05-11-2023, 02:24 PM
(Esta publicação foi modificada pela última vez: 05-11-2023, 02:33 PM por smith away.)
(05-11-2023, 10:50 AM)Trglodita Escreveu: Manda bala no relato, fião.
Há um tempo atrás, fui acompanhar uns primos meus em um ensaio musical numa igreja evangélica, e lá conheci uma moça chamada Ana (esse é o nome real dela mesmo, foda-se), 18 anos. Eu sou Smith, 31.
Havíamos nos conhecido só de vista (ela ficou me encarando de longe), então eu a encontrei no Instagram e começamos a nos seguir. Minha prima conhecia ela desde quando ela era criança, deu-me boas referências, dizia que era uma boa guria, que tinha ótimo relacionamento com os pais, etc. Daí, minha prima disse a ela que eu estava interessado nela, o que eu pude perceber, já que ela começou a curtir minhas fotos... Ela é aquela típica rata de igreja, vai em todos os cultos, é guitarrista da banda, essas merdas. Praticamente mora lá.

Chamei ela no direct, e começamos a conversar, perguntei se era solteira, etc, coisas assim. Ela correspondeu.
Certo dia, ela me convidou para ir à igreja, num encontro dos jovens que teria no domingo. Apareci lá, ela veio e sentou do meu lado no banco da igreja, tendo me agradecido por ter ido, pois ela disse que havia sido o único convidado dela quem compareceu. Ficou encostada em mim, como se eu fosse namorado dela.
Após o culto, ela me chamou para a área externa da igreja para fazermos um lanche e começamos a conversar, ela me contou como havia sido o último relacionamento que ela teve com um ex-namorado, contou inclusive que ainda era "pura" (virgem), etc sem eu nem ter perguntado nada. Eu não cheguei a falar muita coisa, ela não me deu muito espaço para isso. Mas tive tempo suficiente para perguntá-la o que ela queria da vida. Ela disse o que toda guria crente diz: quer se casar, construir uma família, ter filhos, etc. Tivemos que ir embora depois, pois a mãe dela a chamou.
Durante a semana, trocamos mais algumas mensagens, expressei meu interesse por ela por meio delas.
No domingo seguinte, novamente nos vimos no culto da igreja, e novamente ela se sentou ao meu lado e conversamos na área externa da igreja ao fim do culto, como havia sido na semana anterior. Neste momento, eu notei que não sentia tanta atração por ela, talvez por ser muito mais jovem do que eu (os traços da fisionomia dela ainda são bem infantis, pois embora ela já tenha 18 anos, ainda não tem cara de mulher, pelo menos na minha percepção). O papo fluiu mais ou menos (inclusive, ela chegou a me dizer nesse momento que as pessoas da igreja já estavam pensando que éramos namorados). Fui embora logo depois.
Minha prima inclusive começou a me falar que havia "pensado direito" e me recomendou ficar só na amizade com a guria, pois como ela já a conhecia, disse que ela ainda era muito imatura, mimada pelos pais, se achava especial, queria os cargos da igreja sem ter maturidade pra isso, se achava melhor do que os outros, etc. e que a diferença de mentalidade poderia atrapalhar.
Durante a semana seguinte, eu quis definir a situação, pois não queria mais ficar paquerando a moça no ambiente da igreja, pois o local é inadequado para essas coisas, então mandei uma mensagem no direct do Instagram a convidando para tomar um açaí no sábado. Até então, não havíamos nos falado depois do último culto na igreja e o convite seria o "termômetro" para saber se ela estaria a fim de algo comigo, uma vez que nem eu estava tanto depois do último encontro na igreja.
O convite foi feito na quarta feira, mas ela não respondeu... Postei alguns stories no Instagram e vi que ela visualizava os stories, mas não respondia ao convite. Quando foi na sexta-feira, no fim da noite, ela finalmente respondeu, mas como eu havia perdido a paciência, eu havia deletado as mensagens nas quais a convidava. Ela me perguntou o que eu havia mandado pra ela antes de ter apagado, eu respondi "eu só havia te convidado pra tomar um açaí amanhã naquele lugar que você me indicou". Daí ela disse que aceitava sim, perguntou o horário, deixei que ela escolhesse. Ela sugeriu às 14 horas, então aceitei.
No dia seguinte, que seria o dia do encontro, chegando às 14 horas, ela mandou uma mensagem perguntando se poderia ser mais tarde, pois estava terminando de arrumar a casa, eu disse que tudo bem. Arrumei-me e saí, a fim de encontrar o local que ela sugeriu... No meio do caminho, já estava sem paciência pela demora dela em dar um parecer sobre o encontro e eis que ela manda uma mensagem dizendo que só iria tomar um banho e já estaria indo. Eu disse a ela que já estava no rolê, que a aguardaria.
Cheguei ao local do encontro, e mandei foto pra ela para confirmar se era lá, ela disse que sim. Sentei em um ponto de ônibus próximo ao local para aguardá-la e após uns 20 minutos ela mandou mensagem dizendo que não iria mais, que não podia ir pois a mãe não estava em casa, que estava muito ocupada, etc, inventou um monte de desculpas e perguntou se poderíamos remarcar para o dia seguinte, no domingo, no mesmo horário. Eu respondi que tudo bem, e agradeci por ela ter oferecido outra oportunidade de nos encontrarmos. Depois mandei mais umas mensagens pra ela, mas ela não visualizou.
No dia seguinte, eu já estava com o pressentimento de que ela furaria novamente, e saí apenas para caminhar mesmo. Deu o horário marcado e ela simplesmente sumiu. Não mandou mensagem, não deu sinal de vida, nada. Relatei o caso para minha prima por meio do whatsapp, e minha prima respondeu que estava num churrasco do pessoal da igreja e que a Ana estava lá.
Ou seja, além de ter sumido, foi pra outro rolê. Fiquei chateado com a situação e decidi descartá-la de vez da minha lista de interesses.
Mas como era domingo e era dia de culto, decidi ir à igreja mesmo assim. Afinal, meu compromisso é com Deus, não com ela.
Chegou a noite, cheguei na igreja, e na entrada eu logo a vi, mas passei direto e fui me sentar. Posteriormente, ela veio pelo banco de trás e veio me cumprimentar estendendo a mão já dizendo "Oi Smith, não tá bravo comigo não, né?

Chegando em casa, ela me mandou mensagem no direct dizendo que "não havia feito nada" para mim, pediu-me desculpas, disse que não havia "gostado do jeito como tratei ela na frente dos meus primos" (sendo que eu apenas disse a eles "vamos embora!"). Em seguida, ela disse que como eu havia deixado de segui-la no Instagram, iria deixar de me seguir também e se despediu. Novamente, mantive-me em silêncio, sem responder nada. Apenas li e apaguei a conversa.
Por mais que eu quisesse respondê-la alguma coisa, eu senti que seria perda de tempo, por tudo que aconteceu.
Na semana seguinte, fui ao culto de novo, e a mãe dela, achando que ainda éramos "amigos", a pediu que me oferecesse um lanche depois do culto. Ela veio toda mansinha com a cabeça baixa me perguntando se eu aceitava e eu respondi neutramente "Não, obrigado." E ela, com a expressão neutra, "ah, tudo bem". Aprendeu o jeito certo de me tratar, né? Depois ela passou por mim enquanto ia embora e disse um "Fica com Deus" meio sem graça ao qual eu fingi que não escutei.
Aí eu fui embora com minha prima e comentamos sobre o caso, nisso minha prima reforçou tudo que havia me alertado antes, que a moça era uma excelente pessoa, não era piranha, respeitava os pais, etc, mas que infelizmente era imatura, só pensa em si mesma, se acha melhor que os outros, se acha especial, não tem humildade, etc...
Isso só mostra que existem pessoas e pessoas. Nós não podemos jogar o ser humano (complexo por natureza) numa caixinha e dizer que ele é só aquilo ali e acabou. No caso do relato temos uma garota que seria o "sonho" para a maioria dos homens honrados: jovem, bonita, virgem, cristã, bom relacionamento com os pais, não usa drogas, vive na igreja, etc. Mas isso por si só não garante nada. Pode-se ver pelo meu relato que ela não teve o mínimo de responsabilidade comigo, ou seja, não foi recíproca. Pensou apenas em si mesma. Aí eu lhes pergunto: vocês aceitariam ser tratados assim?
Ser "jovem, bonita, virgem, cristã, bom relacionamento com os pais, não usa drogas, vive na igreja, etc" não é o suficiente pra mim. Isso aí é só a base. A mulher pra estar comigo tem que ser RECÍPROCA, precisa ter ALTO INTERESSE em estar comigo, ser parceira, ser cúmplice. Se não, fica disfuncional.
Talvez um cara de 20, 22 anos aceite ser tratado de qualquer jeito, mas quando você passa por um longo e doloroso processo de auto aprimoramento e amadurecimento você se coloca em uma posição na qual se a pessoa não corresponder você a descarta. Simples assim. Mulheres mimadas não servem para relacionamento pois são egoístas, não possuem um pingo de responsabilidade com algo que não sejam elas mesmas. Da mesma forma que eu tenho que ficar foda (desenvolvimento pessoal), a mulher tem que ser foda pro cara foda também.
Portanto, desapeguem-se desses rótulos idiotas. Procurem conhecer o tipo de ser humano que está se relacionando com vocês antes de concluírem que "ela é crente, ela é virgem, ela respeita os pais, então ela presta". Seres humanos são complexos e não são todos iguais. Por isso que eu disse no post anterior que "mulher decente é aquela que te trata do jeito que você trata ela".
Você tratou ela bem, ela te tratou bem de volta? Bem.
Você tratou ela bem, ela te tratou mal? Vaza.
Você tratou ela mal? É você quem está errado.
Fim.