[RELATO] A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.

[Penoso]

Eu tentei dar uma moral pro cara, vai que ele esteja pensando em fazer alguma besteira? A vida não acabou, ele tem que seguir em frente. Mas que pelos relatos dele mesmo, ele foi, e continua sendo um cafajeste, isso é verdade. Ele adormeceu a cafajestagem por um tempo pra viver o conto de fadas do maridinho bem-casado, mas na primeira oportunidade o cafa se manisfestou de novo e deu no que deu.

Quer besteira maior do que ele supostamente fez? Mas nem vou me ater a isso, a vida não acabou, mas gente assim sempre a deixa na iminência de um fim trágico, a superação vai até o próximo impulso em fazer merda, são cativos da boceta, vivem em um loop de impulsos do coração, da libido ou dos dois juntos e nunca se dão ao trabalho de pensar antes de tomar atitudes que pode se arrepender, a dificuldade de pensar a longo prazo faz com que joguem toda a racionalidade no lixo por alguns minutos de prazer. No auge desses impulsos se acham tão espertos e capazes, pensam que a vantagem compensou o risco e que todos a sua volta são otários e  ele é capaz de dissimular e administrar a situação. Depois que ele cedeu ao impulso momentâneo, a consciência emerge e eles tem que lidar com a realidade e encarar as pessoas, não consegue esconder a cara de pastel de mangina burro que topa tudo por boceta, pode ser tudo, menos cafajeste.

Ele mesmo diz que não há nada que possamos falar que ele já não saiba, e eu ouvi isso várias vezes de pessoas como ele, e além de romantizarem a situação com o melodrama padrão, tentam justificar a merda pelo caráter da vantagem sexual, se é outro mangina sem cérebro concorda e aplaude, pois no mundão vaginante qualquer coisa que envolva mulher, inclusive se foder por elas é enaltecedor, é experiência, é mais uma pro histórico do paspalho que atrasou não apenas a própria vida mas das pessoas que supostamente amam/amavam ele.

Se esse tipo de gente se fodesse sozinho, eu dava um desconto, mas sempre arrastam outras pessoas junto para a miséria dele, principalmente os filhos que vão crescer com influências divergentes, sem referências de um lar tradicional com pai e mãe de sangue e uma família normal.

Ele pode dizer que aprendeu e que fará tudo diferente, mas não muda o fato de que o erro dele mudou o curso da história de outras pessoas e o resultado disso para com esses seres que ele tem responsabilidade é imprevisível, quando o calo aperta pais divorciados que se casam ou se envolvem com outras pessoas tendem a jogar os filhos do relacionamento anterior pra segundo plano para não desagradar seus novos parceiros, nunca terão a mesma atenção, o mesmo cuidado, o mesmo amor e as mesmas referências, isso quando não são oprimidos para não desafiarem os novos parceiros do pai ou da mãe ou até mesmo oprimidos por esses novos parceiros para "demarcar território" e "mostrar quem manda". Isso pode gerar filhos frustrados, revoltados, desajustados, com desvios de conduta que poderão se manifestar na vida.