Avaliação do Tópico:
  • 2 Voto(s) - 5 em Média
  • 1
  • 2
  • 3
  • 4
  • 5
[RELATO] Relato Sobre Casamento.
#1
Salve confraria do Legado Realista.  Tudo certo com vocês?  Hoje eu decidi postar o relato sobre a historia do meu casamento. Temos milhares de tópicos no fórum falando sobre o fracasso nos relacionamentos, e também temos outros confrades  além  de mim aqui que são casados e que tem filhos mas  não contam sobre sua vida particular (creio que porque somos homens e não gostamos de falar sobre nossa intimidade),   principalmente quando mantemos contato com outros usuários com nossas identidades reais. 

    Como eu não conheço nenhum usuário real do fórum e vocês também não me conhecem vou relatar a  minha estória e deixar aí registrado pelo menos um relacionamento que ainda não tenha terminado em desgraça.  

“Não  que eu não possa voltar aqui alguns anos depois falando que deu merda, mas até aqui esta indo tudo bem” 

Talvez eu seja o primeiro e o único que vem com um relato diferente dos outros, mas espero que vocês gostem, e se divirtam com jornada.  São quase 14 anos, então sentem que lá vem história.  


            Vou apresentar pra vocês dois personagens que são importantes nessa primeira parte do relato, o Alemão _ meu cunhado_  chamamos ele assim por ele ser branco igual à um pneu, e a Bia  _minha cunhada_  vou dar esse nome  porque e mais fácil de escrever,   ela é madrinha da minha filha e eu padrinho das filhas dela, minha amiga de infância, tomo todas com ela, aquela que todo mundo gosta e respeita,  nunca houve segundas intenções com ela, a bia é mais parceira do que meus próprios irmãos homens, e também sempre foi feia que dói, mas é muito gente boa, tenho muito respeito por ela. 

Chega de conversa, vamos ao relato. 

           Eu e o alemão sempre fomos amigos tambem desde a infância,  porem ele fez uma burrada na vida, cometeu um crime, pegou 12 anos de cadeia, cumpriu 8 e saiu em liberdade condicional.   Da família do alemão eu  conhecia a bia e outro irmão dele ambos filhos do mesmo pai,  a mãe dele e outros irmãos  que ela teve com outros homens.   Eu Sabia que ele tinha um pai mas eles não tinham contato desde que eles eram pequenos,  só recebiam e pensão e cada um no seu canto.   Segundo a mãe do alemão o pai dele era um alcoólatra, vagabundo que os deixou por outra mulher e com essa mulher ele teve 4 filhos, e desses irmãos por parte de pai o alemão teve pouco ou nenhum contato durante a vida e nem conhecia a irmã mais  nova ( que hoje é minha atual esposa. 

Espero que tenham entendido o rolo! 


.... Então, o alemão matou um cara ficou preso muitos anos e depois saiu da cadeia... 

Quando ele saiu da cadeia a mãe dele tinha vendido a casa e se mudado para outro estado,   ele veio ficar uns tempos na minha casa para conseguir um trampo,  por ter sido criado aqui e ter muitos conhecido que poderia ajuda-lo a recomeçar a vida.   Já amadurecido e com a mente limpa das influencias de sua mãe ele saiu da cadeia decido a procurar o pai, pedir perdão pelos erros do passado e se aproximar da família que ele nunca teve contato.  

 A partir daí começa a minha historia.  

       Em um domingo qualquer  ele me chama para ir ate a casa do pai dele, coincidentemente o pai dele morava à algumas quadra de onde meu ex cunhado morava (irmão da minha ex mulher, ao qual tenho uma boa amizade até hoje),  então  fui com ele até lá, fiquei na casa do meu ex cunhado e ele seguiu para a casa do pai dele.     Passaram-se algum tempo e o  alemão retorna todo empolgado me chamando para ir na casa do pai dele, eu não queria ir, sei lá... O cara ficou preso um tempo, nunca teve contato com essa gente, o pai dele  com outra mulher, outra família...  Imaginei que não seria bem recebido  (nem eu e nem ele) mas não comentei nada, só neguei o convite. 

Aí ele falou: “Vamos lá, aí tu conhece minha irmã.. Ela é maior gatinha, tem um monte de amiguinha gostosinha lá com ela”. 

Na hora que ele me falou da irmã, logo me lembrei da bia...   feia pra caraí , a imagem dela e a possibilidade dele estar me levando pra encontrar um dragão só pra catar as amigas dela me fez recusar o convite mais uma vez -  Ele insistiu - disse que também ia me apresentar ao pai pois disse a ele que estava morando na casa de um amigo e queria apresentar esse amigo para ele.  Após ele insistir muito, subimos na moto e fomos até lá.  

Quando chegamos lá  encontramos um grupo de adolescentes sentados na calçada de uma casa muito bonita, parecia ser de gente que tem $R,  era  a casa do pai dele.  

  Ele desse da moto e me apresenta a irmã dele que estava com esse grupo no portão de casa.  Poucas vezes na vida as pessoas me surpreendem,  essa foi uma das vezes... A menina era branca com cabelos castanhos lisos,  parecia um anjo era uma coisa que eu nem sei explicar  “como diz os jovens de hoje, era o meu número”. . Naquele momento a única coisa que eu conseguia pensar era: “o pai do alemão é corno” não era possível ele ter uma irmã branca igual leite sendo preto igual a uma bola 8,   mas quando entrei na casa vi que a mãe da menina era loira dos olhos azuis e o pai era mulato tipo café com leite, os outros irmãos também eram brancos.  

se eu fosse o velho teria pedido DNA de todos”.  Mas isso não vem ao caso. 

         Logo de cara eu percebi que aquela era uma família muito estruturada, muito diferente do que eu imaginava, pelos relatos da mãe do alemão eles eram miseráveis tanto ou mais que ela, só pela entrada da casa já deu pra perceber que o que falavam pra mim daquela família era mentira 1 casal e 4 filhos legítimos “eu acho” e a mãe do alemão nunca trabalhou e vivia da pensão daquele homem e teve mais tantos outros filhos de pais diferentes e só o pai do alemão pagou  pensão a ela, nunca ouvi ela falar de nenhum dos outros.  Por aí  vocês vêem  a alienação parental que o alemão, a Bia e o outro irmão sofreram.  

       O pai do alemão era muito educado, os filhos também.   Eu,  como fui criado em um ambiente bem periférico mesmo fiquei constrangido com tanta educação na minha frente, tanta cortesia e gentileza,  me senti muito desconfortável naquele lugar, confesso que não estava acostumado com aquilo.      Aquela não era uma família rica, milionária nem nada disso,  mas era claro que eles tinham dinheiro,   também ficou claro pra mim que a única dos 4 irmãos que estava feliz de verdade  com a presença do alemão era a irmã mais nova,  sentada do lado dele,  toda empolgada puxando  assunto,  bem falante,  agarrada nos braços dele e visivelmente feliz por ter conhecido o meio - irmão. 

        Conversei um pouco com o pai dele e percebi que aquele senhor não era nada do que falavam dele, percebi que se tratava de um homem honrado e decente o que me fez admira-lo e respeita-lo logo no primeiro momento.  

“Nem imaginava o quanto aquele homem me ajudaria no futuro”.  

Ficamos ali uns 45 minutos mais ou menos,   conversei um pouco com a mãe dela que foi muito educada também, com os outros irmãos não falei direito, apesar de serem educados eles estavam aparentemente incomodados com a nossa presença,  eles não moravam lá, estavam lá só para o “reencontro”.    Depois disso não os vi por um bom tempo.
 
        Na hora de ir embora a irmã mais nova pediu o telefone dele para eles se falarem durante a semana,  o alemão 
nem sabia da existência de celular,  quando ele saiu da cadeia parecia que tinha acabado de chegar de um universo paralelo,  sendo assim eu passei o meu número  para ela entrar em contato  até ele conseguir comprar um,   falei pra ela ligar depois da 7 da noite pois aquele era o horário que já estávamos em casa.   Nos despedimos,  ela nos levou até o portão e lá conversamos os 3 mais um pouco,  depois  fomos embora. 

        Os dias foram passando e ela sempre ligava pra falar com o alemão  as vezes o pai mandava algum recado pra  ele,  mas ela que era intermediária dos dois.  Quando ela ligava eu atendia e conversava um pouco com ela, soltava umas piadinhas, umas indiretas e depois passava o telefone pra ele e daí fui pegando mais intimidade,  e sempre que podia dava encima dela pelo telefone,  é claro.  Ela  levava na palhaçada, sorria,  mas eu não sabia se era por ela estar gostando das cantadas  ou porquê adolescente é um bicho retardado mesmo que sorrir por qualquer besteira,   só sei que eu não acredito que exista uma mulher com mais de 15 anos que seja 100% inocente, e aquela altura ela já devia ter percebido que eu estava afim dela mas ficava se fazendo de besta.  

      Praticamente todo domingo o alemão ia na casa do pai e eu aproveitava pra ir junto com a desculpa de acompanhar ele,  por ele não ter carteira,  dar uma carona de moto e tal,  quando na verdade eu estava esperando uma oportunidade de chegar na irmã dele,  coisa que não aconteceu porque mesmo toda vez ela estando em casa e dando pra conversar os pais também estavam, o máximo que conseguia era conversar com ela no portão da casa na hora de ir embora e com  o alemão do lado ou pelo telefone quando ela ligava pra falar com ele.  

       Falei pro alemão convidar ela pra uma festa que ia ter do aniversário da minha irmã, a bia iria com o marido dela também e a bia também era irmã dela,  elas não tinham contato,  tiveram a oportunidade de se conhecer muito tempo atrás, sem maiores intimidades, pois foram criadas separadas, o contato mais forte viria com a convivência.  

      Ele ligou pra ela e fez o convite,  disse pra ela levar uma amiga, já pensando no dele né?  É o besta!  E ela respondeu que não poderia ir, pois o pai não deixava ela sair a noite, mas que poderia organizar um almoço na casa dela pra reunir os 2  irmãos que faltavam voltar ao convívio com ela e o pai,  ela não entendeu que aquele convite não era bem pra a socialização  deles.    Aí eu pensei, puts!  Como é que eu vou chegar nela desse jeito?  Então resolvi aproveitar o tempo que eu tinha pra  me aproximar mais,  conversando uma coisa aqui outra ali pelo telefone, sondei se ela tinha namorado, ela disse que não, descobri o local que ela estudava e o horário. 

    Já tinha se passado uns 3 meses que eu a conhecia e dentro desses 3 meses não tivemos uma  oportunidade sequer  de ficarmos a sós,  então eu parti pro plano B. 

       Nessa época eu trabalhava de promotor de vendas, tinha facilidade de sair do local de trabalho (nunca gostei de trabalhar amarrado) .    Em um dia qualquer da semana eu trabalhei até um certo horário, peguei a moto e segui até a escola dela  pouco antes dos alunos saírem,  me sentei em um quiosque que tinha em frente a escola e esperei uns 15 minutos,  o sinal bateu e começa a sair aquele monte de adolescente escandaloso do portão,  logo atrás eu vejo ela mais umas amigas, só que  ela estava de braços dados com um moleque que parecia ter a idade dela,  eles vinham  conversando normalmente.   Na hora eu pensei “mentirosa, ela tem namorado” mas olhando bem eu reparei que ele carregava duas mochilas de mulher e um fichário cor de rosa. 

 “namorado? Carregando um monte de mochila?  Acho que não”.    

Peguei o meu celular e liguei pra ela.  

Ela para um pouco, vai na bolsa que o moleque estava carregando e atende o celular:

- Oi Escobar, tudo bem? 

- Tudo, E aí, você está onde?

Nisso eu estava sentando no quiosque vendo todo o movimento.  
  
-Estou saindo da escola agora, porquê? 

-Queria falar com você 

-Estou indo pra casa, pode passar lá mais tarde. 

-Seu namorado não vai achar ruim?  

Joguei uma verde, pra vê de qual era a dela, ela não poderia negar se tivesse algo rolando ali.  

Agora eu já estava caminhando pra perto deles e ela não tinha me visto ainda, nem imaginava que eu já estava ali perto.  

- Que namorado?  Eu não tenho namorado.  

Foi o que eu imagine.  

Enquanto ela ainda respondia eu cheguei por trás e peguei na cintura dela, ela tomou um susto, acho que todos que estavam com ela, incluindo o moleque estrábico cheio de espinhas doido pra ter uma chance de fornicar com qualquer coisa viva que passe  perto dele.  

meu deus “menino” kkkkk que susto!  

Aí se vira para as amigas e me apresenta. 
  
- Esse aqui é o Escobar, o amigo daquele  meu irmão que conheci a pouco tempo.  

Cumprimentei todos com um aceno de cabeça, nada de pegar na mão pra não estreitar o assunto.  Estava com pressa! 

Falei com ela: 

-Eai, vamos?  Quero falar com você. 

Ela pega a bolsa no ombro do moleque e o fichário que ele carregava,  se despede de todos e vai comigo até a moto.  
Fomos até uma praça que tinha perto da escola, lá ela pergunta se tinha acontecido algo com o alemão,  eu respondi que não e fui direto ao ponto.  Ela deu uma disfarçada como se não soubesse que eu estava doido pra ficar  com ela desde a primeira vez que a vi, e solta a famosa frase:  “Nunca imaginei que você tinha interesse em mim, mas é só amizade”. 

 Sabemos que essa afirmação  é pura falsidade porquê sempre demonstrei que tinha interesse nela.  

-  Não quero estragar a amizade.  

 Ai eu tive a certeza do papel de mané que eu estava fazendo.   Na mesma hora eu retruquei:

- Que amizade que você não quer estragar?  

- A nossa!  

-E desde de quando eu sou seu amigo?  

Que desculpa mais FDP que ela arrumou,  óbvio que ela não tinha o mesmo interesse por mim, e aquilo foi uma forma educada de me dispensar.  

- Eu te considero um amigo por você esta ajudado meu irmão, por você acompanhar ele sempre lá  em casa, acabamos criando um vinculo de amizade também.  

- Eu ia na sua casa com seu irmão só porque eu estava interessado em você,  seu irmão já é grande o bastante pra andar sozinho pela cidade, você não acha?  

    Percebi que já estava sendo grosso,  ela tinha uma família, um pai e um irmão que eu sempre respeitei e por esse motivo não poderia tratar ela assim,   fora que ela não era obrigada a ficar comigo. Concordam?  Não quer... Não quer...  Vida que segue. Nada ver a minha reação.   Me toquei que estava forçando barra com ela.  

Que papel lamentável pra um homem, onde eu estava com a cabeça?  Desde do dia que botei os olhos nela eu percebi que ela era areia de mais, porém eu penso que quem não chora não mama, o máximo que eu poderia ganhar era um não e foi o que eu consegui.Ok

Eu falei pra ela que blz, que eu entendia e respeitava o fato dela não querer ficar comigo, mas que amigo dela eu não era e nem seria.   Depois fui embora.  

      Contei pro alemão  o fora que a irmã  dele tinha me dado. Ele deu aquela zoada básica,  e ainda brincou falando que foi melhor assim,  porque se não ele teria que se juntar com pai dele pra dar cabo da minha vida se eu encostasse na irmã dele. 

Lembrando que ele  me convidou pra conhecer ela.  

       A partir desse dia eu não fui mais na casa dela,  quando ela ligava pro alemão eu não atendia mais,  passava o telefone direto pra ele e se ele não tivesse por perto na hora eu deixava o telefone tocar ou desligava e depois avisava pra ele que a irmã tinha ligado atrás dele.  Não tinha porque ficar mantendo contato com a menina. 

Vergonha na cara que chama, né? 

       O alemão continuou frequentando a casa do pai sozinho e a vida seguiu seu curso. 

      Depois de umas semanas ou meses não lembro direito, arrumei um celular boqueta pro alemão pois ele estava trabalhando e economizando o máximo para poder recomeçar a vida,  falei pra ele passar o numero pra irmã dele,   pra ela parar de ligar no meu celular atrás dele.  O que estava acontecendo era que do nada a jovenzinha começa a ligar no meu celular nos horários que ela sabia que o irmão dela não estava comigo,  ela sempre ligava a  noite quando ambos já tínhamos chegado do trampo,   aí a depois do fora que ele deu   começa a ligar de manhã.  Vai entender!

        Ela estava querendo  me dá esperanças pra vê se eu ia  ficar carregando a bolsa dela igual ao estrábico lá do outro dia na porta da escola. 
Tadinha, tão lindo mas tão ingênua. 
 Essa escolinha da malandragem aí  que ela estava entrando eu já tinha sido expulso,   26 anos de estrada, 1 casamento,   um histórico não muito correto mas que ao menos me serviu pra não cair nessas armadilhas bobas.  

       Mandei o numero do alemão para ela  por SMS.  Naquela época não existia WhatsApp e nem internet  (Na verdade internet tinha, eu que não tinha acesso nem interesse) .    

    Confrades,  eu segui a minha vida normal, não fui atrás dela  depois do fora, nem recado,  nada.   Continuei trabalhando e saindo com os amigos no final de semana. Sou do seguinte pensamento...  uma mulher não te quer?  tem milhões de outras no mundo que querem, o importante é não passar vontade, pois é a vontade que te deixa fraco e inseguro.  

        Confesso pra vocês que me interessei de uma forma especial logo de cara por ela,  eu só tinha namorado sério  uma vez na minha vida e fiquei nesse relacionamento por 5 anos,  justamente porque é muito difícil eu bater o olho em uma mulher e logo nos primeiros minutos não notar resquícios de coisas que me desagradam em uma mulher, tom de voz, gírias, sagacidade,  vestimenta, vícios etc...  eu percebo essas coisas fácil e as únicas vezes que isso não aconteceu foi  com a minha primeira esposa e no dia que conheci a minha atual.    Teve outra também mas essa não me quis.    

    Quando a gente convive (trepa)  com todo tipo de mulher,  vagabundas assumidas, vagabundas discretas, baladeiras, falsas religiosas, M$ol  etc..   você aprende identificar pequenos traços que nas mulheres que citei não existiam, eu não sei explicar mas tem alguma coisa diferente e isso eu só identificava em mulheres jovens ainda entre os 16 e 18 anos,   E sabe o que engraçado?   ultimamente eu não vejo mais isso, tenho sobrinhas e afilhadas nessa idade e até mais jovens e eu não consigo enxergar um traço de inocência sequer,  em fim...  Vamos voltar ao relato.  

      Se passaram mais alguns meses.  A bia mandou o convite de aniversario da filha dela (minha afilhada)  seria no domingo, ok!  Nesse período eu estava marmitando a moça que cuidava das minhas afilhadas pra ela ir trabalhar,  
 ela tinha uns 20 anos se não me engano, bonita, novinha, magrinha, mas não chegava nem no calcanhar da irmã do alemão, em todos os sentidos:  Família, educação, comportamento, além da beleza é claro.  

      Chegou o dia do aniversário da minha afilhada e eu chego na casa da bia com essa mulher.    Quando entro na rua já vejo o carro do pai do alemão na porta,  estavam o pai o alemão e ela sentados logo na entrada (só ela e o pai dela foram, nem a mãe e os outros irmãos compareceram).   Ela estava gata demais, com um vestido até no joelho meio colado desenhando aquela cintura que meu deus do céu_ quando aquela menina tivesse com 20 anos ela estaria uma obra de arte_ mas eu não ia ficar babando ovo dela,  nunca babei,  tirando os momentos de intimidade (sexo)  o homem não tem que estar falando que a mulher é bonita, gostosa nem nada do tipo,    acreditem!  Elas sabem que são, então não tem necessidade de ficar afirmando isso pra elas o tempo inteiro.   

        Entrei de mãos dadas com a guria, cumprimentei o pai dela com um aperto de mãos firme, e ela eu só cumprimentei com um...  tudo bom?  E um aceno de cabeça, entrei.    

       A marmita se juntou com as mulheres e eu sentei com o meu compadre (pai da minha afilhada)  e outros amigos que estavam ali.   Daí  começaram as piadinhas: “rapaz!  Que cunhada é essa?’  começaram a chamar o alemão de cunhado, falando pra ele apresentar a irmã pra eles, tudo isso bem longe dos ouvidos dela e do pai dela, claro.   Aquilo foi me dando uma raiva, aquelas pragas parece que nunca tinham visto mulher na vida, chamei minha afilhada, dei a bênção a ela entreguei o presente e nem esperei os parabéns, nem me despedi da marmita,  fingi uma ligação inventei um Caô e fui embora.  Eu estava com ciúmes, ciúmes do que nem era meu.  (Da até  pra fazer  um titulo de música sertaneja). 

     Fui pra casa, pensei em  sair e tomar uma, mas eu estava cansado, preferi ficar em casa aquela noite,  eu iria trabalhar no outro dia e trabalhar de ressaca é uma merda.   Abri uma cerveja, estava lá de bo.... o telefone da um sinal... SMS, de quem?   Naquela época era moda mandarem mensagens no celular feitas com bichinhos pelo teclado, quem teve celular na época dos pacotes de sms sabem do que estou falando.  
        Ela me mandou varias seguidas, e depois perguntou se podia me ligar,  eu respondi perguntando onde ela estava,  ela falou que já estava em casa,  falei que ligaria no Fixo da casa dela.  ( Eu nunca acredito na mulher  quando ela atende o celular e diz que esta em casa),   ela pediu pra espera um minuto antes de ligar que ela ia subir e atender no quarto dela.  Esperei e liguei no celular direto.  É  eu tenho o costume de fazer essas coisas.  

 Liguei,  ela atende, já perguntando porque eu não liguei no fixo, eu nem respondi, já fui direto perguntando o que ela queria,  com voz manhosa de quem esta querendo alguma coisa,  Perguntou quem era a menina que estava comigo, se era minha namorada, eu respondi que não e falei que a minha namorada era ela e iniciamos uma conversa.  Aí o papo já mudou, esse negocio de amigo não existia mais, ali era conversa de homem e mulher um interessado no outro.  

Pulando para os finalmentes. 

       Ela falou que no outro dia (segunda feira)  ela iria sair 1 horário mais cedo e perguntou se eu não queria ir lá pra gente conversar pessoalmente, entendi que ela estava esperando eu intimar logo,  perguntei pra ela se ela ia deixar eu beijar na boca dela,  Ela respondeu pra eu ir com calma, eu respondi que se fosse pra conversar eu não iria, nem ia dar viagem perdida, falei pra ela: “só vou se for gente ficar”.. 

Ai ela responde, ok!  Pode vir.  

   Mulheres independente da idade, são mulheres,  não sei o motivo mas elas adoram uma competição, é da natureza delas, nós temos a nossa e assumimos nossos instintos, mas elas negam os delas até a morte, mesmo estando na cara, mesmo ela agindo baseadas no instinto elas vão negar.  Impressionante!  

Marcamos no horário da saída, estava tudo certo, só que eu não fui.. É  Claro!

    Não sou um cachorro vira latas e que toma uma Esporro do dono e logo que o dono chama ele corre pra cima abanando o rabinho.  A menina era linda, de uma boa família,  muito mais jovem que eu, fora a classe social da Família...  ela em sí  era um quebrada igual eu  mas o pai dela não,  então eu estava em desvantagem em quase tudo,  a única coisa que eu tinha ao meu favor era a experiência, então não hesitei em usa-la.  

     Fui trabalhar na segunda normalmente, não liguei nem mandei mensagem, ela o mesmo.  Passando uns 15 minutos da hora marcada ela me liga. 

- Eu não tenho muito tempo, você vai demorar? 

- Porra, não vai dar pra ir. Não consegui ninguém pra ficar aqui pra mim. 

Mentira, saía e entrava na hora que quisesse.  (Por esse motivo sempre gostei de trabalhar na rua). 

- Poxa! Tu não ia me avisar?  Ia me deixar plantada aqui te esperando?  

- Não!  Eu já ia te ligar pra avisar.  Vamos marcar outro dia. 
 
- Tudo bem.  

Ela pareceu decepcionada, mas fazer o que?  Se é pra jogar, vamos jogar.  

Não nos falamos mais durante o dia.  
Duas horas da manhã de terça ela me liga de novo. 
- Oi, 

- Eai, esta fazendo o que acordada a essa hora? 

-  Estava deitada e não conseguia dormir.  

Óbvio que não acreditei, desliguei o celular e liguei no fixo pra ver se ela estava em casa mesmo, o telefone tocou só uma vez e ela atende.
 
- Você  é  louco ? vai acordar a casa inteira

Desconversei, ela quase sussurrando me fala que na quarta e na sexta ela sairia mais cedo da escola, e que eu poderia ir lá.  
Combinei na sexta feira, ela teria duas aulas a menos. 

Quando foi na quarta feira, eu trabalhei e depois desci pra escola dela, porque ela tinha dito anteriormente que na quarta também sairia cedo, mas somente um horário, por isso marquei na sexta porque teríamos mais tempo.  Só que eu sou meio Cabreiro com as coisas, eu gosto de aparecer de surpresa as vezes. Na verdade quase sempre, até hoje costumo dizer que não vou almoçar em casa quando na verdade já  estou a caminho dela.  

     Cheguei na porta da escola, fiquei encostado na moto aguardando ela sair.  Aí lá vem ela com as amigas, quando ela me vê já faz logo aquela cara de espanto, dessa vez ela se despediu das amiguinhas e foi ao meu encontro.  Naquela época tínhamos o costume de nos cumprimentar dando 3 beijinhos no rosto, ela veio e quando ela pegou na minha mão pra ir de encontro ao meu rosto eu já dei logo um beijo na boca que não foi recusado.  Ela nem poderia reclamar porque eu já tinha falado o que eu iria fazer lá.  
Ela meio constrangida,  toda sem graça disse que as pessoas iam ficar olhando pra gente, eu dei de ombros,  depois fomos a mesma praça que tínhamos ido no dia que ela me deu um fora.  Ficamos lá uns 40 minutos por aí.  

    Em fim, quando eu decidi ir atrás dela eu sabia que seria complicado pela diferença de idade, e que por algum tempo eu teria que bancar o adolescente  que se contenta em ficar de beijinho e abraço nas pracinhas da vida.  Não se engane eu sabia o que queria e e o que faria pra conseguir. 

       A partir daí começamos a nos falar mais, a nos ver mais, quase sempre nesses furos de aula que tinha,. algumas vezes ela falava aos pais que ia com as amigas lanchar ou no shopping por exemplo,  e enquanto elas estavam lá lanchando e tal  a gente ficava em algum lugar.  Fizemos isso por uns meses, até que ela me disse que não estava se sentindo bem em esconder aquilo dos pais dela, que eles confiavam na palavra dela e que se eles soubessem o que  estava acontecendo não confiariam mais nela.  Me  perguntou se aquilo era um namoro, eu respondi que se ela quisesse a gente começaria a namorar sem problemas, então eu teria que ir na casa dela falar com a fera ( que eu pensava ser o pai dela, mas na verdade era a mãe).  Ela me perguntou se poderia contar a eles que estávamos namorando, que se sentiria melhor falando a verdade a eles, quem sabe também teríamos mais tempo e não precisaríamos ficar nos vendo as pressas como estava acontecendo.

Confrades, eu não estava brincando com ela, de verdade eu tinha planos para aquele relacionamento, ela já estava com  17 anos e quando ela completasse 18 eu me casaria com ela se ela aceitasse, essa era a minha intenção. Porém os pais delas nunca acreditariam nisso, e a partir daqui começou a guerra.  

     Ela contou aos pais que estava namorando comigo, me ligou e contou que o pai dela não gostou nada de saber mas que era pra ir lá  falar com ele.  Como  eu estava com a minha consciência tranquila, certo do que eu queria e que  não faria nada para prejudicar a filha dele, eu fui.  
  Quando cheguei na casa dela, quem me recebeu foi o pai,  não vi ela nem a mãe dela, seria uma conversa de homem pra homem ali.  Sentei no sofá e ele no outro,
 Lá vai Esporro Gargalhada

       Sem brincadeira, ele conversou comigo olhando no meu olho e não me faltou com respeito em momento algum.  Explicou os motivos que tinha para não deixar a filha namorar comigo, a diferença de idade foi o ponto principal, ele não via o que a filha teria a me oferecer, além de tudo falou que ela tinha mãe e tinha pai e Irmãos  e que não era aquelas mulheres jogadas ao mundo com quem eu estava acostumado a sair (obviamente se referindo a marmita que estava comigo no dia da festa da minha afilhada) .  O alemão já tinha me falado que ele tinha perguntado de mim pra ele, e que ele não mentiu, então o pai dela já sabia até que eu tinha sido casado anteriormente.  Ele falou que ela era muito nova, que gostaria que ela terminasse a escola e fosse pra faculdade e que não pensasse em namoro por agora, me pediu para me afastar dela, porque se não eu iria causar muito tormento a vida dela e a família dele, que se eu tivesse consciência eu entenderia a posição dele. 

Eu iria responder ele, e concluir falando que só me afastaria se ela assim quisesse, mas... Mas... 


      A velha bruaca com olho de gato saiu de algum lugar daquela casa, com a filha atrás dela tentando impedir e nesse momento  eu sofri uma das maiores humilhações da minha vida,  a velha estava com sangue nos olhos, me falou um monte de merda, dentro dessas merdas era que  eu era um vagabundo, que eu iria engravidar a filha dela e largar ela e o filho nas costas deles. Ela olhava pra filha e falava : 
Olha pra você fulana... Você é linda, uma princesa, como você tem coragem de deixar esse lixo encostar perto de você?  
Você merece muito mais, eu estou horrorizada de você se envolver com esse tipo de gente. 

Ela me olhava e falava como se eu tivesse lepra.  O pai dela não falou nada, e ela ficava pedindo pra mãe dela calar a boca, parar com aquilo.  Foi tenso.  Se eu não tivesse dentro da casa dela e não respeitasse o pai dela e ela, eu teria mandado aquela veia tomar bem no meio do cu.  Mas eu não fiz isso, só peguei meu capacete  e fui embora.  Enquanto ela falava  que se eu tivesse vergonha na minha cara nunca mais pisaria o pé dentro da casa dela.  

    A conversa com o pai foi legítima, como pai de uma menina hoje  sei exatamente pelo que ele estava passando, ele demonstrava preocupação  verdadeira com a filha, porem a mãe dela não teria feito aquele escândalo se mesmo com 27 anos eu fosse um empresário, ou um engenheiro, se tivesse parado na porta da casa dela com um carrão do ano, aposto que mãe dela não teria feito aquilo. 

      Não falei mais com ela no final de semana, eu não liguei pra ela nem ela me ligou, eu estava disposto a encerrar aquele caso se ela assim quisesse, respeitaria a decisão dela sem problemas se não fosse pra gente se ver mais.  Naquele mesmo dia eu já fui pra uma festa, eu, o Alemão mais um grupo de amigos, fiz merda como sempre fazia naquela época,  não estava nem aí... FODA-SE ela, FODA-SE aquela vadia de olho azul, eu estava me sentindo um saco de merda e certo que não nos veríamos mais.  

     Segunda feira mais uma vez fui trabalhar de ressaca, uma dor de cabeça da porra, morrendo de sono.  Quando foi umas 9 horas meu celular toca, numero desconhecido, (não privado) um numero que não tinha na minha agenda. Era ela, me pediu desculpas, disse que não pensava como a mãe dela, que não queria ter me colocado naquela situação que só queria fazer as coisas certas.  Eu estava muito PAL até com ela, então só ouvi ela falando.  
Ela me disse que tomaram o celular dela, que a mãe passaria a levar e buscar ela na porta da escola todos os dias, e que pediu a direção da escola para ligar e avisar sempre que ela fosse sair mais cedo, sem falar que ela estava proibida de sair de casa sozinha.  
Eu perguntei porquê, ela disse que falou a eles que não ia se afastar de mim e que se casaria comigo eles querendo ou não,  e que sempre que ela pudesse ela iria me encontrar,   e me perguntou se eu ainda queria ficar com ela.   Se ela que era a principal prejudicada naquela história  não arregou, porquê eu iria arregar?  Eu estava livre, ela quem estaria presa e mesmo assim ela optou por continuar, e deixar claro para os pais que ainda estava comigo. 

       Ela poderia mentir e falar e que tínhamos terminado para vê se eles afrouxavam as rédeas, mas ela falou que não ia mentir e que faltava pouco pra ficar maior de idade. 
 
      Nós  não tivemos um namoro normal como a maioria das pessoas, não passeamos no shopping, não fomos ao cinema, era sempre corrido, era sempre com pressa, era uns beijos aqui, ali.  As vezes ela pulava o muro da escola, saía fugida no meio de uma turma que saíam  mais cedo e quando chegava em casa falava onde estava e com quem estava, e aguentava as consequências, cada vez mais ela ia minando o relacionamento com os pais que acredito eu até ali nunca ter tido  problemas.  
 
      O alemão estava procuoado  do pai achar que ele estava acobertando alguma coisa e acabou se afastando, principalmente nos últimos meses antes de nos casarmos.  
Levamos aquele namoro estranho até ela completar a maioridade, depois ela me passou os documentos dela para dar entrada no cartório, e enquanto isso ela falava aos pais que se casaria comigo e ouviu deles que quando ela tivesse com um filho nos braços sem ter pra onde ir que não batesse na porta deles, por que se ela se casasse comigo ela morreria pra eles.  

No dia do casamento estávamos eu, meus pais e meus irmãos no cartório, não foi ninguém da família dela, óbvio!  Não esperava outra coisa.    
Ela chegou com um monte mochila e sacola, guardou as coisas no carro de um dos meus irmãos e fomos assinar os papeis.  Estava feito, estava casada do de novo.  
  
    Dei um tiro no escuro, me casei sem saber direito com quem, visto que convivemos pouco nesse 1 ano e  eu paguei pra ver.  Se fiz a escolha certa ou não, eu não sei.  Ninguém sabe o dia de amanhã, contudo eu fiz a minha escolha, assim tenho total responsabilidade pelo que viria mais a frente.  

    Se me lembro bem, ela tinha ido na minha casa duas vezes apenas, eu morava em um barraco de três cômodos que construí a muito tempo no quintal da casa da minha mãe, com o tempo fui aumentando ele aos poucos, de início tinha apenas dois cômodos e um banheiro e eu construí um cômodo a mais, o chão ainda era aquele piso queimado, o banheiro tinha  cerâmica até o meio e a parte de cima era com reboco, os móveis ainda eram os que eu tinha comprado no meu casamento anterior incluindo a cama.  Mas eu fiz questão de levar ela antes de se casar pra ela não se assustar quando chegasse lá, pra ela ver a realidade ao qual ela viveria se quisesse continuar do meu lado e não do lado dos pais, a escolha foi dela.  

     Quando chegamos estavam todos com um semblante de tristeza, não foi do jeito que deveria ser, mas não tinha como voltar atrás.  Quando eu tirei a blusa dela levei um susto, as costas dela estava toda marcada de cinto, a pele dela era muito branca e ficou claro que ela tinha apanhado, em cima das costelas tinha uma marca rocha de fivela, ela disse que o pai tinha batido nela quando viu que ela ia a diante com aquela ideia de casamento, que a mãe desmaiou e foi pro hospital, os irmãos dela falaram que se a mãe morresse a culpa seria dela e que não era mais pra ela voltar a casa deles nunca mais.   Ela passou por isso sozinha porque depois do dia que a mãe dela falou o que falou pra mim, eu nunca mais (até aquele momento é claro) beirei a porta deles.  

Agora que eu iria conhecer de verdade a mulher com quem tinha me casado a mulher que escolhi para ser minha esposa e ela o mesmo.  Levei ela pra algumas baladas pra observar como ela se comportava, fui dando linha na pipa pra ver até onde ia e não me decepcionei.  Na verdade ela nunca gostou de balada, som alto, bagunça, totalmente diferente de mim que até hoje gosto de bagunça, não as mesmas que naquela época, mas eu ainda gosto de uma bagunça.  

    No  primeiro mês eu consegui com um amigo um emprego pra ela em uma empresa terceirizada, ela ia trabalhar de recepcionista  em um ministério aqui de Brasília, ela nunca tinha trabalhado na vida.  Se eu não me engano o salário mínimo na época era 400/450 por aí, eu ganhava uns, 580 por alto mais ajuda de custo, ela entrou nessa empresa e só de vale refeição ela recebia quase 200 reais e um salário de quase  600, resumindo... Ela ganhava um pouco mais que eu, só que ela não sabia mexer com dinheiro, então eu tive que ensinar ela a sacar dinheiro no banco, caixa eletrônico, tive que ir com ela abrir conta e essas coisas, além de ter que levar ela no  médico para tomar remédio contraceptivo, a mãe dela não ensinou e a minha mãe é aquelas velhas brutas que nunca tocou nesse assunto nem com as filhas. 

Coloquei a quantidade de dívidas que eu tinha num papel e fiquei assustado com tanta merda que eu fazia,  ela teria que me ajudar a quitar aquelas dividas para que juntos pudéssemos começar a pensar no futuro, o bom é que não pagavamos aluguel.  

     No começo foi meio complicado com negócio de dinheiro porque ela não fazia ideia de coisas básicas, por exemplo: íamos no mercado e ela começava a colocar coisas no carrinho, eu reparava que ela não olhava o preço das coisas, só pegava e colocava no carrinho, quando eu perguntava a ela quanto era tal produto e ela me olhava como se eu tivesse fazendo uma pergunta  idiota.  

- Sei lá! 
Era a reposta dela. 
 
Ela não tinha a noção de que se não contássemos os valores poderíamos passar vergonha no caixa. Umas coisas bobas mas que eu também teria que ensinar pra ela.  Por ela ser assim eu tive que me encarregar de controlar o meu dinheiro e o dela porque se não o negocio não ia pra frente.  
 
      Passaram os primeiros meses e ela ainda não tinha falado com os pais, e eu percebi que ela estava triste por isso, ela fazia um peixe com leite de coco e lembrava que era o prato que o pai dela mais gostava e começava a chorar.  Percebendo aquela situação à  incentivei procura-los, tentar uma aproximação, eram os pais dela e por mais que ela tenha se aproximado dos outros irmãos daqui e ter sido bem acolhida pela minha família, mãe e mãe e pai e pai, não tem como substituir.  Só pedi a ela que se eles voltassem a se falar que ela não levasse problemas nossos para eles, para não dar abertura de entrarem na nossa vida particular.   Então assim ela fez, ligou pro pai e acabaram se entendendo.  Ela ia na casa deles em datas comemorativas (dia dos pais, mães e aniversários), as vezes eu deixava ela lá mas deixava ela na esquina e voltava pra casa, não ia até a casa deles, e se fosse buscar era do mesmo jeito. Muitos chamam isso de orgulho, eu prefiro chamar de vergonha na cara.  E assim o problema DELA com os pais foi resolvido.  

    Com pouco mais de 1 ano e com a ajuda fundamental do salário dela eu já tinha quitado todas as dividas (que era minhas, adquiridas antes de me casar com ela)  consegui um outro trabalho de vigilante na mesma empresa que ela, mas não fiquei 10 dias, odeio trabalhar em lugares fechados, a remuneração era muito boa na época, mas não dá pra mim, meu negócio é na rua.   Foi aí que falei com um primo meu que estava se dando muito bem em uma empresa, era mais novo que eu, tinha 3 filhos e já tinha varias casas, ele estava crescendo na vida eu e precisava evoluir financeiramente também,   não poderia pensar em filhos morando em uma casa tão pequena e sem condições de lhes fornecer o melhor, esse primo foi a minha inspiração.   

    Ele conseguiu pra mim nessa empresa de vendedor, comecei no varejinho atendendo padarias e mercados de 1 e 2 Check Out’s, a rota era muito longe da minha casa (Itapuã, Paranoá e São Sebastião), quando vi a rota me bateu um desanimo, porque era uma quebrada meio pobre, mas logo eu percebi que lá vendia muito, tinha muita gente e os produtos giravam muito rápido a época que o país  estava vivendo era boa.   Desse ponto a minha vida financeira começou dar uma acelerada, lembro como se fosse hoje da minha primeira comissão, vendi 45 mil a, 5% de comissão, fiquei maluco, ganhar 2000 k em uma época que o salário mínimo era 400 reais, motivação nas alturas e daí só cresci graças a deus.  Só sei que quando saí dessa rota 2 anos depois eu entreguei ela pro outro representante  vendendo de 100 a 120 mil por mês. 

     Comecei a juntar dinheiro, a reformar a casa que eu morava, ainda pegava uma parte do dinheiro da mulher porque se eu deixasse solto ela chegava em casa com um saco de bala e uma sacola cheia de moedas, mas pra ela eu falava que o dinheiro ainda era pra ajudar nas contas, mas eu tinha aberto uma poupança pra ela mesmo, pra uma emergência, não precisava mais de um centavo dela, conseguia pagar todas as dispersas sozinho, mas ela não precisava saber disso não é verdade?  Ela sabia que as coisas estavam melhorando mas o valor exato que eu estava recebendo e gastando por mês não, ela também nunca se importou com isso, nunca me cobrou os valores do que gastávamos em casa, assim facilitando pra mim.  

    Vou adiantar um pouco.   3 anos se passaram, eu já tinha reformado toda a casa, tínhamos um problema com relação a minha ex mulher que vivia no quintal da minha mãe, ela era muito amiga da minha irmã e da minha mãe, isso incomodava minha esposa, e as vezes trazia brigas pro relacionamento,  mas quando ela se casou também sabia dessa parte da minha vida, expliquei pra ela que na casa da minha mãe vai quem ela quiser, que eu não poderia  interferir nisso, a única coisa a se fazer era fechar a entrada que dava pro quintal e fazer uma entrada individual, assim ela não ia precisar aturar a presença dela lá, então aproveitei que a casa era de esquina e puxei uma área de serviço bem bacana, fiz uma garagem, coloquei porcelanato, moveis planejados na cozinha, troquei os moveis, deixei o barraco muito bonito, tanto que hoje eu alugo lá por 650 tranqüilo.,   após sair de lá  a minha mãe provavelmente iria colocar alguém pra morar lá de graça e eu iria ficar no prejuízo porque investi uma nota preta lá.  

     Comecei juntar grana desesperadamente, toda premiação, bônus, auxílio, campanha, carro, moto tudo que eu ganhava eu guardava, estava aprendendo... Antes tarde do que nunca.  A vida estava indo muito bem, talvez meu erro foi esperar casar pra começar a me desenvolver, correr atrás das coisas, mas não adianta chorar o leite derramado, já foi...  Todas as vezes que decidi diminuí as farras foram as vezes que estava casado,  outra falha minha. 

Precisava juntar grana rápido, já estava com quase 32 anos e precisava ter um filho, casamento sem filhos pra mim não é casamento.  Queria ter o primeiro  no máximo dentro de dois anos.  

     A minha esposa estava tranquila agora, estava em paz com a família dela, mas eu ainda não tinha contanto com eles, continuava na mesma, ela tentou várias vezes mas eu não queria contanto com eles por causa da jararaca, uma humilhação daquelas que passei não se esquece de um dia pro outro. 

     Como eu disse anteriormente eu deixava e buscava minha esposa perto da casa dos pais dela, sempre que ela ia, antes de voltar ela me ligava pra saber se eu iria ou ela teria que vir de ônibus, nesse domingo específico deu mais ou menos a hora de ligar e ela não ligou, escuto a voz dela, quando eu olho é ela o pai no carro, mas ele não desceu.  Ela me falou que ele se ofereceu pra deixar ela em casa e desse dia toda vez que ela ia na casa deles, ele vinha deixar ela, ele não entrava e eu não saía pra falar com ele.  Lá se foram mais um tempo, até o dia que ele entrou com ela.  


    Quando eles entraram eu estava sentado na sala assistindo um jogo, me levantei, apertei a mão dele, ele elogiou a casa, disse que era uma casinha muito boa para um casal sem filhos, iniciamos uma conversa com ele contando sobre como foi quando ele se casou com a mãe do alemão, e depois com a mãe da minha esposa, agimos naturalmente até ele tocar no assunto daquele fatídico dia.         Me pediu desculpas, disse que não imaginava aquele relacionamento dando certo, falou que não era bem àquilo que tinham planejado para a filha, mas que eu provei que era um homem de verdade e que ele estava errado sobre a minha pessoa.  Disse que a filha amadureceu muito e que  parecia viver bem  e que ele queria que fossemos uma família unida novamente, esquecendo os problemas do passado, que eu fosse até a casa dele, que agora eu seria bem recebido.  

.   Sempre respeitei muito meu sogro, não tive problemas com ele, hoje tenho uma filha e sei bem o que ele sentiu naquela época, ele não poderia saber das minhas reais intenções e tudo que ele fez foi para o bem dela, ela também tinha dado um tiro no escuro, ela também pagou pra ver, todos nós apostamos sem saber direito em que.    

     Agradeci as palavras dele, falei que não tinha problemas com ele, que o entendia e aquilo eram águas  passadas, Agradeci o convite de começar a frequentar a casa dele mas expus a real, falei que ele nunca me ofendeu como homem, que ele estava certo de pensar daquela forma, pois eu não era nenhum santo. Mas que não poderia ainda frequentar a casa dele porque quem me ofendeu de verdade ainda não tinha falado comigo, que a esposa dele não gostava de mim e enquanto não conversássemos sobre isso eu não poderia voltar a frequentar a casa deles, disse que ele sempre seria bem vindo na minha casa e que eu tinha grande admiração pela estória de vida dele, que eu tinha uma relação de longa data com os filhos deles que moravam ali perto e que sempre que possível poderíamos nos reunir para tomar uma cerveja, assistir um futebol (detalhe que ele nunca bebeu).  

    Ele entendeu, nascia ali uma relação não só de sogro e genro, mas de dois amigos. Acredito que se o alemão tivesse sido criado por aquele homem, ele estaria muito melhor de vida do que esta hoje, não que ele esteja rum, graças a ajuda do meu sogro os três filhos que viveram aqui numa pobreza feroz na infância  conseguiram dar uma rumo na vida.  

.    Daí em diante sempre ele vinha na minha casa, na casa da bia, fazíamos almoço, churrasco, aniversários e ele sempre comparecia, sozinho é claro, sem a esposa e os outros filhos.  

      Depois dessa reconciliação entre genro e sogro passaram-se mais 1 ano e meio mais ou menos.  Nesse tempo eu trabalhei a cabeça da minha esposa para que ela entendesse que após o nascimento do nosso primeiro filho que ainda não estava a caminho, ela teria que abrir mão do emprego, ela estava naquele mesmo emprego do início, mostrei pra ela como era a educação de filhos de mulheres próximas a nós que abdicaram da profissão e da carreira profissional para se dedicar a família, e também mostrava os filhos das mães que se rebelaram contra o casamento, contra a autoridade do marido, que deixavam os filhos com terceiros para trabalhar fora, e eu peguei bem pesado nos exemplos, usando até a vida da minha irmã  adotiva, feminista mãe solteira  que vivia na correria com o filho bandido, tomando tiro da policia.   

   Lógico que existem mães  que trabalham fora e educam os filhos, mas eu sempre vou crer que a melhor forma de criar e educar os filhos é  no modelo tradicional de família (pai trabalha, mãe fica em casa e auxilia).  Se é correto ou não, não interessa mas é no que eu acredito.  E  isso eu fui fazendo aos poucos até ela entender e aceitar. 

     Nesse período eu já estava atendendo mercados SM, que eram maiore,  crescendo dentro da empresa, já tinha promotores trabalhando pra mim, o profissional estava  melhor do que eu merecia, não por não ser um bom profissional porque modéstia parte eu sou foda mesmo com vendas, mas porquê eu não estudei e me esforcei quando deveria, então pode dizer que 50% foi meu esforço e os outros 50% foi sorte,  sei bem que se não fosse a facilidade de socializar não teria chegado onde cheguei.  

     Já com uma grana boa,  fomos ao medico para suspender os remédios, ele disse que ela demoraria de 6 a 8 meses pra conseguir engravidar. Era o prazo de comprar a nossa casa, falei pra ela que nosso filho já nasceria na nossa casa nova, só que faltava ainda 30% do valor total para a compra e reformar da casa que eu estava “namorando”. Mas eu já estava ficando velho, se esperasse mais um pouco quando meu primeiro filho tivesse 10 anos eu teria 60, aquela era a hora, eu estava disposto a financiar o valor que faltava mesmo pagando um juros exorbitante para o banco, então esperei mais um pouco, mas já estávamos tentando o primeiro filho. Ela Já estava certa também  que deixaria o emprego após a criança  nascer.  
Passou 1 ou dois meses, sei lá e ela engravida, pensei que ia demorar mais um pouco...  mas foi, um filho já estava nos meus planos.  

   Aí  um dia  ela me fala toda alegre que o pai iria almoçar com a gente e que tinha uma surpresa pra mim, que eu iria adorar, ela estava igual uma criança quando ganha doce.  

     Quando ele chega e fala que estava sabendo que  neto dele estava por vir ele queria nos ajudar, então comprou uma casa pra gente morar a algumas quadras de onde nós  morávamos.   Ela dava pulos de alegria (já estava sabendo, eu que estava cabaço na história), eu fiquei sem palavras, eu não queria aquilo, eu não queria sair da casa que vivia tranquilo pra ir morar de favor na casa de ninguém,  eu não gostei da surpresa mas não falei nada.  

Ele me entregou a chave, disse que a casa estava no nome dele mas que era nossa.   Fomos de carro até lá, a casa tinha 4 quartos, precisava de uma boa reforma, estava meio estragada mas uns 18 mil deixaria ela no jeito.  
A primeira coisa que eu pensei foi:  “pra que uma casa de 4 quartos pra um casal com 1 filho?”.   
Enquanto isso, eles faziam planos. 

Aí “a gente” (os dois),  pode derrubar isso aqui, o quarto do bebê pode ser aqui, pode mudar isso, aumentar  aqui, diminuir ali.  Ela estava delirando de felicidade, e eu não consegui disfarçar a cara de desaprovação,  eles me perguntavam uma coisa e eu só concordava com a cabeça. 

Eu fiquei de cara.  Muitos de vocês devem pensar que sou louco, ou qualquer outra coisa, menos que eu estava certo quem não gostaria de ganhar uma casa pra morar?   Deve ser a mesma coisa que ela pensou na época.  

Quando chegamos em casa e o pai dela foi embora, começamos uma discussão, porque ela não entedia o porque de eu claramente não ter gostado da “surpresa”.  Eu respondi que ela não podia agir assim pelas minhas costas, que essas decisões importantes ela não poderia tomar sozinha, que ela tinha botado pilha no pai dela pra comprar aquela casa sem me avisar porque sabia que eu não iria aceitar, e com ela já comprada seria mais difícil eu recusar.  
Ela disse:

- Como assim não aceitaria a casa, você está louco?  
Porquê você não aceitaria uma casa de presente?  

- A casa não foi comprada pra mim, a casa foi comprada pra você, só não esta no seu nome, mas é sua.  

- que seja, se é minha é sua também, é nossa e será do nosso filho.
  
- Eu não falei pra você que íamos comprar nossa casa e que moleque nasceria lá? 
 
-Sim, mas você não me explica como esta fazendo as coisas, não me fala de valores, não diz nada me deixa no escuro, apenas confiando na sua palavra.  (Como se a minha palavra não valesse nada). 

      Eu respondi a ela que esperava que aquela tenha sido a primeira e a ultima vez que ela trama algo pelas minhas costas, que eu não era um moleque e não ia deixar ela me comprar com a porra do dinheiro do pai dela, se eu falei que ia comprar uma casa que é porquê eu ia comprar,  que aquela atitude dela era de uma cobra que age escondido pra dar um bote e pedi pra ela não me fazer perder a confiança que eu tinha nela.  

     Depois ela falou um monte de coisa e eu não dei mais uma palavra, só avisei que conversaria com o pai dela e que aquilo tinha que ser resolvido entre nós, pra não se meter mais nesses assuntos.
  
Estávamos em crise, dizem a crise dos 5 anos.  

Voltando a questão da casa:
 
     Não existe dois líderes em uma família, não existe dois machos no bando, isso não dá certo.  

     Naquela noite quando eu deitei pra dormir eu pensei muito, não poderia aceitar aquela casa, seria um desastre, o pai dela iria poder interferir nas nossas vidas, eu teria que pedir permissão pra fazer qualquer coisa ali dentro, reforma, tudo iria precisar da autorização dele,  além de me conhecer o suficiente  pra saber que se um dia ela jogasse na minha cara que aquela casa era do pai dela, mesmo que se desculpasse  logo em seguida eu teria que ir embora, porquê tenho dignidade, mesmo se ele colocasse a casa no nome dela, ou no meu, ou no nome dos dois, eu não aceitaria porque aquela casa poderia ser o fim do meu casamento que até ali estava indo muito bem, obrigado.  

Ela poderia nunca fazer isso, mas também poderia fazer, então eu preferi não arriscar. 

    Quando nós temos o poder do dinheiro confrades nunca agimos de forma egoísta, nunca jogamos na cara delas os sacrifícios que fazemos, sabemos levar a relação de forma sadia, se a mulher é boa você será bom e tudo flui naturalmente, por isso temos o poder da liderança, por isso famílias onde se respeita a ideia do cabeça do lar são mais bem sucedidas, a mulher não tem maturidade pra ter o poder da liderança, o que acontece quando a mulher manda?  A gente sabe.  E além disso tudo tinha o fato de eu ter ficado cabreiro com aquele tanto de quarto naquela casa. 

    Marquei alguns dias  depois com meu sogro em uma churrascaria por minha conta,   (detalhe que eu tinha ganhado esse rodízio pago por uma indústria por ter batido umas metas lá,  comida e bebida de graça para duas pessoas).  

      Sentamos e conversamos e eu expliquei tudo pra ele, o porque de eu devolver a chave da casa pra ele, só não falei da desconfiança dos quartos,  agradeci muito por ele ter comprado aquela casa, por querer nos ajudar mas que por esses motivos eu não poderia aceitar.   De forma muito madura ele entendeu o meu ponto de vista, que não queria interferir no meu casamento e que fez aquilo com a melhor das intenções, respeitando a minha decisão.  Aí eu lhe fiz uma proposta. 

      Contei a ele que tinha uma quantia x no banco, que precisava do valor y pra comprar a nossa casa, e que eu estaria disposto a financiar o valor restante com o banco, então perguntei a ele se ele poderia me emprestar o valor que faltava cobrando o juros que ele considerasse justo e que eu pagaria a ele em dois anos.  Ele disse que precisava pensar, pois tinha acabado de comprar a outra casa, eu concordei só pedi pra ele manter aquilo entre nós, ele concordou e me pediu um prazo de 7 dias para a resposta.  

Eu compraria a casa de um jeito ou de outro, mas se ele me emprestasse com um juros menor me ajudaria bastante. 

    As coisas em casa não estavam nada bem, desde da ultima discussão não trocamos mais que poucas palavras, ela estava tentando me pressionar a mudar de ideia (não me conhecia mesmo).  No mesmo dia em que conversei com o pai dela, eu voltei ao meu trabalho e depois saí com meus promotores, paguei uma bebida pra eles e aproveitei pra tomar umas também, estava estressado, cheguei um pouco mais tarde do que o que o de costume.  Quando eu cheguei em casa a jovenzinha estava lá,  e olha só... Tinha ido no salão e metido a tesoura no cabelo, cortou no ombro só pra me provocar, porque sabe que eu não gosto de mulher com cabelo curto.  
Mulher é um bicho complicado!  
Ela me olha com a cara mais lavada e pergunta:  

- olha meu novo corte de cabelo, que lindo, você gostou?
 
- Esta horrível, você esta parecendo a sua mãe. 

-Nossa!  Eu adorei, 

-Pois é, esta feia pra caramba.
 
- Falei com seu pai hoje. 

- E?  E aí, o que vocês resolveram?  

- Devolvi a chave e falei que não ia querer a casa.  

Agora eu estou digitando isso rindo, mas na hora foi tenso.  
Mesmo muito brava a voz dela ainda era baixa, diferente da minha ex mulher que parecia o demônio encarnado quando discutíamos.  

      Quando a gente esta casado aprendemos a desenvolver um método muito bom nessas horas de tensão, você ensina a sua mente a sair do seu corpo, respira fundo, se concentra e segundos depois você olha pra sua esposa e não escuta nada, só vê a boca dela se mexendo, e deixa ela falar, enquanto isso você está em outro plano, outra dimensão, tenta focar no sexo que virá na hora reconciliação, o sexo depois das brigas são sempre os melhores.  

    Quando eu percebi que a boca dela tinha parado de se mexer, olhei e pela fisionomia do rosto e dobras nas sobrancelhas ela estava esperando uma resposta.  
Eu só olhei bem pra ela e disse que a minha decisão já estava tomada, e nada que ela fizesse ou falasse iria mudar isso,  mas que se ela não aceitasse a minha decisão,  ela poderia pegar a chave com pai e se mudar pra casa nova, a final,  a casa era muito importante pra ela e eu não iria tentar impedi-la de ir.
  
      Ela falou mais meia hora, eu falei por 20 segundos, e ela começou a falar de novo.  Agora sobre o fato de eu não ama-la de eu cagar e andar se ela fica comigo ou não, a mesma ladainha da outra, parecia que tinha voltado no tempo, só que agora não existia palavrões, graças a deus!  
Blá.. Blá... Blá... Blá... Blá.. E um sonoro...  você dorme hoje no sofá.
  
Aqui vai uma dica para a ala sonho de noiva, um dia sua mulher influenciada por novelas e comédias românticas vai “mandar vc dormir no sofá para testar a sua masculinidade”  isso é uma coisa inevitável, ela vai fazer... Uma hora ou outra.  
 Esses programas da tv acham engraçado né?  todo mundo ri, parece até ser divertido de verdade.  

     Lembro que na época que morava na casa dos meus pais  vi poucas vezes problemas sérios entre eles, mas quando eles brigavam a minha mãe ia dormir no quarto das minhas irmãs, jamais eu vi meu pai saindo do quarto dele, e a minha mãe sempre voltava pro quarto deles depois.  

      Ela entrou pro banho, eu aproveitei pra pegar a chave da porta  do quarto, porque se ela trancasse aquela merda eu teria que arrombar e seria um trabalho e mais um gasto pra mandar arrumar.   Tomo uma dose de conhaque, eu estava mais puto com a desgraça que ela tinha feito na cabeça do que com as brigas dos últimos dias.  Lá pra meia noite eu entro no quarto e vou dormir

 Sabia que ia sair mais uma briga porque ela ainda estava acordada.  

Eu estava cansado pra caramba.  Rezei pra não ter que brigar de novo, mas... Fazer o quê né?  Casa que é gostoso
trollface

- Eu coloquei um travesseiro e um lençol, pode ir dormir lá  fora.

 Deitei do meu lado da cama tentando ignorar a situação.  

- Eu não vou dormir com você, pode sair da cama.  

Acho que ela pensou que pelo fato de estar gravida eu iria arregar. 

- Se você não quer dormir comigo tudo bem, é um direito seu, pode ir você dormir lá  fora, eu estou  na minha casa, na minha cama e aqui que eu vou dormir.  

    Ela se levantou e foi pra sala, eu capotei nem vi o que aconteceu, acordei de manhã  com ela se arrumando pra ir trabalhar . Se foram mais dois dias sem trocarmos uma palavra,  diferente da minha ex, ela não deixava de cumprir obrigações mesmo estando sem falar comigo, fazia a comida, passava a minha roupa a noite para eu ir trabalhar no outro dia,  dormiu fora do quarto 2 noites (estando grávida),  não me preocupei com isso, se ela tivesse incomodada em dormir no sofá ela viria pra cama, se estava dormindo lá era porque não estava sendo afetada.   Eu não sou infantil igual a ela, jamais mandaria ela dormir fora do quarto igual ela fez comigo, ela estava dormindo no sofá porquê queria, só sei que foram 2 noites, depois ela voltou e nao lembro quando foi, mas em uma noite ela deitou com a camisola do amor aí não teve pra onde correr  fizemos as pazes.  E  que eu me lembre essa foi a única briga mais séria que nós tivemos nesses quase 14 anos.  


     O pai dela entrou em contato comigo, disse que estava com o dinheiro a disposição  e cobraria pouco mais que o juros da poupança, praticamente me emprestou o dinheiro de graça, não me pediu garantias, não assinamos papeis, fizemos um acordo onde só a existia a palavra e em menos de dois anos eu quitei a minha divida com ele, um acordo que até hoje só nós dois sabemos.  

      E a casa de 4 quartos que estava sobrando?  Meu sogro deu ela para a bia morar com o marido e com as minhas afilhadas, e depois de 4 meses ele mandou o alemão e o outro irmão se mudar pra lá para poder saírem do aluguel Também,  Uma família com 3 machos urinando nos móveis, durou mais alguns anos ate separação da bia, e ela já estava casada a 15 anos.  

      Na maternidade quando minha esposa foi ter minha filha,   voltei a falar com a mãe dela que nem tocou no assunto da briga naquele dia,  agiu como se fossemos uma família feliz desde sempre, hoje  temos uma convivência sadia e de respeito,  tive mais um filho, dessa vez veio um homem “graças  a deus”.  
 
     Anos se passaram desde o meu casamento, temos problemas como qualquer outro casal, afinal eu não me casei com uma mulher robô, joguinhos sempre teve, ainda tem e sempre terá, desentendimentos todo casal tem, mas até hoje nada tão grave que tenha tirado a minha paz, essa ultima parte do relato foi o mais perto que chegamos de uma separação, e lendo agora percebi que não foi nada de mais comparado com coisas que eu já li por aqui.   

Atualmente trabalho atendendo as redes, não penso em sair tao cedo do meu emprego, mas sempre corro por fora também,  estou investindo em um negócio próprio, estava estudando isso à algum tempo e agora decidi cair de cabeça, pretendo me aposentar aqui 12 anos no máximo sem depender do governo, depois eu faço um relato no tópico de desenvolvimento pessoal para Vcs entenderem melhor do que se trata, por auto fiz um investimento gigantesco nesse negocio e espero que dê resultados, já esta dando mas eu quero ampliar e regularizar junto ao governo.  

Continua.
Responda-o
#2
Muito bacana sua história.
Além de ter um casamento saudável, amadureceu e fez seu patrimônio.
Eu abri mão do casamento mas seu relato é admirável. Parabéns e sucesso.
"Escola? E o aprendizado com os próprios erros? A experiência te faz professor de si próprio".
Responda-o
#3
Relato bom, não faz sentido demonizar o casamento, tudo tem seus altos e baixos.
Responda-o
#4
Relato muito bom! Mas para mim, o segredo do casamento foi ter escolhido uma moça de família e pouco rodada, e além disso, o seu esforço para crescer na vida não gerando conflitos por falta de dinheiro. Pq na minha visão, se o povo casa e não melhora financeiramente, fatalmente o casamento vai acabar.

Obs: Mesmo conhecendo historias de sucesso de casamento, não animo de casa de jeito nenhum kkkkkkkkk
Responda-o
#5
Parabéns pela história de vida, confrade, muito legal mesmo. História REAL, que por si só já é incrível.
Muito legal sua história de construção da sua família, do jeito que deve ser, com o Homem fazendo papel de HOMEM , sendo o cabeça da relação e como a mulher (se for decente) se sente segura com isso. Mas é o seguinte: homem pra direcionar a coisa precisa ter condições ($$$).
Vc fez EXATAMENTE o que eu faria na questão da casa. Eu penso assim mesmo. Quem manda na casa SOU EU, e pra eu mandar, e que tenho que comprar e pagar.
Mas o ponto pra vc ter razão na ocasião é que vc tinha juntado uma boa parte da grana.... se tivesse ficado "parado no tempo", acomodado, perdia a razão.
Tenho vários pontos em comum: primeiro casamento um lixo, anos de solteirice depois disso, muita experiência em ver pequenos detalhes em mulheres e posterior casamento com uma mulher (bem) mais nova que me cativou. Fiquei encantado por ela, mas muito mais pela relação dela com os pais e irmãos (muito parecida com a minha criação). Acabamos de completar 14 anos de relacionamento. Fiz na minha família exatamente como meu pai fez na dele (homem tem a palavra final e pronto acabou) e me sinto muito bem por isso.
Também penso igual a você no seguinte: até agora está tudo muito bem obrigado, mas pode ser que daqui algum tempo dê tudo errado. Mas FODA-SE.
Ainda não me sinto a vontade de contar a história aqui, mas quem sabe um dia...
Responda-o
#6
Relato raiz, confrade @Escobar

Nada a acrescentar! Parabéns!

Responda-o
#7
Grande relato.

Um refresco no meio de tanta TEORIZAÇÃO (escrito de maneira pomposa e bem elaborada) vigente com frases de efeito.

A REAL é sobre a liberdade de fazer o que você quer fazer, sem manuais mas conhecendo as regras do jogo.

Cai na REAL pra valer depois de um divorcio bastante complicado, já cai na pilha de pensar que "nenhum casamento dá certo" e etc.
Tudo teorização imbecil.
Certo ou errado é a gente que faz, o que precisamos é ter firmeza e nos responsabilizarmos por tudo o que fazemos nesta vida.

Parabéns Escobar...
"Paulistarum Terra Matter..."
Responda-o
#8
Amigo Escobar, prometo ler tudo com calma.

Tem mais Wall que pub de CS:GO aqui, calma aí que eu preciso ler.
The absence of virtue is claimed by despair






Responda-o
#9
É, jovem... textão, mas li tudo kkkkk

Muito bom.

Cara! É de bons exemplos assim, histórias de sucesso que vão crescendo no meio da gente que precisamos pra incentivar a galera aí a não desistir, tem uma galera doida por aí que terceiriza os problemas do casamento dizendo "seguir o próprio caminho" quando na verdade só estão arrumando desculpas, casamento real é assim, você começa meio bambo, vai pegando experiência, vai lidando com altos e baixos até conseguir uma estabilidade.

Relato DA REAL eu chamaria isso, porque a Real nunca foi sobre como se separar das mulheres, mas como LIDAR com elas.
The absence of virtue is claimed by despair






Responda-o
#10
Ficou faltando o final, só vi agora.  

Não tive fase de revolta na adolescência, nunca odiei as mulheres, sempre joguei com as cartas que vida me deu, fiz burradas atrás de burradas, caí e levantei quantas vezes foi preciso, posso cair ainda, ninguém sabe o dia de amanhã.   Sei que não existe mulher exceção, que de uma hora pra outra  pode dar a louca na cabeça dela, e ela se rebelar. Já vi casos de mulheres em que após 20 anos de casada, simplesmente abandonaram seus maridos e filhos pra se aventurar com jovens em bailes funks da vida, o mundo esta de ponta a cabeça e única certeza que temos na vida é a morte.   Só sei que fiz uma escolha, e assumi as consequências, e assumirei caso algo aconteça, a pergunta que fica é se estou preparado fisicamente , psicologicamente e financeiramente para encarar possíveis decepções que  talvez a vida esteja guardando pra mim, a resposta é sim,  não porquê eu sou fodão, o pica o mais esperto, mas porquê eu sou homem e nós homens temos o poder de superar, temos o poder resolver, temos força, garra pra encarar as dificuldades.  Não deixem ninguém controlar a sua mente, seja mulher, pais, filhos, sogros,  amigos, mídia, movimento x ou y, tire o que tem de melhor de cada seguimento e descarte o que não é importante.  Seguir o próprio caminho e buscar aquilo que você acredita, eu acredito no poder da família, você pode acreditar no poder do dinheiro, do status, da fama... Não importa, cada um corre atrás do que  que considera melhor pra sí. 
 Se você acha que a família esta desestruturada e nada pode mudar isso, corra atrás de outra coisa, vai com tudo pra cima, mas nunca deixa sua masculinidade de lado, não sinta vergonha de ser e agir como homem, nunca!  

Eu fiz esse relato à alguns meses atrás, ia publicar no fórum mas deixei aqui e hoje mexendo no celular encontrei, no tópico que fizeram sobre problemas com o sogro eu fiz um resumo do meu problema com meus sogros e por mensagem privada e avaliações positivas me pediram pra fazer um tópico detalhando mais a historia, por isso decidi publicar agora.  

Espero que tenham gostado, como vcs sabem não sou muito bom com a escrita e regras de pontuação, mas eu estou tentando melhorar isso aí, postar pelo celular dificulta ainda mais 

Força e Honra

Escobar.
Responda-o
#11
Relato foda..
Enchergava a relação dos meus pais em varios pontos... meu pai é um homem honrado e assim como vc venceu na vida e nunca saiu da cama Gargalhada
Parabéns pelo sucesso em conduzir um casamento.
Avante Senhores!
Não Tá Morto Quem Peleia!
Responda-o
#12
Que grande relato, dar para extrai muitas lições de vida dela, e não só em como lidar com mulheres, bem como, desmitificar muita gente que demônizão o casamento, mas a grande lição que deve-se levar em conta é como ser Homem. Parabéns.

                Passei, vi e, ao contrário deles, venci.
Responda-o
#13
História inspiradora. Eu quero destacar a sua sagacidade de pegar o empréstimo com o sogro sem o conhecimento da sua esposa (filha dele).

É algo que deve ser apreendido por todos que te leem. No meu casamento (já findo), meu sogro ofereceu ajuda para a aquisição de um apt. (algo que eu já estava delineando). Pediu-me para aguardar uns meses, pois sairia uma grana boa pra ela.

Minha resposta? Não, obrigado! Doação de sogro é chave de problemas... Problemas os quais eu vivi no seguinte sentido: ela não trabalhava, mas recebia uma gorda mesada do pai. Em todas as discussões que tínhamos, quando eu queria incutir-lhe a ideia de austeridade financeira, ela dizia: "ah, não vou me preocupar, pois meu pai me ajuda!". Só de me lembrar disso, o sangue ferve.

Na moral? Viva mais humildemente, mas viva independente! E se for receber ajuda do sogro, faça como o confrade @Escobar, pegue um empréstimo e não fale sobre isso a ninguém, sobretudo à filha dele.
Responda-o
#14
Caramba que relato!

Só uma pergunta @Escobar , nesse tempo, quando foi que vc conheceu a Real ? no seu divorcio?

Tive a experiencia de casado por 2 anos (morei junto), terminou que acabei sendo chifrado e posteriormente chutado. Confesso que gostava da vida de casado, pois sempre fui na minha.

A culpa foi estritamente minha que não soube escolher direito a "esposa" . Varias red flags que na época eu não sabia identificar pois foi graças a esse termino de relacionamento que eu acabei conhecendo a real .

Família deveras desestruturada (Pai alcoolatra e bebado que batia na mãe dela, divorciados)
Genio horrivel, ruim, brava, egocentrica etc (Tudo tinha q ser do jeito dela, caso contrario era briga na certa... e eu beta acatava)
Faladeira (adorava fofoca, vivia se envolvendo em confusões com vizinhos e "amigas")

Acabei caindo no canta da sereia, pois quando a conheci ela tinha 16 anos e eu 18, ela era virgem, pura, mal saia de casa não sabia praticamente nada, inocente e trabalhadeira.

Estou num relacionamento atualmente ja com a real na mente, e a diferença é gritante. Começando pela familia, humilde e bem "patriarca" apensar que a dama ja nao era mais virgem quando a conheci, o prós no momento são superiores aos contras em inumeros sentidos, mas é a velha maxima "hoje ta bem, amanhã pode nao estar"
Responda-o
#15
(14-11-2019, 04:55 PM)Max Wolf Escreveu: Caramba que relato!

Só uma pergunta @Escobar , nesse tempo, quando foi que vc conheceu a Real ? no seu divorcio?

Vlw confrade pelo feedback positivo.  

Então, eu não conhecia a real, acho que tem pouco mais de 2 anos que frequento essa casa, conheci através de uma pagina no facebook homem de honra / macho honrado... Não  lembro bem, essa pagina compartilhava muito sobre masculinidade, feminismo e eu me identifiquei, aí um dia eles fizeram propaganda do fórum, disseram que era um ambiente masculinista,  e nessa época eu estava em dúvida se fazia uma vasectomia ou nao, precisava de uns conselhos de quem já tinha feito e tal, aí acessei mas não me cadastrei li algumas coisas, alguns textos de N.A. Entendi que todos que participavam conheciam então antes de me cadastrar estudei um pouco sobre, mas confesso que menti falando que já conhecia a algum tempo,  conheci de verdade depois com o acesso diario, aí fiz o cadastro, gostei da casa e estou aqui até hoje.
Responda-o
#16
cara, eu não acredito em fidelidade em relacionamento.
já fiquei com uma moça que namorava um rapaz do exercito e uma casada que tinha filhos.
acredito que uma hora ela enjoa e quando aparecer um ricardão ai você toma o chifrão.
ai o que acontece muito cara perde a cabeça e acaba matando o ricardão.
ta cheio de ricardão nos noticiarios.
sei que não vai gostar, mas seja realista.
eu não confio.
Responda-o
#17
(14-11-2019, 06:32 PM)sobrevivente Escreveu: cara, eu não acredito em fidelidade em relacionamento.
já fiquei com uma moça que namorava um rapaz do exercito e uma casada que tinha filhos.
acredito que uma hora ela enjoa e quando aparecer um ricardão ai você toma o chifrão.
ai o que acontece muito cara perde a cabeça e acaba matando o ricardão.
ta cheio de ricardão nos noticiarios.
sei que não vai gostar, mas seja realista.
eu não confio.


O cara enche a porra do cu de tarja preta e vem conversar água no fórum, matar e morrer por mulher é coisa de homem que tem cabeça fraca igual vc.
Responda-o
#18
Casamento = constituição de família para manutenção e crescimento do patrimônio.

Com o aumento constante da produtividade e da renda, reduziu-se incertezas quanto a morte prematura, renda insuficiente na velhice etc.

Ao mesmo tempo, os impostos acabaram corroendo boa parte da renda e elevaram os custos, além disso, as constantes intervenções estatais no casamento reduziu a atratividade do matrimônio.

Casamento não é mais vantajoso, economicamente falando. Tanto por conta das melhores perspectivas quanto da intromissão estatal.
Responda-o
#19
Relato fenomenal. Parabéns pela história e pelo casamento.

Percebo que alguns homens que frequentam este reduto associam a real com o fato de serem sozinhos. A partir desse ponto, começam a romantizar a solidão como se não houvesse amanhã.

É o sujeito que não fica mais com mulher pois "a real me ensinou a não dar conversa para vadias".
É o sujeito que no intervalo da faculdade, fica dentro da sala de aula sozinho, pois "a real me ensinou a não me relacionar com idiotas".
É o sujeito que não sai com os amigos, pois "a real me ensinou que barzinhos e lugares do tipo são aglomerados de manginas e libertinas".

Não é nada disso, caralho.

Real é aprender a pensar, acima de tudo. É desenvolver-se fisica, emocional, financeira e profissionalmente.
Real é largar de ser o ingênuo que todo mundo tira proveito para ser, enfim, um sujeito de princípios, opiniões, respeito e honra.

Levando-se em conta a relação com as mulheres, a definição o @Awaken foi cirúrgica, "porque a Real nunca foi sobre como se separar das mulheres, mas como LIDAR com elas."

No mais, o seu relato é inspirador não por ser um casamento que deu certo, até pelo fato de hoje o casamento não ser viável em várias vertentes (@Stumm deu uma boa explicação no comentária acima, acerca de uma dessas vertentes), mas sim pela busca de melhores condições de vida, pensando sempre em crescer, ter o próprio negócio e, apesar das dificuldades, não deixar os valores morais de lado.
Responda-o
#20
Tópico do Ano para a ALA SONHO DE NOIVA

E quem quiser sair do armário para engrossar a  ALA sonho de noiva que saia agora...

E casamento sem festa e cerimonial não é casamento.... o confrade bem que poderia dar esse presente para a esposa.

O confrade @Escobar É o grande expoente dessa ala....

com as honras a devida homenagem,,,





e depois tem a joelma do calipso??? de charretinha recibida ao som de clarinetes de Excalibur direto da corte do rei Arthur





conselho para os confrades da ALA sonho de noiva, tenham critérios para o dia do casamento e não façam isso....musicas extravagantes, trajes bizonhos dentre outras cafonices estéticas que sempre fazem os nubentes gastarem demais....

Tem de tudo de game of thrones a champions league, cavaleiros do zodiaco etc.















Só Jesus salva, vá e não peques mais...
Responda-o


Pular fórum:


Usuários visualizando este tópico: 1 Visitante(s)