30-07-2019, 08:05 AM
Há uma essência a se captar do texto, que é o fato de muitas mulheres serem uma companhia desagradável por falta de profundidade das conversas e interesses, que a meu ver não está relacionado a riqueza ou pobreza. Acho utópico um homem querer encontrar uma mulher que tenha interesses intelectuais comparáveis aos dele, Esther Vilar nos explica que o masculino e feminino não funcionam igual nesse ponto. Tendo alguns gostos em comum acho que já pode se dar por satisfeito.
Mesmo as mulheres mais estudadas se dedicam as suas profissões somente para ganhar mais dinheiro mesmo, não necessariamente por uma afinidade com o desenvolvimento pessoal, tanto é que geralmente deixam as emoções dominar sobre o profissionalismo.
É o que penso.
Mesmo as mulheres mais estudadas se dedicam as suas profissões somente para ganhar mais dinheiro mesmo, não necessariamente por uma afinidade com o desenvolvimento pessoal, tanto é que geralmente deixam as emoções dominar sobre o profissionalismo.
É o que penso.
Esther Vilar Escreveu:Se, em virtude das suas observações, toma conhecimento de que sua mulher ocupa tantas horas do dia a cozinhar, limpar e lavar a louça, não conclui que essas ocupações a satisfazem, porque correspondem de uma forma ideal às suas necessidades espirituais. Pensa que é justamente isso que a impede de fazer tudo o mais e esforça-se por colocar à sua disposição máquinas de lavar louça automáticas, aspiradores e refeições prontas a servir, que a aliviem desses trabalhos estúpidos e lhe permitam fazer uma vida igual à que ele sonha para si próprio.
Mas ficará desiludido: em vez da mulher começar a viver uma vida espiritual, mais rica, a preocupar-se com política, histórica ou com a origem do Universo, utilizará o tempo ganho para fazer bolos, passar a ferro a roupa interior, coser folhinhos ou, se for muito dinâmica, para colar decalques de florinhas no vaso sanitário.
(...)
O mais tardar aos doze anos – idade em que a maioria das mulheres resolve iniciar a carreira de prostituta, ou seja, a de deixar mais tarde um homem trabalhar para si, pondo-lhe a disposição a sua vagina, a intervalos determinados, como contraprestação – cessa a mulher de desenvolver o seu espírito. É certo que continua a instruir-se e adquire os mais variados diplomas – pois o homem crê que uma mulher que aprendeu qualquer coisa de cor também sabe qualquer coisa (um diploma eleva, por conseguinte, o valor de mercado da mulher) – mas, na realidade, é então que se separam para sempre os caminhos dos sexos. Toda a possibilidade de entendimento entre homem e mulher é então afastada para sempre.
Esther Vilar, O Homem Domado, p. 12 e 13.
