28-03-2016, 05:38 PM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 28-03-2016, 06:47 PM por Diamante.)
Olá pessoal.
Vou contar meu relato sobre minha experiência em um relacionamento que tive anos atrás. Foi meu pior relacionamento, mas me mostrou as lições, os perigos e principalmente sobre como lidar com as mulheres.
(Os nomes serão fictícios)
Já fez um bom tempo isso...
Conheci Joana no Centro Histórico da minha cidade. Ela tinha 31 anos (mais velha que eu) e trabalhava com análises clínicas na mesma região. Joana trabalhava junto com uma colega minha chamada Luiza. Ela que começou a fazer ponte para que Joana e eu nos conhecêssemos. A ideia de namora-la me deixava maluco! Ela era atraente e muito discreta. Na minha mente matrixiana eu tinha achado a “mulher da minha vida”, e nos primeiros dias após conhece-la e perceber que ela estava dando corda para minhas investidas, eu já tinha um ar de babaca apaixonado. Essa foi a primeira lição: Não se deixe levar pelas aparências.
Ela também estava “empolgada”. Depois de alguns dias, ela me chamou para ir na casa dela, era um fim de semana. Moravam ela, a irmã mais nova (essa já tinha 2 filhos de pais diferentes, vamos chama-la de Maria), o noivo dessa irmã (não é o pai de nenhum dos EAA, só um CSP, vamos chamá-lo de Marcos), o irmão mais velho e a esposa (passa o dia bebendo, a noite bebendo e quando tem tempo, dorme. Esposa idem. Chamaremos de Luis), outro irmão mais velho (no mesmo passo do outro. Vamos chama-lo de Jorge), mais três sobrinhas filhas desses caras (a mais nova, e as outras duas com a mesma idade 21 anos) e a mãe, vamos chama-la de Edna. Ela morava num bairro normal, que apesar de ter uma boa aparência, ruas organizadas, era uma zona com alto índice de violência. Mas isso ela nunca me contou, fiquei sabendo depois por um amigo. Entro na casa dela e sou muito bem recebido. Fico surpreso quando a irmã dela me conta que o assunto da casa não é outro a não ser eu, que nas palavras dela: “já estava enjoada de tanto ouvir falar de mim”. Cumprimentei todos e me sentei no sofá ao lado da minha “amada”. Elas tinham outra irmã, que morreu num acidente de carro (esse caso será contado mais à frente e inclusive Joana estava nesse carro). E lava estava eu naquele ambiente “familiar”, totalmente um peixe fora d’água. Quando cada um foi contando suas histórias e trajetórias de vida, sobre os casamentos com vagaos da irmã, a reforma que o noivo estava fazendo na casa para o casamento, a esperança da mãe de ver as filhas felizes (diga-se casadas), eu ficava imaginando que roubada tinha entrado. Não sei se o Marcos percebeu meu desconforto, mas ele falou: “hoje em dia toda família tem seus problemas, essa ilusão de família perfeita é hipocrisia”. Naquela hora eu fiz uma escolha maldita: ‘que ia suportar aquilo pela Joana’.
Essa foi minha segunda lição: Não importa o quão bom ou bem treinado é um boxeador, se seu adversário acertar seu ponto fraco e te ver cambalear, ele sempre irá focar em te bater nesse ponto. Eu me deixei levar por sentimentalismos baratos e conceitos deturpados, porque sempre acreditei na família corretamente estruturada, cresci em uma. Mas ali, fazendo parte daquele ambiente, aos poucos, minha crença foi perdendo força e começava a acreditar que tudo era variável. Afinal, todos ali pareciam felizes e em harmonia. Hoje eu compreendo que não passa de uma miragem.
Na segunda, quando chego na faculdade, caço essa amiga que me apresentou Joana. Vamos chama-la de Luana. Encontro-a e começo a perguntar. Se nesse momento eu tivesse a cabeça que tenho hoje, eu evitaria o mar de lama onde ia cair. Ela começa a revelar algumas coisas: ex-marido vagao, vive pela cerveja, baladeira nata e sai com as sobrinhas para os forrós e shows daqui. Fiquei perplexo! Mas sabem o que eu fiz? ‘Achei que poderia conviver com isso’. Eu deveria ter levado uma surra nesse dia!
Mas a surra foi a quarta lição: não mude quem você é para agradar ninguém, mude para ser uma pessoa melhor e superar suas limitações.
Até então tivemos 2 encontros breves. O terceiro foi ela que ditou: motel e leve camisinha. A mulher discreta se revelou uma verdadeira puta na cama. Detalhe: só transaria de luz apagada. A coisa foi tão frenética que mesmo depois de 4 horas espoletando ela, não consegui gozar. Botei ela para gemer e gozar, mas não conseguia esporrar. E assim terminou. Depois dessa noite, as coisas foram mudando. Porém ela sempre estava disposta a transar, foi nessa noite que começou o chá de buceta. Dois meses assim.
Nesses dois meses eu experimentei da euforia ao desastre.
Nesse meio tempo ela já tinha me apresentado a toda a família dela como “namorado”. E todos “torciam para que desse certo”, mas aos grãos eu fui acordando para a realidade.
Nossas rotinas de encontros eram rodadas de bares (nunca gostei de bares) com os familiares dela (segundo ela, uma mulher decente pode se embriagar com a família que não é errado) e motel. Eu não bebo. Quando eu tinha uns 17 anos, meu pai comprou uma garrafa de cerveja (lembro que era uma kaiser) e antes de abrir conversou sobre o que é a bebida, o alcoolismo, sobre como uma pessoa pode jogar sua vida fora por ficar viciado e que jamais eu deveria ser irresponsável para dirigir embriagado. Depois disso ele colocou um copo e disse que eu podia experimentar. Não gostei. Mas o que me fez rejeitar bebida alcoólica não foi o sabor, foi o que meu pai me ensinou. Era minha convicção.
Eu a acompanhava nesses bares, mas não bebia. Estava lá porque eu era um babaca cheio de sentimentos baratos. Suportando um ambiente que eu odiava e esperando a próxima trepada.
Essa não foi bem uma lição, foi um alerta. Eu estava cedendo minha convicção, meu orgulho como homem, me rebaixando a um dependente de uma buceta que já foi de muitos antes de mim. Não sei se estou errado, assim eu penso, mas uma mulher que faz as mesmas coisas que uma puta em todos os sentidos, então teve muita quilometragem de experiência. Eu era o restolho.
Para resumir os dias finais...
Foram de desconfiança, porque ela começou a dar sinais de que estava de partida para outras picas, ou seja, ligou o foda-se (incentivo da irmã vagabunda). A sobrinha adolescente e baladeira que tomou a frente para defender a vadiagem da Joana (para vocês terem uma ideia, essa sobrinha pega uma leva de skol beats de 6 unidades e bebe como se fosse água). Na verdade, como um amigo me falou: “eu me meti numa arena de leões com palitos de dente para me defender”. E por fim, ela manda um SMS, dizendo que estava se sentindo sufocada (nunca pressionei em nada), que queria um tempo (girar em outras pirocas), e que só conversaria comigo na semana seguinte (era época de ano novo, essa semana seguinte era porque antes ela queria se entupir de cachaça e pica. Depois que tivesse festejado bastante ela iria conversar comigo).
Aqui vai uma sexta lição, aliás, um soco na minha cara: Não importa o quão vagabunda, quão puta e dissimulada seja uma mulher, a família dela vai apoiá-la custe o que custar e você será o “inimigo do estado”.
Se estão se perguntando se esperei tranquilamente que passasse o reveinhon, na minha tranquila paz matrixiana, para reencontrá-la e conversar na data que ela estipulou: a resposta é não. Finalmente eu estava acordando e começando a tomar as atitudes contra minha postura de paspalho. Exclui, ela e toda a família dela da minha vida no mesmo dia do SMS. Literalmente virei fumaça, todo contato foi cortado bruscamente.
Fiquei mal? Triste? Fiquei mesmo foi muito decepcionado comigo e com tudo que havia acontecido. Foi o ano novo mais ferrado que já tive. Totalmente para baixo.
Sabem o que me fez recuperar minha autoestima? Andar de bike. Eu pegava a bike de manhã cedo e era a manhã toda pedalando, saindo daquela zona, limpando meus pensamentos, desenvolvendo vontade de sair daquele mar de lama.
E eu saí.... Praticamente eu me reconstruí, me libertei de pensamentos ruins e foquei nos objetivos da minha vida. Em se tratando de relacionamentos, ter meu equilíbrio emocional e lidar com as mulheres racionalmente. Jamais cair na mesma arapuca. E eu nem sabia que existia a Real. Vim conhecer há poucas semanas. Quem me ensinou naquela época foi a vida.
Não sei o fim da Joana ou das pessoas envolvidas, como falei, cortei totalmente contato. Lembram do caso do acidente de carro que matou a irmã dela? Um primo embriagado que provocou o acidente, apenas ela morreu. Esse foi mais um alerta que ignorei na época: nunca se misture com gente irresponsável, porque são como cegos guiando outros para o abismo.
Desculpem a narrativa longa, queria passar minha experiência para que sirva de ajuda para quem passa por algo similar.
Para finalizar quero compartilhar a mais importante lição que aprendi: os problemas, as pessoas ruins, os relacionamentos imprestáveis vão se mostrar não da forma feia que são, mas como um lobo em pele de ovelha vai se infiltrar em nossas vidas e nos destroçar por dentro. Devemos fazer de nossas convicções os nossos cães pastores para rechaçar todo esse lixo de nossas vidas.
"Não há nada que ensine mais do que se reorganizar depois do fracasso e seguir em frente."
Charles Bukowski
Charles Bukowski