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Na cidadezinha - Parte 2 - anexo - Pirenópolis e a crise católica.
#2
(14-08-2025, 03:59 PM)eremita_urbano Escreveu: Esse tópico é tangente ao tópico de cidadezinhas. A ideia surgiu lá a pedido do candango. Pagando dívida, eis o relato:

Existe algumas cidades no Brasil que são tão velhas quanto a própria república ou o falecido império. No Goiás, Pirenópolis é uma delas.

É uma cidade que surgiu como um povoado onde houve mineração e trabalho escravo. Esse ponto será decisivo mais adiante.

Historicamente,  foi uma cidade que viveu a busca pelo ouro. Depois com a decadência da busca do ouro se tornou uma cidade onde a atividade primordial é a pecuária. Mas a carga histórica sempre foi ativa.

Muitos dos senhores e militares que atuaram na política e exército desse país passaram por ali. É uma cidade com muita semelhança a Goiás Velho. Para vocês entenderem sobre o que estou falando sobre senhores atuantes na política, pense que o governado atual do Goiás é de uma dessas família nesse padrão, uma família aristocrática de uma cidade irmã de Pirenópolis(Goias Velho). As famílias de Pirenópolis não são necessariamente tão fontes, mas tem nomes proeminentes na história desse país. Sobrenomes que estão em vários documentos oficiais e na lista de políticos da região.

Esse cenário deu origem a uma certa aristocracia rural.

Terminando essa contextualização sigo para a descrição de meu relato ali naquelas terras.

Quando fui para ali, achei que ira apenas pegar uma cidade pequena com bairros históricos. Como já disse no tópico de cidadezinhas, é uma cidade repleta de pousadas, e um centro histórico. Ali tive a ideia de ir na biblioteca que havia na UEG, uma polo que fica na entrada da cidade.

Se você for lá hoje, vai encontrar alguns livros sobre a cidade. E ali eu achei algumas achados históricos

A questão ocorre, porque na cidade, houve alguns intelectual com aptidão para história,artes e letras e isso deu origem a alguns livros velhos e empoeirados com informações sobre quase tudo ali.

Eis que me deparo com um trabalho sobre a genealogia das famílias da cidade. Um tratado muito interessante falando de todas as famílias que ocuparam a cidade até por volta de 1970 e com descrições interessantes. O livro em si merecia um prêmio historiográfico pela audácia do autor em se dispor a estudar todas as famílias da família. Até aí, só uma curiosidade. 

Pois mais adiante, indo no tal centro histórico, vejo que muitas casas possuem certos nomes na entrada e que certos sobrenomes estão na política e em frente de escritórios de advocacia. A maioria eu tinha lido naqueles livro na tal biblioteca.

O centro histórico em si é uma loucura sem fim. Um monte de casas tombadas que tentam manter a arquitetura colonial em ordem. Tudo porque estamos falando de uma cidade tombada. Há turistas para tudo que é lado, restaurantes e um belo rio. Tudo muito bonito. Até você começar a prestar a atenção em certas coisas.

Pois bem, conversando com pessoas e pesquisando a vida de moradores descubro que ali ainda vive de certo modo, o coronelismo de outros tempos. Embora exista a Pirenópolis de turista, que consiste em casas bonitas, trilhas, restaurantes caros, existe por baixo desse pano a cidade dos moradores, onde há um briga constante por verbas e recursos.

Vou parar por aqui e logo coloco a segunda parte, a parte que o relato começa a parecer um conto de terror, mas que é verdadeiro e vivi ali com todas as sutilezas. Essa é parte referente à crise católica.


Basicamente se for analisar bem, a maioria dessa parte MT/GO/DF, principalmente interior destes estados têm muito desse tipo de questão de ter algumas famílias predominantes em alguns ambientes, e os que estão de fora sempre vão ser distanciados de alguma maneira... principalmente no centro-oeste.
you ain't alone in the streetz, cousin
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RE: Na cidadezinha - Parte 2 - anexo - Pirenópolis e a crise católica. - de worthxsw' - 14-08-2025, 04:19 PM

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