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[RELATO] Chegando ao fim de um relacionamento
#2
Parte 2 – Ato 3 – Clímax: É chegada a hora do exorcismo

Bom, é chegada a hora do embate. É necessário manobrar com cuidado e agir com toda a precisão. Cheque-mate! Consegui concluir as coisas até melhor que o planejado. Eu fiquei assustado e impressionado comigo mesmo, foi um show de frieza e tranquilidade, cordialidade e bondade até.  Deixem-me contar minha tática para vocês...

Era necessário que eu ouvisse algumas coisas da boca dela pois assim ela abriria a guarda e entraria em contradição. A princípio perguntei o que sentia por mim, pedi pra ela falar. Ela falou que gostava, aquela coisa bonita e tal. Depois falei que estava achando que tudo no nosso relacionamento tava indo muito bem, que curti a nossa viagem e por aí vai, e que tinha ideia de começar a anunciar nas redes sociais o nosso namoro. E perguntei se ela concordava, ela disse que sim, mas logo acrescentou que preferia esperar mais um pouco, ter 1 ano de namoro. Eu concordei.

Vocês já devem ter notado aí a primeira armadilha: colocar isso em público botava abaixo o plano dela sair com o outro carinha, mostraria que ela está ou mentindo ou era comprometida, ou a realidade: ambos. Por isso ela quis esperar mais. Consegui pegar a reação dela, até então mantendo a fachada. Detalhe que não há fotos nossas nas redes nem nada é anunciado, o máximo que apareci junto dela no passado em alguns stories do Insta e mesmo assim nada muito romântico, quem visse de longe pensaria que sou só mais um amigo (muitas vezes no meio de outros amigos), ela conseguiria enrolar qualquer um nessa condição. Ela é especialista em fazer esse tipo de coisa, postar fotos das nossas situações a dois da maneira mais disfarçada o possível, coisa de gênio. Fazia um tempo que ela não postava nada nosso.

Eu já tinha o que queria, mas precisava cavoucar mais... Comecei a puxar assunto de uma conversa inacabada que tivemos, meio que uma briga mal resolvida de uns dias atrás. Quando então ela me questiona por que eu queria, naquele momento ruim pra ela, conversar aquilo (ela tinha saído do trabalho e ia pra faculdade fazer uma prova em pouco tempo). Claro que a curiosidade de falar comigo foi mais forte do que me fazer esperar quase uma semana pra gente se ver, como era de costume da gente. Como falei, tive que ser malandro e jogar com isso. Disse a ela que já ia explicar o motivo de ser naquele momento...

Uma vez contextualizado tudo e dada a abertura, pergunto quem era o tal do sujeito e o que conversavam, ela dizendo que é um cara que havia conhecido enquanto trabalhava e tal, mas não fala nada revelante até aí. Daí falo que vi uma notificação de mensagem dele no celular dela, ela retruca dizendo que adicionou ele no Instagram e que isso não tem nada demais. Depois digo que o cara estudava na faculdade tal, daí ela me revela que é "um amigo normal e que conversa como qualquer outro". Reparem bem na estratégia: Fui sempre soltando uma pequena informação nova, e ela sempre informando um detalhe, justificando, omitindo ou inventando, mas sem deixar cair a fachada nem falar tudo de vez. E eu ia aprofundando cada vez eu mais e ela se segurando, por dentro provavelmente implorando para eu não saber demais.

Continuando: Depois falei que vi a conversa dos dois no celular, e ela me diz na cara dura que apenas "queria saber quais as intenções dele". Mentira deslavada, claro. Daí eu falo que eu não era besta, vi que ela mentiu pra ele dizendo que não tinha namorado e estava marcando de sair com ele. Ela começa a ficar sem reação, aos poucos percebe que eu já sabia demais, tenta se esquivar dizendo não ter tido tempo de ter comunicado a mim o que houve, mas também retruco dizendo que essa conversa já tem acontecido há vários dias e era pra ela ter comunicado algo assim imediatamente.

Como podem ver o negócio ficou arriscado. A depender da garota, podia ter surtado alí mesmo por ter sido pega em contradição. Já essa, tava mantendo a fachada, sempre inventando mentiras e justificativas e segurando a barra bem. Eu, que não sou burro, aproveito de toda desculpa dela e as destruo com uma delicadeza impressionante. Fineza, autocontrole, calmamente e olhando nos olhos.

Ela não tinha pra onde correr a não ser tentar inverter a culpa questionando minha atitude. Eu respondo também que não achei correto, mas que eu merecia saber a verdade. Quando terminei de falar tudo e que sabia que ela tinha mentido pra ele e pra mim, e que uma garota compromissada falar que não namora e querer sair com outro é dose, não tive muito pra onde correr, disse que estávamos num impasse e que não tinha jeito a não ser terminar, pois ela tinha ido longe demais. A partir do momento que ela diz para um homem que está solteira, é por que estava mesmo, e que ela me deu salvo conduto para fazer o mesmo que ela.

Em suma deixei bem claro que foi ela própria que fodeu com o relacionamento e que eu não tinha escolha. Ela meio que tentou contra-argumentar pra pedir um tempo, mas já havia falado antes o que significava dar um tempo pra mim (término definitivo pelo que acordei com ela antes de namorarmos, problemas no relacionamento se resolvem nele, não fora, ou procurando "um por fora"). Queria que eu tivesse falado na hora que descobri (no meio da viagem), mas contra-argumentei que não queria estragar o clima na frente lá do pessoal. Ou seja, ela foi ficando sem opções, cerquei ela por todos os lados, foi um encurralamento psicológico, coisa que não funciona com todas as mulheres, fique bem claro.

O impressionante aqui foi que ela manteve a frieza (aparentemente) sem chorar nem escandalizar e tentou segurar a fachada até o fim. Ela não tentou nem discutir pois sabia que eu desmancharia qualquer coisa no ato, vide as vezes que ela tentou falar algo e argumentei contrariamente com precisão cirúrgica pra desmanchar o argumento numa raquetada só, como um tenista estilosamente fazendo um match point. A mesma não estava só em contradição como também totalmente desmoralizada e não podia dar nenhum pio. O Hamster dela devia estar a mil tentando racionalizar a situação.

Tive que comer pelas beiradas até ela se entregar totalmente em toda a sua mentira e farsa. Consegui pegar ela desprevenida (curiosidade + guarda baixa), cabeça-cheia (cansada e cabeça ocupada com outras também) depois de ter amaciado ela (fazendo ela admitir que gosta de mim e tal), e depois desmanchando ela criteriosamente com cuidado de quem cerca cada uma das saídas possíveis. Em suma, descasquei a laranja numa peça de casca única.

O lugar de encontro também favoreceu, era um lugar aberto e público, na calçada na frente da cassa de um amigo. Além do mais eu ainda tinha as provas, que graças a Deus não precisei usar. Ela nem imagina que eu tenho fotos registrando, deixemos isso como um trunfo que espero nunca precisar. Claro que no processo fui muito gentil o tempo todo, não perdi a calma nem a compostura e o tom de voz, e olhei nos olhos dela por maior parte do tempo. Comecei carinhoso, mas depois fiquei mais frio e distante.

Ela em momento nenhum admitiu seus erros, se desculpou, me tentou acusar muito fracamente mas não conseguiu tirar absolutamente nada de mim. Acho que o fato de estar exausta de tudo (viagem, trabalho, sermão) e todo o trabalho pra manter a pose acabaram com toda e qualquer reação possível dela. Ela por dentro devia estar arrasada. (Será que estava?) Ao fim, na hora de ir embora, eu notei que ela estava com a voz meio embargada, talvez à beira de chorar, mas se manteve firme até o final. Essa é uma garota durona mesmo... E mentirosa da pior espécie também.

Ter feito isso às pressas e “no cansaço” foi a coisa mais acertada que fiz. Tão tranquilo como sempre fui, eu fui neste dia fatídico. Apesar de eu ter podido ter falado tantas coisas (leia-se: xingar, polemizar, brigar, etc.), me ative só a estratégia e tudo deu certo. Em suma, foi um espetáculo, mas foi bem tranquilo, parecia uma conversa normal, só que falei tudo o que precisava sem ofender nada nem ninguém. Fiquei positivamente impressionado com minha atuação, huahua. Era hora de reportar os resultados pra galera da Real e rolar os créditos.

Continua...
Citação:“Fortuna Perdida? Nada se perdeu... Coragem perdida?
Muito se perdeu... Honra perdida? Tudo se perdeu...”

(Provérbio Irlandês)
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RE: [RELATO] Chegando ao fim de um relacionamento - de Wild - 25-11-2018, 04:41 AM

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