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HIV: Compartilhe sua experiência
#43
Quero acrescentar ao tópico algumas informações, para que os confrades não deixem de transar.

Em relação ao HIV, considerando que um dos parceiros esteja sabidamente infectado e outro não, as chances de transmissão do vírus são as seguintes:

Recebendo sexo anal: 138 em 10.000 (acredito que não seja o caso aqui no fórum)
Recebendo sexo vaginal: 8 em 10.000 (impossível)

Fazendo sexo anal: 11 em 10.000
Fazendo sexo vaginal: 4 em 10.000

Isso tudo para o sexo SEM CAMISINHA, ou seja, pela média, se você comer sem camisinha uma mulher que você sabe que tem HIV, seriam necessárias 2.500 relações pra 1 contágio certo.

Existem outras estatísticas, com chances ainda mais baixas, quando não se sabe se a outra pessoa possui ou não HIV.

O HIV fica em maior concentração no sangue, em concentração mais baixa no esperma, mais baixa ainda na secreção vaginal, e praticamente não é encontrado na saliva. Ou seja, para beijar, cuspir, chupar, compartilhar "brinquedos", o risco existe mas é praticamente zero. Há apenas um caso registrado de transmissão entre duas lésbicas, em 2014. 

Mas, essas estatísticas genéricas não levam em conta a carga viral do portador de HIV, nem a situação imunológica da pessoa sem HIV.

Na prática, pra passar ou pegar HIV pela boca, é necessário que hajam feridas abertas e sangue. Pegar chupando buceta, só se a mulher estiver com a carga viral muito alta, e você estiver com a boca machucada, além do seu sistema imunológico baixo.

Existem pessoas que respondem muito bem ao tratamento com o coquetel do HIV. Nelas, a carga viral torna-se indetectável por exames de contagem viral, embora os anticorpos e a soropositividade continuem. As últimas pesquisas mostram que as pessoas com carga viral indetectável não estão transmitindo o vírus:

http://www.aids.gov.br/pt-br/noticias/di...nsmissivel

Então, ainda que algumas cópias do vírus consigam passar para o seu corpo, o seu sistema imunológico normal deve dar conta. Para manter o sistema imunológico competente, é recomendável:
  • dormir o suficiente
  • alimentar-se bem, evitando viver à base de comida industrializada/processada
  • incluir alimentos imunomoduladores na dieta
  • fazer exercícios.

Se esse vírus fosse altamente contagioso, como o da gripe, marmitadores, marmitados e marmitadas estariam todos ferrados.

O uso/abuso de cigarro, álcool e drogas deprime o sistema imunológico, além de na hora do sexo, aumentar a chance das pessoas deixarem de usar, ou colocarem incorretamente o preservativo, facilitando acidentes como arrebentar ou sair.

E o uso de lubrificante no sexo anal ou vaginal diminui as microlesões que aumentam a chance de transmitir o vírus.

Se um dia você transar sem camisinha com uma garota e em até 72 horas ficar sabendo que ela é portadora de HIV, existe a PEP - Profilaxia Pós Exposição:

http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-ger...cao-ao-hiv

Mas, se de 7 a 21 dias após uma transa você começa a apresentar os sintomas da infecção primária, que são febre alta persistente, suores noturnos, diarréia e manchas no corpo...

É necessário esperar os 30 dias da janela imunológica (produção de anticorpos e conversão para soropositividade) para que você possa realizar o primeiro teste, o teste rápido.

Aí você pode procurar o sistema público. Em alguns lugares é feito na hora, em outros é necessário agendar. Mas sempre há a entrevista pois eles precisam te inserir na estatística. Faz o teste rápido com saliva ou gota de sangue, e uma amostra é enviada para um laboratório do governo, cujo resultado volta geralmente em 30 dias.

Se desejar fazer o teste em um laboratório particular, alguns exigirão o pedido médico, para o que você deverá ter passado antes por uma consulta. Outros não. Nesses você apenas pede os exames, paga e pronto. O exame de HIV I+II está na faixa dos 100 reais.

Se não quiser passar pelo constrangimento de fazer o teste por aí, pode-se comprar também um teste rápido de saliva ou gota de sangue que é vendido em farmácias e pela internet. Se estiver muito neurótico e for comprar pela internet, já compre 2 unidades para aproveitar o frete. Assim você repete posteriormente para ter certeza e ficar desencanado.

Em relação às outras doenças, o sexo oral é realmente e infelizmente perigoso.

Existe vacina contra as Hepatites A (até os 5 anos) e B (49 anos):

http://www.aids.gov.br/pt-br/noticias/mi...hepatite-b

Existe vacina contra o HPV, que no homem causa verrugas genitais e em ambos os sexos está sendo associado a alguns tipos de câncer. Na rede pública para 9 a 14 anos. Creio estar disponível na rede particular, para quem já ultrapassou essa idade.

Em relação ao herpes, estão já testando uma vacina que além de imunizar, interrompeu os surtos nos que já eram portadores do vírus.

https://panoramafarmaceutico.com.br/2018...inco-anos/

A sífilis está aumentando no Brasil, mas ainda se cura com penicilina G benzatina, vulgo benzetacil.

A gonorréia também está aumentando, inclusive os casos de gonorréia oral. O problema é que estão aparecendo algumas cepas resistentes a antibióticos comuns.

A DST mais comum, clamídia, que no homem causa uretrite, e na mulher passa despercebida na genitália, podendo causar a DIP - doença inflamatória pélvica. Tratável com antibióticos.

E a candidíase, que se trata com pomadas e geralmente fluconazol. Mais comum nas mulheres, por causa da anatomia fechada e úmida da vagina. Nos homens, com maior propensão a quem tem o problema da fimose. No mais, só fazer a higiene direitinho e botar o bicho pra tomar sol de vez em quando, pra matar os fungos.

No contexto realista, recomendo fazer uma bateria de exames logo após iniciar um relacionamento (namoro). E guarde, ou mostre pra parceira, se preferir. O ideal é que ela faça também.

Uma semana após eu ter tomado o PNB da ex-namorada, marquei uma consulta, refiz todos os exames e deixei guardado. Nunca a traí e tenho a consciência tranquila. Mas, se daqui uns meses ela vier atrás de mim contando história triste e alegando alguma coisa, estarei garantido. Contra modernete, todo cuidado é pouco.
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