14-09-2016, 01:54 PM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 14-09-2016, 02:26 PM por Mandrake.)
Após pouco mais de um ano, além de receber as mensagens de agradecimento e apoio do confrade Diamante, escrevo meu terceiro relato voltado à minha vida pessoal e em família. Para lembrar aos confrades, meus relatos anteriores são “Meu relato” e “Realização De Um Sonho”, postados entre junho e julho de 2015.
Pois bem, nestas breves linhas irei descrever como é a minha vida de filho único e quais as minhas experiências vividas desde então.
Mesmo sendo filho único, tive uma infância saudável com muitos amigos para brincar na rua do bairro onde moro e também nas escolas em que estudei. Ao longo da vida, o único problema que tive em relação a ser filho único é o excesso de zelo (ainda hoje tenho por parte da minha mãe, afinal, mãe é mãe) dos meus pais por terem me dado tudo o que eles não tiveram na infância no quesito “material”, mas isto é totalmente normal porque qual o pai ou mãe que não quer o melhor para o próprio filho?
Como disse no primeiro relato, eu moro com meus pais e sempre lhes dou satisfação para onde vou e que horas irei chegar. Para mim isto é totalmente normal porque ainda vivo sob o mesmo teto deles. Além disso, a noção de responsabilidade também é maior pois você é o apoio depois de seu próprio pai (por isso as Forças Armadas rejeitam quem é filho único no alistamento obrigatório).
E este tipo de responsabilidade veio em grande intensidade após o AVC que a minha avó materna teve em dezembro de 2010. Meus pais e eu cuidamos dela durante todo o período em que ficou acamada devido ao AVC ter deixado sequelas nela (minha avó não falava e nem andava) e assim ficou até o dia em que Deus a levou em agosto deste ano, a poucos dias do meu aniversário.
Só Deus sabe o quanto minha pobre mãe sofreu devido a essa doença que minha avó teve, e ainda por cima ela também é filha única e teve que segurar a barra sozinha (emocionalmente falando) trabalhando e cuidando da minha avó junto com o meu pai, que foi o responsável por cuidar dela em casa enquanto minha mãe trabalhava e eu também durante a semana.
Talvez vocês devam estar se perguntando por que ninguém da família por parte da minha avó não a ajudou neste período, pois digo que as irmãs dela todas já estão com idade avançada e pegar um voo com duração média de três horas não é fácil, já que a minha avó foi a única que saiu do estado de origem dela e veio fazer a vida junto com meu avó aqui em SP.
Fazendo outro paralelo com os relatos anteriores, lembram-se do período do meu ultimo relacionamento e do curso que fiz? Pois é senhores, confesso que a cabeça ficou a mil com todas estas situações, a doença da minha avó, a namorada me infernizando e o desenvolvimento da pilotagem de aviões que requer um psicológico tranquilo na hora do voo.
Portanto, fiz as devidas escolhas que eram necessárias e não me arrependo de maneira alguma, porque meus pais me apoiaram a fazer o curso mesmo neste momento difícil a qual passamos e por escolha minha não quis mais me relacionar com ninguém depois do meu terceiro namoro para que eu pudesse ter este tempo em que não estava voando e trabalhando para ficar em casa ajudando meus pais com a minha avó.
Senhores, no final das contas, ser filho único não tem problema algum, mas tem certas considerações, melhor dizendo, certas “pressões” que você recebe dos seus próprios pais em que aparecem no decorrer do tempo, que no caso é arranjar uma moça para casar e ter filhos, pois no meu caso já estou formado em engenharia e com o curso de pilotagem concluído, em que apenas estou trabalhando.
O caso é que atualmente tenho 28 anos e vivo com eles até hoje e o meu pai vendo basicamente meus primos casados e com seus respectivos filhos quer que eu arranje logo uma moça para começar a namorar, casar e dar a ele os tão desejados netos. Eu fico falando pra ele em tom de brincadeira que só me caso com “Filha De Fazendeiro” igual à música "Faca Que Não Corta" do Tião Carreiro E Pardinho: “A fazenda do meu sogro faz divisa com a minha, presente de casamento ele me deu pois eu não tinha...com esse casamento, fiquei rico de repente, casei com sua fazenda e trouxe a moça de presente”.
Brincadeiras a parte, agora o momento para mim é de reflexão, ficar um pouco na “caverna” e colocar a cabeça no lugar porque ainda estou “à deriva” por causa da morte de minha avó, mas ao mesmo tempo tambem tenho a sensação de dever cumprido, pois fiquei com ela até o fim e não a abandonei para "curtir a vida cozamigo como se não houvesse amanhã".
Por mais que você faça planos e seja forte, a vida passa diante dos seus olhos e quando menos se espera as pessoas que mais te amaram e cuidaram de você um dia irão para a Morada Eterna de acordo com a ordem natural da vida. De qualquer forma continuo com o meu desenvolvimento pessoal e profissional conforme havia comentado nos relatos anteriores, tanto que estou novamente estudando para aquela bendita prova de certificação de inglês (eu a fiz em dezembro e reprovei por 1 ponto), mas faz parte do desenvolvimento pois ele é continuo. O desenvolvimento apenas se encerra à partir do momento que você pára de respirar.
É isso ai senhores, este relato foi um pouco mais curto que os outros. Mais uma vez deixo aqui meus agradecimentos a você que chegou até este parágrafo e se ficou alguma dúvida por favor não hesitem em perguntar.
Fraterno abraço,
Aviador.
Enviado de meu SM-G903M usando Tapatalk
Citação:
Comunicado aos Confrades que desejam criar Tópicos de Relatos
Pessoal, por obséquio,
Insira o prefixo [RELATO], para designar que o tópico se refere a um relato, ou [REFLEXÃO], se o tópico se refere a reflexão.
No caso do prefixo [RELATO], na bara "Assunto", onde se coloca o Título do Tópico, existe uma caixa de menu, onde está o prefixo correto.
No caso de [REFLEXÃO], escreva junto ao Tópico.
Outro ponto que quero salientar é na construção do texto. Por obséquio, digite parágrafos entre 3 a 5 linhas, e deixe espaço de 3 linhas para o próximo. Isso facilitará em muito a boa leitura do texto. Respeitem os outros confrades que leem o tópico.
Vamos manter o respeito, a disciplina e ordem desta casa.
Agradecido,
Centurião Mandrake
Insira o prefixo [RELATO], para designar que o tópico se refere a um relato, ou [REFLEXÃO], se o tópico se refere a reflexão.
No caso do prefixo [RELATO], na bara "Assunto", onde se coloca o Título do Tópico, existe uma caixa de menu, onde está o prefixo correto.
No caso de [REFLEXÃO], escreva junto ao Tópico.
Outro ponto que quero salientar é na construção do texto. Por obséquio, digite parágrafos entre 3 a 5 linhas, e deixe espaço de 3 linhas para o próximo. Isso facilitará em muito a boa leitura do texto. Respeitem os outros confrades que leem o tópico.
Vamos manter o respeito, a disciplina e ordem desta casa.
Agradecido,
Centurião Mandrake
TOGA RODA FLAP 15