07-07-2025, 11:26 PM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 07-07-2025, 11:30 PM por Nux.)
(07-07-2025, 06:12 PM)Joxokhanurs Escreveu: se algum dia o bostil for invadido, com certeza as brasileiras ficariam ao lado dos invasores, repassando informações estratégicas. Brasileira odeia homem brasileiro mediano. Pode ver que os caras que possuem alguma descendência europeia notável, são os mais desejados.
Imagina essa merda na época da colonização... por isso tem tanto mestiço.
E, falando mais de história (que era um dos meus principais hobbies há uns anos atrás), sobre o que você falou da miscigenação na época da colonização, antes do Brasil se tornar independente de Portugal, praticamente só vinham homens para cá, tanto homens colonizadores europeus quanto homens escravos. No começo da colonização (lá por 1500 e 1700) das poucas molieres que havia aqui, a maior parte era indígena.
Pouquíssimas molieres europeias (brancas) vinham para cá, e a maioria das que vinham da Europa acompanhavam barões, viscondes, condes e marqueses, ou seja, homens bem abastados detentores de grandes terras aqui no Brasil.
Não sei muito sobre a questão das africanas. Pelo que sei não veio tanta molier africana, mas também eram trazidas durante o tráfico negreiro (creio que numa proporção muito menor que a de homens africanos).
A partir daí, como a maior parte das mulheres eram indígenas e africanas e uma pequena parte branca (à época, essas eram exclusivas dos poderosos), os europeus se procriavam com molieres não-brancas (índias e africanas) e a sociedade do Brasil colonial nasceu dessa suruba tri-racial. Certa vez li num lugar que analisaram o código genético de vários brasileiros e constataram que na linha paterna a predominância era europeia e na parte materna era indígena e africana, confirmando a construção histórica (eu nem imaginava que dava para ver isso pelo DNA).
O Brasil hoje tem bastante gente branca por causa da massiva imigração europeia do Brasil imperial (portuguesa, ibérica, italiana, alemã e até eslava), que logo após a sua independência implementou uma política que visava aumentar ao máximo a proporção de brancos/europeus na sociedade brasileira e se aproximar do que era os EUA (que tinha uma população majoritariamente branca de origem europeia).
Depois disso tudo, veio todas as migrações internas entre regiões e, por último, o "êxodo rural", em que nos anos 50 a maior parte da população que vivia na roça, em poucas décadas, passou viver nas cidades se amontoando em centros urbanos. E cada grupo étnico (alemão, italiano, português, polonês, negro, indígena, japonês etc) foi perdendo as suas identidades (principalmente o idioma, o sotaque característico e os costumes) e se assimilando às massas indiferentes das grandes cidades.
Mudando pro assunto mulherista, @Joxokhanurs, depende... aqui no sul ser descendente de europeu e ter aparência europeia por si só não é atrativo e diferencial nenhuma (aqui isso é comum e tem muito cara aqui com aparência nórdica que pega busão e ganha salário mínimo).
Talvez no contexto de onde você vive, quiçá no norte ou nordeste do Brasil, isso tenha um peso significativo. Percebi que em regiões onde tem poucos brancos de aparência europeia, dizem que as molieres têm preferência por esses, mas creio que isso tem mais a ver com poder/dinheiro e pela visão histórica do europeu como alguém rico e poderoso (visão que os escravos e índios tinham dos europeus e essa visão pode ainda coexistir até hoje em determinados ambientes).
Conversando com pessoas do nordeste, deduzi que nessas regiões que tem poucos brancos (como na Bahia ou no Rio por exemplo), a minoria branca geralmente tem bastante dinheiro e alto status social porque já descendem de antigas famílias tradicionais herdeiras. Ou seja, esses chamam a atenção delas não por serem brancos, mas sim pelo poder aquisitivo e status social que tem.
É um contexto bem diferente do sul, onde há poucos brancos e esses poucos são herdeiros playboy que vivem na boa e as molieres dessas regiões criaram um estereótipo que associa homem branco/europeu a riqueza e poder. Isso é comum em regiões que foram colonizadas primeiro e receberam poucos imigrantes europeus no pós-independência. Nessas regiões a minoria branca é aquela minoria que concentrou poder e riqueza por muitas décadas ou até séculos.
Essa é a leitura que tiro de conclusão da minha experiência com historiologia demográfica do Brasil, história colonial e ideologia pré e pós-Brasil colonial.