve ficar à beira-mar, ou de um ponto adequado, observando o seu levantar; da mesma forma, o pôr-do-sol, que se repete diuturnamente, não chama muito a atenção. Por que? Por que é simples, mas sua beleza é inigualável. Os pintores apenas imitam, mas não refletem nos quadros a beleza do nascer e do pôr do sol. E se observamos uma flor? Há coisa mais simples do que ela? Uma rosa, um lírio, uma margarida, uma violeta, um cravo, um jasmim, um crisântemo, ou mesmo uma singela “boa-noite”. Quanta simplicidade, quanta beleza! Elas são do jeito que Deus criou. Se alguém resolve pintá-las para fazê-las mais bonitas, apenas as desfiguram, as deformam, e tiram o vigor da seiva que as alimenta.
Mais uma vez, recorro a Paulo, escrevendo aos coríntios, para ressaltar o valor da simplicidade cristã. Exortando aqueles irmãos, disse o apóstolo dos gentios: “Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a cristo, mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo” ” (2 Co 11.2,3). Que o Senhor nos ajude a ser simples, fiéis, sinceros, íntegros, cheios de amor e de obediência ao nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, ante a iminência de Sua Vinda. Amém.
Pr. Elinaldo Renovato de Lima.
Pra terminar, vejam algumas imagens com reflexões sobre o tema simplicidade:
Este texto faz parte do projeto: Segunda das Relíquias Perdidas.