30-07-2018, 12:50 PM
Você está tentando delimitar um tema que é amplo por natureza. Não tem como falar dos trabalhadores brasileiros sem falar de carga tributária, aposentadoria, empresários, e do papel do Estado.
Informais X Formais
O Brasil abraçou o positivismo jurídico, logo, a massa cresceu com a ideia de que tudo tem que estar previsto em lei. Até um tempo atrás, a CLT funcionava como um sistema inquisitivo, em que o empresário já era culpado muito antes do julgamento da ação. Como isso não poderia ser bom para os que possuíam vínculo empregatício? Em toda causa, cabia ao empresário provar que o acusador estava errado. Difícil.
Por outro lado, a cultura dos Estados Unidos ensina que o governo fica de um lado, e os interesses individuais de outro. Quem quer trabalhar 20 horas por dia nesse país, que trabalhe. E vai receber uma boa grana por isso, que justificará a jornada de trabalho exaustiva. No Brasil, sendo justo, o empregador não é todo esse monstro que pintam, ao mesmo tempo que não posso dizer que é um herói. Brasil não é Estados Unidos. Considero a informalidade um ponto positivo, pois é uma clara desvinculação do Estado que está acontecendo atualmente, no entanto, tenho para mim que se fosse pelo empregador, esse estaria pagando muito menos aos trabalhadores por jornadas de trabalho extenuantes. Apesar do show midiático que a PF faz quando encontra trabalhadores estrangeiros de países miseráveis trabalhando jornadas exaustivas no Brasil porque isso para eles vale a pena, dificilmente o que esses trabalhadores recebem é um valor que dê para viver no Brasil com alguma dignidade. Diferentemente do trabalhador informal nos EUA, que foge do Brasil e lá compra carro, casa, e consome os mesmos produtos que as pessoas mais ricas.
Apesar de tudo o que foi dito, minha opinião é a de que o trabalho informal compensa muito mais que o trabalho formal. E quando falo de trabalho informal, me refiro principalmente as pessoas que ficam em casa prestando serviços: confeiteiros; manicures; vendedores; etc. Pessoas que não possuem nenhum tipo de pessoa jurídica, nem vínculo empregatício, mas atuam no mercado como se tivessem.
"No Brasil, o mercado informal fez circular 834 bilhões de reais em 2014 - quase o mesmo que toda a economia da Colômbia (que é a terceira maior da América do Sul)." Leandro Narloch no Guia Politicamente Incorreto da Economia Brasileira.
Sobre a introdução do seu tópico, lutra trabalhista não quer dizer absolutamente nada. Talvez os brasileiros não respeitem as regras porque as regras não os respeitam. O brasileiro opta por comprar com camelô porque o original é caro, geralmente é favorável aos produtos que vem do Paraguai. O brasileiro optou pelo Uber em detrimento do taxi, e muitas vezes opta por ônibus e kombis clandestinas em vez de transporte público etc. A informalidade é a forma de empreendedorismo acessível aos pobres.
Aposentadoria
Uma realidade distante. Sou contra a reforma da previdência mesmo sabendo que o sistema previdenciário está quebrado. A reforma de previdência é uma cortina de fumaça para encobrir o verdadeiro problema que é o assalto aos cofres previdenciários orquestrado por políticos. A melhor forma de se aposentar, seria optando por algo desvinculado do Estado, e isso é uma realidade distante. O trabalhador formal, velho e cansado, não sabe quando se aposentará, mas o presidente da república já está aposentado desde os 50 anos de idade, o que é um absurdo e mais uma coisa em desfavor do Estado.
Carga Tributária
O motivo pelo qual a maioria das pessoas jurídicas fecham as portas; o motivo pelo qual os trabalhadores formais trabalham por aproximadamente metade do ano. Não obstante, o motivo pelo qual há muitos desempregados no Brasil pensando em como ficarão prejudicados por não poderem pagar o INSS. O trabalhador dependente de um vínculo empregatício no Brasil está completamente fodido.
Estado
Sem papo de liberal alienado, apenas a realidade, o Estado Brasileiro tenta arrancar dinheiro dos trabalhadores de todas as formas possíveis e impossíveis. A internet impulsionou uma verdadeira luta contra as garras do Estado e isso é bom. As pessoas estão trabalhando por si próprias, em negócios não regulados pelo Estado; estão lutando contra as empresas estatais, o que é compreensível em diversos aspectos; etc. É uma tendência, até os concursos públicos estão diminuindo, e não apenas porque a dívida pública é astronômica, mas porque há uma pressão das pessoas para que isso aconteça. Os tempos mudaram.
Conclusão
A conclusão é que o trabalho informal tende a aumentar mais ainda e que o brasileiro desrespeite cada vez mais as regulamentações das profissões, pois está tomando consciência da péssima gestão estatal nesses assuntos. Se o trabalhador informal ganha menos, já é outra questão, mas deve estar valendo a pena não ter os descontos compulsórios no contracheque, não ficar desempregado, e principalmente: só estar refém da carga tributária no consumo de produtos (a não ser que esses sejam produtos contrabandeados ha ha).
Informais X Formais
O Brasil abraçou o positivismo jurídico, logo, a massa cresceu com a ideia de que tudo tem que estar previsto em lei. Até um tempo atrás, a CLT funcionava como um sistema inquisitivo, em que o empresário já era culpado muito antes do julgamento da ação. Como isso não poderia ser bom para os que possuíam vínculo empregatício? Em toda causa, cabia ao empresário provar que o acusador estava errado. Difícil.
Por outro lado, a cultura dos Estados Unidos ensina que o governo fica de um lado, e os interesses individuais de outro. Quem quer trabalhar 20 horas por dia nesse país, que trabalhe. E vai receber uma boa grana por isso, que justificará a jornada de trabalho exaustiva. No Brasil, sendo justo, o empregador não é todo esse monstro que pintam, ao mesmo tempo que não posso dizer que é um herói. Brasil não é Estados Unidos. Considero a informalidade um ponto positivo, pois é uma clara desvinculação do Estado que está acontecendo atualmente, no entanto, tenho para mim que se fosse pelo empregador, esse estaria pagando muito menos aos trabalhadores por jornadas de trabalho extenuantes. Apesar do show midiático que a PF faz quando encontra trabalhadores estrangeiros de países miseráveis trabalhando jornadas exaustivas no Brasil porque isso para eles vale a pena, dificilmente o que esses trabalhadores recebem é um valor que dê para viver no Brasil com alguma dignidade. Diferentemente do trabalhador informal nos EUA, que foge do Brasil e lá compra carro, casa, e consome os mesmos produtos que as pessoas mais ricas.
Apesar de tudo o que foi dito, minha opinião é a de que o trabalho informal compensa muito mais que o trabalho formal. E quando falo de trabalho informal, me refiro principalmente as pessoas que ficam em casa prestando serviços: confeiteiros; manicures; vendedores; etc. Pessoas que não possuem nenhum tipo de pessoa jurídica, nem vínculo empregatício, mas atuam no mercado como se tivessem.
"No Brasil, o mercado informal fez circular 834 bilhões de reais em 2014 - quase o mesmo que toda a economia da Colômbia (que é a terceira maior da América do Sul)." Leandro Narloch no Guia Politicamente Incorreto da Economia Brasileira.
Sobre a introdução do seu tópico, lutra trabalhista não quer dizer absolutamente nada. Talvez os brasileiros não respeitem as regras porque as regras não os respeitam. O brasileiro opta por comprar com camelô porque o original é caro, geralmente é favorável aos produtos que vem do Paraguai. O brasileiro optou pelo Uber em detrimento do taxi, e muitas vezes opta por ônibus e kombis clandestinas em vez de transporte público etc. A informalidade é a forma de empreendedorismo acessível aos pobres.
Aposentadoria
Uma realidade distante. Sou contra a reforma da previdência mesmo sabendo que o sistema previdenciário está quebrado. A reforma de previdência é uma cortina de fumaça para encobrir o verdadeiro problema que é o assalto aos cofres previdenciários orquestrado por políticos. A melhor forma de se aposentar, seria optando por algo desvinculado do Estado, e isso é uma realidade distante. O trabalhador formal, velho e cansado, não sabe quando se aposentará, mas o presidente da república já está aposentado desde os 50 anos de idade, o que é um absurdo e mais uma coisa em desfavor do Estado.
Carga Tributária
O motivo pelo qual a maioria das pessoas jurídicas fecham as portas; o motivo pelo qual os trabalhadores formais trabalham por aproximadamente metade do ano. Não obstante, o motivo pelo qual há muitos desempregados no Brasil pensando em como ficarão prejudicados por não poderem pagar o INSS. O trabalhador dependente de um vínculo empregatício no Brasil está completamente fodido.
Estado
Sem papo de liberal alienado, apenas a realidade, o Estado Brasileiro tenta arrancar dinheiro dos trabalhadores de todas as formas possíveis e impossíveis. A internet impulsionou uma verdadeira luta contra as garras do Estado e isso é bom. As pessoas estão trabalhando por si próprias, em negócios não regulados pelo Estado; estão lutando contra as empresas estatais, o que é compreensível em diversos aspectos; etc. É uma tendência, até os concursos públicos estão diminuindo, e não apenas porque a dívida pública é astronômica, mas porque há uma pressão das pessoas para que isso aconteça. Os tempos mudaram.
Conclusão
A conclusão é que o trabalho informal tende a aumentar mais ainda e que o brasileiro desrespeite cada vez mais as regulamentações das profissões, pois está tomando consciência da péssima gestão estatal nesses assuntos. Se o trabalhador informal ganha menos, já é outra questão, mas deve estar valendo a pena não ter os descontos compulsórios no contracheque, não ficar desempregado, e principalmente: só estar refém da carga tributária no consumo de produtos (a não ser que esses sejam produtos contrabandeados ha ha).