29-08-2019, 10:42 AM
A temática desse tópico é bastante interessante e complexa.
Ter a consciência dos malefícios da gratificação instantânea a todo momento é excelente, sem dúvidas. Entretanto, o desafio é justamente tentar equilibrar a balança. Como abdicar de coisas já tão enraizadas no nosso cotidiano sem se dissociar da sociedade? Porque a partir do momento em que se toma consciência dos efeitos da dopamina, você vê que a maioria das pessoas ao redor querem que nos afundemos mais e mais em gratificação instantânea.
O confrade @Gorlami falou a respeito da gestão do tempo. Para exemplificar, eu trabalho por escala 12x24 e 12x72h, em meio a trabalho, estudo, filho e academia, sempre me sobra tempo, que muitas vezes gasto no YouTube com entretenimento. Esse tempo no YouTube fez meu nível no inglês decolar ao longo dos anos, consigo conversar fluentemente, no entanto, por mais que eu aprenda coisas, ainda é uma atividade que não exige foco, que não é difícil. E aqui não estou com paranóia acerca de produtividade, apenas dizendo que por mais que eu faça o certo ao longo do dia, executando as atividades principais, ainda sobra tempo para atividades fúteis e que são deletérias. No YouTube (assim como em Instagram e Facebook, redes sociais que não possuo), chega um momento em que a maioria de nós começamos a assistir vídeos de temas diferentes escolhidos pelo algoritmo, e é aí que eu me sinto uma besta quadrada, como se eu fosse um viciado (minha geração pegou a ascensão da internet, ou seja, assisto YouTube desde que foi fundado).
Minha percepção atual sobre o assunto: fazer mais coisas práticas é melhor que perder tempo navegando na internet. O problema é que a partir do momento em que iniciamos o jejum de atividades tóxicas, ao mesmo tempo em que melhoramos a nossa concentração, nos dissociados da sociedade por não termos mais tantas coisas em comum com a maioria das pessoas ao redor (o que, sejamos sinceros, também é ruim). Aprendemos a replicar tarefas fáceis, e quando abdicamos, tudo parece chato (e de fato, grandes tarefas exigem que abracemos o tédio).
Ter a consciência dos malefícios da gratificação instantânea a todo momento é excelente, sem dúvidas. Entretanto, o desafio é justamente tentar equilibrar a balança. Como abdicar de coisas já tão enraizadas no nosso cotidiano sem se dissociar da sociedade? Porque a partir do momento em que se toma consciência dos efeitos da dopamina, você vê que a maioria das pessoas ao redor querem que nos afundemos mais e mais em gratificação instantânea.
O confrade @Gorlami falou a respeito da gestão do tempo. Para exemplificar, eu trabalho por escala 12x24 e 12x72h, em meio a trabalho, estudo, filho e academia, sempre me sobra tempo, que muitas vezes gasto no YouTube com entretenimento. Esse tempo no YouTube fez meu nível no inglês decolar ao longo dos anos, consigo conversar fluentemente, no entanto, por mais que eu aprenda coisas, ainda é uma atividade que não exige foco, que não é difícil. E aqui não estou com paranóia acerca de produtividade, apenas dizendo que por mais que eu faça o certo ao longo do dia, executando as atividades principais, ainda sobra tempo para atividades fúteis e que são deletérias. No YouTube (assim como em Instagram e Facebook, redes sociais que não possuo), chega um momento em que a maioria de nós começamos a assistir vídeos de temas diferentes escolhidos pelo algoritmo, e é aí que eu me sinto uma besta quadrada, como se eu fosse um viciado (minha geração pegou a ascensão da internet, ou seja, assisto YouTube desde que foi fundado).
Minha percepção atual sobre o assunto: fazer mais coisas práticas é melhor que perder tempo navegando na internet. O problema é que a partir do momento em que iniciamos o jejum de atividades tóxicas, ao mesmo tempo em que melhoramos a nossa concentração, nos dissociados da sociedade por não termos mais tantas coisas em comum com a maioria das pessoas ao redor (o que, sejamos sinceros, também é ruim). Aprendemos a replicar tarefas fáceis, e quando abdicamos, tudo parece chato (e de fato, grandes tarefas exigem que abracemos o tédio).
