22-01-2020, 10:34 PM
O post é longo e confesso que não li por inteiro. Mas vou deixar meus dois centavos com o que vivi em relação aos concursos.
A grande real é que a maioria entra neste mundo pela emoção e a parte colorida da história, a tabela com o salário e o sonho equivocado de coçar o saco o dia inteiro e ter estabilidade, ou ainda a modinha de ser poliça, mas ninguém quer pagar o preço e sentir a dor e o desconforto.
A maioria nem sequer lê o edital inteiro, vi muitos nas salas fazendo coisa errada e perambulando pelos corredores com a famosa frase "vim pra ver no que dá". E claro que NUNCA VAI DAR EM NADA. E nem vou entrar no mérito dos attwhore que sentam para estudar, espalham livros e calculadora, tiram foto para o instagram e pronto, levantam e vão fazer outra coisa e "curtir a vida".
Se fodam, esse pessoal nunca me assustou.
Eu diria que quem decide ser concurseiro sério escolhe um estilo de vida. Vai disputar realmente com que não tem absolutamente nada, nem uma oportunidade decente de trabalho, que está com sangue no olho e viu ali a única tábua de salvação para sair da merda. Como eu já fui um dia, com muito orgulho, representei o 1% (ou menos) que realmente ia concorrer.
Bons tempos. Sinto uma sensação foda quando pego meu material na mão, provas antigas, resumos, mapas mentais. Foram realmente muitas horas investidas naquele confinamento dia e noite, que eu fechava para não perceber em que momento do dia estava. Chegava a fazer 9 fucking horas líquidas de estudo diário, separava apenas um tempo para um treino que fazia na garagem de casa com uns equipamentos módicos que comprei e nos intervalos pegava um sol lendo alguma coisa relacionada ao concurso.
Tenho certeza que muitos concursados daqui repassavam a matéria no banho, cagando, escovando os dentes, na fila do banco. É assim que funciona quando se incorpora a coisa.
E pra mim deu certo, já faz quase um ano que saí de casa e virei dono do meu próprio nariz graças ao concurso.
Ontem tomei a decisão de retomar os estudos e já me inscrevi em outro concurso que paga mais do que eu estou atualmente. Só que hoje me enquadro em uma outra categoria que não conhecia. A categoria dos que trabalham, tem casa para cuidar (amélios), não abrem mão do treino e sobram no máximo 2 horas líquidas por dia para estudar. E claro, já possui uma garantia na manga.
Sinceramente eu tenho "medo" de perder tempo porque sei que vou estar concorrendo com alguns clones meus do passado.
Mas a experiência passada e a atual no serviço público me colocam em uma certa vantagem também.
Não decidi exatamente porque estou fazendo isso, o salário me atraiu, mas acho que o fato de me colocar novamente em uma situação desafiadora e de superação está falando mais alto. Novamente me remete aos tempos passados, que eu olhava para o céu e pedia para Deus botar carga que eu aguentava mais.
Acredito que depois que se "aprende o caminho" dos concursos, quando o sofrimento do crescimento vira prazer, não tem mais volta. Até pode dar um tempo, mas o retorno é certo e involuntário.
Então é isso senhores, boa sorte na jornada de vocês e quem sabe um dia nos encontraremos nos corredores dos prédios de provas.
A grande real é que a maioria entra neste mundo pela emoção e a parte colorida da história, a tabela com o salário e o sonho equivocado de coçar o saco o dia inteiro e ter estabilidade, ou ainda a modinha de ser poliça, mas ninguém quer pagar o preço e sentir a dor e o desconforto.
A maioria nem sequer lê o edital inteiro, vi muitos nas salas fazendo coisa errada e perambulando pelos corredores com a famosa frase "vim pra ver no que dá". E claro que NUNCA VAI DAR EM NADA. E nem vou entrar no mérito dos attwhore que sentam para estudar, espalham livros e calculadora, tiram foto para o instagram e pronto, levantam e vão fazer outra coisa e "curtir a vida".

Se fodam, esse pessoal nunca me assustou.
Eu diria que quem decide ser concurseiro sério escolhe um estilo de vida. Vai disputar realmente com que não tem absolutamente nada, nem uma oportunidade decente de trabalho, que está com sangue no olho e viu ali a única tábua de salvação para sair da merda. Como eu já fui um dia, com muito orgulho, representei o 1% (ou menos) que realmente ia concorrer.
Bons tempos. Sinto uma sensação foda quando pego meu material na mão, provas antigas, resumos, mapas mentais. Foram realmente muitas horas investidas naquele confinamento dia e noite, que eu fechava para não perceber em que momento do dia estava. Chegava a fazer 9 fucking horas líquidas de estudo diário, separava apenas um tempo para um treino que fazia na garagem de casa com uns equipamentos módicos que comprei e nos intervalos pegava um sol lendo alguma coisa relacionada ao concurso.
Tenho certeza que muitos concursados daqui repassavam a matéria no banho, cagando, escovando os dentes, na fila do banco. É assim que funciona quando se incorpora a coisa.
E pra mim deu certo, já faz quase um ano que saí de casa e virei dono do meu próprio nariz graças ao concurso.
Ontem tomei a decisão de retomar os estudos e já me inscrevi em outro concurso que paga mais do que eu estou atualmente. Só que hoje me enquadro em uma outra categoria que não conhecia. A categoria dos que trabalham, tem casa para cuidar (amélios), não abrem mão do treino e sobram no máximo 2 horas líquidas por dia para estudar. E claro, já possui uma garantia na manga.
Sinceramente eu tenho "medo" de perder tempo porque sei que vou estar concorrendo com alguns clones meus do passado.

Mas a experiência passada e a atual no serviço público me colocam em uma certa vantagem também.
Não decidi exatamente porque estou fazendo isso, o salário me atraiu, mas acho que o fato de me colocar novamente em uma situação desafiadora e de superação está falando mais alto. Novamente me remete aos tempos passados, que eu olhava para o céu e pedia para Deus botar carga que eu aguentava mais.
Acredito que depois que se "aprende o caminho" dos concursos, quando o sofrimento do crescimento vira prazer, não tem mais volta. Até pode dar um tempo, mas o retorno é certo e involuntário.
Então é isso senhores, boa sorte na jornada de vocês e quem sabe um dia nos encontraremos nos corredores dos prédios de provas.
Basta que o almejado ideal aconteça todos os dias para que a sonhada perfeição desapareça.