20-08-2019, 11:15 AM
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![[Image: 200px-Augusto_Pinochet_foto_oficial.jpg]](https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/ff/Augusto_Pinochet_foto_oficial.jpg/200px-Augusto_Pinochet_foto_oficial.jpg)
Augusto José Ramón Pinochet Ugarte (Valparaíso, 25 de novembro de 1915 — Santiago, 10 de dezembro de 2006) foi um general do exército chileno e ditador do seu país de 1973 a 1990, servindo posteriormente como senador vitalício, cargo que foi criado exclusivamente para ele, por ter sido um ex-governante.[1]
Assumiu o poder total no Chile depois de liderar o golpe militar, apoiado pelos Estados Unidos, em 11 de setembro de 1973, pelo Decreto Lei Nº 806 editado pela junta militar (Conselho do Chile), que foi estabelecida após a deposição do governo democraticamente eleito do presidente Salvador Allende.[2] Seu regime foi marcado por constantes violações de direitos humanos, com mais de 80 000 pessoas sendo presas e outras 30 000 torturadas. Segundo números oficiais, mais de três mil pessoas foram assassinadas pelo governo Pinochet.[3][4][5]
Enquanto presidente, Pinochet buscou modernizar o país. Seu governo implementou uma política de liberalização econômica, incluindo estabilização da moeda e remoção das tarifas para a indústria local. Também colocou os sindicatos na ilegalidade e privatizou a estrutura de seguridade social e várias empresas estatais. Contando com vários empréstimos externos e as reformas implementadas, o PIB chileno se expandiu consideravelmente e a economia se fortaleceu. Apesar dos progressos, a desigualdade de renda continuou como um problema crônico e os anos 1980 foi um período de altos e baixos para a nação. Ainda assim, no começo da década de 1990, a economia chilena era a mais saudável dentre os países latino americanos.[6]
Um ícone para a direita e um déspota para a esquerda, seu legado permanece controverso no Chile.[7] O país prosperou durante seu governo, mas se isso foi resultado de suas reformas ainda é discutido. A brutalidade da repressão política e a perseguição a dissidentes trouxe condenação internacional ao ditador. Após deixar a presidência, foi alvo de mais de 300 ações criminais que vão desde casos de corrupção até assassinato.[6]
Política econômica
Quando da vitória do golpe de estado de Pinochet, em 1973, o Chile adotou imediatamente um plano de ação chamado de O Ladrilho,[12] que fora preparado pelo candidato da direita, derrotado por Salvador Allende, com o auxílio de um grupo de economistas, chamados pela imprensa internacional da época de "os Chicago Boys", provenientes da Universidade de Chicago. Este documento continha os fundamentos do que, depois, viria a ser chamado de neoliberalismo.[13]
Os defensores do neoliberalismo apelidaram esse período de "milagre chileno". Apesar de alguns bons números, as estatísticas frias também mostram números pouco milagrosos: durante o regime de Pinochet, entre 1972 e 1987, o PNB per capita do Chile caiu 6,4% em dólares constantes, caindo de US$ 3.600 em 1973 para 3.170 em 1993 (dólares constantes). Apenas cinco países da América Latina tiveram, em termos de PNB per capita, um desempenho pior que o do Chile durante a ditadura Pinochet (1974-1989).[14][15][16]
Quando ocorreu a democratização, em 1990, 38,6% da população chilena se encontrava abaixo da linha de pobreza. Pinochet privatizou a previdência social,[17] e até 2004 39% da população - quase a metade dos chilenos - não dispunha de nenhum tipo de seguridade social.
Por outro lado, Pinochet modernizou o Estado, controlou gastos, manteve os preços estáveis e realizou privatizações em setores decadentes, causando ampliação nos investimentos internos e externos.[18] Têm-se admitido que os efeitos das reformas de Pinochet só vieram durante o fim e após o término da ditadura e que ele enfrentou um cenário econômico internacional difícil e com crises, como a do choque do petróleo, tendo parcela de responsabilidade pelo atual sucesso econômico chileno. A taxa de crescimento, por exemplo, a partir da metade dos anos 80 era superior a 7% ao ano.[19]
Augusto José Ramón Pinochet Ugarte (Valparaíso, 25 de novembro de 1915 — Santiago, 10 de dezembro de 2006) foi um general do exército chileno e ditador do seu país de 1973 a 1990, servindo posteriormente como senador vitalício, cargo que foi criado exclusivamente para ele, por ter sido um ex-governante.[1]
Assumiu o poder total no Chile depois de liderar o golpe militar, apoiado pelos Estados Unidos, em 11 de setembro de 1973, pelo Decreto Lei Nº 806 editado pela junta militar (Conselho do Chile), que foi estabelecida após a deposição do governo democraticamente eleito do presidente Salvador Allende.[2] Seu regime foi marcado por constantes violações de direitos humanos, com mais de 80 000 pessoas sendo presas e outras 30 000 torturadas. Segundo números oficiais, mais de três mil pessoas foram assassinadas pelo governo Pinochet.[3][4][5]
Enquanto presidente, Pinochet buscou modernizar o país. Seu governo implementou uma política de liberalização econômica, incluindo estabilização da moeda e remoção das tarifas para a indústria local. Também colocou os sindicatos na ilegalidade e privatizou a estrutura de seguridade social e várias empresas estatais. Contando com vários empréstimos externos e as reformas implementadas, o PIB chileno se expandiu consideravelmente e a economia se fortaleceu. Apesar dos progressos, a desigualdade de renda continuou como um problema crônico e os anos 1980 foi um período de altos e baixos para a nação. Ainda assim, no começo da década de 1990, a economia chilena era a mais saudável dentre os países latino americanos.[6]
Um ícone para a direita e um déspota para a esquerda, seu legado permanece controverso no Chile.[7] O país prosperou durante seu governo, mas se isso foi resultado de suas reformas ainda é discutido. A brutalidade da repressão política e a perseguição a dissidentes trouxe condenação internacional ao ditador. Após deixar a presidência, foi alvo de mais de 300 ações criminais que vão desde casos de corrupção até assassinato.[6]
Política econômica
Quando da vitória do golpe de estado de Pinochet, em 1973, o Chile adotou imediatamente um plano de ação chamado de O Ladrilho,[12] que fora preparado pelo candidato da direita, derrotado por Salvador Allende, com o auxílio de um grupo de economistas, chamados pela imprensa internacional da época de "os Chicago Boys", provenientes da Universidade de Chicago. Este documento continha os fundamentos do que, depois, viria a ser chamado de neoliberalismo.[13]
Os defensores do neoliberalismo apelidaram esse período de "milagre chileno". Apesar de alguns bons números, as estatísticas frias também mostram números pouco milagrosos: durante o regime de Pinochet, entre 1972 e 1987, o PNB per capita do Chile caiu 6,4% em dólares constantes, caindo de US$ 3.600 em 1973 para 3.170 em 1993 (dólares constantes). Apenas cinco países da América Latina tiveram, em termos de PNB per capita, um desempenho pior que o do Chile durante a ditadura Pinochet (1974-1989).[14][15][16]
Quando ocorreu a democratização, em 1990, 38,6% da população chilena se encontrava abaixo da linha de pobreza. Pinochet privatizou a previdência social,[17] e até 2004 39% da população - quase a metade dos chilenos - não dispunha de nenhum tipo de seguridade social.
Por outro lado, Pinochet modernizou o Estado, controlou gastos, manteve os preços estáveis e realizou privatizações em setores decadentes, causando ampliação nos investimentos internos e externos.[18] Têm-se admitido que os efeitos das reformas de Pinochet só vieram durante o fim e após o término da ditadura e que ele enfrentou um cenário econômico internacional difícil e com crises, como a do choque do petróleo, tendo parcela de responsabilidade pelo atual sucesso econômico chileno. A taxa de crescimento, por exemplo, a partir da metade dos anos 80 era superior a 7% ao ano.[19]
- Sem a visão de um objetivo um homem não pode gerir a sua própria vida, e muito menos a vida dos outros.
