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Tragédia Ambiental de Mariana chegando ao HUES
#1
Não sei se vocês estão acompanhando ainda o desastre da barragem de Mariana - MG, por isso resolvi criar este tópico pra compartilhar notícias sobre o assunto.

Se esta lama chegar ao mar estamos todos fudidos, pois vai espalhar material tóxico pelo litoral durante uns 20 anos segundo especialistas, de cara já vai contaminar todos os peixes, mariscos e caranguejos até aqui na capital onde eu moro, ao longo do tempo deve alcançar outros estados, com consequências catastróficas. Podem ir se preparando pra parar de comer peixes e frutos do mar de suas redondezas os que moram no litoral. 

Já acharam uma tabela periódica inteira nessa lama, primeiro diziam ter apenas alumínio, magnésio agora já assumiram ter chumbo, mercúrio e outros metais pesados. O que está freando um pouco essa tragédia, por ironia do destino é a seca que assola o HUES, dizem que por causa do El Niño tem uma massa de ar quente que impede as chuvas de chegarem, com isso o Rio Doce está praticamente seco e eles estavam escavando a foz dele pois não estava mais alcançando o mar. 

Essa tragédia praticamente matou não só toda a fauna mas o próprio rio, essa lama vai assorear o rio de vez e quando voltar a chover, ela vai escorrer aos poucos pro mar, pois até lá as autoridades já terão deixado o assunto de lado  pois estão contando com que a poeira baixe, pois sabe que o povo tem memória curta e vai sobrar como sempre pra quem não tem nada com isso.

O capixaba, que não é bicho manso, já quebrou a entrada da Vale em protesto contra essa cagada monumental:

[Image: 738050961-protesto.jpg]
[Image: img_0117.jpg]
[Image: 737820379-lama.jpg]
[Image: img_0122.jpg]
http://www.folhavitoria.com.br/geral/not...toria.html
http://agazeta.redegazeta.com.br/_conteu...toria.html

Até no exterior teve capixaba fazendo protesto. Capixabas na Alemanha se reuniram através de redes sociais e planejam um protesto em favor do Rio Doce e contra as empresas Samarco, Vale e BHP na cidade de Hamburgo:

[Image: protest2_min_dcc-4049060.jpg]
http://agazeta.redegazeta.com.br/_conteu...-doce.html

Estamos todos apreensivos acompanhando o desenrolar dos acontecimentos, e a chegada da lama tóxica nas cidades do norte do HUES banhadas pelo Rio Doce:

Colatina: http://agazeta.redegazeta.com.br/_conteu...feira.html

Linhares: http://www.folhavitoria.com.br/geral/not...feira.html

Regência: http://agazeta.redegazeta.com.br/_conteu...rismo.html

Pesca no Rio Doce agora só daqui a uns 10 anos, e olhe lá. Estão tentando barrar a lama colocando barreiras flutuantes, segundo eles isso vai preservar a fauna e a flora: http://g1.globo.com/espirito-santo/notic...es-es.html

A lama que chegar no mar, apesar de parecer ter um impacto menor do que onde a barragem se rompeu, terá efeitos mais duradouros e poderão afetar por muitos anos a fauna e flora marítimas. É simplesmente a maior tragédia ambiental que este país já viu, e estão tentando abafar o caso, fora da internet se vê poucas notícias, e a outra tragédia na França fez com que desviassem as atenções.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2...anto.shtml

Enquanto isso o presidente da Samarco já tirou seu habeas corpus preventivo, o ministério do meio ambiente ninguém sabe ninguém viu, e o IBAMA, porque liberou o alvará pras barragens naquelas condições? 

[Image: edra.jpg]

Depois quando falam que este não é um país sério esse povo acha ruim..
O que me preocupa não é nem o grito dos esquerdistas, das feminazis, das mães solteiras, dos corruptos, dos maconheiros, dos cachorrentos, dos LGBTs, dos sem caráter e sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons.
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#2
Vejo comunas espumando de ódio por esse infeliz desastre... Mas nunca vi um comuna ou esquedinha de facul fazendo protesto contra desastre ambientais das Estatais...é igual enterro de anão e cabeça de bacalhau.

Alguém realmente acha q a Samarco "capitalista malvada" acordou de manhã e resolveu derrubar a barragem e falir por estarem entediados? [UNAMUSED FACE]
Wake up Neo... Follow the white rabbit. 

https://ask.fm/Groo_Real
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#3
De esquerda nem dá para duvidar nada mesmo, só devem estar protestando por ser privada.


Mas para geral, independente de ser estatal ou não, o acidente foi muito grave e todo mundo irá sofrer consequências conforme informado ali...
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#4
Eu moro em Angra dos Reis,só estou esperando dar merda nas usinas nucleares daqui
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#5
(22-11-2015, 02:03 AM)Romeu Escreveu: Eu moro em Angra dos Reis,só estou esperando dar merda nas usinas nucleares daqui

Uma parte da merda já foi feita há muito tempo com angra 3, já existe fortes indícios de desvios de verba . Várias empreiteiras já abandonaram esta obra do governo federal. Caberia até uma cpi para apurar estas irregularidades.sem contar que uma boa parte destas obras é de baixíssima qualidade almentando assim o risco de acidente nuclear.
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#6
Foi um acidente brutal, com graves efeitos imediatos e efeitos futuros que ainda estão para serem medidos, e me solidarizo com as vítimas. Dito isso, vou colocar um contraponto aqui no tópico: Essa história de dizer que o Brasil não é um país sério, e que oque aconteceu não foi acidente, é um tanto controverso.

Nenhuma empresa quer ter sua marca relacionada a tragédias, e não é por preocupação com a vida humana ou com danos ambientais, mas apenas por que isso traz prejuízos financeiros por décadas! As grandes empresas brasileiras cuja atividade envolve risco ambiental sabem disso. Houve sim desatres causados por acidentes em instalações da Petrobras, da Vale (esse não é o primeiro, e não será o último), e de outras, mas são isso mesmo: Acidentes.

Quanto ao Brasil e sua notória falta de "seriedade", lembro que acidentes desastrosos não são exclusividade nossa, e também não são nenhuma novidade. Só para refrescar a memória, tivemos o acidente da norte-americana Union Carbide  em suas instalações na Índia (1984); da usina russa de Chernobyl (1986); da plataforma inglesa Piper Alpha que ficava no mar da Escócia (1988); do superpetroleiro Exxon Valdez no mar do Alasca (1989); e muito outros até o da usina japonesa de Fukushima (2011).

Nenhum país no mundo é "sério"? A Vale, por ser brasileira, é "menos séria" e aquilo "#NãoFoiAcidente"?

Vamos separar as coisas. A tragédia é terrível, e todos sentimos muito, mas o que estão fazendo não resolve o problema. Isso é manifestação histérica, estimulada pela Internet, travestida de comoção empática. O que isso causa é o que vemos, no desgoverno em que o Brasil vive, a contratação de uma ONG de propriedade de um fotógrafo, para cuidar do assunto. Isso sim não é um acidente, é uma tragédia anunciada!
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#7
Brasil sendo Brasil, onde é tudo feito nas coxas e quando dá merda varrem pra debaixo do tapete.
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#8
(20-11-2015, 09:13 AM)Groo Escreveu: Vejo comunas espumando de ódio por esse infeliz desastre... Mas nunca vi um comuna ou esquedinha de facul fazendo protesto contra desastre ambientais das Estatais...é igual enterro de anão e cabeça de bacalhau.

Alguém realmente acha q a Samarco "capitalista malvada" acordou de manhã e resolveu derrubar a barragem e falir por estarem entediados? [UNAMUSED FACE]

Concordo plenamente, aqui em terras de Baixada Fluminense, onde alguns outros realistas também moram, a PETROBRAS é a maior poluídora do meio ambiente.

A chegar vermos os rios Meriti, Sarapuí e Saracuruna completamente mortos por descaso total do poder público e não vejo esquerdinha de merda nenhuma se sujando de petróleo pra fazer protesto em frente à petrobras chamando-a de assassina da natureza, porque todos os rios poluídos pelo descaso público no RJ caem na nossa querida Guanabara, que é nosso esgoto a céu aberto.
The absence of virtue is claimed by despair






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#9
Mas esse caso de Mariana foi relaxo deles mesmo, pois já tinham sido notificados em anos anteriores, e nada fizeram pra reforçar as barragens. Ainda tem outras barragens com risco de romper, hoje mesmo vi uma notícia no face mostrando uma barragem que, se romper, vai provocar uma tragédia em Minas ainda maior que esta última.

O prejuízo pra própria empresa foi monumental, em Ubu a Samarco vai fechar as portas, eles iriam construir um superporto que iria alavancar a região, agora foi tudo pro buraco.

Não muito isso de esquerdistas criticando, foi mais uma coisa de povo mesmo fazendo protesto, igual aqueles protestos contra a Dilma. Se tivesse sindicato no meio acho que o povo não ia nem aderir.
O que me preocupa não é nem o grito dos esquerdistas, das feminazis, das mães solteiras, dos corruptos, dos maconheiros, dos cachorrentos, dos LGBTs, dos sem caráter e sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons.
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#10
(22-11-2015, 12:03 PM)Major Lobo Honrado Escreveu: Mas esse caso de Mariana foi relaxo deles mesmo, pois já tinham sido notificados em anos anteriores, e nada fizeram pra reforçar as barragens. Ainda tem outras barragens com risco de romper, hoje mesmo vi uma notícia no face mostrando uma barragem que, se romper, vai provocar uma tragédia em Minas ainda maior que esta última.

O prejuízo pra própria empresa foi monumental, em Ubu a Samarco vai fechar as portas, eles iriam construir um superporto que iria alavancar a região, agora foi tudo pro buraco.

Não muito isso de esquerdistas criticando, foi mais uma coisa de povo mesmo fazendo protesto, igual aqueles protestos contra a Dilma. Se tivesse sindicato no meio acho que o povo não ia nem aderir.

Certo, mas barragem é barragem, você ser notificado é uma coisa... você tirar milhões de litros de água é uma operação gigantesca...

Você pode ver que funcionários que estavam trabalhando na barragem morreram...  alguma merda muito grande aconteceu, eles deviam estar fazendo operações nessa barragem e fizeram ela ceder como uma avalanche.
The absence of virtue is claimed by despair






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#11
Por Equipe IMB


Propriedade privada.  E todo o resto deriva disso.
Se fosse possível escolher uma frase que resume toda a teoria libertária, esta seria ela.  É a existência da propriedade privada, e é o respeito à propriedade privada, o que gera todos os outros direitos do ser humano.

A primeira e mais direta consequência de se reconhecer a propriedade privada é que seu corpo se torna a primeira fronteira inviolável.  Sendo o seu corpo a sua propriedade, ninguém pode agredi-lo.  Consequentemente, ninguém pode tirar a sua vida. 

A segunda consequência da inviolabilidade do corpo humano é que a única maneira ética e moral de você conseguir bens é por meio de transações voluntárias.  Para que alguém voluntariamente lhe forneça algo, você tem de voluntariamente fornecer outro algo para esse alguém.  Você não pode coagir ninguém e nem ninguém pode lhe coagir.
É assim, por meio dessas transações voluntárias, que surge o mercado.  O mercado nada mais é do que a arena em que ocorrem transações voluntárias.  O mercado é consequência direta da propriedade privada.  Sem propriedade privada não pode haver transações livres e voluntárias.  Consequentemente, sem propriedade privada não pode haver mercado.

A terceira consequência, que advém dessas duas primeiras, é que, tudo o que você adquiriu honestamente, por meio de transações voluntárias e as quais não agrediram terceiros inocentes (seja o seu salário, seja o seu carro, seja a sua casa, seja a sua cerveja, seja o seu cigarro, seja a sua arma), é sua propriedade e — por conseguinte — não pode ser confiscado ou destruído.

Esse, em resumo, é o cerne da teoria libertária.

E daí?

Tendo isto em mente, é fácil imaginar qual deve ser a posição libertária quando uma empresa privada, como uma mineradora, faz uma lambança e, em decorrência disso, pessoas morrem, outras perdem suas casas, e outras ficam até mesmo sem água potável.

Na teoria libertária, se a barragem de rejeitos de uma mineradora se rompe e toda a enxurrada de lama destrói a propriedade alheia — casas, carros, escolas etc.—, então a mineradora não apenas tem de pagar por todos os danos, como ainda tem de ressarcir por todos os transtornos criados.  Mais ainda: deve tentar restaurar (o que nem sempre é possível) a situação para o momento de antes do dano.

Isso se baseia no princípio universal (que não possui tradução em português) do prayer for relief ou demand for relief, e é muito mais antigo que qualquer sistema de justiça positivista. Toda ação (responsibility) ou tomada de risco (liability) que gere um dano acaba por conceder um direito verdadeiro de reparação ao agredido, em uma tentativa de se restabelecer a situação a nível mais próximo possível de como era anteriormente.

Apesar de os manuais de Direito no Brasil doutrinarem que se trata de um instituto de cunho legal e positivista, a ideia de reparação civil está enraizada em todos os sistemas conhecidos que alcançaram o status de civilização. Tanto no Ocidente quanto no Oriente.

Igualmente, se a barragem de rejeitos de uma mineradora se rompe e toda a lama vai para um rio e torna a água deste rio imprópria para ser captada para consumo — deixando seus moradores sem água e os obrigando a pagar por caminhões-pipa —, então tanto os gastos adicionais destes moradores quanto os transtornos gerados pela falta d'água têm de ser integralmente arcados pela mineradora.
(As especificidades técnicas e jurídicas destes procedimentos estão fora do escopo deste artigo, mas podem ser encontradas em detalhes aqui).

Por fim, se a lama polui o rio, então a mineradora tem de despoluir (técnicas modernas para isso é o que não faltam; ver aqui, aqui e aqui).

Não tem escapatória. Destruiu casas? Tem de ressarcir e, adicionalmente, indenizar todas as outras perdas causadas. Inviabilizou o consumo de água?  Tem de ressarcir e indenizar.  Pessoas morreram?  Homicídio culposo, o qual deve ser punido de acordo.

E quem irá arcar com tudo isso?  Em primeiro lugar, o patrimônio líquido da empresa. 

Caso não seja o suficiente, parte-se para os ativos.  Também não sendo suficiente, os proprietários da empresa terão de complementar os cheques.

No extremo, caso os custos com as reparações, indenizações, ressarcimentos e despoluição sejam exorbitantes — de modo que os dois procedimentos acima ainda não se revelem suficientes —, os acionistas ordinários (os proprietários) teriam de leiloar seus bens e propriedades.

Houve uma externalidade que afetou terceiros inocentes, e a implicação disso é que se responsabilize pessoalmente os sócios da sociedade empresária.

Quem destrói propriedade privada deve reparar, ressarcir, indenizar e recuperar, nem que para isso tenham de penhorar todos os ativos de cada acionista da empresa.

Essa é a abordagem libertária.

E quem faria os julgamentos?  Em um cenário libertário completo, seriam tribunais privados (cujo funcionamento foi resumido aqui e explicado de maneira mais completa aqui e aqui). 

Já no cenário em que vivemos, tal feito ficaria a cargo do judiciário estatal — o qual não deveria, em hipótese alguma, aplicar multas apenas para direcionar este dinheiro para o estado.  A propriedade da mineradora não deve ser transferida para políticos e burocratas, mas única e exclusivamente para as pessoas cujas propriedades foram afetadas e destruídas pela empresa, e para a recuperação do rio.

A realidade é oposta

Agora, vamos à realidade brasileira:

a) As mineradoras brasileiras representam uma das principais pautas de exportação da economia brasileira. Elas têm um grande peso na balança comercial, com a qual o governo é obcecado (a Samarco é nada menos que a 10ª maior exportadora do Brasil);

b) logo, por serem majoritariamente exportadoras, as mineradoras são o xodó dos governos desenvolvimentistas, como o atual;

c) adicionalmente, há o fato de que mineradoras não apenas geram empregos para muitas pessoas, como ainda garantem fartas receitas tributárias para governos municipais, estaduais e federal. Para se ter uma ideia, os impostos pagos pela Samarco representam 80% da arrecadação de Mariana. Se a Samarco for punida, as receitas da prefeitura da cidade desabarão (não foi à toa que o prefeito da cidade literalmente enfartou);

d) o fato de serem queridas pelo estado, de serem exportadoras, de gerarem empregos, e de garantirem uma fatia robusta das receitas dos três níveis de governo permite que se tenha uma ideia de qual será o tratamento que o governo dispensará às mineradoras: um pito público, algumas exigências reparatórias (as quais serão devidamente reportadas pela imprensa), discursos exaltados de alguns políticos (devidamente registrados pelas câmeras e postado em seu Facebook) e uma multa ambiental (que irá integralmente para o governo).
E ainda que alguma multa de rápida eficácia (aquela que segue os princípios libertários) seja imposta à Samarco, o montante será majoritariamente direcionado para o governo federal sob a justificativa de danos "difusos ou coletivos", restando pouca, ou nenhuma, esperança para que as verdadeiras vítimas recebam reparações no futuro próximo.  
E, sendo o Brasil o Brasil, é até possível que a empresa receba dinheiro público para amenizar os custos e ainda entre no Plano de Proteção ao Emprego do governo federal.

e) Por fim, há também a ironia de que todos os órgãos estatais que detinham o monopólio da fiscalização das barragens da empresa — como o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), vinculado ao Ministério de Minas e Energia, e a Superintendência Regional de Regularização Ambiental — haviam garantido, ainda em julho, que tudo estava "em totais condições de segurança".  Qual será a punição para esta falha estatal?

Conclusão

"Ah, mas essa 'punição libertária' faria com que a empresa falisse e que vários empregos fossem destruídos!"

O libertarianismo, ao contrário do que muitos acreditam, não é uma filosofia pró-empresa.  E nem muito menos pró-empresário.  O libertarianismo é uma filosofia que defende única e exclusivamente a propriedade privada.  Havendo propriedade privada há transações livres e voluntárias.  Havendo transações livres e voluntárias há livre mercado.

A defesa do livre mercado pelos libertários advém diretamente da defesa da propriedade privada, que é o cerne da teoria libertária.

Como consequência, se uma empresa destrói propriedade privada — seja essa propriedade uma casa ou um rio —, então ela tem de ser punida de acordo: ela tem de ressarcir as perdas e compensar todos os custos gerados pelas perdas.

Tudo isso já nos permite concluir que, tanto em termos éticos quanto em termos morais, é "preferível" que um desastre ambiental seja causado por uma empresa privada do que por uma empresa estatal.  Sendo uma empresa privada, os responsáveis por arcar com os custos são única e exclusivamente os proprietários e acionistas da empresa.  Terceiros inocentes são poupados.  Já se a empresa for estatal, todo o fardo recai sobre os pagadores de impostos inocentes, ficando os burocratas do governo totalmente imunes.

E então, quem você prefere que lide com o caso da Samarco: o governo ou libertários?


http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2227
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#12
A obrigação deles era reforçar as barragens, se elas estavam caindo aos pedaços eles tinham que consertar. Se lucraram irresponsavelmente, agora eles que tem que arcar com as consequências. Agora a lama tóxica já chegou no litoral:


[Image: 12243445_902345816513541_120161976742395...d8632f8d82]
Bem vindos a regência, o primeiro autêntico mar de lama do Brasil! Infelizmente...
O que me preocupa não é nem o grito dos esquerdistas, das feminazis, das mães solteiras, dos corruptos, dos maconheiros, dos cachorrentos, dos LGBTs, dos sem caráter e sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons.
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#13
é nisso quem se fode são apenas nós Brasileiros, que como sempre somos afetados pelo descaso.
Fumei 25 cigarros esta noite e você sabe da cerveja.

Buwkoski.

Buceta não machuca e não se faz sexo com a bunda.

Leg. Bean, fórum mundo realista.
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#14
As mineradoras apoiaram o Pimentel e um bando de políticos. A secretaria de meio ambiente de minas gerais não fez e acredito que não fará nada do que deve que é fiscalizar empreendimentos e depois da merda feita, multar e ao mesmo tempo exigir a reparação sob pena de novas multas...

Até agora nada!
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#15
Hoje tinha bobó de camarão no almoço e ao comer fiquei pensando se esta seria a última vez que eu comeria aquilo, sorte tem o meu filho que tem alergia a camarão e frutos do mar, não vai sentir falta dessas iguarias que estão pra acabar. Zio é outro que deve estar vibrando com a falência iminente das casas de sushi e comida japonesa.

[img=608x0]http://og.infg.com.br/in/18115569-b01-15b/FT1086A/420/2015-868569895-201511221933226100.jpg_20151122.jpg[/img]Lama do rompimento da barragem em Mariana (MG) chega ao mar pela foz em Regência (ES) e alcança as praia de Povoação - O GLOBO / Marcelo Carnaval


LINHARES (ES) e RIO - A onda de rejeitos de minério exibiu ontem seus primeiros estragos na fauna da foz do Rio Doce, no vilarejo de Regência, em Linhares (ES). Peixes mortos, das espécies bagre-mandi e caçari, podiam ser vistos boiando na barra norte, atualmente o ponto único de ligação do rio com o oceano.

À tarde, a maré alta vencia a mancha laranja lançada pelo rompimento da barragem em Mariana (MG), freando o seu avanço ao Atlântico. Ao norte, contudo, era possível ver ondas cor de barro quebrando na praia de Povoação, distrito localizado na outra margem do rio. Ali também foram encontrados exemplares de bagre-pintado sem vida na areia. Na região, considerada pelo governo federal área prioritária de conservação ambiental, vivem espécies sob ameaça, como a toninha e a tartaruga-de-couro.

Prefeito de Linhares, Nozinho Correia (PP) afirmou que o município acionará a Samarco judicialmente caso se comprove que a fauna e a flora locais foram destruídas:

— A Samarco tem de estar consciente de que vai ser responsabilizada por tudo o que acontecer. Até agora temos a informação de que, por onde essa água passa, ela mata tudo. Caso existam falhas, vamos entrar na Justiça.

Moradores e ambientalistas acompanhavam a mudança da paisagem. Anteontem, dois manifestantes vestidos de morte arrancaram aplausos ao transitar de barco. Um deles carregava uma foice em que estava escrito o nome da Samarco, empresa controlada pela Vale e pela BHP Billiton, responsável pela barragem que se rompeu no dia 5 deste mês, devastando o distrito de Bento Rodrigues.


— Tive coragem de vir aqui só umas quatro horas depois de acordar. O rio já estava assolado há tempos; agora vai acabar de morrer — lamentou a servidora pública Joselita dos Anjos, de 49 anos, moradora de Regência.



TURBIDEZ DA ÁGUA QUATRO VEZES MAIOR



Condições naturais dificultavam a saída da lama para o mar. A barra sul está fechada desde junho, em razão da seca. Há duas semanas máquinas trabalham no local na tentativa de reabri-la. A força do oceano, porém, vem frustrando a ação.


— Nosso interesse é que o fluxo (para o mar) ocorra o quanto antes e seja o maior possível. Quanto mais esse material fica aqui, mais tempo ele tem para se decantar, o que é nocivo para o meio ambiente — avaliou Luciano Cabral, biólogo da prefeitura de Linhares.

Embora a mancha laranja tenha ultrapassado as boias instaladas pela Samarco, Alexandre Souto, gerente-geral de Estratégia, Gestão e Informação da empresa, disse que testes indicaram resultados positivos do trabalho de mitigação de impactos no meio ambiente:


— A água que está passando pelo canal norte, o que está aberto, tem 2.500 NTUs de turbidez. Aqui nas áreas protegidas, temos até 80% menos turbidez. Apesar de visualmente termos dificuldade de acompanhar isso, os testes estão apontando que estamos tendo até 80% de eficiência.



Nove quilômetros de boias, normalmente usadas na contenção de derramamento de óleo, foram instalados em áreas sensíveis do rio. De acordo com o Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Linhares, a turbidez constatada anteontem na região central da cidade, a 50 quilômetros da foz, foi de quatro mil NTUs. O limite para tratamento de água é de mil NTUs.



A importância da Conferência do Clima não está em discussão, mas para o coordenador de campanhas do Greenpeace Brasil, Nilo D’Ávila, a maior tragédia ambiental do país deveria ser a prioridade do governo neste momento. Ele lamentou a desarticulação da resposta ao desastre e a falta de envolvimento de ministros na assistência às vítimas:


— O que assusta é ver o quão pouco o governo federal está fazendo. Parece que foi em outro país. Se eu fosse ministro do Meio Ambiente, não iria à conferência de Paris. Esse desastre é uma tragédia nacional, uma emergência muito mais importante para o Brasil, e não tem sido tratado com a devida relevância. Não vemos uma participação maior da ministra do Meio Ambiente, e o ministro das Minas e Energia sequer se pronunciou. Deveria haver um gabinete de crise — lamentou D'Ávila. (Ana Lúcia Azevedo)
O que me preocupa não é nem o grito dos esquerdistas, das feminazis, das mães solteiras, dos corruptos, dos maconheiros, dos cachorrentos, dos LGBTs, dos sem caráter e sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons.
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#16
Nada é tão ruim que não possa piorar:

Barragens de alto risco ameaçam 540 mil pessoas

País tem 16 represas definidas como de alto risco, que podem repetir tragédia mineira

[img=608x0]http://og.infg.com.br/in/18111241-ff9-38c/FT1086A/420/2015-867884743-201511192048194217.jpg_20151119.jpg[/img]Barragem da Imerys na cidade de Barcarena, no Pará: vazamento de cerca de 450 mil metros cúbicos de rejeitos de caulim já aconteceu em 2007 - Arquivo/“O Liberal”



SÃO PAULO - A análise de documentos do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão responsável pela fiscalização de barragens de mineração em todo o Brasil, revela que a tragédia que atingiu Mariana (MG) pode se repetir em pelo menos 16 outras barragens de quatro estados do país. O drama que matou 11 pessoas, desapareceu com outras 12 e atravessou Minas Gerais e Espírito Santo em direção ao mar ameaça mais meio milhão de pessoas. O Cadastro Nacional de Barragens de Mineração de abril de 2014 mostra que 16 reservatórios e uma cava de garimpo possuem categoria de risco alto — quando a estrutura não oferece condições ideais de segurança e pode colapsar — e alto dano potencial associado — quando pode afetar e matar populações, contaminar rios, destruir biomas e causar graves danos socioeconômicos.



De acordo com cálculos feitos pelo GLOBO, se essas barragens rompessem, os rejeitos potencialmente atingiriam 14 municípios, cuja população soma 540 mil habitantes. Incluindo-se na conta a cava de Serra Pelada, no Pará, são 780 mil pessoas em risco. As unidades possuem volume de 84 milhões de metros cúbicos para abrigar o material descartado no processo de mineração de ferro, estanho, manganês, caulim e ouro. O montante é 50% maior que a quantidade de lama que vazou da Samarco, que pertence à Vale e à australiana BHP.



Os rejeitos ameaçam três das maiores bacias hidrográficas brasileiras: a do Rio Paraguai, no coração do Pantanal sul-matogrossense; a do Rio Amazonas, que irriga a floresta amazônica; e a do Rio São Francisco, que banha o Nordeste.



EMPRESAS NÃO FORNECEM DOCUMENTOS



A estimativa foi feita a partir da localização das barragens, dos cursos d’água e da localização da jusante — o sentido da vazão dos rios. Foram considerados municípios em risco imediato aqueles que estão a menos de 50 quilômetros das barragens e no caminho da correnteza de igarapés, riachos e rios que banham a área.


Apenas para comparação, a lama que saiu de Mariana já percorreu cerca de dez vezes a distância de 50 quilômetros usada na estimativa e partiu do reservatório a uma velocidade de cerca de 70 km/h. Repetidas as condições da barragem de Fundão, vilarejos desses municípios seriam afetados em menos de uma hora.

Os dados usados são do DNPM e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nenhuma das empresas responsáveis pelas barragens de alto risco forneceu laudos técnicos sobre o que aconteceria com seus rejeitos se as estruturas colapsassem, o que permitiria traçar uma rota mais certeira do impacto nos municípios e até dos atingidos indiretamente, por falta d’água, por exemplo. Esses estudos compõem os Planos de Ações Emergenciais de Barragens de Mineração, que incluem também a lista de procedimentos para salvamento de pessoas e contenção de desastres em caso de emergência, cuja formulação é obrigatória por lei.



— Não há porque as empresas não tornarem esses documentos públicos, é uma informação importante para a população. O comportamento é estranho e preocupante. Sugere que o plano possa não existir ou que tenha sido feito de qualquer maneira — alertou o geólogo Álvaro dos Santos, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas.



O plano de contingência da Samarco só foi apresentado mais de uma semana após o incidente e criticado pelo Ministério Público de Minas Gerais. O documento não previa alerta sonoro nem treinamento de pessoas que moravam na área de risco.



Entre as barragens listadas como potencialmente perigosas, há empresas reincidentes em acidentes. Uma delas, a Imerys Rio Capim Caulim S/A, é responsável pelo vazamento de cerca de 450 mil metros cúbicos de rejeitos de caulim — mistura de água e barro esbranquiçado — de uma das bacias, em 2007. Os rejeitos atingiram igarapés e rios do município de Barcarena (PA). Em 2014, o Ministério Público Federal investigou pelo menos outros dois vazamentos dos tanques da companhia. Agora, a empresa aparece como controladora de três barragens de classificação A: alto risco quanto à conservação e alto dano potencial. Ainda assim, sua produção não foi reduzida nem paralisada.



O Brasil está entre os dez maiores produtores mundiais de caulim, minério fundamental para a produção de papel. A Imerys afirmou, em nota, que não paralisou as atividades porque a lei não obriga, e negou que as estruturas estejam fora de controle. “Entre 2013 e 2015 foram investidos cerca de R$ 15 milhões na segurança de operações de barragem”, disse a nota, que ressaltou ainda que sistematicamente são tomadas “medidas como monitoramento do nível das bacias, acompanhamento do nível dos lençóis freáticos e estudos de estabilidade dos maciços das bacias”. A empresa reconheceu que “onde está a planta de beneficiamento da Imerys, existem pessoas” e disse ter plano de emergência voltada para elas, mas não apresentou documentos nem detalhes.



— É óbvio que as atividades deveriam ser suspensas nesses casos, mas a fiscalização não obriga. Aliás, não há nem prazo para que a empresa melhore suas estruturas, ela pode fazer quando quiser — diz a procuradora Zani Cajueiro, especialista no assunto.



Em Corumbá (MS), a Vale controla a Urucum Mineração, dona de dois reservatórios de classificação A, usados na extração de manganês. Esse tipo de atividade costuma produzir como rejeito quantidades de arsênio, substância altamente tóxica, de acordo com o Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), do Ministério da Tecnologia. A Vale negou que o rejeito seja perigoso e disse que manteve as operações a despeito do resultado negativo das condições das estruturas. Afirmou ainda que inspeções feitas em 2015 reenquadraram as bacias para baixo e médio risco, mas não apresentou documentos que comprovem isso.

Já a Gerdau AçoMinas, controladora da Barragem Bocaina em Ouro Preto (MG), disse que, em análise do fim de 2014, o reservatório foi considerado de baixo risco e que está fora de operação. Apresentou um documento do DNPM que mostra a mudança de classificação para nível C. No entanto, a página não tem data.



Dona de bacias de água barrenta encravadas no meio da floresta amazônica, a Taboca Mineração é a empresa com maior número de barragens na lista: são dez, usadas para mineração de estanho. A empresa admitiu que, em caso de rompimento, a maior delas poderia provocar uma onda de cinco metros de rejeitos, que atingiria áreas indígenas. Afirmou que nas bacias há água e areia de granito. As estruturas não estão em operação e passam por recuperação ambiental. A Taboca afirmou que adota criteriosos padrões de segurança, “inclusive com mais rigor que o exigido pela legislação”.



Especialistas, no entanto, questionam as condições das barragens, mesmo daquelas que não estão em situação de alto risco. Em Mariana, a barragem rompida era considerada de baixo risco.

— Quem produz os laudos são as próprias empresas ou consultorias contratadas por elas. A raposa cuida do galinheiro — disse Francisco Fernandes, pesquisador do Cetem.
O DNPM não respondeu à reportagem.
O que me preocupa não é nem o grito dos esquerdistas, das feminazis, das mães solteiras, dos corruptos, dos maconheiros, dos cachorrentos, dos LGBTs, dos sem caráter e sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons.
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#17
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#18
(22-11-2015, 08:13 AM)gentil carvalho Escreveu:
(22-11-2015, 02:03 AM)Romeu Escreveu: Eu moro em Angra dos Reis,só estou esperando dar merda nas usinas nucleares daqui

Uma parte da merda já foi feita há muito tempo com angra 3, já existe fortes indícios de desvios de verba . Várias empreiteiras já abandonaram esta obra do governo federal. Caberia até uma cpi para apurar estas irregularidades.sem contar que uma boa parte destas obras é de baixíssima qualidade almentando assim o risco de acidente nuclear.

Se der merda em qualquer uma das usinas de Angra, ai não será apenas uma região afetada. É game over pro Brasil.
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#19
Talvez já tenham dado um game over no nosso litoral, essa merda vai durar no mínimo 10 anos, eles tentam abafar mas quando a lama tóxica chegar numa corrente marítima vai chegar até na antártida, tem especialistas falando que os efeitos nocivos podem perdurar por até uns 100 anos na natureza.
O que me preocupa não é nem o grito dos esquerdistas, das feminazis, das mães solteiras, dos corruptos, dos maconheiros, dos cachorrentos, dos LGBTs, dos sem caráter e sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons.
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#20
(24-11-2015, 08:31 AM)Major Lobo Honrado Escreveu: Talvez já tenham dado um game over no nosso litoral, essa merda vai durar no mínimo 10 anos, eles tentam abafar mas quando a lama tóxica chegar numa corrente marítima vai chegar até na antártida, tem especialistas falando que os efeitos nocivos podem perdurar por até uns 100 anos na natureza.


Tudo tem efeito, até se você mijar no mar... Ambientalista exagera demais, parece feminista.

Já que não dá mais pra fazer porra nenhuma naquilo que já chegou ao mar, o negócio e esperar pra ver.
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