07-10-2019, 09:02 AM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 07-10-2019, 11:31 AM por Héracles.)
Estou lendo no momento:
Teresa Filosofa:
Fala sobre a iniciação na putaria e libertinagem de uma francesa bela e jovem, uma genuína "mulher exceção" . No meio das sacanagens que ela acompanha e é introduzida, tem uns diálogos filosóficos que me fizeram refletir um pouco, mas em outros momentos um monte de "lugares comuns" que já estamos cansados de ouvir por ai. Eu acho interessante esse tipo de literatura que fala de putaria, é bastante excitante e deixa a sua mente fervilhando. A linguagem francesa é meio afrescalhada, acho que esse é o principal problema da obra. Para o juvena que acha que a putaria começou a partir de 2010, ou para o mongolão saudosista que acha que de 1950 pra trás, todo mundo era honrado sobre o "patriarcado cristão", esse tipo de leitura pode ser um choque tremendo. No overal, é uma obra meia boca para ser bem sincero. Leia quando estiver bem atoa.
Os Cossacos de Lev Tolstoi:
Tolstoi é considerado um dos grandes escritores da humanidade, amado por todo tipo de pessoas, republicanos, nacionalistas, esquerdistas, fundamentalistas, satanistas, cristãos, idiotas cretinos que gostam de pagar de "cult", pessoas realmente inteligentes... enfim. O livro em si é muito bom, foi escrito com base nos diários de Tolstoi durante uma época que ele morou no Cáucaso. Ou seja, as descrições da paisagem montanhosa paradisíaca e do estilo de vida cossaco são fantásticos e nos transportam para outro mundo realmente. Esse é o tipo de livro que expande muito a nossa percepção da realidade e de como somos idiotas por pensar que o NOSSO JEITO de fazer as coisas é o único (estou me referindo especialmente é códigos morais de conduta). O livro conta a história de um jovem russo riquinho (Olénin) que se sente entediado e deprimido pelo estilo de vida "burguês", bebedeiras, jogos, putas, etiqueta, convenções sociais estéreis e estúpidas, falsidade, etc, e se alista no exército para ir em campanha para o cáucaso. Lá ele terá uma chance de começar tudo de novo pois ninguém o conhece, todas as cagadas serão apagadas e ele pode talvez, quem sabe, se mostrar honrado e de valor REAL, descobrir quem realmente é não precisando mais usar essa máscara social (qual homem dos dias atuais não quis fazer isso eim? Dar um reset na vida e começar de novo. Eu com certeza sonhei muitas vezes com algo desse tipo. A "etiqueta social" e as regras que temos que seguir destroem a nossa verdadeira essência masculina). Isso é uma das coisas que mais chamam a atenção no livro que fala diretamente para nós, pobres idiotas cosmopolitas e alienados do século 21.
Para quem não sabe, os cossacos foram um povo muito viril e rude nos costumes, que se mantinham a parte de sociedade russa da época nutrindo um certo asco pela mesma, na verdade eles consideravam os russos das cidades um tipo inferior, eram guerreiros (soldados) fenomenais, que viviam em pé de guerra constante contra tchetchenos e mais um outro povo meio árabe que eu esqueci o nome agora. É interessante o fato de que na história tem um velho caçador, muito robusto e altivo que diz que as novas gerações são uma merda, que os jovens cossacos não são nem a matade do que ele e os amigos dele foram, que as gerações novas são muito frescas e bichas. Lembrando que o livro é de 1863. Ou seja, os mais novos sempre são uma porcaria Citando de outros povos militares, é impossível de não fazer a referência de que para um povo se manter viril e forte, a iminência de batalhas e guerras tem que ser constante, e que a vida cosmopolita só pode gerar a degradação e deterioração do espírito masculino (e feminino também). Vide Esparta. Vale a lida, livro muito bom e por incrível que pareça, é atual. Aliás é por isso que os clássicos são clássicos, porque pode se passar séculos, ainda serão atuais.
Teresa Filosofa:
Spoiler Revelar
Fala sobre a iniciação na putaria e libertinagem de uma francesa bela e jovem, uma genuína "mulher exceção" . No meio das sacanagens que ela acompanha e é introduzida, tem uns diálogos filosóficos que me fizeram refletir um pouco, mas em outros momentos um monte de "lugares comuns" que já estamos cansados de ouvir por ai. Eu acho interessante esse tipo de literatura que fala de putaria, é bastante excitante e deixa a sua mente fervilhando. A linguagem francesa é meio afrescalhada, acho que esse é o principal problema da obra. Para o juvena que acha que a putaria começou a partir de 2010, ou para o mongolão saudosista que acha que de 1950 pra trás, todo mundo era honrado sobre o "patriarcado cristão", esse tipo de leitura pode ser um choque tremendo. No overal, é uma obra meia boca para ser bem sincero. Leia quando estiver bem atoa.
Os Cossacos de Lev Tolstoi:
Spoiler Revelar
Tolstoi é considerado um dos grandes escritores da humanidade, amado por todo tipo de pessoas, republicanos, nacionalistas, esquerdistas, fundamentalistas, satanistas, cristãos, idiotas cretinos que gostam de pagar de "cult", pessoas realmente inteligentes... enfim. O livro em si é muito bom, foi escrito com base nos diários de Tolstoi durante uma época que ele morou no Cáucaso. Ou seja, as descrições da paisagem montanhosa paradisíaca e do estilo de vida cossaco são fantásticos e nos transportam para outro mundo realmente. Esse é o tipo de livro que expande muito a nossa percepção da realidade e de como somos idiotas por pensar que o NOSSO JEITO de fazer as coisas é o único (estou me referindo especialmente é códigos morais de conduta). O livro conta a história de um jovem russo riquinho (Olénin) que se sente entediado e deprimido pelo estilo de vida "burguês", bebedeiras, jogos, putas, etiqueta, convenções sociais estéreis e estúpidas, falsidade, etc, e se alista no exército para ir em campanha para o cáucaso. Lá ele terá uma chance de começar tudo de novo pois ninguém o conhece, todas as cagadas serão apagadas e ele pode talvez, quem sabe, se mostrar honrado e de valor REAL, descobrir quem realmente é não precisando mais usar essa máscara social (qual homem dos dias atuais não quis fazer isso eim? Dar um reset na vida e começar de novo. Eu com certeza sonhei muitas vezes com algo desse tipo. A "etiqueta social" e as regras que temos que seguir destroem a nossa verdadeira essência masculina). Isso é uma das coisas que mais chamam a atenção no livro que fala diretamente para nós, pobres idiotas cosmopolitas e alienados do século 21.
Para quem não sabe, os cossacos foram um povo muito viril e rude nos costumes, que se mantinham a parte de sociedade russa da época nutrindo um certo asco pela mesma, na verdade eles consideravam os russos das cidades um tipo inferior, eram guerreiros (soldados) fenomenais, que viviam em pé de guerra constante contra tchetchenos e mais um outro povo meio árabe que eu esqueci o nome agora. É interessante o fato de que na história tem um velho caçador, muito robusto e altivo que diz que as novas gerações são uma merda, que os jovens cossacos não são nem a matade do que ele e os amigos dele foram, que as gerações novas são muito frescas e bichas. Lembrando que o livro é de 1863. Ou seja, os mais novos sempre são uma porcaria Citando de outros povos militares, é impossível de não fazer a referência de que para um povo se manter viril e forte, a iminência de batalhas e guerras tem que ser constante, e que a vida cosmopolita só pode gerar a degradação e deterioração do espírito masculino (e feminino também). Vide Esparta. Vale a lida, livro muito bom e por incrível que pareça, é atual. Aliás é por isso que os clássicos são clássicos, porque pode se passar séculos, ainda serão atuais.
"Compreendi o tormento cruciante do sobrevivente da guerra, a sensação de traição e covardia experimentada por aqueles que ainda se agarram à vida quando seus camaradas já dela se soltaram." (Xeones para o rei Xerxes)