14-12-2018, 11:17 PM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 14-12-2018, 11:19 PM por Loki.)
Boa noite a todos.
Faz algum tempo que venho querendo trazer uma reflexão nova pra esta casa, principalmente acerca dos dois anos em que estive afastado, mas não sabia exatamente sobre o que escrever e não queria simplesmente postar por postar, mas agora mesmo meio que por mágica, lembrei-me de um evento de um tempo bem passado do qual vale à pena compartilhar com os demais.
Resumidamente, vou contar como foi a minha primeira experiência profissional e as conclusões que tirei dela.
Logo em meu primeiro emprego, fui trabalhar em um escritório de advocacia como um associado (para poder escapar dos encargos trabalhistas) onde havia uma dona que pagava por toda a estrutura, aluguel do prédio, energia, secretárias, estagiárias, anúncios de jornal, etc, e cerca de mais oito advogados entre este que vos fala.
O sistema funcionava da seguinte forma: havia um rodízio de atendimento entre os advogados que era direcionado pelas secretárias observando a ordem de chegada no escritório. Recebíamos 30% dos honorários acordados como comissão limpa e 70% ficava com a casa, que repito, arcava com todas as despesas.
Haviam também mesas de conversação semanal com um psicólogo para praticarmos técnicas de negociação que eram muito boas, até hoje levo essas lições comigo (outro dia falo sobre essas técnicas).
Eu era jovem, tinha aproximadamente 25 anos. Estava noivo, precisando trabalhar pois queria casar logo e amor não paga as contas.
Era empolgado, ambicioso, doido pra vencer na vida e gostava muito de ganhar dinheiro (ainda gosto, que fique bem claro ).
Rapidamente eu subi na empresa, fechava negócios feito um louco, estava ganhando muito bem e pra piorar, havia lá uma estagiária muito linda e gostosa que o escritório inteiro queria comer e começou a dar mole pra mim, o que deixou meu ego nas alturas, principalmente após ela aceitar ser minha amante. Vou logo avisando que o relato não será sobre ela e a quantidade fenomenal de sexo gostoso e selvagem que ela me deu na época, é sobre trabalho. Talkei?
Enfim, voltando ao trabalho, rapidamente eu cresci na empresa. Lembro-me de que nas duas primeiras semanas havia ganho apenas 50 reais (o pagamento era semanal) e estava frustrado pensando em desistir, mas houve um evento em particular que mudou minha sorte o que fez os donos de lá me enxergarem com outros olhos e começaram a me direcionar clientes com melhor potencial de ganhos financeiros.
Era um sábado a tarde, estávamos somente eu e a estagiária gostosa na casa, até que um homem entrou querendo fechar um contrato pra anular 3 multas de trânsito. Eu atendi o cara muito bem. Os honorários foram fechados em 76 reais, minha comissão 21. Uma merreca, mesmo que esses valores sejam de 15 anos atrás.
Mas o homem gostou tanto do meu atendimento que retornou na segunda e fechou um contrato de 5 mil reais, depois ainda na mesma semana, veio ao escritório e deixou mais 4 mil para fechar outro processo.
Meu potencial foi visto ali. De um atendimento pra lidar com 3 multas de trânsito, o cliente satisfeito trouxe mais 9 mil reais em poucos dias (valores da época, pra vcs perceberem como a quantia tinha valor).
Os melhores clientes estavam sendo direcionados pra mim, que a cada dia ficava mais confiante, então comecei a entrar num circulo virtuoso e vicioso de ganhar dinheiro. Trabalhava 12 horas por dia, chegava a tirar 6, 7, até 10 mil reais mensais na época.
Juntando-se a isso, a estagiária gostosa estava me proporcionando sexo farto e de uma qualidade que nunca obtive até hoje, ela era um espetáculo na cama. Até menage eu, ela e uma amiga fizemos. Mas essa parte da história fica pra outro dia, viu safadeeeenhos?
Então juntem esse contexto todo: juventude, sucesso com mulheres e dinheiro que nunca havia ganho na vida.
Como resultado, fiquei arrogante, achei-me invencível, indestrutível e como diz o título do relato, insubstituível.
Deixei meu ego tomar conta de mim, julguei que poderia fazer o que quisesse que as pessoas ao meu redor tudo aceitariam, seja no escritório, seja na vida pessoal.
Na vida pessoal quem mais sofreu foi minha noiva à época (outro dia conto essa história também).
No campo profissional, meu caso com a estagiária veio à tona no escritório. A dona não gostou nem um pouco de saber daquilo. Sofri boicote dos demais colegas que perceberam que eu estava sendo beneficiado no direcionamento do atendimento dos clientes. O clima ficou insuportável. Meus rendimentos caíram drasticamente, ao ponto em que tive que pedir pra sair.
Como eu me achava o super-homem que trazia muito dinheiro para a casa, julgava que eles dependiam de mim. Tolo enganado.
A real era que a dona do escritório cagou e andou para mim, não pensou duas vezes em me fritar por lá, mesmo eu trazendo muito dinheiro para eles.
A razão disso? Apesar de eu ter me tornado rapidamente o número um, o número dois também era muito bom e poderia dar conta do recado (como deu, após a minha saída).
Então a lição de vida que aprendi foi essa: ninguém é insubstituível.
Você pode ser o melhor no que faz que mesmo assim, sempre haverá um número dois querendo puxar o seu tapete.
Então não deixem seu ego comandar suas ações.
Não se achem invencíveis.
Tenham em mente que por melhores que vocês sejam em suas competências, a qualquer momento seu tapete pode ser puxado.
Não confiem em ninguém.
E entendam que sempre há algo a ser melhorado.
Força e honra.
Faz algum tempo que venho querendo trazer uma reflexão nova pra esta casa, principalmente acerca dos dois anos em que estive afastado, mas não sabia exatamente sobre o que escrever e não queria simplesmente postar por postar, mas agora mesmo meio que por mágica, lembrei-me de um evento de um tempo bem passado do qual vale à pena compartilhar com os demais.
Resumidamente, vou contar como foi a minha primeira experiência profissional e as conclusões que tirei dela.
Logo em meu primeiro emprego, fui trabalhar em um escritório de advocacia como um associado (para poder escapar dos encargos trabalhistas) onde havia uma dona que pagava por toda a estrutura, aluguel do prédio, energia, secretárias, estagiárias, anúncios de jornal, etc, e cerca de mais oito advogados entre este que vos fala.
O sistema funcionava da seguinte forma: havia um rodízio de atendimento entre os advogados que era direcionado pelas secretárias observando a ordem de chegada no escritório. Recebíamos 30% dos honorários acordados como comissão limpa e 70% ficava com a casa, que repito, arcava com todas as despesas.
Haviam também mesas de conversação semanal com um psicólogo para praticarmos técnicas de negociação que eram muito boas, até hoje levo essas lições comigo (outro dia falo sobre essas técnicas).
Eu era jovem, tinha aproximadamente 25 anos. Estava noivo, precisando trabalhar pois queria casar logo e amor não paga as contas.
Era empolgado, ambicioso, doido pra vencer na vida e gostava muito de ganhar dinheiro (ainda gosto, que fique bem claro ).
Rapidamente eu subi na empresa, fechava negócios feito um louco, estava ganhando muito bem e pra piorar, havia lá uma estagiária muito linda e gostosa que o escritório inteiro queria comer e começou a dar mole pra mim, o que deixou meu ego nas alturas, principalmente após ela aceitar ser minha amante. Vou logo avisando que o relato não será sobre ela e a quantidade fenomenal de sexo gostoso e selvagem que ela me deu na época, é sobre trabalho. Talkei?
Enfim, voltando ao trabalho, rapidamente eu cresci na empresa. Lembro-me de que nas duas primeiras semanas havia ganho apenas 50 reais (o pagamento era semanal) e estava frustrado pensando em desistir, mas houve um evento em particular que mudou minha sorte o que fez os donos de lá me enxergarem com outros olhos e começaram a me direcionar clientes com melhor potencial de ganhos financeiros.
Era um sábado a tarde, estávamos somente eu e a estagiária gostosa na casa, até que um homem entrou querendo fechar um contrato pra anular 3 multas de trânsito. Eu atendi o cara muito bem. Os honorários foram fechados em 76 reais, minha comissão 21. Uma merreca, mesmo que esses valores sejam de 15 anos atrás.
Mas o homem gostou tanto do meu atendimento que retornou na segunda e fechou um contrato de 5 mil reais, depois ainda na mesma semana, veio ao escritório e deixou mais 4 mil para fechar outro processo.
Meu potencial foi visto ali. De um atendimento pra lidar com 3 multas de trânsito, o cliente satisfeito trouxe mais 9 mil reais em poucos dias (valores da época, pra vcs perceberem como a quantia tinha valor).
Os melhores clientes estavam sendo direcionados pra mim, que a cada dia ficava mais confiante, então comecei a entrar num circulo virtuoso e vicioso de ganhar dinheiro. Trabalhava 12 horas por dia, chegava a tirar 6, 7, até 10 mil reais mensais na época.
Juntando-se a isso, a estagiária gostosa estava me proporcionando sexo farto e de uma qualidade que nunca obtive até hoje, ela era um espetáculo na cama. Até menage eu, ela e uma amiga fizemos. Mas essa parte da história fica pra outro dia, viu safadeeeenhos?
Então juntem esse contexto todo: juventude, sucesso com mulheres e dinheiro que nunca havia ganho na vida.
Como resultado, fiquei arrogante, achei-me invencível, indestrutível e como diz o título do relato, insubstituível.
Deixei meu ego tomar conta de mim, julguei que poderia fazer o que quisesse que as pessoas ao meu redor tudo aceitariam, seja no escritório, seja na vida pessoal.
Na vida pessoal quem mais sofreu foi minha noiva à época (outro dia conto essa história também).
No campo profissional, meu caso com a estagiária veio à tona no escritório. A dona não gostou nem um pouco de saber daquilo. Sofri boicote dos demais colegas que perceberam que eu estava sendo beneficiado no direcionamento do atendimento dos clientes. O clima ficou insuportável. Meus rendimentos caíram drasticamente, ao ponto em que tive que pedir pra sair.
Como eu me achava o super-homem que trazia muito dinheiro para a casa, julgava que eles dependiam de mim. Tolo enganado.
A real era que a dona do escritório cagou e andou para mim, não pensou duas vezes em me fritar por lá, mesmo eu trazendo muito dinheiro para eles.
A razão disso? Apesar de eu ter me tornado rapidamente o número um, o número dois também era muito bom e poderia dar conta do recado (como deu, após a minha saída).
Então a lição de vida que aprendi foi essa: ninguém é insubstituível.
Você pode ser o melhor no que faz que mesmo assim, sempre haverá um número dois querendo puxar o seu tapete.
Então não deixem seu ego comandar suas ações.
Não se achem invencíveis.
Tenham em mente que por melhores que vocês sejam em suas competências, a qualquer momento seu tapete pode ser puxado.
Não confiem em ninguém.
E entendam que sempre há algo a ser melhorado.
Força e honra.