20-08-2017, 07:53 PM
Esse é um post rápido, vou repassar para vocês um conceito interessante, se você conseguir interpretar isso e aplicar na sua vida, bom, talvez ajude a sair de uma situação mediana para algo maior.
Uma vez lendo o relato do DML no fórum do búfalo ele citou sobre a curva J:
Citação:"(Sendo um pouco spoiler, tem um fenômeno na Economia que é chamado de Curva J, e isto acontece em diversas áreas. A curva J nada mais é do que o fato de que para subir, do ponto onde você se encontra, muitas vezes você deve se afundar ainda mais – por exemplo, quando estamos na Matrix e conhecemos a real – geralmente caímos na fase da revolta e ficamos, temporariamente, numa situação pior do que estávamos, mas depois que a superamos, ficamos em um patamar superior ao inicial – esta é a curva J). Pois bem, eu iria passar pela minha curva J (É muito importante entender a filosofia da curva J e estar disposto a passar por ela)."
Achei muito interessante, até tentei pesquisar mais a fundo sobre isso, mas como não sou economista fica complicado ler teses sobre a curva J, com todos aqueles jargões e trazer para a vida pessoal. Mas, o básico é possível entender e acredito que sobre a curva J, no momento somente o conceito já deve ser útil.
Para quem quiser entender melhor, aqui está o relato do DML: http://legadorealista.net/fdb/showthread.php?tid=7675
Eu peguei algumas imagens para ilustrar melhor o que seria essa curva J:
Spoiler Revelar
Alguns provavelmente já passaram por um processo igual ou parecido, a curva J, todos temos ou iremos passar em algum momento de nossas vidas.
Esse é um fenômeno natural para a evolução, para alcançar um alto patamar e fazer uma mudança temos que percorrer um caminho e esse caminho é variável, então será necessário suportar riscos. Não existe uma fórmula de sucesso, é fundamental arriscar em algum momento da vida e estar preparado para as mudanças e os momentos de baixa antes de alcançar um grande objetivo.
Para entender o que eu digo sobre riscos, eu vou citar uns trechos do livro Os Axiomas de Zurique. Prefiro citar porque com minhas palavras não poderia explicar tão bem como este autor (Max gunther) esse assunto:
Citação:"Muita gente, a maioria provavelmente, quer ganhar sem apostar.
Esse é um desejo perfeitamente compreensível, e não há nada de errado com ele. Na verdade, muitos dos mais antigos ensinamentos sobre a Ética do Trabalho frisam bem isso. Dizem-nos que correr riscos é uma tolice. Uma pessoa prudente não corre riscos maiores que os exigidos pelos termos básicos da existência humana. Viver bem é ganhar a vida com o suor do próprio rosto — algo meio aborrecido, talvez, mas seguro. Mais vale um pássaro na mão."
Citação:"Qualquer adulto sabe que a vida é um jogo. Muitos, provavelmente a maioria, sentem-se bastante infelizes com esse fato e passam a vida buscando meios e modos de aceitar o menor número de apostas possível. Outros, porém, fazem justamente o contrário. [...]"
Citação:"Na vida, para qualquer espécie de ganho — em dinheiro, em estatura pessoal, o que quer que se defina como "ganho" —, você tem de arriscar um pouco de seu capital material e/ou emocional. Tem de comprometer dinheiro, tempo, amor, alguma coisa. Essa é a lei do universo. A não ser por pura sorte, não há como escapar. Nenhuma criatura na face da Terra está isenta de obedecer essa lei impiedosa. Para se tornar borboleta, a lagarta precisa engordar, e é obrigada a se aventurar por onde há passarinhos. Não tem apelação: é a lei."
Citação:"...a maneira sensata de levar a ida não é fugindo dos riscos, mas expondo-se deliberadamente a eles. É entrar no jogo. Apostar. Mas não à maneira irracional da lagarta. Ao contrário: apostar com cautela e deliberação; apostar de tal maneira que grandes ganhos sejam mais prováveis que grandes perdas — apostar e ganhar."
Citação:"A maioria das pessoas agarra-se à segurança como se fosse a coisa mais importante do mundo. E a segurança parece ter muito a seu favor. Faz com que a pessoa se sinta protegida; é como estar numa cama quentinha em noite de inverno. Cria uma sensação de tranqüilidade.
A maioria dos psicólogos e psiquiatras da atualidade diria que isto é bom. Uma das principais convicções da psicologia moderna é que a sanidade mental significa, acima de tudo, manter-se calmo. Essa pouco examinada convicção domina, há décadas, o pensamento analítico. Um dos primeiros livros a tratar desse dogma chamou-se How to Stop Worryng and Start Living (“Como Para de se Preocupar e Começar a Viver”), e The Relaxation Response (“A Reação Relaxada”) é um dos mais recentes. Os analistas garantem que as preocupações nos fazem mal. Eles não oferecem nenhuma prova confiável de que tal assertiva seja verdadeira. Ela se transformou em verdade aceita simplesmente por ser repetida infinitas vezes.
Os devotos de disciplinas místicas e meditacionais, especialmente as asiáticas, vão mais longe. Valorizam tanto a tranqüilidade que, em muitos casos, estão dispostos até a suportar a pobreza em nome dela. Algumas seitas budistas, por exemplo, afirmam que não se deve lutar pela posse de bens materiais, e que a pessoa deve até abrir mão dos que possui. A teoria diz que, quanto menos o indivíduo tiver, menos terá com que se preocupar.
É claro que a filosofia dos Axiomas de Zurique diz exatamente o oposto. Libertar-se das preocupações pode até ser uma coisa boa, em certos sentidos. Mas qualquer bom especulador suíço lhe dirá que, se o seu principal objetivo na vida é fugir das preocupações, então você nunca deixará de ser pobre.
E vai morrer de tédio.
A vida é para ser vivida como uma aventura, não vegetando. E pode-se definir aventura como um episódio no qual se enfrenta algum tipo de risco e se procura superá-lo. Ao enfrentar riscos, a sua reação natural, sadia, será a de entrar num estado de preocupação.
Preocupações são parte integrante dos grandes prazeres da vida. Casos de amor, por exemplo. Se você teme se comprometer e assumir riscos, jamais se apaixonará. Sua vida será calma como um lago azul, mas quem quer uma vida assim? Outro exemplo: os esportes. Um acontecimento esportivo é um episódio no qual os atletas, e por tabela os espectadores, se expõem a riscos - com os quais se preocupam loucamente. Para a maioria dos espectadores, é uma pequena aventura, para os atletas, uma aventura de grandes proporções. É uma situação na qual o risco é cuidadosamente criado. Nós não iríamos assistir a eventos esportivos, nem qualquer outra competição, se não nos dessem alguma forma de satisfação básica. Precisamos de aventuras.
Às vezes, talvez precisemos também de tranqüilidade. Mas isto não nos falta à noite, quando dormimos, além de em algumas horas passadas acordados, na maioria dos dias. Em 24 horas, oito ou dez de tranqüilidade deveriam ser suficientes.
Sigmund Freud compreendia a necessidade de aventura. Embora se mostrasse confuso com o “objetivo” da vida, e tivesse uma tendência a perder-se em incoerências quando tratava do assunto, não tinha ele a improvável convicção de que o objetivo da vida é ter calma. Muitos dos seus discípulos acreditavam nisto, mas não ele. Na realidade, fazia até um esforço para ridicularizar a ioga e outras disciplinas psicorreligiosas asiáticas, que considerava como as expressões máximas da escola de sanidade mental que tem o “mantenha a calma” por princípio. Na ioga, o objetivo é alcançar a paz interior à custa de tudo o mais. Como observou Freud em O Mal Estar Na Civilização, qualquer pessoa que alcance plenamente os objetivos de uma tal disciplina, “sacrificou a sua vida”. Em troca de quê? “Terá apenas alcançado a felicidade da quietude.”
Parece mau negócio.
A aventura é que dá sabor à vida. E a única maneira de viver uma aventura é expondo-se a riscos.
Gerald Loeb sabia disso. Daí não poder aprovar a decisão de Sylvia, a Sóbria, de pôr o seu dinheiro na poupança.
Mesmo quando os juros estão relativamente mais altos, qual é o lucro? No começo do ano, você entrega 100 dólares ao banqueiro. No fim do ano, ele lhe devolve 109. Grande vantagem! Fora a chatice.
É bem verdade que, em qualquer país civilizado, num banco sério, os seus 100 dólares estão seguros. A menos que ocorra uma grande calamidade econômica, você não perderá coisa alguma. No decorrer do ano, os juros podem baixar um pouquinho, mas o banqueiro jamais lhe devolverá menos que os 100 dólares originais. Mas, cadê a graça? Cadê o desafio? Cadê a emoção?
E, principalmente, cadê alguma esperança de ficar rico?
Além do mais, sobre os juros - os 9 dólares - é cobrado imposto de renda. O que sobrar deve dar para empatar com a inflação, se tanto. Desse modo, você jamais conseguirá qualquer mudança substancial na sua situação financeira.
Tampouco ficará rico através de salário. É impossível. A estrutura econômica mundial está montada contra você. Se um emprego for a base do seu sustento, o máximo que pode esperar é passar pela vida sem ter que mendigar um prato de comida. E nem isto é garantido.
Estranho como possa parecer, a maioria dos homens depende exatamente é de salários, e de alguma economia a que possam recorrer em caso de emergência. Frank Henry vivia se irritando com o fato de a classe média ser inexoravelmente empurrada nessa direção, por questão de educação e de condicionamento social.
- Nem a criançada escapa - costumava resmungar. - Professores, pais, orientadores, todo mundo fica martelando na cabeça da criança: faça o seu dever, ou não vai arranjar um bom emprego. Um bom emprego... Como se isto fosse a ambição máxima de um ser humano. E por que não uma boa especulação? Por que não falam com as crianças a respeito disso?
Eu fui uma criança com quem falaram - e muito - a respeito. A regra básica de Frank Henry dizia que só a metade do potencial de uma pessoa deveria ser aplicada em ganhar um salário; a outra metade devia ser aplicada em investimentos e especulações.
Porque a pura verdade é a seguinte: a menos que você tenha pais ricos, a única maneira de sair da pobreza - sua única esperança - é submeter-se a riscos.
Certo, é claro, trata-se de uma rua de mão dupla. Assumir riscos implica a possibilidade de perda, em vez de ganho. Ao especular com seu dinheiro, você se arrisca a perdê-lo; em vez de acabar rico, pode acabar pobre.
Mas, veja as coisa por outro ângulo: como um assalariado comum, perseguido pelo imposto de renda e arrasado pela inflação, carregando boa parte do mundo nos seus pobres ombros, a sua situação financeira, de qualquer forma, já é uma droga. Então, que diferença faz, realmente, se ficar um pouquinho mais pobre, na tentativa de se tornar mais rico?"
A conclusão que podemos tirar é que passamos/passaremos por um processo parecido com a curva J durante algum momento da vida, e esse momento pode definir o seu futuro, e se não tiver a mentalidade certa para suportar, entender e superar esse processo (propensão a assumir riscos), nunca vamos aprender, nunca vamos enriquecer, nunca vamos crescer em estatura social.
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