23-11-2017, 07:58 PM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 23-11-2017, 08:04 PM por Fairchild.)
Não fumo mas vou contar o que meu pai fez, o que acredito que para executar é necessário ter vontade de ferro, mas no caso dele ter a foice da morte roçando o pescoço ajudou muito.
Primeiro o motivo:
Ele fumou dos 12 aos 50, no auge fumava cerca de duas carteiras por dia, e do roliúdi (Hollywood) vermelho, até fazia estoque para não ficar sem.
Um belo dia teve um sagramento nasal fudido, passou em um médico que indevidamente atribuiu a parada ao calor e o liberou, o sangramento parou sozinho. Duas semanas depois ocorreu novamente, ele deixou rolar, no terceiro ele ficou muito tonto, foi em um segundo médico, este pediu mais exames e encontrou uma veia detonada um pouco abaixo da cabeça, no canal nasal, estava ressecada, se tivesse ocorrido dois centímetros acima ele estaria morto. Foi internado um tempinho e a veia foi cauterizada, fez transfusão de sangue pois o sangramento realmente foi brutal. Tomou remédio pra cacete e ficou de boa.
A médica apontou o cigarro, ele bebia uma breja de leve e rabo de galo também. Pediu para ele parar, meu pai falou foda-se mas parou a bebida.
Cerca de um ano o bang ocorreu novamente, mais forte, foi direto pro hospital e desta vez ficou entubado e um tempo maior, a mesma veia estourou mais acima.
Ações dele:
Meu pai ao sair do hospital jogou fora todas as carteiras de cigarro do estoque e seguiu em frente, ele sempre usava camisa polo com bolso no lado direito pois levava o cigarro e o isqueiro ali, ele disse que por dois anos ainda levava a mão ao bolso buscando o maço, era instintivo, começou a comprar balas de mel e de hortelã, sempre que batia vontade chupava uma.
Processo:
Me disse que o primeiro ano foi foda demais, pensou em tentar somente diminuir a dose aos poucos, mas percebeu que se fizesse assim jamais largaria, seria no vai ou racha, na cabeça dele saberia que não poderia arriscar outro sangramento. No segundo ano já estava de boa, mas ainda conservava o hábito de levar a mão ao bolso.
Seis meses após ele parar de fumar minha mãe viu que a parada era séria e começou a trocar as coisas da cama deles, lençóis, travesseiros e até o colchão, quem convive com fumante sabe o quão foda é o cheiro e como ele fica impregnado nas coisas, o travesseiro dele sem o forro tava preto, zoado de ver, mas o que me assustou é que, mesmo já sem fumar após seis meses e com um novo travesseiro, minha mãe percebeu que sempre que tirava o forro para lavar via que o travesseiro estava escurecendo novamente, é, essa porcaria demora para ser limpa do seu corpo. Hoje ele não suja o mais travesseiro mas não me recordo quanto tempo levou para isso.
Pós cigarro:
Meu pai me contou que reencontrou um fôlego que não tinha antes, percebeu só quando parou, ele também não tinha mais paladar e olfato, tudo foi restaurado. Quando ele sente o cheiro de cigarro hoje embrulha seu estômago, tem nojo mesmo e só agora percebe a reação dos não-fumantes perto de uma pessoa que fuma.
Obs: É só uma experiência, pode não servir para todos, foi radical e trabalhoso mas funcionou para ele, ele está limpo há onze anos, perdeu o interesse nas balas também, parou de chupar quando desencanou com a mão buscando o vício.
Primeiro o motivo:
Ele fumou dos 12 aos 50, no auge fumava cerca de duas carteiras por dia, e do roliúdi (Hollywood) vermelho, até fazia estoque para não ficar sem.
Um belo dia teve um sagramento nasal fudido, passou em um médico que indevidamente atribuiu a parada ao calor e o liberou, o sangramento parou sozinho. Duas semanas depois ocorreu novamente, ele deixou rolar, no terceiro ele ficou muito tonto, foi em um segundo médico, este pediu mais exames e encontrou uma veia detonada um pouco abaixo da cabeça, no canal nasal, estava ressecada, se tivesse ocorrido dois centímetros acima ele estaria morto. Foi internado um tempinho e a veia foi cauterizada, fez transfusão de sangue pois o sangramento realmente foi brutal. Tomou remédio pra cacete e ficou de boa.
A médica apontou o cigarro, ele bebia uma breja de leve e rabo de galo também. Pediu para ele parar, meu pai falou foda-se mas parou a bebida.
Cerca de um ano o bang ocorreu novamente, mais forte, foi direto pro hospital e desta vez ficou entubado e um tempo maior, a mesma veia estourou mais acima.
Ações dele:
Meu pai ao sair do hospital jogou fora todas as carteiras de cigarro do estoque e seguiu em frente, ele sempre usava camisa polo com bolso no lado direito pois levava o cigarro e o isqueiro ali, ele disse que por dois anos ainda levava a mão ao bolso buscando o maço, era instintivo, começou a comprar balas de mel e de hortelã, sempre que batia vontade chupava uma.
Processo:
Me disse que o primeiro ano foi foda demais, pensou em tentar somente diminuir a dose aos poucos, mas percebeu que se fizesse assim jamais largaria, seria no vai ou racha, na cabeça dele saberia que não poderia arriscar outro sangramento. No segundo ano já estava de boa, mas ainda conservava o hábito de levar a mão ao bolso.
Seis meses após ele parar de fumar minha mãe viu que a parada era séria e começou a trocar as coisas da cama deles, lençóis, travesseiros e até o colchão, quem convive com fumante sabe o quão foda é o cheiro e como ele fica impregnado nas coisas, o travesseiro dele sem o forro tava preto, zoado de ver, mas o que me assustou é que, mesmo já sem fumar após seis meses e com um novo travesseiro, minha mãe percebeu que sempre que tirava o forro para lavar via que o travesseiro estava escurecendo novamente, é, essa porcaria demora para ser limpa do seu corpo. Hoje ele não suja o mais travesseiro mas não me recordo quanto tempo levou para isso.
Pós cigarro:
Meu pai me contou que reencontrou um fôlego que não tinha antes, percebeu só quando parou, ele também não tinha mais paladar e olfato, tudo foi restaurado. Quando ele sente o cheiro de cigarro hoje embrulha seu estômago, tem nojo mesmo e só agora percebe a reação dos não-fumantes perto de uma pessoa que fuma.
Obs: É só uma experiência, pode não servir para todos, foi radical e trabalhoso mas funcionou para ele, ele está limpo há onze anos, perdeu o interesse nas balas também, parou de chupar quando desencanou com a mão buscando o vício.
Se o machado está cego e sua lâmina não foi afiada, é preciso golpear com mais força. Agir com sabedoria assegura o sucesso. - Salomão em Eclesiastes 10.10.
Muito cara legal foi parar debaixo de uma ponte por causa de uma mulher. - Bukowski.
As maiores redpills ouvimos da boca de mulheres.
