27-12-2016, 05:58 PM
Confrades, primeiramente peço desculpas por estar de certo modo revivendo este tópico, que fará aniversário de 1 ano em breve; porém, sinto-me na obrigação de apontar algumas observações referentes ao assunto dos Polivitamínicos.
1) Multivitamínicos não são necessários para a maioria das pessoas deste fórum.
Os motivos para fazer uso de multivitamínicos pode ser amplo e variável dentre os indivíduos que os utilizam, ainda que um dos principais seria para "evitar doenças" ou "repor as vitaminas".
Apesar de serem motivos nobres e louváveis, as evidências científicas (ensaios clínicos, randomizados, duplo-cegos, com um "n" populacional expressivo) que comprovam os possíveis benefícios dessa prática são irrisórios. Por outro lado, os estudos que comprovam que eles não possuem pontos positivos algum para a saúde são diversos, como mostra essa conclusão de 2013 do Annals of Internal Medicine (http://annals.org/aim/article/1789253/en...upplements).
Esta reportagem do Huffington Post (http://www.huffingtonpost.com/2012/05/13...10985.html) aponta que apenas o cálcio e vitamina D demonstraram algum benefício ao serem suplementados, porém apenas em indivíduos mais velhos, com problemas cardiológicos conhecidos, e em mulheres pós-menopausa (maior risco de osteoporose).
As demais Vitaminas, tidas como "antioxidantes" - como a E, a A, a C - ainda não demonstraram nenhum benefício que justificassem a sua utilização. Observem a tabela a seguir:
![[Image: 9uyzbr.jpg]](http://i59.tinypic.com/9uyzbr.jpg)
2) Interação entre vitaminas e minerais
Outro aspecto interessante, ainda que pouco abordado, é a interação farmacológica entre compostos desses "multivitamínicos".
Vocês sabiam, por exemplo, que o Zinco e o Cálcio competem com a absorção do Ferro? Em outras palavras, os minerais acabam prejudicando a absorção um do outro.
3) Sub-dosagem dos Polivitamínicos brasileiros
Este tópico em específico já foi citado por um confrade acima, mas volto a frisar: a ANVISA estipula um limite máximo de quantidade de cada vitamina/mineral, sendo que esta na maioria das vezes é pífia para acarretar QUALQUER benefício no corpo.
Para tentar ser mais claro, dou o exemplo da Vitamina C: alguns estudos demonstraram benefício MUITO MODESTO na suplementação, em doses que variavam de 200mg até 1 grama por dia; enquanto que nos polivitamínicos brasileiros, a dose de vitamina C é, em média, apenas 45 mg!
Outro grande exemplo é a Vitamina D (uma das poucas que realmente traz qualidade de vida), que é muito subdosada - basta comparar a tabela nutricional do PHARMATON com os multivitamínicos importados (como o OPTIMEN da Optimum Nutrition):
![[Image: IDR%2Btabela.jpg]](http://1.bp.blogspot.com/_CAmd8iQWhGg/TQ_QoRJ-lZI/AAAAAAAAADI/6RLG-fJvA6k/s1600/IDR%2Btabela.jpg)
![[Image: opti-men-multivitamin-2000.png]](http://www.optimumnutrition.com/us/img/media/products/opti-men-multivitamin-2000.png)
4) CONCLUSÃO
Após o exposto, concluo que a maioria dos confrades deste recinto não possuem qualquer indicação de gastar dinheiro com multivitamínicos com o intuito de "ficarem mais saudáveis"; apenas em poucas situações de deficiências graves ou alguma patologia grave justificariam o uso.
1) Multivitamínicos não são necessários para a maioria das pessoas deste fórum.
Os motivos para fazer uso de multivitamínicos pode ser amplo e variável dentre os indivíduos que os utilizam, ainda que um dos principais seria para "evitar doenças" ou "repor as vitaminas".
Apesar de serem motivos nobres e louváveis, as evidências científicas (ensaios clínicos, randomizados, duplo-cegos, com um "n" populacional expressivo) que comprovam os possíveis benefícios dessa prática são irrisórios. Por outro lado, os estudos que comprovam que eles não possuem pontos positivos algum para a saúde são diversos, como mostra essa conclusão de 2013 do Annals of Internal Medicine (http://annals.org/aim/article/1789253/en...upplements).
Esta reportagem do Huffington Post (http://www.huffingtonpost.com/2012/05/13...10985.html) aponta que apenas o cálcio e vitamina D demonstraram algum benefício ao serem suplementados, porém apenas em indivíduos mais velhos, com problemas cardiológicos conhecidos, e em mulheres pós-menopausa (maior risco de osteoporose).
As demais Vitaminas, tidas como "antioxidantes" - como a E, a A, a C - ainda não demonstraram nenhum benefício que justificassem a sua utilização. Observem a tabela a seguir:
2) Interação entre vitaminas e minerais
Outro aspecto interessante, ainda que pouco abordado, é a interação farmacológica entre compostos desses "multivitamínicos".
Vocês sabiam, por exemplo, que o Zinco e o Cálcio competem com a absorção do Ferro? Em outras palavras, os minerais acabam prejudicando a absorção um do outro.
3) Sub-dosagem dos Polivitamínicos brasileiros
Este tópico em específico já foi citado por um confrade acima, mas volto a frisar: a ANVISA estipula um limite máximo de quantidade de cada vitamina/mineral, sendo que esta na maioria das vezes é pífia para acarretar QUALQUER benefício no corpo.
Para tentar ser mais claro, dou o exemplo da Vitamina C: alguns estudos demonstraram benefício MUITO MODESTO na suplementação, em doses que variavam de 200mg até 1 grama por dia; enquanto que nos polivitamínicos brasileiros, a dose de vitamina C é, em média, apenas 45 mg!
Outro grande exemplo é a Vitamina D (uma das poucas que realmente traz qualidade de vida), que é muito subdosada - basta comparar a tabela nutricional do PHARMATON com os multivitamínicos importados (como o OPTIMEN da Optimum Nutrition):
4) CONCLUSÃO
Após o exposto, concluo que a maioria dos confrades deste recinto não possuem qualquer indicação de gastar dinheiro com multivitamínicos com o intuito de "ficarem mais saudáveis"; apenas em poucas situações de deficiências graves ou alguma patologia grave justificariam o uso.
