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A História do Protestantismo - parte 1
#1
A História do Protestantismo - parte 1
Postado por Major Lobo Honrado.

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“Pois não me envergonho do Evangelho de Cristo, pois ele é a força da salvação de todo aquele que acredita. Do judeu em primeiro lugar, mas também do grego. Pois nele está a justiça de Deus que é revelada pela fé e na fé, como está escrito: ‘o justo viverá pela fé’.”

No século 16, uma série dramática de protestos religiosos, sociais e políticos, produziu uma nova e influente forma de cristianismo que logo cresceria para rivalizar com o católico e o ortodoxo, como o terceiro grande ramo da maior religião na Europa.

Mais tarde, o protestantismo se espalharia mundialmente em um dos maiores movimentos da História.
O protestantismo ou cristianismo protestante ganhou o seu nome do “Protesto”, que foi um documento de protesto editado em 1529 por seis príncipes alemães e representantes de 14 cidades ao sul da Alemanha.

Esta aliança se rebelava contra as decisões religiosas da dieta imperial de Speyer, que tentava unificar territórios do Sacro Império Romano que seriam as terras das modernas Suíça, Áustria e Alemanha impondo uniformidade de culto. O documento declara dois princípios que estão no âmago da compreensão protestante do cristianismo.

O mesmo par de princípios fora declarado pelo padre alemão Martinho Lutero em seu famoso confronto com a Igreja Católica Romana, quanto com o Sacro Império Romano, em 1521.

O 1º princípio é o de que a palavra de Deus é uma autoridade maior do que qualquer autoridade humana.

O 2º princípio é o de que a consciência justifica a oposição a certos decretos eclesiásticos.

Na cidade de Worms, uma combinação de soberanos territoriais e líderes da Igreja se encontraram na chamada Dieta de Worms e convocaram Lutero a se apresentar exigindo que ele se retratasse de suas doutrinas.

O confronto entre Lutero e a Igreja Católica Romana levaria ao “Protesto” oito anos mais tarde.

O protestantismo começou como um movimento modesto para tratar certos problemas na estrutura existente da Igreja e do Estado. Lutero apelava para a consciência contra a autoridade eclesiástica, mas por outro lado alertava seus seguidores mais radicais de que não se podia permitir qualquer cisão teológica.

Os contestadores em Speyer pediam liberdade de consciência religiosa, mas só para defender sua própria interpretação do cristianismo.

“Duas coisas ocupam o cerne da tradição protestante:
Uma é a autoridade da escritura. Esse antigo conjunto de escritos esclarece o modo de vermos o mundo.

O segundo tema no âmago e cerne do movimento protestante tem sido a convicção de que nós somos perdoados, embora sejamos imperdoáveis.

Que não precisamos merecer nossa salvação. Ela nos é dada de graça, como um dom. Temos a liberdade de ser o que somos.” (Brooks Holifield – Professor of Church History, Emory University).

A invenção da imprensa por volta de um século antes estava tornando cópias da Bíblia mais amplamente disponíveis. Vários cristãos passaram a decidir por si sós qual o sentido da Escritura.

Apesar de não chegarem a um acordo, a primeira geração de protestantes, queria que seus seguidores tivessem as mesmas convicções teológicas.

Eles se concentravam no que julgavam ser os erros da Igreja. A confissão de Genebra disse que concentrando a Glória em Deus os protestantes não sucumbiriam à glorificação de coisas humanas que se tornara tão saliente na Igreja Católica Romana.

A reforma no Sacro Império Romano, logo tinha duas facções: uma liderada por Lutero, ao Norte e outra por Ulrich Zwingli, ao Sul. Essas duas facções protestantes só conseguiam concordar que discordavam.

Um outro princípio protestante inicial foi chamado de “sacerdócio universal de fieis”. Esse princípio não significava que não deveria haver mais pastores, nem significava que a hierarquia social deveria ser abolida. O “sacerdócio dos fiéis” significava que todas as pessoas possuíam acesso imediato a Deus. Que elas não precisavam da mediação de um padre.

Lutero defendeu algo parecido ao proclamar que todos os cristãos batizados são sacerdotes. Assim, cada pessoa tem o direito e mesmo a obrigação de se preocupar com o que está certo ou errado em matéria de fé. Leigos não deviam ser intimidados por aqueles que essa tarefa é para especialistas. Lutero tinha interesse em examinar a natureza da vida religiosa, talvez por ter sido monge. Agora ele argumentava que qualquer trabalho honesto feito a serviço de Deus é considerado como vida religiosa. Ele também defendia que todas as vocações são iguais perante Deus. Mas uma outra implicação surgiu de um novo foco protestante sobre a Bíblia.

A Bíblia foi traduzida para as línguas vernáculas e foi impressa e distribuída para leitura e interpretação. Os protestantes chamavam-na da fonte e autoridade da fé. E eles viam-na como um livro para o povo como o centro da devoção e do culto particular e coletivo. Mas persistia um problema. Já que os protestantes afirmavam que todos na igreja são pastores, por que haveria designações especiais?

A maioria dos primeiros reformadores acreditava que se deveria escolher pastores para fazer certas tarefas. A Bíblia não era para ser compreendida, mas sim dramatizada. Tornou-se mais importante do que nunca que leigos soubessem ler e que fossem educados nas doutrinas básicas da fé.

A tarefa do pastor não era tento a de conduzir um ritual formal, mas sim de expor a Palavra ou anunciar o Evangelho. Assim, o sermão tornou-se o evento central do culto. Alguns grupos como os quakers em meados do século 17 eram contra os chamados “pastores mercenários” que aceitavam pelos seus serviços. Eles (os quakers) se queixavam de que isso separava os pastores leigos.

Continua...

Um grande abraço em Cristo Jesus.


Este texto faz parte do projeto: Segunda das Relíquias Perdidas.
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