31-05-2018, 03:51 PM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 29-11-2019, 11:01 AM por Libertador.)
“Quanto mais nos elevamos, menores parecemos aos olhos daqueles que não sabem voar”. Há algum caráter de inevitabilidade na observação do autor citado, pois se trata de umas das constatações que inexoravelmente temos ao atingir a maturidade.
Ao amadurecer intelectual e emocionalmente, percebemos que os indivíduos que estão a nossa volta ficam, em geral, cada vez mais distantes da realidade que desejamos para nossas vidas. Família, amigos, colegas de trabalho, amantes, entre outros, passam então a nos prejudicar, a causar atrasos ao nosso desenvolvimento pessoal, como âncoras de freio que atrasam o deslocamento adiante de um navio. Evidentemente que existem exceções, especialmente se o círculo social é mais intelectualmente desenvolvido, mas são raras.
A busca pela verdade que motiva muitos de nós, indivíduos focados no desenvolvimento pessoal, vai de encontro aos clichês doutrinários que a massa tem para si como verdades absolutas e inquestionáveis. Com efeito, deparamo-nos reiteradamente com a animosidade daqueles com quem mantemos conversas, estas muitas vezes com objetivo de ajudá-los a enxergar verdades mantidas ocultas por motivos escusos.
Para o ignorante, argumentos que solapam as fundações sobre as quais sua vida está construída são ofensas graves a sua honra, e, portanto, passíveis de represária. Ato contínuo, o diálogo torna-se praticamente impossível, dada a beligerância que se faz presente. Assim sendo, temos duas alternativas: enfrentar os debates violentos ou evitá-los. No primeiro caso, construiremos inimizades, o que é deveras indesejável. No segundo, isolar-nos-emos.
Ora, como diria Henry David Thoreau: “Mais do que o amor, do que dinheiro, do que fé, do que fama, do que justiça, dêem-me a verdade.”. Se a busca incansável pela verdade é essencialmente a razão da existência e da felicidade de um indivíduo - como é para nós “realistas” - não há como ele abdicar dela buscando apenas satisfazer suas necessidades mundanas sem debilitar sua autoestima de maneira assaz trágica. Explico: ao encarar um debate violento, para evitarmos criar inimizades devemos nos silenciar ou concordar com o interlocutor, por mais errado que ele esteja, o que necessariamente cria um impacto negativo em nossa autoestima. Dessa maneira, para obter os supostos benefícios que a socialização oferece, devemos sacrificar nossas dignidades. Alternativamente, isolar-nos-emos, o que manterá nossas autoestima e dignidade intocadas, mas sem amigos e também inimizades.
Portanto, o isolamento é bastante útil quando direcionado à manutenção de nossa autoestima; ou quando serve como mola propulsora de nosso desenvolvimento pessoal. Não se trata de misantropia, mas da constatação de que se envolver com a massa em geral constitui atraso em nossa vida, pois, como definiu José Ortega Y Gasset, o homem massa é “aquele que não se exige em nada, que se contenta com o que é e está encantado consigo.”, enquanto o homem excelente – e considero o “realista” que busca incansavelmente a verdade parte deste grupo – “...está constituído por uma necessidade íntima de apelar de si mesmo a uma norma que está além dele, que é superior a ele, a cujo serviço se põe livremente.”, i.e., a verdade.
Assim sendo, eliminar os velhos amigos que nada nos fornecem, os familiares parasitas, entre outros, torna-se imprescindível para a conquista da felicidade. Com essa constatação, a solidão torna-se algo prazeroso e desejável.
Ao amadurecer intelectual e emocionalmente, percebemos que os indivíduos que estão a nossa volta ficam, em geral, cada vez mais distantes da realidade que desejamos para nossas vidas. Família, amigos, colegas de trabalho, amantes, entre outros, passam então a nos prejudicar, a causar atrasos ao nosso desenvolvimento pessoal, como âncoras de freio que atrasam o deslocamento adiante de um navio. Evidentemente que existem exceções, especialmente se o círculo social é mais intelectualmente desenvolvido, mas são raras.
A busca pela verdade que motiva muitos de nós, indivíduos focados no desenvolvimento pessoal, vai de encontro aos clichês doutrinários que a massa tem para si como verdades absolutas e inquestionáveis. Com efeito, deparamo-nos reiteradamente com a animosidade daqueles com quem mantemos conversas, estas muitas vezes com objetivo de ajudá-los a enxergar verdades mantidas ocultas por motivos escusos.
Para o ignorante, argumentos que solapam as fundações sobre as quais sua vida está construída são ofensas graves a sua honra, e, portanto, passíveis de represária. Ato contínuo, o diálogo torna-se praticamente impossível, dada a beligerância que se faz presente. Assim sendo, temos duas alternativas: enfrentar os debates violentos ou evitá-los. No primeiro caso, construiremos inimizades, o que é deveras indesejável. No segundo, isolar-nos-emos.
Ora, como diria Henry David Thoreau: “Mais do que o amor, do que dinheiro, do que fé, do que fama, do que justiça, dêem-me a verdade.”. Se a busca incansável pela verdade é essencialmente a razão da existência e da felicidade de um indivíduo - como é para nós “realistas” - não há como ele abdicar dela buscando apenas satisfazer suas necessidades mundanas sem debilitar sua autoestima de maneira assaz trágica. Explico: ao encarar um debate violento, para evitarmos criar inimizades devemos nos silenciar ou concordar com o interlocutor, por mais errado que ele esteja, o que necessariamente cria um impacto negativo em nossa autoestima. Dessa maneira, para obter os supostos benefícios que a socialização oferece, devemos sacrificar nossas dignidades. Alternativamente, isolar-nos-emos, o que manterá nossas autoestima e dignidade intocadas, mas sem amigos e também inimizades.
Portanto, o isolamento é bastante útil quando direcionado à manutenção de nossa autoestima; ou quando serve como mola propulsora de nosso desenvolvimento pessoal. Não se trata de misantropia, mas da constatação de que se envolver com a massa em geral constitui atraso em nossa vida, pois, como definiu José Ortega Y Gasset, o homem massa é “aquele que não se exige em nada, que se contenta com o que é e está encantado consigo.”, enquanto o homem excelente – e considero o “realista” que busca incansavelmente a verdade parte deste grupo – “...está constituído por uma necessidade íntima de apelar de si mesmo a uma norma que está além dele, que é superior a ele, a cujo serviço se põe livremente.”, i.e., a verdade.
Assim sendo, eliminar os velhos amigos que nada nos fornecem, os familiares parasitas, entre outros, torna-se imprescindível para a conquista da felicidade. Com essa constatação, a solidão torna-se algo prazeroso e desejável.
