(31-08-2022, 09:34 AM)Libertador Escreveu: Postaram ontem esse corte em um podcast que fala algo interessante relacionado ao texto que escrevi aqui.
Criaram até um termo pra isso agora chamado "Quiet Quiting" em que defendem o exato oposto do que eu escrevi no texto acima. É uma geração de pessoas fazendo apenas o mínimo. É a esposa que dá o mínimo de sexo para manter o relacionamento. É o funcionário que faz o mínimo para não ser mandado embora. É o estudante que estuda o mínimo para passar na prova. É o professo cristão que acha que ir na igreja 1x por semana vai salvar ele e por isso não busca nada além disso. É o homem que vai para a academia e faz o mínimo para dizer que fez alguma coisa e por isso continua com corpo de principiante.
É uma geração de frouxos condescendentes com suas fraquezas. Por isso nunca saem do lugar e só se afundam cada vez mais. Eles não tem comprometimento com nada.
Esse é um ponto interessante. Longe de defender a mediocridade (já fiz até reflexão contra isso), mas também temos que ver pelo outro lado.
Tem mulher que faz o mínimo pra um relacionamento por que o cara também é um mediocre, não quer crescer na vida, não tem ambição, e muitas vezes não tem nenhuma valor nem nada a oferecer. Por que se tivesse, se preocuparia em ter a melhor e mais adequada mulher do seu lado pra subir na vida, mas o cara mais ou menos se contenta com qualquer coisa.
No mercado de trabalho, vejo muito lugar que não existe jeito de subir na vida, o funcionário é a parte fraca da equação, sofre assédio, ameaça velada, chantagem, e ainda tem que encher os bolsos de chefe FDP calado, enquanto ganha a merda de um mínimo. Triste mas nesses casos só uma CLT faz a diferença entre uma ameaça e uma realidade, mas mesmo que o cara não coma bola por que o chefe não pode demitir, o psicológico do cara já tá fodido. E muitas vezes não tem opção melhor no momento e tem que aturar trabalhar naquela condição horrível.
Essa lei do mínimo esforço basicamente é uma otimização dos resultados, onde gastar mais não garante mais ganhos, um custo-benefício digamos assim. Pra muitos casos é questão de gastar o mínimo o possível mesmo, questão de sobrevivência.
Não digo que o que estou falando é louvável (longe disso), mas esse é um assunto que tem muitas probabilidades e nuances, como já levantado aqui. Até onde vale a pena o cara ir? É onde traçar essa linha que é a parte interessante da discussão.