31-12-2021, 02:51 AM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 03-01-2022, 01:43 AM por Guardião.)
A inveja que as mulheres têm do pênis
(Por Batman, Blog do batman)
Os efeitos do complexo de castração nas meninas são mais uniformes e não menos profundos. Uma criança do sexo feminino, naturalmente, não tem necessidade de recear a perda do pênis; ela reage, todavia, ao fato de não ter recebido um. Desde o início, inveja nos meninos a posse dele; pode-se dizer que todo o seu desenvolvimento se realiza à sombra da inveja do pênis. Ela começa por efetuar vãs tentativas de fazer o mesmo que os meninos e, mais tarde, com maior sucesso, faz esforços por compensar a sua falta – esforços que podem conduzir, afinal, a uma atitude feminina normal. Se, durante a fase fálica, tenta obter prazer como um menino, pela estimulação manual de seus órgãos genitais, com freqüência acontece fracassar em obter satisfação suficiente e estende os julgamentos de inferioridade de seu pênis atrofiado a todo seu eu (self). Via de regra, cedo desiste da masturbação, visto não ter desejos de ser lembrada da superioridade de seu irmão ou companheiro de brincadeiras, e volta as costas completamente à sexualidade.
Se uma menina persiste em seu primeiro desejo — transformar em menino – em casos extremos, acabará homossexual manifesta, ou, doutra maneira, apresentará traços marcantemente masculinos no encaminhamento de sua vida futura, escolherá uma vocação masculina, em assim por diante. O outro caminho é feito através do abandono do pênis, não pode perdoar à mãe havê-la trazido ao mundo tão insuficientemente aparelhada. Em seu ressentimento por isto, abandona a mãe e coloca em lugar dela outra pessoa, como objeto de seu amor – o pai. Se se perdeu em objeto amoroso, a reação mais óbvia é identificar-se com ele, substituí-lo dentro de si própria, por assim dizer, mediante a identificação. Este mecanismo vem agora em auxílio da menina. A identificação com a mãe pode ocupar o lugar da ligação com ela. A filha se põe no lugar da mãe, como sempre fizera em seus brinquedos; tenta tomar o lugar dela junto ao pai e começa a odiar a mãe que costumava amar, e isso por dois motivos: por ciúme e por mortificação pelo pênis que lhe foi negado. Sua nova relação com o pai pode começar tendo como conteúdo um desejo de ter o pênis dele à sua disposição, mas culmina noutro desejo – ter um filho dele como um presente. O desejo de um bebe ocupou assim o lugar do desejo de um pênis, ou pelo menos, dele foi dissociado e expelido (splitt off).
É interessante que a relação entre o complexo de Édipo e o complexo de castração assuma forma tão diferente – uma forma oposta, na realidade — no caso das mulheres, quando comparada com a dos homens. Nos indivíduos do sexo masculino, como vimos, a ameaça de castração da fim ao complexo de Édipo; nas mulheres, descobrimos que, ao contrário, é a falta de um pênis que as impele ao seu complexo de Édipo. Pouco prejuízo é causado a uma mulher se ela permanece em sua atitude edipiana feminina. (O termo “complexo de Electra” foi proposto para esta.) Neste caso, escolherá o marido pelas características paternas dele e estará pronta a reconhecer a sua autoridade. O seu anseio de possuir em pênis, que é, na realidade, insaciável, pode encontrar satisfação se ela for bem-sucedida em completar o seu amor pelo órgão estendendo-o ao portador do órgão, tal como aconteceu anteriormente, quando progrediu do anseio da mãe para a mãe como uma pessoa completa.
Se perguntarmos a um analista o que a sua experiência demonstrou serem as estruturas mentais menos acessíveis à influencia em seus pacientes, a resposta será: numa mulher, o desejo de um pênis; num homem, a atitude feminina para com o seu próprio sexo, cuja pré-condição, naturalmente, seria a perda do pênis.
(Sigmund Freud – Esboço de Psicanálise).
O poder fálico : Naturalmente, uma piroca representa poder.
Hienas e seus clitóris hiper-desenvolvidos (falsos pênis).
Assim mantém os machos (predadores da sua espécie), afastados tanto de sua crias, quanto de suas relações sociais de prazer, procurando-os apenas quando estão fértis e desejam procriar. A sociedade das hienas é uma das poucas da natureza, em que as fêmeas mandam nos machos (diferente da espécie humana que é projetada para funcionar patriarcalmente). Com o passar dos tempos, as hienas fêmeas que mandavam nos machos, começaram a desenvolver um falso pênis (que representa poder).